Alemanha não subsidia parte, dá de graça submarinos para Israel destruir o Irã
Ministro
da Defesa alemão declarou que país fornecerá sexto submarino com
capacidade nuclear aos israelenses. A Alemanha, que subsidiará parte dos
custos da embarcação, alerta, porém, sobre os riscos de um ataque ao Irã. (esse alerta é de lascar!)
O
ministro da Defesa alemão, Thomas de Maiziere, anunciou nesta
terça-feira (21/03) que a Alemanha venderá a Israel o sexto submarino da
classe Dolphin, com capacidade nuclear. A venda da embarcação foi
confirmada após conversas com o ministro da Defesa de Israel, Ehud
Barak, em Berlim.
"Um submarino adicional será fornecido a Israel", declarou de Maiziere, adicionando que a Alemanha subsidiaria parte dos custos.
O
ministro não revelou o valor do subsídio. Em novembro de 2011, uma
fonte do governo alemão havia informado que o país pagaria um terço da
conta, totalizando no máximo de 135 milhões de euros. A quantia está
prevista no orçamento alemão de 2012 para gastos com "sistemas de defesa
para Israel".
Negociações
De
acordo com informações divulgadas pelo jornal israelense Yediot
Aharonot em outubro, a Alemanha reavaliou a venda do submarino a Israel
após tensões envolvendo a construção de assentamento judeus em
territórios palestinos ocupados.
No
entanto, Berlim acabou concordado em vender a embarcação a Israel
depois de o Estado judeu liberar milhões de dólares para a autoridade
Palestina em direitos aduaneiros, reportou a rádio do exército
israelense dois meses depois.
Em berlim, Barak e de Maiziere definiram venda de submarino e discutiram questão iraniana
Atualmente,
a marinha israelense possui três submarinos da classe Dolphin,
fabricados na Alemanha pela Howaldtswerke-Deutsche Werft (HDW), uma
unidade da ThyssenKrupp. Desses três, dois foram comprados após a Guerra
do Golfo de 1991.
Após
um acordo com Israel em 2005, dois outros submarinos estão sendo
construídos em um estaleiro na cidade de Kiel e devem ser entregues em
2012. A Alemanha contribuiu com 333 milhões de euros pelos dois – cerca
de um terço dos custos. Agora, um sexto submarino foi incluído no acordo
com Israel.
Assume-se
que Israel tenha as únicas armas nucleares do Oriente Médio, o que o
país não confirma nem nega. As armas poderiam estar a bordo dos Dolphins
- submarinos pequenos, movidos a diesel, destinados à patrulha costeira
e equipados com dez tubos de torpedo.
De olho no Irã
De
Maiziere disse temer, assim como Israel, que o Irã se arme nuclearmente
e estar convencido de que o país tem esse objetivo. Porém, o ministro
alemão pediu cautela. "Uma escalada militar significaria riscos
incalculáveis para Israel e para a região", declarou.
Barak,
por sua vez, afirmou que todas as opções com relação ao Irã deveriam
ser consideradas, menos a contenção. "Aceitar um Irã nuclear seria
inconcebível e inaceitável para o mundo todo." O Irã insiste que seu
programa nuclear é puramente não militar.
A
Alemanha – que após o holocausto tornou-se absolutamente comprometida
com a segurança de Israel – defendeu campanhas diplomáticas
internacionais para controlar Teerã. Mas Berlim também criticou o
programa de construção de assentamentos de Israel.
"Israel
tem garantida a solidariedade alemã quanto à sua integridade soberana e
sua existência. Mas é importante que o país e seus parceiros caminhem
em direção a uma solução para o conflito no Oriente Médio", disse de
Maiziere.
LPF/afp/rtr
Revisão: Francis França
*Brasilmostraatuacara