Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 13, 2012

Brasília: Jovens renomeiam ponte Costa e Silva

Ponte ditador Costa e Silva agora é ponte Honestino Guimarães
Faixas e cartazes também foram colocados nos principais pontos do DF em protesto contra os crimes da Ditadura.
Jovens organizados no Levante Popular da Juventude do Distrito Federal rebatizaram a ponte ditador Costa e Silva para ponte “Honestino Guimarães”.
Faixas também podem ser encontradas na Rodoviária do Plano Piloto e em viadutos espalhados nas entradas de Brasília.
A ação faz parte dos protestos contra os crimes da Ditadura que agora toma corpo no Distrito Federal.
“Não vamos permitir que as feridas da ditadura sigam abertas. Somos contra a tortura. Por isso vamos às ruas, sensibilizar a juventude e toda a sociedade, para que o nosso direito à memória e à verdade sejam garantidos”, diz o Levante em nota.
Quem foi Honestino Guimarães

Em 10 de outubro de 1973, agentes do Centro de Informação da Marinha prendiam o estudante Honestino Guimarães no Rio de Janeiro, acusado de “promover e orientar a ação subversiva”. Depois desta data, pouco se sabe sobre o que aconteceu com o estudante da Universidade e Brasília que, em 1994, foi dado como morto.
Honestino Guimarães é símbolo da luta estudantil, da luta pela liberdade e contra a ditadura militar instalada no Brasil.
*comtextolivre

Milhares de camponeses hindus estão se suicidando depois de utilizar sementes geneticamente modificadas

 

Via Rebelión
O genocídio transgênico
Andrew Malone - Daily Mail
Tradução: Renzo Bassanetti
Quando o príncipe Charles afirmou que milhares de camponeses hindus se suicidam depois de utilizar cultivos transgênicos, foi tachado de alarmista. De fato, como revela esta arrepiante reportagem, a situação é ainda pior da que o príncipe temia.
As crianças estavam desoladas. Emudecidos pelo choque e lutando para conter suas lágrimas, se amontoavam junto a sua mãe, enquanto amigos e vizinhos preparavam o cadáver para incinerá-lo em uma ardente fogueira erigida sobre os rachados e desérticos campos próximos à sua casa.
Enquanto as chamas consumiam o cadáver, Ganjanan, de 12 anos, e Kalpana, de 14, enfrentam um futuro sombrio. Ainda que Shankara Mandaukar tivesse acariciado a esperança de que seus filhos teriam uma vida melhor na esteira do boom econômico da Índia, ambos enfrentam agora a possibilidade de ter que trabalhar como mão de obra escrava em troca de alguns centavos ao dia. Camponeses sem terra e sem casa, serão o mais baixo da parte de baixo.
Shankara, respeitado camponês, marido e pai carinhoso, tinha se suicidado. Menos de 24 horas antes, diante da perspectiva de perder suas terras, bebeu uma taça de inseticida químico.
Incapaz de pagar uma soma equivalente à suas receitas de dois anos, caiu presa do desespero. Não via nenhuma saída.
Ainda ficaram no pó as marcas onde Shankara se retorceu em sua agonia. Outros aldeãos o observavam – sabiam, por experiência, que era inútil intervir – enquanto ele jazia dobrado sobre o chão, vomitando e gritando de dor.
Arrastou-se, gemendo, até um banco situado à frente da sua humilde casa, a 100 quilômetros de Nagpur, na Índia central. Uma hora depois, deixou de emitir sons. Logo, deixou de respirar. Às 17 horas do domingo, a vida de Shankara Mandaukar chegou ao seu fim.
Enquanto os vizinhos se reuniam para rezar fora da sua casa, Nirmala Mandaukar, de 50 anos, contou como regressou correndo dos campos para encontrar seu marido morto. "Era um homem carinhoso e atento”, disse, chorando em silêncio. “Mas não pôde agüentar mais. A angústia mental era demais. Perdemos tudo”.
As colheitas de Shankara falharam duas vezes seguidas. Certamente, a fome e as doenças fazem parte da antiga história da Índia. Contudo, a morte desse respeitado camponês foi atribuída a algo muito mais moderno e sinistro: os cultivos geneticamente modificados.
A Shankara, da mesma forma que a milhões de agricultores da Índia, tinham prometido uma exuberância de colheitas e lucros jamais imaginados se deixassem de cultivar as sementes tradicionais e começassem a semear sementes transgênicas.
Enfeitiçado pela promessa de riquezas futuras, Shankara pediu dinheiro emprestado para comprar as sementes transgênicas. Contudo, quando as colheitas fracassaram, ele ficou com dívidas vertiginosas e sem nenhuma receita.
Finalmente, Shankara se transformou em um dos aproximadamente 125 mil agricultores que se suicidaram em função da impiedosa campanha orientada a transformar a Índia em um campo de provas para os cultivos transgênicos.
A crise, que os ativistas tem batizado de “genocídio transgênico”, foi colocada em destaque recentemente, quando o príncipe Charles manifestou que a questão dos cultivos transgênicos tinha se transformado em uma “questão moral global”, e havia chegado o momento de pôr fim ao seu implacável avanço.
Numa conferência de vídeo retransmitida à capital da Índia, Delhi, o príncipe enfureceu os líderes da biotecnologia e alguns políticos, quando condenou “o índice verdadeiramente atroz e trágico de suicídios de pequenos agricultores na Índia, provocados... pelo fracasso de muitas variedades de cultivos transgênicos”.
Contra o príncipe, coligaram-se poderosos grupos de pressão de cultivos transgênicos e proeminentes políticos que afirmam que os cultivos geneticamente modificados transformaram a agricultura da Índia, proporcionando um rendimento nunca antes conhecido.
O resto do mundo, insistem, deveria abraçar o “futuro” e seguir seu exemplo.
Assim, pois, quem diz a verdade? Para averiguar, viajei ao “cinturão suicida”, situado no estado hindu de Maharashta.
O que encontrei foi muito inquietante, e tem profundas implicações para os países – entre eles a Grã-Bretanha -, nos quais está se debatendo a possibilidade de autorizar a semeadura de sementes manipuladas pelos cientistas para escapar das leis da natureza.
O certo é que as cifras oficiais do Ministério da Agricultura hindu confiram que, em meio à uma descomunal crise humanitária, mais de 1000 agricultores se suicidam aqui a cada mês.
Gente simples do meio rural  está morrendo de forma lenta e agonizante. A maioria deles ingere inseticidas, um dispendioso produto que se afirmou  não ser necessário quando foram forçados a semear as caras sementes geneticamente modificadas.
Parece que muitos desses camponeses contraíram dívidas descomunais em financeiras locais, de quem tomaram emprestadas somas excessivas para adquirir sementes transgênicas.
Os especialistas partidários dos cultivos transgênicos afirmam que a verdadeira causa desse tributo em vidas humanas são o alcoolismo, a seca e a “miséria rural”.
Contudo, como descobri durante uma viagem de quatro dias através do epicentro do desastre, essa não é toda a história.
Em uma pequena aldeia que visitei, 18 camponeses tinham se suicidado depois de terem ficado emaranhados em dívidas com produtos transgênicos. Em alguns casos, as mulheres tomaram as rédeas das granjas de seus defuntos maridos somente para elas mesmas se suicidarem um pouco mais tarde.
Latta Ames, de 38 anos, bebeu inseticida depois do fracasso de suas colheitas apenas dois anos depois que seu marido se tirasse a vida quando as dívidas pelos transgênicos se tornaram excessivas.
Latta deixou seu filho de dez anos, Rashan, aos cuidados de familiares. “Ele chora quando pensa em sua mãe”, disse a tia da defunta, sentada apáticamente à sombra, junto aos campos.
Aldeia trás aldeia as famílias narraram-me como tinham se afundado em dívidas depois de terem sido persuadidas a adquirir sementes transgênicas em vez das sementes tradicionais de algodão.
A diferença de preço é assombrosa: 100 gramas de sementes transgênicas custam 12 euros, mas com esse valor pode-se comprar uma quantidade mil vezes maior de sementes tradicionais.
Contudo, vendedores de sementes transgênicas e funcionários do governo tinham assegurado aos agricultores que tratavam-se de “sementes mágicas”, que produziram cultivos melhores, livres de parasitas e insetos.
De fato, em uma tentativa de promover o uso das sementes transgênicas, em muitos bancos de sementes do governo se proibiu a venda das variedades tradicionais.
As autoridades tinham interesses espúrios na promoção dessa nova tecnologia. O governo hindu, desesperado em escapar da miséria absoluta dos anos posteriores à independência, decidiu autorizar os novos gigantes da biotecnologia, como a Monsanto, a companhia norte-americana líder do mercado, a comercialização de suas novas sementes.
Em troca de permitir o acesso das companhias ocidentais ao segundo país mais povoado do mundo, com mais de um bilhão de pessoas, a Índia recebeu nos anos 80 e 90 empréstimos do Fundo Monetário Internacional que a ajudaram a iniciar uma revolução econômica.
Contudo, enquanto cidades como Mumbai e Delhi cresceram exponencialmente, a vida dos agricultores voltou à Idade Média.
Ainda que na Índia a superfície de terras dedicadas a cultivos transgênicos tenha duplicado no espaço de dois anos – até chegar aos 17 milhões de acres – muitos camponeses descobriram que o preço que é preciso pagar é terrível. Longe de serem “sementes mágicas”, as variedades transgênicas de sementes de algodão à prova de pragas têm sido devastadas pelas lagartas, parasitas vorazes.
Tampouco foi dito a esses agricultores que essas sementes precisam o dobro de água. Isso tem sido um fator de vida ou morte. Depois de dois anos de escassa pluviosidade, muitos cultivos transgênicos simplesmente murcharam e morreram, deixando os camponeses com dívidas sufocantese sem recursos para pagá-las.
Depois de ter tomado dinheiro emprestado a financistas tradicionais com juros exorbitantes, centenas de milhares de pequenos agricultores se viram condenados a perder suas terras por causa do fracasso das custosas sementes. Enquanto isso, os que puderam continuar lutando tiveram que enfrentar uma nova crise.
No passado, quando se perdiam as colheitas, os agricultores ainda tinham a opção de guardar sementes e tornar a plantá-las no ano seguinte. Contudo, com as sementes transgênicas não podem faze-lo por que muitas delas possuem o que se denomina “tecnologia exterminadora”, o que significa que foram modificadas geneticamente para que as colheitas resultantes não produzam sementes viáveis.
Em conseqüência, os agricultores tem que comprar novas sementes a cada ano pelos mesmos preços proibitivos. Para alguns, isso significa a diferença entre a vida e a morte.
Tomemos o caso de Suresh Bhalasa, outro camponês que foi incinerado nesta semana, e que deixou esposa e dois filhos. Ao cair a noite depois da cerimônia, enquanto os vizinhos ficavam de cócoras fora da casa, e as vacas sagradas eram trazidas dos campos, sua família não tinha nenhuma dúvida de que seus problemas surgiram no instante em que se animou a comprar o algodão BT, uma planta geneticamente modificada criada pela Monsanto.
“Agora estamos arruinados”, disse a viúva, de 38 anos. Compramos 100 gramas de algodão BT. Nossa colheita quebrou duas vezes. Meu marido se deprimiu. Saiu para seu campo, deitou sobre o algodão e bebeu inseticida.
Os aldeões o introduziram em um riquixá e o levaram ao hospital por estradas rurais cheias de buracos. “Ele gritava que tinha bebido inseticida e que sentia muito”, disse ela, enquanto sua família e seus vizinhos se reuniam na sua casa para apresentar seus respeitos. “Quando chegou ao hospital, já estava morto”
Perguntados sobre se o defunto era um bêbado ou se padecia de problemas sociais, como alegam os funcionários pró-transgênicos, a tranquila e digna assistência explodiu em cólera: “Não! não!”, exclamou um dos irmãos do morto “Suresh era um bom homem. Mandou seus filhos para a escola e pagou seus impostos”.
“Essas sementes mágicas o estrangularam. Nos vendem as sementes dizendo que elas não necessitarão de pesticidas caros, mas eles são necessários, sim. Todos os anos estamos obrigados a comprar as mesmas sementes da mesma companhia. Estão nos matando. Por favor, conte ao mundo o que está acontecendo aqui”.
A Monsanto admitiu que as dívidas crescentes foram “um fator dessa tragédia”. Contudo, assinalando que a produção de algodão duplicou nos últimos sete anos, um porta-voz acrescentou que existem outras razões que explicam a recente crise, como por exemplo, “as chuvas inoportunas” ou a seca, e assinalou que os suicídios sempre fizeram parte da vida rural na Índia.
As autoridades também apontam as pesquisas de opinião para afirmar que a maioria dos camponeses hindus quer sementes transgênicas – sem dúvida animados pelas agressivas técnicas de marketing.
Durante minhas investigações em Maharasta, encontrei-me com três inspetores “independentes” que recorriam as aldeias para obter informações sobre os suicídios. Insistiram que as sementes transgênicas eram somente um 50% mais caras, mas mais tarde me confessaram que a diferença era de mais de 1000%. (Depois, um porta-voz da Monsanto insistiu que a semente “somente custava ao dobro” do que custa a semente “oficial”, não transgênica, mas admitiu que a diferença poderia ser enorme se as sementes tradicionais mais baratas são vendidas por comerciantes sem escrúpulos, que freqüentemente também vendem “falsas” sementes transgênicas suscetíveis de contrair enfermidades).
Diante dos rumores de eminentes indenizações governamentais para frear a onda de mortes, muitos camponeses disseram que estavam desesperados em conseguir qualquer tipo de ajuda. “Somente queremos escapar de nossos problemas”, disse um. “Somente queremos ajuda para que não morra mais nenhum de nós”.
O príncipe Charles está tão angustiado pela situação dos agricultores suicidas que criou uma organização beneficente, a Fundação Bhumi Vardaan, para auxiliar os afetados e promover os cultivos orgânicos hindus no lugar dos transgênicos.
Os agricultores da Índia também estão começando a lutar. Além de tomar como reféns os distribuidores de sementes transgênicas e organizar protestos massivos, um governo estadual empreendeu ações legais contra a Monsanto pelo preço descabido das sementes transgênicas.
Isso chegou tarde demais para Shankara Mandaukar, que tinha acumulado uma dívida de 80 mil rúpias (cerca de 1200 euros) quando decidiu tirar sua vida. “Disse-lhe que poderíamos sobreviver”, disse sua viúva. Seus filhos continuam encolhidos a seu lado ao cair da noite. “Disse-lhe que encontraríamos uma saída. Ele só disse que era melhor morrer”
Mas a dívida não morre com seu marido. A menos que consiga uma maneira de quitá-la, não vai poder pagar a escolarização de seus filhos. Perderão suas terras e passarão a engrossar as filas das legiões de despossuídos que aos milhares mendigam nas bordas dos caminhos ao longo deste vasto e caótico país.
Cruelmente, os que mais estão padecendo os efeitos do “genocídio transgênico” são os jovens, a mesma geração que se supunha pretender resgatar de uma vida de privações e miséria por meio destas “sementes mágicas”.
Aqui, no cinturão suicida da Índia, o custo do futuro transgênico é criminosamente alto.
*Gilsonsampaio

Governo tirou anéis da canalha bancária, falta tirar os da Gang das Teles

 

Via SUL 21
Teles brasileiras lucram quase R$ 10 bi e oferecem serviço mais caro do mundo
Rachel Duarte
As operadoras de telecomunicações fixas e móveis que atuam no Brasil lucraram R$ 9,77 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 8% em relação a 2010. Os dados foram divulgados pela empresa de consultoria Econométrica e demonstram que o ramo da teles está em quinto lugar em lucratividade no país, se excluídos os resultados da Petrobras e Vale do Rio Doce. Esta projeção ainda deverá aumentar no próximo período, já que o governo federal anunciou no começo de abril um programa de desoneração fiscal na ordem de R 3,8 bilhões para a construção de redes no Brasil. Com o hegemônico monopólio das operadoras de telecomunicações, a desoneração proposta pelo Ministério das Comunicações poderá não ser sinônimo de garantia de acesso e qualidade dos serviços.
A desoneração se aplica para os equipamentos comprados a cada ano. A expectativa do governo é que a medida deve antecipar em aproximadamente 40% o investimento anual das teles, que gira em torno de R$ 18 bilhões por ano.
Lucro das operadoras de telecomunicações no Brasil em 2011 cresceu 8% em relação a 2010. Clique na imagem para ampliar | Foto: Reprodução
Na avaliação do especialista em Gerência em Engenharia de Software e ex-presidente da Telebras, Rogério Santanna, a política do governo Dilma Rousseff em priorizar a relação com as teles ao invés de fortalecer a Telebras é clara e lamentável. “Está barato construir rede no Brasil. Com a desoneração do governo os custos do backbone de banda larga diminuem, mas o desafio são os monopólios. Essa medida dificilmente repercutirá no preço aos usuários e ficaremos sustentando matrizes em crise, como é o caso da Telefônica”, defende.
Rogério Santanna: "As teles tem uma combinação extremamente desfavorável ao usuário. É o serviço mais caro do mundo. Pagamos o dobro da média mundial" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Na demanda de infraestrutura de banda larga de qualidade as carências ainda são muitas e há regiões do país muito mal atendidas, como a região Norte. Mas, para uma infraestrutura adequada e a garantia de serviços de qualidade, o Plano Nacional de Banda Larga é defendido por Santanna como fundamental para estabelecer maior competitividade entre as operadoras e aumentar a participação da Telebras. “As teles tem uma combinação extremamente desfavorável ao usuário. É o serviço mais caro do mundo. Pagamos o dobro da média mundial. E a prova de que os serviços não são de qualidade é a liderança das operadoras nas reclamações dos consumidores”, compara.
De acordo com levantamento pela TeleSíntese, os valores das multas não pagas pelas operadoras à Anatel por processos aplicados em defesa dos consumidores chegam a superar o próprio lucro das empresas. A empresa OI, líder em reclamações no Procon, por exemplo, deve à Anatel R$ 4,5 bilhões em multas.
Controle de qualidade é questionável
Speedtest é obrigatório para todas as operadoras com mais de 50 mil clientes | Foto: Reprodução
Não bastassem os problemas ocasionados pela desalinhada relação entre lucro e serviço ofertado no mercado brasileiro de telecomunicações, desde fevereiro deste ano, as operadoras foram obrigadas a oferecer um aplicativo para medição da velocidade de acesso nas páginas que mantêm na internet. A determinação se alinha à obrigatoriedade de as operadoras de acesso à banda larga entregarem, em outubro deste ano, na média mensal, 60% da velocidade contratada. Em outubro de 2013, essa média deverá chegar a 70%, e a 80% um ano depois. Um avanço, para o devagar quase parando atual, com uma das mensalidades mais caras do mundo. E, no instante da medição, 20% do que foi adquirido (30% em 2013 e 40% em 2014).
A notícia seria uma medida considerada boa pelos consumidores, se não houvesse incerteza quanto à capacidade de o software escolhido pela Anatel, o SpeedTest, cumprir os requisitos propostos pela agência. “É estranha a posição da Anatel em homologar este teste, que avalia apenas dois parâmetros dos seis definidos por ela mesma. Mais estranho ainda é a Anatel anunciar a Price como aferidora, paga pela empresas e contrária aos padrões de qualidade da agência”, critica Rogério Santanna.
*GilsonSampaio

quinta-feira, abril 12, 2012

Mantega, na canela dos banco: lucrem menos

Até que enfim alguém fala grosso com os banqueiros.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a resposta merecida, quando foram exigir benefícios fiscais para fazer o que têm tudo para fazer sem isso: baixar os juros.
“O presidente (da Federação dos Bancos) Murillo Portugal esteve aqui outro dia, e em vez de trazer soluções, veio fazer cobrança”, disse Mantega. “”O Brasil hoje é o país que pratica o maior spread do mundo e isso não se justifica.”
Spread, como se sabe, é a diferença entre o custo de captação do dinheiro pelos bancos (hoje, no máximo, 9,75% ao ano, o valor da taxa Selic) e o valor dos juros cobrados para emprestá-lo, que nunca é inferior ao quádruplo desta taxa e não raro chega a ser dez e até 20 vezes maior.
 publica hoje as taxas que cobram os bancos particulares e as que passaram a cobrar os bancos públicos.
A diferença é escandalosa, como você vê na ilustração.
Em outra matéria, uma tabela mostra a rentabilidade dos bancos brasileiros frente aos bancos dos EUA.
Em 12 anos, lucraram aqui 463%, contra “apenas” 308% dos bancos dos EUA. Que, por sinal, nem sequer durante a crise de 2008, com dinheiro público sendo injetado a rodo em seus caixas, nunca tiveram um resultado negativo.
E ainda assim dificultam o quanto podem o crédito.
É por isso que as agências do BB e da Caixa estão “bombando” de clientes dos bancos privados, à procura de informações sobre taxas mais baixas.
Afinal, não é isso (ou deveria ser) a concorrência?
*Tijolaço

Exposição contra maus tratos pela ONG Ampara Animal






Divulgação
A ATRIZ CLEO PIRES POSA PARA CAMPANHA DA AMPARA ANIMAL
 
 

Exposição mostra Cleo Pires, Sabrina Sato e outras famosas contra maus-tratos em animais para ONG Ampara Animal

Exposição começa nesta sexta-feira (13) em shopping de São Paulo

Por Graziela Salomão
 
Celebridades brasileiras decidiram vestir a camisa da Ong Ampara Animal contra os maus-tratos dos animais domésticos. Cleo Pires, Ellen Jabour, Fernanda Tavares, Paola Oliveira e Sabrina Sato são algumas das beldades que emprestaram seus rostos para a campanha e foram clicadas em fotos preto e branco. Com elas, cães e gatos com diferentes histórias de abandono, violência e preconceito. 
Leia mais: Comida de rua charmosa na madrugada: chefs participam de evento "O Mercado" em São Paulo

A exposição com as fotos das famosas será aberta nesta sexta (13) no shopping Iguatemi, em São Paulo. Ao todo, são 12 fotos com 12 temas diferentes. Além das famosas, integrantes da ONG que organiza a mostra foram clicadas pelo fotógrafo Jacques Dequeker. 
   Divulgação
ELLEN JABOUR, FERNANDA TAVARES E FIORELLA MATHEIS EM FOTOS PARA A CAMPANHA DA ONG AMPARA ANIMAL
A ONG Ampara Animal (Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados) foi criada em agosto de 2010 por nove paulistanas. Elas não resgatam bichos nem mantém qualquer local para os desabrigados. O objetivo é transformar a realidade dos cães e gatos rejeitados e abandonados, para que sejam tratados com respeito e dignidade, conscientizando a população a respeito de necessidades e cuidados com os animais.
   Reprodução
YASMIN BRUNET E THAILA AYALA TAMBÉM ESTÃO NA CAMPANHA
A exposição fica até o dia 22 de abril no Espaço Fashion do shopping Iguatemi. De lá, segue para os shoppings Villa-Lobos e Higienópolis, todos em São Paulo. Doações podem ser feitas no local. 
SERVIÇO:"Exposição Ampara Animal"
De 13 A 22 de abril
Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232) 
Entrada gratuita
 
*Nina

“O Pasquim: a Revolução pelo Cartum” – 1ª parte


*GuilhermeScalzilli

Para quem assim desejar, quem não quiser não faz: STF autoriza aborto de anencéfalos no Brasil

Música de Chico Buarque citada pelo Ministro Ayres Brito no julgamento que permitiu a interrupção da gestação de anencéfalo




Lembrando que as mulheres a partir de hoje tem o direito de escolher se continua ou não a gravidez de anencéfalo.




PEDAÇO DE MIM  
( 1979 )Zizi Possi e Chico Buarque
Composição : Chico Buarque

Oh! Pedaço de mim
Oh! Metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade
É o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar



Oh! Pedaço de mim
Oh! Metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh! Pedaço de mim
Oh! Metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu 

Oh! Pedaço de mim
Oh! Metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
Num membro que já perdi
Oh! Pedaço de mim
Oh! Metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor, adeus
*Mariadapenhaneles

Jornal Extra (da Globo) chama patrocinador do Jornal Nacional de agiota

Fogo-amigo dentro das organizações Globo.

Os editores do jornal popular Extra (das Organizações Globo) foram direto ao ponto na manchete principal da capa:

Caixa e BB deixam os bancos privados com juros de agiotas


E deixou a TV Globo numa saia justa, ao admitir que essa notícia é do maior interesse público para continuar censurada nos telejornais da emissora.

O Jornal Nacional continua censurando a notícia sobre a agiotagem dos bancos privados.

Quem patrocina esse cala-boca?

O JN é patrocinado pelo banco privado Bradesco. O outro telejornal da noite, o "Jornal da Globo" é patrocinado pelo Itaú.

Leia também:
- Que tal você mesmo reestatizar o BANESPA? Ou o BEMGE, BANERJ, BANEB, MERIDIONAL?
*osamigosdopresidentelula

Merval caga de medo só de pensar na CPI de Cachoeira

 

Merval defende votação já do mensalão no STF
Merval Pereira, aquele que é membro da Academia de Letra sem nunca ter escrito um livro, diz nesta quarta-feira  que o burburinho político causada pela iminente instalação da CPMI do Carlinhos Cachoeira, associada ao julgamento, pelo Conselho de Ética do Senado, do senador Demóstenes Torres, pode ser aproveitada pelos “defensores dos mensaleiros” para tentar pressionar o Supremo Tribunal Federal a não julgar, neste semestre o processo do mensalão. Merval cobra que o STF  julgue o caso no primeiro semestre, antes que se entre no período eleitoral das sucessões municipais e, por outro lado, ocorra a troca de dois ministros do Supremo.
Merval diz que não enxerga conexão entre causa e efeito em relação às safadezas da gangue de Cachoeira com o mensalão.Sustenta Merval que isso é cortina de fumaça com objetivo de inocentar os mensaleiros.
Esse Merval é grandessíssimo idiota.
Em primeiro lugar, Merval não tem autoridade para ficar cobrando que o STF apresse julgamento.Nem o processo do mensalão, nem outro processo qualquer.Merval tem que cobrar mais imparcialidade da Globo, da Época que se aliaram à Veja e à Cachoeira para "produzir"  vídeos com o objetivo de derrubar um governo democraticamente eleito.
Em segundo lugar, está mais que provado que   a primeira prova para o processo do mensalão foi uma gravação clandestina feita pelo contraventor Carlinhos Cachoeira com Valdomiro Diniz, em 2002, Está também mais que provado que Cachoeira produziu o vídeo sobre Maurício Marinho, que deu origem à CPI dos Correios, em 2005.Ora, como que não há conexão entre um fato e outro? Claro que há.Só não enxerga isso o jumento Merval Pereira que, ao que parece, teve o apoio de Cachoeira para ganhar a cadeira de imortal na ABL.
A bem da verdade Merval, assim como os tucanos corruptos, caga nas calças só de pensar que vai haver a CPI de Cachoeira.É nessa CPI que virá à tona a associação criminosa entre a TV Globo, Época, a Veja, Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira.Merval não vai achar nada bom a CPI convocar Ali Kamel para explicar quanto ele ganhou para se associar a um contraventor para produzir dois vídeos candestinos.
*Oterrordonordeste