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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 13, 2012

Uma vitória do laicismo no Brasil e, acima de tudo, do bom senso contra o obscurantismo religioso.

Tribunal aprova aborto de anencéfalos no Brasil


Religiosos fazem procissão em frente ao STF
Por 8 votos a favor e 2 contra, o Supremo Tribunal Federal do Brasil (instância máxima do judiciário no país)  aprovou a interrupção de gravidez de fetos anencéfalos, também chamada antecipação terapêutica do parto.
Agora, a grávida que tiver diagnóstico de feto com anencefalia poderá interromper a gravidez legalmente, sem a necessidade de recorrer à Justiça, como era feito até então. Vale lembrar que caberá à gestante decidir se leva a gestação adiante ou realiza a antecipação terapêutica do parto.
“[A interrupção da gravidez de anencéfalos] só é aborto em linguagem coloquial. Não é aborto em linguagem jurídica”, explicou Ayres Britto, ministro do STF. “Se todo aborto é uma interrupção de gravidez, nem toda interrupção de gravidez é um aborto para os fins penais”, disse. O ministro ainda comparou os anencéfalos a “uma crisálida que jamais chegará ao estágio de borboleta”, porque “jamais alçará voo”.
Na sessão de quarta-feira, grupos católicos se manifestaram diante do STF, incluindo um casal com uma filha vítima de acrania – problemas de formação do crânio. A ação em julgamento trata exclusivamente de casos de anencefalia (ausência da maior parte do cérebro).
A ação chegou ao STF em 2004, por sugestão da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade defende a antecipação do parto quando há má formação cerebral sem chance de longa sobrevivência para a criança. Para grupos religiosos, incluindo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o princípio mais importante é o de que a vida deve se encerrar apenas de forma natural.
Uma vitória do laicismo no Brasil e, acima de tudo, do bom senso contra o obscurantismo religioso.
*DiarioAteista

O Globo” assume a oposição com unhas e dentes, ataca o PT e defende seus aliados no escândalo Demóstenes-Veja-Cachoeira


 
Por Davis Sena Filho — Blog da Dilma
 
 
No dia de hoje, o jornal “O Globo” faz jus ao seu passado golpista e mostra suas garras lacerdistas e seus dentes militaristas de pré, durante e pós 1964. A manchete imprudente e manipuladora de hoje, em letras garrafais, não apenas tenta incluir o PT na lama do Carlinhos Cachoeira, revista “Veja” (Policarpo Jr.) e Demóstenes Torres, bem como inclui o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Além disso, as manchetes internas, que noticiam sobre o escândalo Cachoeira começam na página 3 e terminam na página 10 (oito páginas dedicadas ao caso), com direito a uma intervenção, na página 4, do “imortal” e “gênio” do jornalismo comercial e privado, o colunista Merval Pereira. Com isso e por causa disso, o “O Globo” entra de cabeça, de corpo e alma nesse escândalo rumoroso, que coloca em xeque a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) e políticos de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais — por enquanto.
O “O Globo” precisa, como os vivos precisam de oxigênio, manter intacto o caso “Mensalão”, que, juridicamente, nunca foi provado e comprovado. O escândalo midiático de 2005 e que visava derrubar do poder o presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva é a única coisa que restou para a oposição partidária retratada nos partidos PSDB neoliberal, DEM (o pior partido do mundo) e o PPS, agremiação anã, desimportante e que envergonha os comunistas e socialistas de outrora vivos ou mortos.
Para salvar o que resta de credibilidade na imprensa burguesa de perfil hegemônico e monopolista, o “O Globo” e seus “capitães do mato” dão continuidade à ditadura da imprensa e do pensamento único ao darem conotações levianas e manipuladas sobre o caso Cachoeira com o objetivo de desviar a atenção da sociedade brasileira para os crimes cometidos pelos seus aliados do DEM e do PSDB que foram gravados pela Polícia Federal, a cometer delitos em uma delinquência que deixaria o bandido Al Capone com inveja ou envergonhado.
A “Veja”, a revista porcaria, cujo editor-chefe em Brasília conhecido como Policarpo Jr. foi gravado mais de 200 vezes a falar com Carlinhos Cachoeira e outros criminosos do bando, está em maus lençóis. Nas últimas semanas, a publicação do Roberto Civita, que faz o verdadeiro jornalismo de esgoto, tem se dedicado a assuntos amenos e suas capas são de uma leveza tão cândida que fica muito difícil acreditar que tal pasquim de péssima qualidade editorial e jornalístico é autor e mentor das capas mais agressivas, sujas, manipuladoras e mentirosas da imprensa privada brasileira nos últimos dez anos. O caso Demóstenes-Cachoeira calou a “Veja”, também conhecida pela alcunha de detrito de maré baixa.
O “O Globo” percebeu que políticos aliados da imprensa burguesa e publicações de extrema direita como a “Veja” precisavam de uma “mãozinha”, uma ajuda substancial, e foi o que fizeram os irmãos Marinho e seus editores e colunistas nas pessoas de Ascânio Seleme, Merval Pereira e outros menos cotados na hierarquia global. Os repórteres do diário carioca arregaçaram as mangas e foram à luta, a cumprir uma pauta na qual o propósito é desviar a atenção do público para o caso Demóstenes-Cachoeira-Veja e afirmar em manchetes alarmistas, retiradas propositalmente de um contexto maior, que a CPI do Cachoeira, que ainda não foi criada, tem a finalidade de ser uma “Operação abafa mensalão”.
Mentira na veia e manipulação da verdade. A CPI do Cachoeira, de acordo com o que já foi publicado pela imprensa e veiculado nas televisões a ter como base as gravações da PF, poderá atingir uma rede de tráfico de influência, de contravenção, de financiamento ilegal de campanhas políticas, de espionagem ilegal, além de outros crimes que elencam o Código Penal brasileiro.
A verdade é que com a CPI poder-se-á comprovar se o mensalão, que nunca foi provado juridicamente e que foi negado no STF pelo pivô do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson, existiu ou não. O que se sabe é que tal episódio tinha a finalidade de derrubar do poder o ex-presidente Lula. É o que se fala e o que se ouve há anos nos meios políticos e jornalísticos, e por isso se torna necessário que a CPI do Cachoeira que também deveria ser também chamada de “Veja” e Demóstenes seja criada a fim de que toda essa lama seja revolvida para o Brasil saber quem realmente chafurda na corrupção e no crime.
O “O Globo”, edição desta quinta-feira, dia 12 de abril, esmerou-se em seu papel oposicionista aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. São nove manchetes que atacam frontalmente o governo, o PT e até mesmo personagens de um passado recente, que se defendem na Justiça e ainda não são considerados culpados. É o “O Globo” desesperado, porque a família Marinho e seus empregados de poder e mando sabem que o “Mensalão”, que ainda, ressalto, não foi comprovado que existiu, conforme os escaninhos da Justiça, é o único “trunfo” que a direita midiática e a direita partidária tem, afinal a presidenta Dilma Rousseff, conforme pesquisa CNT/Ibope tem 77% de aprovação e somente um tsunami político poderia apeá-la do poder ou não ser reeleita.
A imprensa golpista brasileira e que odeia o Brasil, mas não abre mão de ganhar dinheiro nessas plagas através da força de trabalho dos brasileiros, quer melar o jogo e com isso dar fôlego a quem ela apoia até as eleições de outubro, principalmente as de São Paulo, que se transformou em um enclave tucano que é umbilicalmente ligado ao “O Globo”, ao “Estadão”, à Folha de S. Paulo”, à “Veja” e à TV Globo. Se não fosse o Partido da Imprensa, os tucanos neoliberais e “mauricinhos” nem apareceriam para a população brasileira, por ser enorme a rejeição àqueles que venderam o Brasil e não criaram empregos para o povo. O problema das Organizações(?) Globo é a eleição de São Paulo. É a única coisa que eles tem e contam com isso.
A direita no Brasil morreu e esqueceram de enterrá-la. Sugiro que ressuscitem o Plínio Salgado e o Carlos Lacerda ou que corram para os quartéis, porque sabemos que vivandeiras dos quartéis nunca perdem seus costumes anticonstitucionais, criminosos e golpistas. Acontece que a CPI vai ser criada e a carapuça vai cair como luva na cabeça da imprensa. É isso aí.
*Oterrordonordeste

Já alugam policiais na Grécia. E agora?

 

Leio nos jornais que na Grécia já estão alugando policiais para ajudar o Estado a pagar as contas e assim permitir que os bancos recebam seus lucros de volta. Pelo que entendi, é assim: você precisa de um guarda para tomar conta da rua, vai até a delegacia e contrata o cara por algumas dezenas de euros. Precisa de um carro, vai até lá e aluga uma viatura.
Escrevo isso e penso: o que mais está sendo alugado na Grécia, além de policiais e viaturas?
Seria a dignidade nacional?
Ou são apenas médicos, professores, políticos, enfermeiros … nem quero escrever o que estou pensando porque seria obsceno.
Mas impossível não pensar: o que ainda não se pode comprar nem alugar na Grécia, hoje?
Confesso que levei alguns anos para aceitar a ideia de que a capacidade de exploração dos homens não tem limite — apenas sua capacidade física.
Eu pensava, por exemplo, que há um patamar mínimo abaixo do qual ninguém ousa avançar porque aí se ameaça a sobrevivência da espécie. Essa seria a função, imaginava, do salário mínimo. Engano.
Há situações em que a pessoa recebe menos do que precisa para sobreviver e segue vivendo. Morre, desmaia, não consegue se mexer. Mistura trabalho, mendicância, delinquência. Em momentos particulares da história, isso pode acontecer com um povo inteiro.
Será este o futuro da Grécia?
Imagine como se encontra o país, hoje. Mesmo para quem foi ocupado pelos nazistas durante a Segunda Guerra, e que jamais teve direito a ser indenizado pela imensa destruição causada pelas forças de ocupação militar — será muito abuso acusar os alemães de ocupação financeira da Grécia hoje ? — o que se assiste representa um novo degrau de vergonha e crueldade.
A Grécia foi atacada em sua soberania. Traída pelos banqueiros e por uma parcela dos parlamentares, que impediram o país de decidir de forma democrática se aceitaria ou não submeter-se a um pacote dos bancos europeus — que nem pagaram o prometido até agora — agora ela é atacada em sua sobrevivência.
Vamos combinar: o que separa a Idade Média da idade moderna é o crescimento das cidades e o nascimento do Estado, com seus direitos e prerrogativas, entre os quais o poder de polícia, a segurança, o monopólio da violência.
O Estado não pode ser alugado nem comprado. Não pode ser assim, de forma descarada e aberta, como alguém que entra na delegacia e leva para casa os responsáveis pela Lei e pela Ordem como se estivessem dentro de uma lata de refrigerante adquirida num supermercado.

Paulo Moreira Leite

*esquerdopata

Charge do Dia



Ditadura militar (1964-1985): repressão, resistência e memória


Governo do Estado de São Paulo
Memorial da Resistência de São Paulo
convidam para a palestra
Ditadura militar (1964-1985): repressão, resistência e memória
Palestrante: Prof. Dr. Carlos Fico (UFRJ)
Dia 28 de abril de 2012 (sábado), das 10h30 às 13h
Largo General Osório, 66 – Luz
Auditório Vitae – 5º andar
O primeiro Encontro de Aprofundamento Temático deste ano apresenta a palestra “Ditadura militar (1964-1985): repressão, resistência e memória”, com o objetivo de discutir, de forma atualizada, questões que envolvem o aparato repressivo estruturado durante o regime militar para vigiar, desarticular e punir as ações de resistência política organizadas por setores da sociedade brasileira. Outro tema a ser abordado, é o tratamento dado às marcas da memória do período, incluindo, neste sentido, a implantação da Comissão Nacional da Verdade.
Carlos Fico
É mestre em história pela Universidade Federal Fluminense e doutor em história pela Universidade de São Paulo, onde também fez estágio de pós-doutoramento. Atualmente, é Professor Titular de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro e desenvolve pesquisas relacionadas aos seguintes temas: ditadura militar no Brasil e na Argentina, historiografia brasileira, rebeliões populares no Brasil republicano e história política dos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Foi "Cientista do Nosso Estado" da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) entre 2003 e 2006 e recebeu o Prêmio Sergio Buarque de Holanda de Ensaio Social da Biblioteca Nacional em 2008.
Público alvo: professores, educadores e estudantes universitários (graduação e pós-graduação)
Inscrições: de 16 a 26 de abril, somente pelos telefones (11) 3324.0943 ou 0944, com Valdir ou Paulo (de segunda à sexta-feira, das 10h às 17h30)
Entrada Franca
Haverá entrega de declarações de comparecimento aos interessados
*BrasilMobilizado

Inquisição: a perversidade para torturar e matar

 

 

Durante a inquisição a tortura foi usada para extrair "confissões" dos acusados por pequenos delitos e também "crimes" graves. Variados métodos de tortura foram desenvolvidos. 


Além de aparelhos mais sofisticados e de alto custo, utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates, garras metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes, instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas. Há ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até que admitissem ligações com Satanás e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.

Os inquisidores utilizavam-se de diversos recursos para extrair confissões ou “comprovar” que o acusado era feiticeiro. Segundo registos, as vítimas mulheres eram totalmente depiladas pelos torturadores que procuravam um suposto sinal de Satanás, que podia ser uma verruga, uma mancha na pele, mamilos excessivamente enrugados (neste caso, os mamilos representariam a prova de que a bruxa “amamentava” os demónios) etc. Mas este sinal poderia ser invisível aos olhos dos torturadores. Neste caso, o “sinal” seria uma parte insensível do corpo, ou uma parte que se ferida, não verteria sangue. Assim, os torturadores espetavam todo o corpo da vítima usando pregos e lâminas, à procura do suposto sinal.
No Liber Sententiarum Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados comummente, encontra-se tortura física através de aparelhos, como a Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio, além de torturas psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e excrementos.
De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças públicas e tornava-se um evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, consequentemente, a execução das vítimas. Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura.

Métodos de torturas
Roda de despedaçamento
Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida que a roda se movimentava em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por agulhas metálicas. Este método foi utilizado entre 1100 e 1700 em países como Inglaterra, Holanda e Alemanha.

    Dama de Ferro 
A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.

  Berço de Judas
Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, é colocada “sentada” sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal. O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).

Garfo
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Garras de gato
Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros.
Pêra 
Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou “relação sexual com Satanás”.


Máscaras
A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o incómodo físico era menor do que a humilhação pública.
Cadeira
Uma cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.

Cadeira das bruxas
Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.


Cavalete 
A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio cortante.
Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há registos de que o executor golpeava o abdómen da vítima danificando os órgãos internos da vítima.

Esmaga cabeça
Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registos de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.

Quebrador de joelhos
Aparelho simples composto por placas paralelas de madeira unidas por duas roscas. À medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e ossos.
Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima, já com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas sessões.

Mesa de evisceração
O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdómen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.

Pêndulo
Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador, através deste eixo, deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.
Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fracturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma “pré-tortura”, antes do julgamento.

Potro
Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios. As cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito como um torniquete, pressionando progressivamente os membros do condenado. Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não sofresse sequelas irreversíveis. Mesmo assim, era comum que os carrascos, incitados pelos interrogadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os ossos esmagados.

Guilhotina
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções. A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos verticais, descia violentamente decapitando o condenado.

O Serrote
Usada principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.

Espada, machado e cepo
As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.
O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.

Garrote
Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique erecta em contacto com o tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e, à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro. Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.

Gaiolas suspensas 
Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.

Submersão
A submersão podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no líquido fervente.

Empalação
Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser posta “sentada” sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas.

Cremação
Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.
Mesa de evisceração
O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.
 Arena das Feras
 
 Chicoteamento

Dormitório

 Estiramento

 Mesa de estiramento 
A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer. A vitima era estira até que seus membros e ossos fossem separados
 
 Pêndulo para dormir de cabeça para baixo

Purificação dos pés dos Hereges
*Briguilino

Parabéns RUI FALCÃO, 68, deputado estadual (SP) e presidente nacional do PT. De tudo que o senhor escreveu, destaco:"O certo, porém, é que a veneração que setores da mídia nutriam por Demóstenes refletia uma espécie de gratidão pela incansável luta, essa sim verdadeira, do parlamentar contra todos os avanços sociais obtidos pelos governos petistas." 

 Rui Falcão

A manobra do jornal O Estado de São Paulo é transformar a CPI do larápio e racista senador Demóstenes Torres em uma luta partidária. O diário oficial da Tucanalha trabalha diuturnamente para desinformar. Nunca devemos nos esquecer que o tablóide disse que José Serra tem um "currículo exemplar"

 


*Aposentadoinvocado

A CPI de Cachoeira e o "mensalão"

Do sítio da CartaCapital:Era questão de tempo: tímidos, até então, com a escancarada relação mantida pelo contraventor Carlinhos Cachoeira com senador, deputados e um governador tucano, os jornais chegaram às bancas, nesta quinta-feira 12, com a arma apontada na direção oposta.
Estamparam em suas capas a suspeita de que o lobby de Cachoeira chegara ao governador petista Agnelo Queiróz (DF). Num exercício de retórica mais elástico que os tentáculos políticos de Cachoeira, conseguiram trazer ao centro do debate a palavra “mensalão”.

Tudo isso às vésperas da instalação de uma CPI mista para investigar as relações suprapartidárias do contraventor pelo mundo político, tão ecléticas quanto suas áreas de influência – que iam do jogo do bicho à indústria farmacêutica, passando por serviços de coleta de lixo.

O esforço agora é tentar arrastar para o centro do escândalo quem até então parecia faturar com a situação. As movimentações mais recentes apontam que até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para emplacar a comissão, já acertada pelos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A abertura da CPI passou a ser defendida abertamente pelo presidente do PT, Rui Falcão. Foi o suficiente para que O Globo visse na postura uma tentativa de desviar o foco do “mensalão”.
Mais:
*Ajusticeiradeesquerda

Revista Veja vira matéria de capa da Carta Capital

A revista Veja virou matéria de capa da revista Carta Capital ao lado de Demóstenes Torres, Marconi Perillo, Gilmar Mendes, Roberto Gurgel e Agnelo Queiroz, com to título: "Na mira: Quem tem medo da CPI do Cachoeira".
*osamigosopresidentelula