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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 18, 2012

En este vídeo, os mostramos una serie de misteriosos mensajes que aparecen en la catedral de San Juan el Divino, en New York, nos centramos en el pórtico y en sus capiteles coronados, en ellos extraños mensajes contemporáneos parecen mostrarnos una especie de futuro


*Mundodesconecido
O barraco já começou.Tucanos descontrolados rasgam cartaz pró-CPI: CPI já vira caso de polícia dentro da Câmara



A CPI mista do Cachoeira nem começou mas já pega fogo nos bastidores – em especial, nos corredores da Câmara. Um roteiro com ingredientes  de cena policial ganhou o sétimo andar do Anexo 4 da Casa. Indignados com um cartaz pró-CPI na porta do gabinete do deputado federal  Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), ex-delegado da PF e entusiasta da instalação, dois deputados tucanos o arrancaram da porta e jogaram no  chão, irados. Tratam-se de ninguém menos que o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).  Protógenes só soube quando pediu à Polícia Legislativa o vídeo do circuito interno de TV do corredor. Mas não prestou queixa à Mesa Diretora.
Constrangido e incrédulo, Protógenes não procurara, até ontem à noite, os parlamentares para pedir explicações. Um assessor acompanhava  os deputados na hora do ‘ataque’.
Pelo vídeo e sequência de fotos, fica clara a atuação do trio na porta fechada do gabinete do deputado, durante o dia. Guerra indica e Marinho  puxa o cartaz. 
Procurada pela coluna, a assessoria de Guerra ainda não se pronunciou. Protógenes cita um cartaz da CPI do Cachoeira, e o deputado Marinho reconheceu que tirou o cartaz pró-CPI da  Privataria Tucana da porta, o que se lembra. Disse que foi um “ato político” e que isso aconteceu há algumas semanas, embora Protógenes tenha tido acesso aos vídeos ontem. Lamentou que os deputados colem nas portas cartazes de ataques institucionais, como o que considerou o do deputado comunista.

*Mariadapenhaneles

Filme mostra homem com Alzheimer «despertar» ao ouvir iPod; Assista o vídeo

Caro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do site Diário Digital, Portugal.
“Só a música salva” é um lema seguido por muitos apreciadores dos mais diversos ritmos e sons em redor de todo o mundo. Esse foi o caso do norte-americano Henry Dryer, de 92 anos, portador da doença de Alzheimer. Após ouvir uma selecção de canções que fez parte da sua vida, mudou completamente de comportamento. Antes quieto e cabisbaixo numa cadeira de rodas, Henry ficou extremamente entusiasmado após reencontrar as suas lembranças musicais.
O exemplo de Henry está num trailer para promover o documentário “Alive Inside” e mostra a extraordinária terapia musical feita com pacientes que sofrem de Alzheimer ou outros tipos de demência.
Algumas celebridades e a doença de Alzheimer
Dicas de como lidar com pessoas diagnosticadas com a doença de Alzheimer
Visto mais de três milhões de vezes, o vídeo é narrado por um trabalhador de acção social e pelo neurologista norte-americano Oliver Sacks, que explora a ligação entre a música e a memória dos que sofrem de problemas mentais degenerativos.
A história de Henry é a mais tocante. Visto primeiramente na sua cadeira de rodas, num asilo, sem responder a nenhuma questão ou estímulo, o idoso recebe um iPod cheio de músicas e grandes hits dos seus tempos de juventude. Henry rejuvenesce. “Ele fica iluminado! O seu rosto ganha expressão, os olhos abrem…ele fica animado com o que ouve”, diz Sacks. “De uma certa forma, Henry restitui-se. Lembra-se de quem é. Ele recuperou a sua identidade por alguns instantes através da música.”
“Sou louco por música”, fala Henry após ouvir as canções, demonstrando uma grande melhoria após a terapia musical. “Acho que Cab Calloway era o meu músico preferido”. A música, conclui, “dá-me o sentimento de amor”.

*deficienteciente

ÍNDIOS PATAXÓS OCUPAM TERRAS REIVINDICADAS HÁ 28 ANOS NO LITORAL SUL DA BAHIA


Decisão depende do STF

Índios da etnia Pataxó Hã Hã Hãe ocuparam cinco propriedades rurais na madrugada deste domingo (15), que estão sob a posse de fazendeiros e empresas agropecuárias no litoral sul da Bahia. Os índios reclamam a posse das terras há 28 anos alegando que a área foi demarcada como reserva indígena em 1936, mas o governo estadual concedeu títulos de posse a fazendeiros da região em anos posteriores, gerando o atual conflito.

Conflito que por sinal tende a se agravar, como diz notícia publicada pela Agência Brasil, caso a definição sobre a propriedade das terras não aconteça. O destino da questão depende agora menos das polícias Civil e Militar do estado que “pouco ou nada podem fazer”, uma vez que as terras são consideradas como área de reserva federal e as forças auxiliares não têm acesso ao local, e mais do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar a Ação Cível Originária (ACO) 312, protocolada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), assegurando aos pataxós a posse e o usufruto da terra indígena Caramuru-Paraguaçu.

Veja trecho de notícia sobre o assunto:

Índios pataxós invadem cinco fazendas no sul da Bahia
Por Stênio Ribeiro
Brasília – Índios da etnia Pataxó Hã Hã Hãe ocuparam cinco propriedades rurais na madrugada deste domingo (15), em terras que são disputadas com fazendeiros e com empresas agropecuárias no litoral sul da Bahia, de acordo com o agente da Polícia Civil no município de Pau Brasil, Sagro Bonfim.
Ele disse à Agência Brasil que índios da Aldeia Caramuru-Paraguaçu invadiram as fazendas antes de o dia amanhecer, segundo relatos de fazendeiros que procuraram a delegacia local para registrar as ocorrências e notificaram que mais de 30 pessoas estão reféns dos índios.
O policial informou que as invasões têm se tornado corriqueiras na disputa pela posse de 54 mil hectares de terras nos municípios de Pau Brasil, Camacan e Itaju da Colônia, e ele teme que haja “derramamento de sangue” na região enquanto não houver definição sobre a propriedade das terras.
Até porque, segundo Bonfim, as polícias Civil e Militar do estado “pouco ou nada podem fazer”, uma vez que as terras são consideradas como área de reserva federal e as forças auxiliares não têm acesso ao local, a não ser que a Polícia Federal (PF) solicite nosso apoio, acrescentou.
Sagro Bonfim disse que a unidade da PF mais próxima fica em Ilhéus, a mais de 150 quilômetros do local, e foi avisada do ocorrido no início desta manhã, mas adiantou que os federais só irão à reserva amanhã (16), ocasião em que as autoridades dos municípios afetados terão uma visão mais exata a respeito das invasões e de seus efeitos.
Ele acrescentou que não há, por enquanto, nenhuma informação sobre a existência de feridos nas invasões deste domingo, mas revelou que o clima é de tensão na região, a ponto de os habitantes de Pau Brasil terem feito barricadas nos acessos à cidade para evitar a circulação dos índios, que reclamam a posse das terras há 28 anos. (Texto completo)
*Educaçãopolitica

As falácias do neoliberalismo no Brasil

 

O Estado-nação e o dragão financeiro 
Os ex-presidentes Fernandos não conseguiram privatizar os bancos públicos. Foi o que nos salvou na crise
 Roberto Amaral
CartaCapital 
À imprensa ligeira e aos economistas midiáticos passa despercebida a guinada da política brasileira, restabelecendo o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, responsável mesmo pelo fortalecimento da economia privada e, em muitos casos, pela sobrevivência da empresa nacional. Assim foi entre nas décadas de 1930 e 1970, as dos melhores índices do crescimento do PIB brasileiro. Não há um só setor da economia nacional que não tenha dependido do crédito ou da proteção estatal, seja mediante investimentos em infraestrutura, seja mediante a proteção ao similar nacional (mesmo no caso das montadoras e de toda a indústria multinacional), seja mediante políticas de favorecimento das compras internas, seja, finalmente, mediante as mais diversas formas de protecionismo.
Aliás, a questão do protecionismo tem de ser bem entendida: interessa ele a todos que aqui produzem, fazendo com que, em seu proveito, as multinacionais se comportem como se nacionais fossem. É assim desde sempre: quem está do lado de fora quer abrir as portas do mercado, quem está do lado de dentro quer protegê-lo. Tudo isso foi posto de lado nos largos anos do império do neoliberalismo arcaico que nos infelicitou nas últimas décadas. Neoliberalismo derrotado pela história aqui e em todo o mundo, mas que tenta sobreviver, ideologicamente, na contra-mão da realidade objetiva. Basta atentarmos à grande imprensa.
A retomada dessa política de defesa da economia – que nos salvou da crise mundial e que nos abre espaços para o crescimento sustentado – deve-se ao fato de os dois Fernandos não haverem conseguido desmantelar, de todo, o aparato estatal de intervenção. Primeiro, o clamor público contra as tratativas de privatização de Furnas e da Petrobras (após a doação da Vale a grupos privados), depois as derrotas dos candidatos neoliberais, o que impediu a completa privatização dos bancos estatais. Até o BNDES esteve na mira dos privatistas. Sobraram, além dele, os poderosos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, acionados pelo governo Lula para garantir o consumo interno quando, logo em seu início, a crise do capitalismo internacional lançava suas garras sobre nós, ameaçando uma estabilidade econômica e um crescimento recuperados, com grandes sacrifícios, após mais de duas ‘décadas perdidas’, aquelas décadas governadas pelo neoliberalismo caboclo.
A intervenção dos bancos estatais, resolutiva em si, seria necessária em qualquer hipótese de consolidação de uma política de expansão do mercado interno (a estratégia do governo de centro-esquerda), mas foi tornada inadiável quando o sistema bancário nacional (isto é, o sistema bancário aqui instalado, algumas instituições repercutindo aqui dentro as crises de suas matrizes estrangeiras), pensando pura e exclusivamente nos interesses de  seus acionistas, de costas para os interesses do país onde colhiam e colhem seus melhores lucros, contiveram o crédito e assim apontaram claramente para a estagnação e a recessão. Delas nos livrou a ação do governo Lula que determinou ao BNDES, à Caixa e ao Banco do Brasil (onde a resistência foi de tal ordem que exigiu a demissão de seu presidente) a presença ativa no mercado, oferecendo financiamento de investimentos e crédito ao consumidor, mantendo ativa a cadeia industrial, salvando empregos e alimentando o mercado interno. Assim o círculo vicioso do monetarismo (recessão, desemprego, queda das vendas, queda da produção, desemprego) foi substituído pelo círculo virtuoso do desenvolvimento: mais compras, mais produção, mais empregos, mais compras.
O segundo grande momento devemos à presidente Dilma, que, de fato, sepultou a tolice de “Banco Central independente”. Independente de quem, cara pálida? De um governo soberano, respaldado pelo sufrágio eleitoral, que se veria impedido de operar sua política econômica diante de meia dúzia de diretores provindos de bancos privados ou fazendo carreira para neles ingressarem? A independência que se pretende para o BC é a de não se submeter aos ditames do sistema bancário privado. Isto sim.
O fato ao qual me refiro é a nova política de juros, determinada pelo governo Dilma, de baixa constante (a ser confirmada na próxima reunião do Copom), ainda que lenta, sem medo do “mercado”, com os olhos voltados para o desenvolvimento sustentado. É importante lembrar que quando o Banco Central começou a reduzir a taxa básica de juros, a grande imprensa e o “mercado” apressaram-se a prognosticar a volta da inflação. E o que aconteceu? Ela caiu!
Agora, por ordem da Presidente Dilma, diante da insistência do sistema bancário privado em manter os juros estratosféricos que está habituado a praticar, Banco do Brasil e Caixa Econômica baixaram unilateralmente seus juros e impuseram a concorrência num mercado fechado, cheio de caixas-pretas e cujos interesses se fazem presentes nos mais diversos escaninhos da Esplanada.
Como reagem os banqueiros? Esperneando, chantageando, pedindo mais recursos e mais garantias e, como sempre, menos impostos e mais liberdade para suas altíssimas taxas por serviços discutíveis. E dizem que o spread é resultado da inadimplência. Ora, a inadimplência é que o resultado dos juros de agiota de esquina, que praticam.
Como toda gente sabe, até os economistas midiáticos, os bancos  no Brasil têm a maior rentabilidade do planeta! Com um ganho médio (retorno sobre o patrimônio liquido) de cerca de 14%, superaram o lucro dos bancos estadunidenses, instituições bem maiores, que não foi além, em 2011, dos 7,63%.
No ano passado, o lucro dos sete maiores bancos brasileiros (R$ 49,4 bilhões) representou/apresentou um crescimento de 14% sobre o lucro em 2010. Isto significa 39,4% do total acumulado por 344 empresas de capital aberto (não incluídas Petrobras e Vale). O PIB brasileiro, no mesmo período, cresceu 2,7% e a indústria de transformação, apenas 0,2%.
Apesar de auferir lucros que raiam a obscenidade, os bancos não liberam crédito e captam no mercado pagando juros de 7,5% para emprestar a 80% ao ano, aí embutido o maior spread do mundo!
Amuados, dizem quase em uníssono (com uma ou outra exceção, como a do HSBC) que não vão aderir à política de juros honestos. Até quando poderão se impor aos interesses nacionais?
A imprensa apressada e a direita impressa tampouco gostaram da nova política do governo. Imediatamente após o anúncio das medidas, grandes jornais iniciaram uma série de reportagens para dizer que os bancos públicos não estão preparados para dar sequência às medidas anunciadas pelo Planalto, e jornalistas anunciam a queda das ações do Banco do Brasil, assustando o investidor e o “mercado” sob o frívolo argumento segundo o qual a redução dos juros implicará queda de rentabilidade (prejuízo para os acionistas), quando até os contínuos das redações sabem que emprestando mais e conquistando novos correntistas os bancos ganharão mais. Em três dias de operação, o BB teve 29 mil adesões às novas linhas de crédito.
Esta, aliás, é a questão central: o fortalecimento do setor bancário estatal como exigência estratégica de defesa da economia nacional e de capacidade objetiva de execução das políticas públicas. Sua presença agressiva no mercado, forçando a competição, é o que de mais salutar ocorreu este ano, na economia. Lembre-se, finalmente, que o festejado desempenho, nos últimos anos, inclusive durante a crise, de duas grandes economias do mundo, a China e a Índia, deve-se em boa parte, não resta dúvida, ao fato de ambas se beneficiarem de um poderoso sistema de bancos públicos, imbuídos de missão estratégica. É preciso, entretanto, que não seja este um episódio isolado ou de curto prazo. Impõe-se completar a desindexação da economia, para que a inflação seja definitivamente domada.
Enquanto isso, a imprensa corporativa, tão solícita em dar voz aos queixumes do “mercado” relativos aos ensaios de política industrial, pouco ventila os acontecimentos que vêm sacudindo um certo país nórdico, chamado Islândia. Aos tolos, e só a eles, isso parecerá uma pura coincidência.

*esquerdopata

Juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza extingue a pena de Salvatore Cacciola

A Justiça do Rio concedeu indulto e extinguiu a pena do ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola em resolução desta segunda-feira (16). Segundo informações do TJ-RJ, a decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais (VEP), acaba definitivamente com a pena de Cacciola, que cumpria condenação em regime semiaberto desde 2011. Não cabe recurso.
O ex-banqueiro foi condenado em 2005 a 13 anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro. Foragido, ele foi encontrado em 2007 e ficou preso em regime fechado no Brasil somente entre 2008 e 2011.    
De acordo com a decisão, o apenado cumpriu as exigências estabelecidas pela lei: ele tem mais de 60 anos, cumpriu um terço da pena e não cometeu falta grave nos últimos doze meses anteriores à concessão do benefício.
Em agosto do ano passado, o ex-dono do banco deixou a prisão após a Justiça conceder sua liberdade condicional. Ele cumpria pena no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital fluminense. Cacciola recebeu o benefício, na época, por decisão da juíza Natascha Maculan Adum Dazzi, que avaliou bom comportamento e cumprimento de um terço da pena. 
Em abril de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha negado, por oito votos a um, o pedido para que Cacciola respondesse em liberdade, porém a Corte concedeu a ordem para o juiz da execução penal avaliar a possibilidade de ele cumprir a pena em regime semiaberto. Por prerrogativas legais, ele conseguiu a liberdade condicional.
Entenda o caso
Em 1999, Cacciola era o então presidente do banco Marka que, com a desvalorização cambial da época (a instituição apostou na estabilidade do dólar e tinha 20 vezes o seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro da moeda norte-americana), quebrou e pediu "socorro" ao banco Central.
Alegando que o fato provocaria uma crise sistêmica no mercado, o banco Marka recebeu o tal socorro do BC, juntamente com o banco FonteCidam, e vendeu dólares abaixo da cotação de mercado para que os bancos não quebrassem. Tal fato causou um rombo nos cofres públicos na ordem de R$ 1,5 bilhão.
Por conta disso, Cacciola foi preso provisoriamente, mas em 2000 conseguiu um habeas corpus do ministro do STF Marco Aurélio Mello e viajou para a Itália. Logo depois, o plenário do Supremo revogou a liminar concedida, determinando uma nova prisão, mas Cacciola não retornou ao Brasil e passou a ser considerado foragido. Um pedido de extradição do ex-banqueiro foi negado pela Itália, sob o argumento de que ele possui a cidadania italiana.
Em 2005, Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pela Justiça brasileira em primeira e segunda instâncias. 
O ex-banqueiro foi preso em 2007, localizado pela Interpol em Mônaco, país que não participa da União Europeia. Ele foi extraditado ao Brasil em julho do ano seguinte. Desde então, ficou o preso no Rio de Janeiro.

*esquerdopata

A inversão de valores da velha mídia

Jornalista Messias Pontes(PCdoB/CE)- messias.pontes@bol.com.br
Historicamente, a velha mídia conservadora, venal e golpista é useira e vezeira em inverter os valores das questões essenciais à sociedade, notadamente nas últimas décadas. E essa inversão é sempre a favor do que há de mais retrógrado no País e no mundo.
Foi assim durante a campanha do Petróleo é Nosso, quando divulgava à exaustão que não havia petróleo no País; foi assim ao se posicionar contra o monopólio estatal do petróleo e à criação da Petrobras; foi assim na campanha para derrubar o presidente Getúlio Vargas nos anos 1950 – Getúlio se matou no dia 14 de agosto de 1954 para evitar o golpe de Estado -; foi assim para impedir a posse de João Goulart após a renúncia do Presidente Jânio Quadros em 1961; foi assim na preparação do golpe militar de 1º de abril de 1964; foi assim durante todo o período da ditadura; foi assim durante a Assembleia Nacional Constituinte, sempre a favor do Centrão e contra os trabalhadores e a soberania nacional.

Grandino Rodas, o bárbaro da USP

Por Cynara Menezes, na CartaCapital:

Imaginem um lugar com cerca de 110 mil habitantes e quase 5 milhões de metros quadrados, todo cercado, com um administrador que toma decisões sem ouvir ninguém, que recorre à repressão policial e ao banimento de dissidentes e utiliza espiões para se manter informado da atividade dos adversários. Não, não se trata de nenhuma republiqueta de bananas, mas da maior universidade do País, a USP, sob a governança do reitor João Grandino Rodas, também conhecido no campus como “o rei”.

Bancos não abrem mão da agiotagem

Por Wagner Gomes, no sítio da CTB:

A presidenta Dilma acertou na mosca ao criticar os juros extorsivos cobrados pelo sistema bancário nacional, que são os mais altos do mundo. Apesar da redução da taxa básica (Selic) promovida pelo Banco Central, o chamado spread bancário, que significa a diferença entre o que as instituições pagam para captar dinheiro e a taxa de juros que cobram nos empréstimos a empresas e consumidores, permanece nas alturas.

Fidel elogia Dilma e ironiza Obama

Do sítio Vermelho:

Em mais uma reflexão sobre a Cúpula das Américas que se realizou em Cartagena, Colômbia, o líder da revolução cubana, Fidel Castro, em texto publicado neste domingo (15) sob o título “Realidades edulcoradas que se afastam”, diz que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parecia “ausente” e que a brasileira, Dilma Rousseff, apresenta as questões com “autoridade e dignidade”.

Veja parece japonês perdido no mato

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Meu médico recomendou dieta. E evitar estresse. Por isso, abstive-me da leitura de ”Veja” no fim-de-semana. Foi um erro. Era chance de desopilar o fígado. Até pelo humor.

Recebo dos leitores, desde sábado, trechos da “reportagem”. Na abertura de um dos parágrafos, parece haver uma metáfora colossal sobre “formigas e feromônios”. Deve ter sido obrada pelos mesmos editores que acreditaram no “Boimate” – piada de primeiro de abril publicada pela revista dos Civita, como se fosse pesquisa séria…

Revista Veja é “o crime organizado fazendo jornalismo”

deputado-fernando-ferrpO deputado federal Fernando Ferro (PT-PT) acusou hoje (17) a revista Veja de se valer de seu espaço midiático para tentar abafar a criação da comissão parlamentar mista de inquérito destinada a apurar a conexão entre políticos e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
“Na semana passada, tinha afirmado aqui que a revista Veja se associava ao crime organizado para fazer jornalismo. Eu me enganei, acho que a revista Veja já é o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, disse o parlamentar na tribuna da Câmara, em Brasília, em referência à reportagem publicada no último fim de semana. Para a revista do Grupo Abril, a CPMI é uma estratégia do PT para desviar o foco do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso do mensalão. “O que ela fez essa semana foi vestir a carapuça e achar como natural e normal utilizar o expediente da informação produzida por bandidos e delinquentes para fazer o seu jornalismo. Então isso não é mais uma associação, mas uma ação de crime organizado.”
A CPMI tomará como ponto de partida as investigações da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo. Além de mostrar as conexões de Cachoeira com políticos, as escutas promovidas durante a apuração mostraram que o diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Júnior, recebia informações do grupo do contraventor para a formulação de reportagens. 
O deputado, que já adiantou que gostaria de ouvir o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, sobre as conexões entre a editora e Cachoeira, considera que a CPMI terá de debruçar sobre as relações entre grupos privados, representantes do Estado e jornalistas. “Não há outro caminho senão o da imprensa assumir o seu papel de denunciar, mas desvinculada do crime organizado”, afirmou.
No: Rede Brasil Atual
*Ocarcará