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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, maio 07, 2012
Dilma parabeniza François Hollande por vitória
A presidenta Dilma Rousseff enviou na noite deste domingo (06) mensagem
com os cumprimentos ao presidente eleito da França, François Hollande.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Excelentíssimo SenhorFrançois HollandePresidente Eleito da República FrancesaPrezado Presidente,Quero transmitir-lhe meus mais efusivos cumprimentos por sua eleição para a presidência da França.Acompanhei com grande interesse suas propostas de vencer a crise que enfrenta a Europa com responsabilidade macroeconômica, mas, sobretudo, com políticas que favoreçam o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social. Estou segura que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais – dentre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina.França e Brasil estão unidos por ambiciosos projetos bilaterais, como conseqüência da aliança estratégica que estabelecemos. Estou segura que daremos continuidade a essa cooperação nos próximos anos.Reiterando minha saudação por sua vitória, espero poder tê-lo entre nós, aqui no Brasil, em junho próximo, na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.Receba, prezado Presidente, meu apreço e simpatia,Cordialmente,Dilma RousseffPresidenta da República Federativa do Brasil
domingo, maio 06, 2012
El Otro Darwin y la Otra Evolución de las Especies
*MundoDesconecido
TV KROON-PROGRAMA SEXTO SENTIDO Nº64-FACE A FACE COM JESUS.
Rejeição a José Serra no limite
Intelectuais tucanos apoiam Fernando Haddad
Intelectuais historicamente ligados ao PSDB decidiram nas últimas
semanas embarcar na campanha do candidato do PT à Prefeitura de São
Paulo, Fernando Haddad.
Principal adversário do ex-governador José Serra (PSDB) na eleição deste
ano, Haddad conseguiu atrair dois ex-ministros do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e até acadêmicos que no passado foram ligados a
Serra.
Os que admitem seu empenho na campanha petista ressaltam, no entanto,
que se trata de uma adesão pessoal ao candidato, e não ao PT.
Eles citam como motivação seu respeito à produção intelectual de Haddad,
que fez carreira como professor universitário antes de entrar na
política, e sua trajetória no Ministério da Educação, pasta que chefiou
por oito anos.
Além disso, alguns dos intelectuais manifestam descontentamento com os
rumos do PSDB desde a fracassada campanha de Serra à Presidência da
República. Eles acham que o tucano fez o partido dar uma guinada à
direita no ano passado, ao levar para o palanque a discussão de temas
como o aborto.
Um dos primeiros a se aproximar de Haddad foi o economista e professor
da FGV (Fundação Getulio Vargas) Luiz Carlos Bresser-Pereira. Ministro
da Administração no primeiro mandato de FHC e de Ciência e Tecnologia no
segundo, Bresser está articulando um convite para que Haddad vá à FGV
fazer uma palestra em breve.
O ex-ministro, que foi filiado ao PSDB até o ano passado e rompeu com o
partido publicamente depois da campanha presidencial, conhece Serra há
muitos anos. Ele tem influenciado colegas como o professor José Márcio
Rego.
"Há sim uma simpatia de parte do corpo docente da FGV, vinculada ao
PSDB, pelo Fernando Haddad", disse Rego. Em 2006, ele ajudou a coletar
na academia assinaturas para um manifesto para lançar Serra de novo à
Presidência da República. Mas o tucano preferiu concorrer ao governo de
São Paulo, e o candidato do PSDB à Presidência foi Geraldo Alckmin.
Haddad contará ainda com o auxílio da secretária municipal de Educação
do Rio de Janeiro, Claudia Costin. Secretária de Cultura no primeiro
mandato do governador Geraldo Alckmin e ex-ministra de Administração de
FHC, Costin deve colaborar com o capítulo de educação do programa de
governo petista.
Costin foi convidada a dar sugestões a Haddad por Cida Perez,
ex-secretária de Educação na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy em São
Paulo. Nas próximas semanas, ela participará de um debate sobre educação
organizado pela campanha de Haddad ao lado da socióloga Maria Alice
Setúbal, que em 2010 participou da campanha da ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva à Presidência.
Na USP, onde Haddad se formou em direito, fez mestrado em economia e
doutorado em filosofia, colegas apontam a aproximação da cientista
política Maria Hermínia Tavares de Almeida, que sempre foi próxima dos
tucanos. Procurada pela Folha, ela não quis falar sobre as eleições municipais.
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