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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 14, 2012

Com que diploma Cerra
se candidata (a presidente) ?

Vamos ver se a Justiça Eleitoral de SP engole mais essa do “diploma” inexistente.
Sugestão do amigo navegante Renato, eleitor do Maluf




“Ministério Público quer impugnar Cerra e Russomano”

“Promotor alega que candidato (eterno- PHA) do PSDB não apresentou certidões na Justiça”

“Segundo o promotor eleitoral, Roberto Senise Lisboa, José Cerra não apresentou à Justiça Eleitoral certidões que mostrem em que base estão dois processos criminais que responde … além de quatro processos relacionados a acidente de trabalho no Tribunal de Justiça.”

(Russomono pagou a multa de R$ 5 mil que devia à Justiça Eleitoral. Mesmo assim, o MP, segundo o Gloo, considera que ele não pode concorrer, porque pagou fora do prazo.)

Navalha
O Conversa Afiada torce para que o Cerra resolva essa pendência na Justiça Eleitoral.
Resolva, enquanto é inimputável.
Seria, como sempre, um prazer vê-lo derrotado em 2012, para que, ato contínuo, lance a candidatura para 2014.
(Porque o Aécio Never não sai de trás dos morros de Minas. Não passa de Poeta Estadual, diria o Manuel Bandeira.
Na verdade, o Cerra já está em campanha para Presidente.)
Pena que o MP não peça ao Padim para exibir as derrotas já colhidas na Justiça – para este ansioso blogueiro, como se vê na aba “Não me calarão”, ele perdeu na Libertadores, na Copa Brasil e no Brasileirinho.
Breve perderá também para o Amaury Ribeiro Jr, a quem processa por conta do livro “A Privataria Tucana”.
Cerra ilustra aquela Galeria de Honra Daniel Dantas, ou “diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.
O Conversa Afiada quer mesmo é ver com que diploma ele vai se apresentar à Justiça Eleitoral.
Se de “economista” ou de “engenheiro”.
Porque ele não é um nem outro, como se sabe.
Aliás, a derrota para a presidência do Grêmio da Poli foi a primeira que sofreu em sua longa carreira de fiascos.
Depois, ele saiu da Poli sem o diploma.
Como também diz que tirou um “diploma” de Economista nos Estados Unidos (nos Estads Unidos, depois de fugir como perigoso esquerdista do Chile de Allende …) e não registra o “diploma” no Brasil.
Vamos ver se a Justiça Eleitoral de São Paulo engole mais essa do “diploma” inexistente.
Que pena a imparcial Dra Sandra Cureau não tenha mandato para intervir na Justiça Eleitoral de São Paulo.
Ela seria implacável com o Padim Pade Cerra.
Implacável !
Não fosse ela subordinada ao brindeiro Gurgel !
Aquele que o Collor chama de prevaricador.




Paulo Henrique Amorim

A Geopolítica dos EUA na América Latina e os Golpes de Estado na Venezuela (2002 ) e Paraguai (2012)

 

do redecastorphoto
Comentário do blog castorphoto: A geopolítica norte-americana para a América Latina sofreu prejuízos totalmente inesperados com a pressa dos neogolpistas paraguaios em assumir o poder e com tamanha ganância que não puderam aguardar até abril de 2013, quando seriam realizadas as eleições. Agora articulam com todos os seus aliados latinoamericanos fazer reverter a decisão de ingresso da Venezuela no MERCOSUL e a exclusão paraguaia desse organismo.
O Golpe de Estado no Paraguai está intimamente ligado à interferência no processo de admissão da Venezuela no MERCOSUL e a conter a influência política e econômica de Brasil e Argentina na América Latina, além de dificultar, ao Brasil, acesso aos portos do Pacífico, o que facilitaria enormemente o comércio com a China e o Extremo Oriente em geral.
Outro aspecto geoestratégico visado pelos EUA é a instalação de base militar na tríplice fronteira (Brasil – Paraguai - Argentina) e o controle do Aquífero Guarany e das reservas latinoamericanas do pré-sal.
Enviado em 13/7/2012 por Samuel Pinheiro Guimarães
1. Não há como entender as peripécias da política sul-americana sem levar em conta a política dos Estados Unidos para a América do Sul. Os Estados Unidos ainda são o principal ator político na América do Sul é pela descrição de seus objetivos devemos começar.
2. Na América do Sul, o objetivo estratégico central dos Estados Unidos, que apesar do seu enfraquecimento continuam sendo a maior potência política, militar, econômica e cultural do mundo, é incorporar todos os países da região à sua economia. Esta incorporação econômica leva, necessariamente, a um alinhamento político dos países mais fracos com os Estados Unidos nas negociações e nas crises internacionais.
3. O instrumento tático norte-americano para atingir este objetivo consiste em promover a adoção legal pelos países da América do Sul de normas de liberalização a mais ampla do comércio, das finanças e investimentos, dos serviços e de “proteção” à propriedade intelectual através da negociação de acordos em nível regional e bilateral.
4. Este é um objetivo estratégico histórico e permanente. Uma de suas primeiras manifestações ocorreu em 1889 na I Conferência Internacional Americana, que se realizou em Washington, quando os EUA, já então a primeira potência industrial do mundo, propuseram a negociação de um acordo de livre comércio nas Américas e a adoção, por todos os países da região, de uma mesma moeda, o dólar.
5. Outros momentos desta estratégia foram o acordo de livre comércio EUA-Canadá; o NAFTA (Área de Livre Comércio da América do Norte, incluindo além do Canadá, o México); a proposta de criação de uma Área de Livre Comércio das Américas - ALCA e, finalmente, os acordos bilaterais com o Chile, Peru, Colômbia e com os países da América Central.
6. Neste contexto hemisférico, o principal objetivo norte-americano é incorporar o Brasil e a Argentina, que são as duas principais economias industriais da América do Sul, a este grande “conjunto” de áreas de livre comércio bilaterais, onde as regras relativas ao movimento de capitais, aos investimentos estrangeiros, aos serviços, às compras governamentais, à propriedade intelectual, à defesa comercial, às relações entre investidores estrangeiros e Estados seriam não somente as mesmas como permitiriam a plena liberdade de ação para as megaempresas multinacionais e reduziria ao mínimo a capacidade dos Estados nacionais para promover o desenvolvimento, ainda que capitalista, de suas sociedades e de proteger e desenvolver suas empresas (e capitais nacionais) e sua força de trabalho.
7. Aexistência do MERCOSUL, cuja premissa é a preferência em seus mercados às empresas (nacionais ou estrangeiras) instaladas nos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai em relação às empresas que se encontram fora desse território e que procura se expandir na tentativa de construir uma área econômica comum, é incompatível com objetivo norte-americano de liberalização geral do comércio de bens, de serviços, de capitais etc que beneficia as suas megaempresas, naturalmente muitíssimo mais poderosas do que as empresas sul-americanas.
8. De outro lado, um objetivo (político e econômico) vital para os Estados Unidos é assegurar o suprimento de energia para sua economia, pois importam 11 milhões de barris diários de petróleo sendo que 20% provêm do Golfo Pérsico, área de extraordinária instabilidade, turbulência e conflito.
9. As empresas americanas foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor petrolífero na Venezuela a partir da década de 1920. De um lado, a Venezuela tradicionalmente fornecia petróleo aos Estados Unidos e, de outro lado, importava os equipamentos para a indústria de petróleo e os bens de consumo para sua população, inclusive alimentos.
10. Com a eleição de Hugo Chávez, em 1998, suas decisões de reorientar a política externa (econômica e política) da Venezuela em direção à América do Sul (i.e. principal, mas não exclusivamente ao Brasil), assim como de construir a infraestrutura e diversificar a economia agrícola e industrial do país viriam a romper a profunda dependência da Venezuela em relação aos Estados Unidos.
11. Esta decisão venezuelana, que atingiu frontalmente o objetivo estratégico da política exterior americana de garantir o acesso a fontes de energia, próximas e seguras, se tornou ainda mais importante no momento em que a Venezuela passou a ser o maior país do mundo em reservas de petróleo e em que a situação do Oriente Próximo é cada vez mais volátil.
12. Desde então desencadeou-se uma campanha mundial e regional de mídia contra o Presidente Chávez e a Venezuela, procurando demonizá-lo e caracterizá-lo como ditador, autoritário, inimigo da liberdade de imprensa, populista, demagogo etc. A Venezuela, segundo a mídia, não seria uma democracia e para isto criaram uma “teoria” segundo a qual ainda que um presidente tenha sido eleito democraticamente, ele, ao não “governar democraticamente”, seria um ditador e, portanto, poderia ser derrubado. Aliás, o golpe já havia sido tentado em 2002 e os primeiros lideres a reconhecer o “governo” que emergiu desse golpe na Venezuela foram, sintomaticamente, George Walker Bush (EUA) e José María Aznar (Espanha).
13. À medida que o Presidente Chávez começou a diversificar suas exportações de petróleo, notadamente para a China, substituiu a Rússia no suprimento energético de Cuba e passou a apoiar governos progressistas eleitos democraticamente, como os da Bolívia e do Equador, empenhados em enfrentar as oligarquias da riqueza e do poder, os ataques redobraram orquestrados em toda a mídia da região (e do mundo).
14. Isto apesar de não haver dúvida sobre a legitimidade democrática do Presidente Chávez que, desde 1998, disputou doze eleições, que foram todas consideradas livres e legítimas por observadores internacionais, inclusive o Centro Carter, a ONU e a OEA.
15. Em 2001, a Venezuela apresentou, pela primeira vez, sua candidatura ao MERCOSUL. Em 2006, após o término das negociações técnicas, o Protocolo de adesão da Venezuela foi assinado pelos Presidentes Chávez, Lula, Kirchner, Tabaré e Nicanor Duarte, do Paraguai, membro do Partido Colorado. Começou então o processo de aprovação do ingresso da Venezuela pelos Congressos dos quatro países, sob cerrada campanha da imprensa conservadora, agora preocupada com o “futuro” do MERCOSUL que, sob a influência de Chávez, poderia, segundo ela, “prejudicar” as negociações internacionais do bloco etc. Aquela mesma imprensa que rotineiramente criticava o MERCOSUL e que advogava a celebração de acordos de livre comércio com os Estados Unidos, com a União Européia etc., se possível até de forma bilateral, e que considerava a existência do MERCOSUL um entrave à plena inserção dos países do bloco na economia mundial, passou a se preocupar com a “sobrevivência” do bloco.
16. Aprovado pelos Congressos da Argentina, do Brasil, do Uruguai e da Venezuela, o ingresso da Venezuela passou a depender da aprovação do Senado paraguaio, dominado pelos partidos conservadores representantes das oligarquias rurais e do “comércio informal”, que passou a exercer um poder de veto, influenciado em parte pela sua oposição permanente ao Presidente Fernando Lugo, contra quem tentou 23 processos de “impeachment” desde a sua posse em 2008.
17. O ingresso da Venezuela no MERCOSUL teria quatro consequências: dificultar a “remoção” do Presidente Chávez através de um golpe de Estado; impedir a eventual reincorporação da Venezuela e de seu enorme potencial econômico e energético à economia americana; fortalecer o MERCOSUL e torná-lo ainda mais atraente à adesão dos demais países da América do Sul; dificultar o projeto americano permanente de criação de uma área de livre comércio na América Latina, agora pela eventual “fusão” dos acordos bilaterais de comércio, de que o acordo da Aliança do Pacifico é um exemplo.
18. Assim, a recusa do Senado paraguaio em aprovar o ingresso da Venezuela no MERCOSUL tornou-se questão estratégica fundamental para a política norte americana na América do Sul.
19. Os líderes políticos do Partido Colorado, que esteve no poder no Paraguai durante sessenta anos, até a eleição de Lugo, e os do Partido Liberal, que participava do governo Lugo, certamente avaliaram que as sanções contra o Paraguai em decorrência do impedimento de Lugo, seriam principalmente políticas, e não econômicas, limitando-se a não poder o Paraguai participar de reuniões de Presidentes e de Ministros do bloco.
Feita esta avaliação, desfecharam o golpe. Primeiro, o Partido Liberal deixou o governo e aliou-se aos Colorados e à União Nacional dos Cidadãos Éticos - UNACE e aprovaram, a toque de caixa, em uma sessão, uma resolução que consagrou um rito super-sumário de “impeachment”.
Assim, ignoraram o Artigo 17 da Constituição paraguaia que determina que “no processo penal, ou em qualquer outro do qual possa derivar pena ou sanção, toda pessoa tem direito a dispor das cópias, meios e prazos indispensáveis para apresentação de sua defesa, e a poder oferecer, praticar, controlar e impugnar provas”, e o artigo 16 que afirma que o direito de defesa das pessoas é inviolável.
20. Em 2003, o processo de impedimento contra o Presidente Macchi, que não foi aprovado, levou cerca de 3 meses enquanto o processo contra Fernando Lugo foi iniciado e encerrado em cerca de 36 horas. O pedido de revisão de constitucionalidade apresentado pelo Presidente Lugo junto à Corte Suprema de Justiça do Paraguai sequer foi examinado, tendo sido rejeitado in limine.
21. O processo de impedimento do Presidente Fernando Lugo foi considerado golpe por todos os Estados da América do Sul e de acordo com o Compromisso Democrático do MERCOSUL o Paraguai foi suspenso da UNASUL e do MERCOSUL, sem que os neogolpistas manifestassem qualquer consideração pelas gestões dos Chanceleres da UNASUL, que receberam, aliás, com arrogância.
22. Em consequência da suspensão paraguaia, foi possível e legal para os governos da Argentina, do Brasil e do Uruguai aprovarem o ingresso da Venezuela no MERCOSUL a partir de 31 de julho próximo. Acontecimento que nem os neogolpistas nem seus admiradores mais fervorosos - EUA, Espanha, Vaticano, Alemanha, os primeiros a reconhecer o governo ilegal de Franco - parecem ter previsto.
23. Diante desta evolução inesperada, toda a imprensa conservadora dos três países, e a do Paraguai, e os líderes e partidos conservadores da região, partiram em socorro dos neogolpistas com toda sorte de argumentos, proclamando a ilegalidade da suspensão do Paraguai (e, portanto, afirmando a legalidade do golpe) e a inclusão da Venezuela, já que a suspensão do Paraguai teria sido ilegal.
24. Agora, o Paraguai procura obter uma decisão do Tribunal Permanente de Revisão do MERCOSUL sobre a legalidade de sua suspensão do MERCOSUL enquanto, no Brasil, o líder do PSDB anuncia que recorrerá à justiça brasileira sobre a legalidade da suspensão do Paraguai e do ingresso da Venezuela.
25.  A política externa norte-americana na América do Sul sofreu as consequências totalmente inesperadas da pressa dos neogolpistas paraguaios em assumir o poder, com tamanha voracidade que não podiam aguardar até abril de 2013, quando serão realizadas as eleições, e agora articula todos os seus aliados para fazer reverter a decisão de ingresso da Venezuela.
26. Na realidade, a questão do Paraguai é a questão da Venezuela, da disputa por influência econômica e política na América do Sul e de seu futuro como região soberana e desenvolvida.
*Gilsonsampaio

Após meio século, chega a Havana ajuda humanitária a partir dos EUA



embargo
Após 50 anos, uma embarcação norte-americana aporta em Havana
O Porto de Havana recebeu, nesta sexta-feira, após meio século de embargo dos EUA ao regime comunista, o primeiro barco norte-americano com um carregamento humanitário e encomendas dos cubanos que moram em Miami aos parentes que ficaram na Ilha. A travessia atrasou por mais 24 horas devido à burocracia na saída dos EUA. O barco “Ana Cecilia”, que era esperado na quinta-feira em Havana, entrou às 07h06 locais (08h06 de Brasília), pouco depois do amanhecer, no canal da baía de Havana para atracar no cais de contêineres e retirar sua carga.
A demora foi causada por problemas nos trâmites administrativos, disse a empresa proprietária da embarcação, International Port Corp., que negou obstáculos do tipo político no início deste histórico serviço marítimo entre dois países distanciados por causas políticas há meio século.
– O problema foi a burocracia e, basicamente, a culpa foi nossa, porque preenchemos o formulário incorretamente – disse a jornalistas, em Miami, o porta-voz da companhia, Leonardo Sánchez-Adega.
Para não violar o embargo norte-americano ao governo instalado após a Revolução Cubana, em vigor desde 1962, a empresa pretende atender à demanda de grupos religiosos, organizações não governamentais e instituições beneficentes autorizadas a enviar carregamentos humanitários a Cuba.
– Mas também temos como clientes familiares de pessoas em Cuba – esclareceu Sánchez-Adega.
A maioria dos 1,2 milhão de cubanos emigrados da ilha comunista vivem no Sul da Flórida, distante apenas algumas horas de Havana.
Embargo criminoso
O embargo dos Estados Unidos a Cuba é uma medida econômica, comercial e financeira, imposto a Cuba pelos Estados Unidos que se iniciou em 7 de Fevereiro de 1962 e perdura até os dias atuais. A medida, considerada “criminosa” por parte de organismos internacionais de ajuda humanitária, foi convertida em lei em 1992 e ratificada em 1995. Em 1999, o presidente Bill Clinton ampliou este embargo comercial proibindo que as filiais estrangeiras de companhias estadunidenses de comercializar com Cuba, a valores superiores a US$ 700 milhões anuais. A medida está em vigor até hoje, tornando-se um dos mais duradouros embargos econômicos na história moderna.
Apesar da vigência do embargo, é importante notar que nem todo comércio entre Estados Unidos e Cuba está proibido. Desde 2000 foi autorizada a exportação de alimentos dos Estados Unidos para Cuba, condicionada ao pagamento exclusivamente à vista (antecipado: as mercadorias devem ser pagas antes do navio zarpar do porto norte-americano), e os Estados Unidos são o sétimo exportador de alimentos para a ilha, nisso se incluindo sua ajuda humanitária (envio gratuito). De 1992 a 1999, os Estados Unidos enviaram mais ajuda humanitária a Cuba que todos os então quinze membros da União Européia e a América Latina.
Em casos de tragédias, como o furacão Michelle, os Estados Unidos também enviaram ajuda humanitária de emergência. Cuba já gastou cerca de US$ 1,8 bilhões importando alimentos dos EUA, dos quais US$ 474 milhões em 2004 e US$ 540 milhões em 2005, segundo dados da ONU. Este embargo permanece uma questão extremamente controversa em todo o mundo, e é formalmente condenado pelas Nações Unidas. A Assembléia Geral das Nações Unidas em 2007, “determinada a encorajar o estrito cumprimento dos objetivos e princípios consagrados pela Carta das Nações Unidas” (…) e “reafirmando, dentre outros princípios, a igual soberania das nações, a não-intervenção e a não interferência em seus assuntos internos “(..) condenou, pela 16º vez consecutiva, o embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos, por 184 votos a quatro. Votaram a favor da manutenção do embargo apenas os próprios Estados Unidos, apoiados por Israel, Palau e Ilhas Marshall.
Essa última Resolução da ONU, aprovada dia 30 de outubro de 2007, pede o fim do embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba “o mais rápido possível”. Segundo a agência inglesa de notícias BBC “todos os que se manifestaram na Assembléia Geral denunciaram o embargo norte-americano, considerado desumano e um vestígio da Guerra Fria”. A Resolução da ONU foi aprovada uma semana após o presidente George Bush ter declarado que “o embargo contra Cuba será mantido enquanto o regime comunista estiver no poder na ilha”. Essa Resolução da Assembléia Geral da ONU, no entanto, não tem força legal para ser imposta contra seus infratores.
O embargo é criticado até mesmo por tradicionais críticos do regime comunista de Cuba, como críticos conservadores, que argumentam que o embargo na verdade mais ajudou Raul Castro do que o atrapalhou, ao proporcionar-lhe um bode expiatório para se isentar de todos os crônicos problemas da ilha. Empresários e negociantes argumentam, por sua vez, que a proibição de comércio com os Estados Unidos ajuda a outros países, que poderão ter vantagens do pioneirismo assim que o embargo for suspenso. Outro motivo citado pelos críticos ao embargo que é o isolamento de Cuba prejudica as relações dos Estados Unidos com os países latino-americanos, e a proximidade entre os regimes socialistas do continente e Fidel Castro cria um bloco anti norte-americano.
*correiodoBrasil

sexta-feira, julho 13, 2012


Deleite - Mercedez Sosa & Beth Carvalho


Hotel que receberá membros do COB em Londres é assaltado

Exclusivo: homem invade hotel que receberá delegação brasileira


EMANUEL COLOMBARI
VAGNER MAGALHÃES
Direto de Londres
A recepção do Queens Hotel, que receberá parte do staff do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em Londres, foi assaltada por volta das 23h05 (19h05 de Brasília) por um homem com o rosto coberto por um lenço. Cerca de 30 hóspedes estavam no salão principal e no bar do hotel, mas ninguém ficou ferido. O assaltante utilizava apenas uma espécie de canivete. O hotel fica em Crystal Palace, no sul de Londres, sede dos treinamentos do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2012.
*Terra

Nilton Santos "homenagem"







*conversinhaaopédoouvido

Camisetas de Che Guevara estão proibidas nas Olimpíadas de Londres 2012


Enquanto espectadores encontram longa lista de restrições, patrocinadores do evento ganham oportunidades

camisa che guevara londres
Londres-2012 proíbe camisas de Che Guevara
Os espectadores das Olimpíadas de Londres não poderão entrar nos estádios com diversos tipos de itens e até mesmo roupas, informou nesta quarta-feira (11/07) o Locog (O Comitê Organizador das Olímpiadaas na sigla em inglês) organização do evento por meio de uma lista de restrições de duas páginas.
A aplicação das regras será assegurada por um sistema de segurança que conta com câmeras, aparelhos de raio-X e mais de 23 mil seguranças, incluindo soldados do exército britânico e funcionários da empresa privada G4S.
Objetos e roupas que ostentam declarações políticas ou remetem a outras identificações comerciais que não a dos patrocinadores do evento estão proibidas. Dessa forma, o comitê evita que camisetas estampadas com Che Guevara ou críticas politizadas a empresas financiadoras das Olimpíadas estejam presentes na plateia.
As bandeiras, tão utilizadas nas comemorações de disputas, também foram alvo das restrições do comitê. Flâmulas de países que não estão participando dos jogos também não são permitidas, mas a regra não se aplica às bandeiras individuais da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Mesmo assim, apenas bandeiras com até 1 metro por 2 metros entrarão nos estádios.

Leia mais

*pragmatismopolítico

Documentario - Linha de Montagem-Clip1.avi


*Nassif