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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 18, 2012

Policial federal que investigou Cachoeira, foi assassinado


Policial federal que investigou esquema Cachoeira, participou da CPI da Pedofilia e combateu o tráfico é executado com dois tiros na cabeça quando visitava túmulo dos pais

Um agente da Polícia Federal foi assassinado com dois tiros na cabeça na tarde desta terça-feira (17) no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O agente Wilton Tapajós Macedo visitava o túmulo dos pais, por volta das 15h, quando um homem se aproximou e disparou.

Macedo trabalhava no núcleo de inteligência da PF que investigou a operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O chefe da operação, delegado Matheus Rodrigues, disse que Macedo participou das investigações desde o início, em 2009.

De acordo com a PF, Macedo estava armado, mas não chegou a reagir. Ele morreu no local. O assassino levou o carro que estava com o policial, um Gol branco que era do filho de Macedo.

A arma que o policial portava – uma Glock 9 milímetros – não foi roubada.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, não descartou que o crime pode ter sido queima de arquivo.

Macedo estava na PF desde 1987. Leal disse que além do núcleo de inteligência da PF, o agente assassinado já tinha passado pelos serviços de proteção a testemunhas e de repressão a entorpecentes.
*osamigosdopresidentelula

Mulheres na religião

Eu maior Mario Sérgio Cortella

I, Pet Goat (Eu, bixinho de estimação) é um video que rapidamente se tornou viral na internet.Foi elogiado por suas proezas visuais e seu imaginário interessante, porém o vídeo deixou muitos confusos sobre o significado de seus simbolismos Na minha opinião os personagens(como de costume) são aspectos da nossa conciência. Cada símbolo expressa significados profundos, abrange os campos da história, política, conspirações ocultas e espiritualidade.

O "mensalão" como operação de marketing e como golpe branco fracassado


Emir Sader



Mais além dos fatos concretos, a operação de marketing do “mensalão” merece fazer parte dos manuais de marketing politico. Nunca na história brasileira uma criação dessa ordem foi capaz de projetar e consolidar imagens na cabeça das pessoas, que as impedem de entender o fenômeno e avaliá-lo na sua realidade concreta, porque sua imaginação, seus instintos, já estão vacinados e conquistados pelas imagens projetadas pela campanha.
Uma jornalista da empresa da “ditabranda” entrevistou um dia a um parlamentar, presidente de um dos partidos da base aliada do governo, que teve uma das pessoas indicadas pelo partido para um cargo governamental, pego em flagrante , filmado, com som, em operação de suborno. O partido que o indicou – PTB – considerou que nao recebeu o apoio devido por parte do governo e seu presidente resolveu ligar o ventilador.
Disse que o governo pagava um “mensalão” a uma porção de gente. O jornal imediatamente cunhou a expressão e deu inicio àquele tipo de campanha cuja reiteração, por todos os órgãos da mídia privada, transformou a insinuação numa verdade supostamente incontestável.
O que ficou na imaginação das pessoas era literalmente que indivíduos chegavam no Palácio do Planalto com malas vazias, entravam numa sala contigua à do Lula, enchiam de dólares e saiam, mensalmente. A operação de marketing tornou-se um caso de manual de marketing, pelo seu sucesso. A partir a insinuação de um politico sem nenhuma respeitabilidade, se dava inicio à campanha, em que a oposição – liderada pela mídia privada – considerava que terminaria com o governo Lula.
Tudo foi se dando como bola de neve. O próprio jornal da família que emprestou carros para órgãos repressivos da ditadura cunhou o selo “mensalão”, com o qual cobria todas as atividades políticas nacionais. Até a eleição interna do PT foi incluída nessa rubrica.
Condenou-se moral e politicamente a dirigentes e políticos ligados ao governo, com o objetivo de ferir de morte o governo Lula, como repetição muito similar à crise de 1954, que terminou com o suicídio do Lula. Dois então membros da equipe do Lula chegaram – conforme entrevista posterior de Gilberto Carvalho – a ir ao Lula, levando a proposta opositora: todas as acusações seriam retiradas, inclusive o suposto impeachment, contanto que Lula renunciasse a se candidatar à reeleição.
Tinham receio de propor impeachment, pelas repercussões populares que poderia ter, então preferiam usá-lo como ameaça. O tiro saiu pela culatra. Lula reagiu dizendo que sairia às ruas para defender seu mandato, convocava os movimentos populares a reagir à tentativa de golpe branco.
A oposição, depois da cassação do Zé Dirceu, jogava, partindo do que considerava evidências contra o governo, com a vulnerabilidade do governo, alegando que Lula sabia dos fatos. Não foi o que aconteceu. Conseguiram várias cassações, conseguiram diminuir o apoio do Lula mas, principalmente, deram a pauta política do país.
O caso permitia desqualificar o Estado, o governo Lula, o PT. O Estado, por definição, para a direita, é corrupto ou corruptível. O governo Lula, o PT e os sindicatos teriam “tomado de assalto ao Estado” e imposto seus interesses particulares. O diagnóstico foi retirado diretamente do arsenal neoliberal.
Os governos de esquerda no Brasil – Getúlio, Jango, Lula – não terminariam seus mandatos. Fracassado o governo Lula, se cumpriria o prognóstico de um ministro da ditadura: “Um dia o PT vai ter que ganhar, vai fracassar, aí vamos poder dirigir o país com tranquilidade”.
Sob a forma do impeachment ou da renúncia de Lula a disputar um segundo mandato ou, ainda, com sua eventual derrota, asfixiado pela oposição – que já havia dito que sangraria o governo, até derrotá-lo nas eleições de 2006 -, se daria um golpe branco e a esquerda estaria desmoralizada e derrotada por um longo período.
Mas não contavam com a capacidade de reação de Lula e com os efeitos das políticas sociais, já em marcha. O povo, com a consciência de que era o seu governo e que sua eventual derrubada faria com que ele, povo, pagasse o preço mais alto da operação da direita, reagiu. A oposição foi pega de supresa pelas reações, que levaram à derrota da tentativa de derrubar o governo. Mais do que isso, levaram à derrota do candidato da oposição – o duro e puro neoliberal Alckmin –, porque a oposição também foi vitima da sua própria campanha.
Como esbravejava o Otavinho, na primeira reunião do comitê de direção da sua empresa: - Onde é que nós erramos?
Erraram porque acreditaram que eram onipotentes. Afinal foi a mídia golpista que levou o Getúlio ao suicídio, que promoveu o golpe militar que derrubou o Jango e que, acreditavam, levaria o governo Lula à derrota e a esquerda à desmoralização.
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Menos de 30% dos brasileiros são plenamente alfabetizados

Uma das consequências da falta de letramento

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa.
A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.
Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.
“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o relatório do Inaf 2011-2012.
O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.
De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da população.
“O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à aprendizagem ”, resume o relatório.
A pesquisa envolveu 2 mil pessoas, de 15 a 64 anos, em todas as regiões do país.
Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 2011-2012:
Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares.
Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.
Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.
Alfabetizados em nível pleno: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.

*esquerdopata

Criador da Mafalda completa 80 anos



Internet e segurança falham em Londres; imagina se fosse… no Brasil!



POR BOB FERNANDES, DIRETO DE LONDRES

Manchetes do Terra nessa terça-feira, 17:

"Massacrada, organização admite falhas na segurança da Olimpíada”

"Empresa britânica desiste de fazer segurança na Copa de 2014”

Integrantes da Metropolitan Police Service fazem segurança no aeroporto de 
Heathrow (Crédito: Bruno Santos/Terra)
É ler as manchetes e pensar na frase tão cheia de significados, inclusive os patéticos, que se tornou um bordão, que rola de boca em boca no Brasil:

- Imagina na Copa!

Estar em Londres, conviver com a infraestrutura e a organização das Olimpíadas e as quase sempre inevitáveis falhas humanas, técnicas e operacionais, é lembrar Nelson Rodrigues e uma de suas máximas:

- O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na sua própria imagem. Nossa tragédia é que não temos o mínimo de auto-estima.

Sexta-feira, 13… (será que foi isso?) desembarque no Novo Hotel London Tower Bridge. Hotel legal, pertinho daquela torre medieval onde a tortura rolava solta (será que…?). Funcionários do hotel eficientes e corteses. Check-in, um deles oferece um pacote de wi-fi, 19 euros e 90 por um mês. Muita estrada depois, sabe-se que, por segurança, nunca é demais uma outra conexão.

O simpático Valentin, francês, oferece o "Orange". Salvo na África do Sul, onde "Orange" lembra o colonizador, um produto francês com esse nome, "Orange", não tem como o freguês não se render.

Mas, na dúvida, jornalistas investigam. Dois cliques e está lá:

- Orange Business Services, negócios de serviços, é o braço da France Telecom, um integrador global de soluções de comunicação para corporações multinacionais…

Não há como uma potência dessa fazer algo errado, pensamos vários de nós. Mas, por que não pesquisar mais um pouco?

- A Orange opera em mais de 220 países e territórios e emprega mais de 30.000 funcionários em 166 países.

Isso escrito em francês e inglês! Embarcamos, vários. Um chegou a comentar:

- Imagina na Copa! Imagine a Olimpíada no Brasil! Imagina se a gente vai ter algum como esse!

O Orange funcionou que foi uma beleza. Por dois dias. No domingo, a primeira derrapada. Casa de Fernand F., lá em Chiswick a caminho de Richmond via Green Line, meia hora do centro de Londres. Meio da tarde, a conexão cai. Inglês, portanto fleumático, Fernand F. sobe e desce as escadas. Uma, duas, três vezes, a repetir:

- Problema no roteador, vou ligar e desligar o Orange, acho que ele está quente…

(Vai que é a distância? Meia hora do centro da cidade…)

Segunda cedo, no hotel. O Orange dá tilt. Tá fora do ar. Nada a ver com o hotel. É o Orange. Colegas confirmam:

-… o meu também… pensei que era só o meu… ih, o meu também…

Ninguém disse nada antes porque, sabem como é, né?… Orange! Um negócio com esse nome, e francês, não tem como falhar.

Simpática, constrangida, a mocinha da portaria tenta ajudar. Não consegue, e entrega:

- Olha, não é o hotel, é o Orange.

Outro simpatico atendente, um português, informa:

- A semana passada o Orange ficou dois dias fora do ar aqui em Londres…

Impossível! O Orange? Se ainda fosse no Brasil… (imagina na Copa!)

Pesquisa mais extensa. Jornalismo investigativo. Informa a Reuters, não sobre o tilt em Londres, mas na França, a casa da Orange:

- A Orange, da France Telecom, pediu desculpas aos usuários neste sábado (7 de julho) e disse que iria indenizá-los depois de um blecaute nos celulares e na Internet que durou mais de nove horas e deixou milhões incapazes de se comunicar. (…)

(…) O serviço de celulares ficou mudo no início da tarde de sexta-feira, deixando os 26 milhões de usuários da Orange na França incapazes de fazer e de receber chamadas, de consultar seus emails e de enviar ou receber textos de mensagens. (…)

(…) Em uma coletiva de imprensa em Paris, o executivo-chefe da Orange, Stephane Richard, disse que os clientes de sua malha ganhariam um dia gratuito de comunicação, enquanto os que tivessem contratos ilimitados obteriam capacidade extra de download gratuito. (…)

Um dia gratuito? Bah, os caras são legais. Batuta.

Ainda nem chegaram todos aqueles quase trinta mil jornalistas, atletas, Vips e penduricalhos do COI, e já tá dando tilt na França e em Londres… mas é seguro que um "Integrador global de soluções" tira essa de letra.  

Mesmo porque, reza outro verbete:

- (Orange) oferece comunicações integradas, soluções e serviços para empresas globais em computação em nuvem e comunicações unificadas, comunicação para gerenciar e integrar a complexidade das comunicações internacionais e permitir que corporações multinacionais se concentrem nas iniciativas estratégicas que conduzem seus negócios…

Ufa!

Lido isso, relaxamos todos. Mas tranquilidade total, só quando soubemos do resto:

- Orange Business Services foi fundada em 1 de Junho de 2006, através de rebranding e consolidação das empresas já existentes da France Telecom, da Equant e Wanadoo…

Rebranding da France Telecom, Equant e Wanadoo? Pronto. Zerou a pedra. É correr pro abraço.

Esta terça-feira, 17. O simpático pessoal do hotel informa aos hóspedes: a Orange comunica a todos que a conexão será gratuita durante as Olimpíadas e já a partir do dia 19.

E a Orange voltou a funcionar nessa parte de Londres e no hotel. Problema, outro, segue dando no aeroporto de Heathrow.

A natação, o Cielo, o judô, a vela… 50 atletas e técnicos do Brasil chegaram na segunda. Um amigo jornalista que lá estava, resumiu:

- Banzé total. Uma hora e meia de fila, os voluntários diziam pra os credenciados irem em frente e a polícia mandava voltar atrás… um circo! E uma atleta nossa disse: "Imagine o que diriam se fosse no Brasil!!!".

Diriam:

- Imagina na Copa!
*AmoralNato

Paulistano vai pagar pedágio para ir até Cumbica, São Bernardo ou Cotia

 

O apetite dos tucanos paulistas por pedágio vai avançar ainda mais no bolso dos paulistanos, que agora terão de pagar para circular até nos entornos das cidades.& São os novos "trechos pedagiados" (expressão que só deve existir em São Paulo), que li agora pela manhã na Folha:

A cobrança eletrônica de pedágio, que o governo de SP vai implantar nas rodovias privatizadas, levará milhões de motoristas a pagar para circular até nos entornos das cidades, onde as estradas são usadas como vias urbanas.

Entre os trechos de tráfego urbano que serão pedagiados estão, por exemplo, aqueles que ligam a capital paulista ao aeroporto de Cumbica (rodovia Ayrton Senna), a São Bernardo (Anchieta) e a Cotia (Raposo Tavares).

Hoje, eles não têm praças de pedágio, mas o deslocamento gratuito vai acabar por conta da instalação dos pórticos ao longo da via, que vão ler chips nos carros para fazer a cobrança.

No teste que está sendo feito na SP-75, entre Indaiatuba e Campinas, há um pórtico a cada 8 km. Com esse intervalo, as vias serão praticamente 100% pedagiadas.

A implantação da cobrança, planejada para 2013 ou 2014, vai depender de um cálculo político difícil para o governador Geraldo Alckmin (PSDB): se, por um lado, o sistema é mais justo e permite reduzir a tarifa, por outro, vai cobrar de muito mais gente.

Nem a Artesp (agência de transportes do Estado) nem as concessionárias sabem quantos usam as rodovias sem pagar. O único estudo feito -e sempre citado como parâmetro- na Dutra, uma via federal, apontou que só 9% dos carros pagam pedágio.

Se o percentual for parecido nas vias estaduais, com o chip, deve multiplicar por dez o número de carros tarifados -foram 790 milhões em 2011.

"O ponto crítico, não tenho dúvida, é quem não paga e passará a pagar", afirma Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp. Para ela, porém, o Estado não pode dizer "você paga e você não". "A questão é: usou, pagou."  [íntegra aqui]


Na matéria há até gente defendendo a cobrança do pedágio (se a Folha não fosse tucaníssima...), o que mostra que os pedagiados paulistas gostam de ser pedagiados, elegendo e reelegendo tucanos pedagiadores para administrarem  a pauliceia pedagiada.
*Mello