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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, julho 28, 2012
Sarah Menezes faz história
Brasil é ouro em Londres. Sarah Menezes entra para a história do judô
A judoca Sarah Menezes, beneficiada pelo programa Bolsa-Atleta, do
Ministério do Esporte, entrou para a história do judô nacional, neste
sábado (28.07), ao conquistar a primeira medalha de ouro feminina do
Brasil na modalidade. A brasileira venceu a atual campeã olímpica, a
romena Alina Dumitru, campeã nos Jogos de Pequim, em 2008.
Arabia Saudita abre fogo contra manifestação pacífica
do Somos Todos Palestinos
Forças
de segurança da Arabia Saudita abriram fogo contra uma manifestação de
várias centenas de pessoas na região de Qatif, no leste do país, que
exigiam a libertação de presos políticos, manifestantes detidos pelas
autoridades , no Distrito Oriental de Qatif.
De
acordo com testemunhas citadas pela AFP, Mohammad Chakhouri, cujo nome
aparece em uma lista de 23 pessoas procurados pelas autoridades, foi
ferido por balas, dos quais dois disparos atingiu-o nas costas e no
pescoço e, em seguida, foi levado para um hospital militar perto de
Dhahran .
Além de balas de fogo, a pol ícia fez
uso do gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que exibiam
retratos dos prisioneiros, incluindo o influente clérigo Nimr al-Nimr,
preso no início do mê de Julho.
Dois manifestantes foram mortos em julho, provocando a ira dos habitantes da região leste.
Esta
região, leste da Arábia Saudita, uma região rica em petróleo, está
sendo sacudida por desafios populares desde março de 2011, exigindo
reformas políticas no Reino.
Dezenas de manifestantes foram feridos gravemente e outros 14 foram detidos , informou o Canal de TV Al Alam.
*GilsonSampaio
Mercosul - Consolida o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região com a maior reserva mundial de petróleo
O Mercosul na sua segunda geração
Via CartaMaior
A
entrada da Venezuela coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica
ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e
demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros
quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha
somadas. Consolida o domínio sobre as maiores reservas energéticas,
minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. A partir de agora,
o Mercosul passa a ser a região com a maior reserva mundial de
petróleo.
Jeferson Miola (*)
No
último 13 de julho o Governo da Venezuela formalizou na Secretaria do
Mercosul o Instrumento de Ratificação do Protocolo de Adesão da
República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, assinado em 04 de julho
de 2006. Dessa forma, o país cumpre as formalidades para seu ingresso
pleno no bloco, passando da condição de Membro Associado à qualidade de
Estado Parte.
O ingresso da Venezuela foi
aprovado pelas Presidentas Cristina Kirchner, da Argentina, Dilma
Rousseff, do Brasil e pelo Presidente José Mujica, do Uruguai, na Cúpula
Presidencial de 29 de junho de 2012, na cidade argentina de Mendoza.
O
Mercosul nasceu num contexto histórico e político muito diferente do
atual. Menem governava a Argentina, Collor o Brasil, Andrés Rodriguez o
Paraguai e Alberto Lacalle presidia o Uruguai. Era o auge da fanfarra
neoliberal e das promessas da globalização financeira que supostamente
levariam a humanidade a um nirvana que, na verdade, se converteu num
tremendo pesadelo. Em 1991, a constituição do “Mercado Comum do Sul”
visava coordenar políticas macroeconômicas e de liberalização comercial
no marco de uma inserção desfavorável à globalização neoliberal.
O
epicentro daquele Mercosul idealizado em 1991 eram as relações
comerciais e a coordenação dos interesses das mega-empresas
transnacionais e dos monopólios econômicos na maximização dos lucros
auferidos regionalmente para a transferência às suas matrizes, radicadas
sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Em
2012 este projeto de integração completou 21 anos, marcado por limites e
contradições; mas, também, exibindo avanços em diversos campos. Desde
2003, a partir da assunção de governos de esquerda e progressistas na
região, notadamente sob a liderança inicial de Kirchner e Lula, a
fisionomia do Mercosul vem sendo transformada.
O
comércio intra-bloco passou de 4,5 para 50 bilhões de dólares anuais;
foi criado um Parlamento próprio; 100 milhões de dólares ao ano são
aplicados pelo FOCEM [Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul] a
fundo perdido na execução de investimentos sociais e de infra-estrutura
para diminuir as assimetrias e disparidades entre os países; está sendo
implementado um Estatuto da Cidadania, e a “integração anti-Condor”
converteu as políticas de direitos humanos adotadas no MERCOSUL em
paradigma mundial.
A entrada da Venezuela
significa o aprofundamento desta transformação, e coloca o Mercosul em
um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas,
comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais
de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de
França e Alemanha somadas. Consolida a jurisdição e o domínio sobre as
maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos
do planeta. Seguramente deverá ter maior protagonismo no jogo
geopolítico internacional.
A ampliação do
Mercosul naturalmente será acompanhada de dificuldades, mas também de
inúmeras conveniências. Contribui para maior coesão da região, para a
estabilidade democrática, para a diminuição de conflitos e aumenta a
segurança e a capacidade de defesa. A maior integração também conforma
um ambiente comunitário mais favorável à adoção de estratégias comuns de
desenvolvimento, aproveitando o mercado regional de massas incrementado
em 29 milhões de pessoas e um comércio intraregional de produtos
manufaturados com maior valor agregado. A partir de agora, o Mercosul
passa a ser a região do globo com a maior reserva mundial de petróleo,
adquirindo maior poder de influência na definição das políticas
energéticas no mundo.
Desde a assinatura do
Tratado de Assunção em 1991, dois acontecimentos marcaram uma inflexão
geopolítica e estratégica do Mercosul numa perspectiva pós-neoliberal. O
primeiro deles foi o sepultamento, em 2005, da Área de Livre Comércio
das Américas, a ALCA, que representava uma perigosa ameaça à soberania,
ao desenvolvimento e à independência dos países do hemisfério. O segundo
acontecimento marcante está se dando justo neste momento, com o
ingresso pleno da Venezuela no Bloco, inaugurando o que se poderia
considerar como a segunda geração do MERCOSUL e do processo de
integração regional.
A América do Sul foi
historicamente prejudicada pelas grandes potências - especialmente pelos
Estados Unidos - que preferem nosso rico e promissor continente
dividido – ou desunido – a um continente integrado e capaz de construir
soberanamente seu destino. Esta realidade faz compreender as razões do
conservadorismo que combate - por vezes de forma irascível - o ingresso
da Venezuela no Mercosul e o fortalecimento dos laços regionais de
amizade, de harmonia e de integração.
O
crescimento do Mercosul poderá ser fator de estímulo para o ingresso de
outros países nesta comunidade, que já examina com o Equador as
condições para sua adesão. A unidade regional, que já é física devido à
contiguidade territorial, poderá assumir características de uma
integração mais avançada, abrangendo tanto aspectos comerciais e
econômicos, como sociais, culturais e políticos. Isto propiciará um
melhor posicionamento estratégico e geopolítico da região no mundo, o
que será benéfico para cada país individualmente e para o conjunto das
nações no enfrentamento dos problemas e na defesa de interesses que são
comuns a elas.
O Mercosul altivo e motorizando o
fortalecimento da América do Sul é a melhor contribuição que o
continente pode dar à paz e à igualdade no mundo. Constitui uma resposta
eficiente à prolongada crise do capitalismo mundial, protegendo as
conquistas sociais e econômicas logradas na última década pelos atuais
Governos da região dos avanços da sanha neoliberal que na Europa trata
do desmonte do Estado de Bem-Estar social em nome da austeridade fiscal e
da proteção dos interesses da especulação financeira.
(*)
Exerce a função de Diretor da Secretaria do MERCOSUL em Montevidéu.
Este texto expressa opiniões de caráter pessoal que não devem ser
consideradas como sendo da Instituição.
*GilsonSampaio
O McDonald`s vai embora da Bolívia por desinteresse do público e fecha todos os seus pontos
Via Rebelión
Adital
Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti
Depois
de 14 anos de presença no país sul-americano, e apesar de ter tentado
todas as campanhas imagináveis, a rede gringa se viu obrigada a fechar
as oito lancherias que mantinha abertas nas três principais cidades do
país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.
Trata-se
do segundo país latino-americano – Cuba é o primeiro – que não terá
McDonalds, e o primeiro do mundo onde a empresa fecha por ter seus
números no vermelho durante mais de uma década.
O
impacto para os publicitários e diretores de marketing, que não
conseguiram superar sua frustração, foi de tal força que gravaram um
documentário intitulado “Por que o McDonald`s da Bolívia quebrou”, onde
tentam de algum modo explicar as razões que levaram os bolivianos a
continuar preferindo as deliciosas empanadas aos frios hamburguers.
Rechaço cultural
O
documentário inclui entrevistas com cozinheiros, sociólogos,
nutricionistas, educadores, historiadores e outros, onde há um consenso
geral: o rechaço não é aos hamburguers ou ao seu gosto, e sim está na
mentalidade dos bolivianos. Tudo indica que o conceito de “fast-food” é,
literalmente, a antítese da concepção que um boliviano tem de como deve
ser preparada a comida.
Na Bolívia, ainda se
conserva o conceito da cultura gastronômica tradicional, onde o rito da
refeição começa desde decidir o que se vai comer, ir ao mercado comprar
os ingredientes, conviver enquanto se preparam os alimentos, a forma com
que eles se apresentam e a maneira com que são servidos. A comida, para
ser boa, requer, além de sabor, esmero e higiene, e ponto de cozimento,
que adquire depois de muito tempo de preparação. É assim que um
consumidor avalia a qualidade do que leva ao estômago.
A
primeira quebra de McDonald´s no mundo representou um trauma para os
ianques, e significa um golpe ao capitalismo mercantilista comercial. A
comida rápida “não é para essa gente”, concluíram os franceses. Tremei,
Coca-Cola!
Coca-Cola fora da Bolívia a partir do próximo dia 21 de dezembro
Numa
decisão de contornos eminentemente midiáticos, mas não por isso menos
admirável, a Coca-Cola será expulsa da Bolívia no próximo dia 21 de
dezembro de 2012. De acordo com o Ministro do Exterior da Bolívia, David
Choquehuanca, essa determinação estará em sintonia com o “final” do
calendário maia, e será parte das comemorações para celebrar o fim do
capitalismo e o começo da “cultura da vida”. A festa será realizada no
final do solstício de verão (no hemisfério sul) na Ilha do Sol, situada
no lago Titicaca.
“Em 21 de dezembro de 2012
haverá o fim do egoísmo, das divisões. O dia 21 dezembro tem que
representar o final da Coca-Cola e o início do mocochinche (refresco de
pêssego)”, disse Choquehuanca, em um ato juntamente com o mandatário Evo
Morales. “Os planetas se alinham depois de 26 mil anos [...] é o fim do
capitalismo e o começo do comunitarismo”, acrescentou o ministro.
Embora
essa medida busque atrair os refletores para um governo boliviano que
tem recebido muitas críticas de diversas trincheiras, é certo que,
simbolicamente, é um ato interessante, que na prática poderá se traduzir
num estímulo para melhorar as condições de saúde dos habitantes do
país.
Lembremos que a Coca-Cola, assim com a
maioria dos refrigerantes industriais, contém diversas substâncias que
se provou serem prejudiciais ao corpo, e cujo consumo continuado é
associado inclusive a infartos e derrames cerebrais.
GilsonSampaio
sexta-feira, julho 27, 2012
Evo Morales vai expulsar Coca-Cola da Bolívia no final do ano
O presidente Evo Morales decidiu expulsar a Coca-Cola da Bolívia.
A decisão precisará ser cumprida até o dia 21 de Dezembro deste ano.
Segundo o ministro do Exterior boliviano, David Choquehuanca, esta determinação está “em sintonia com o fim do calendário Maia” e será parte dos festejos para celebrar o fim do capitalismo e o início de “uma cultura da vida”.
A festa ocorrerá no fim do dia, no solstício de verão (no Hemisfério Sul), na Ilha do Sol, situada no Lago Titicaca. "O dia 21 de Dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo, da divisão. O 21 de Dezembro tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche (refresco de maçã, um refrigerante muito popular no país). Os planetas se alinham após 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o início do comunitarismo", disse Choquehuanca, em um ato ao qual compareceu o presidente do país.
A medida, que atrai os holofotes da mídia para o governo boliviano, reforça a determinação de Evo Morales no reforço a um Estado socialista. Ele tem recebido várias críticas de seus eleitores por agir “devagar demais”, segundo as críticas, em determinar o fim do capitalismo naquela nação andina.
A medida também visa melhorar a saúde da população.
A Coca-Cola, assim com a maioria dos refrigerantes industrializados, contem substâncias comprovadamente nocivas ao corpo e cujo consumo constante se associa a infartos cardíacos e derrames cerebrais.
Fonte: Correio do Brasil
do blog Aldeia Gaulesa
*Cutucandodeleve
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