Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, agosto 15, 2012
Coligação laica argentina pede o fim dos privilégios da Igreja Católica
A deputada Cecília Merchán disse que
os benefícios são inconstitucionais
A CAEL (Coligação Argentina por um Estado Laico) pediu ao governo de
Cristina Kircher que aproveite a sua proposta de reforma do Código Civil
e Comercial para acabar com os privilégios da Igreja Católica.
A coligação sugeriu que, para tanto, o governo acabe com artigo do Código Civil que confere à Igreja o status de pessoa jurídica de caráter público.
Tal status garante à Igreja benefícios comparáveis aos concedidos às empresas estatais, como isenção de impostos.
Além disso, a Igreja conta com subsídios para suas escolas e os bispos
recebem do governo salário equivalente a R$ 4.400. Somente a religião
católica desfruta desses privilégios.
Cecília Merchán (foto), deputada e representante da Coligação por
um Estado laico, foi quem apresentou formalmente ao governo o pedido de
extinção do artigo 33.
Para ela, os privilégios da Igreja Católica ferem os princípios
constitucionais da igualdade e da liberdade de culto, além de
representarem gastos que deveriam ser cortados, principalmente neste
momento de crise econômica.
O governo ainda não se manifestou sobre a proposta, que, provavelmente,
será recusada, tendo em conta a forte influência da Igreja Católica
entre os políticos da situação e da oposição.
Ainda assim o fato de os benefícios da Igreja serem colocados em debate
público já significa um avanço, com prováveis resultados no futuro.
A
imprensa brasileira continua no século XIX e tem certeza que o século
XXI nunca chegará ao Brasil. Como um instrumento armado da "elite" que
estagnou o país por mais de quinhentos anos, o jornal O Estado de São
Paulo chama os pobres de idiotas. Esse é um Brasil antigo e que o
Estadão quer nos convencer que ele não acabou, mas acabou.
A vida passou, a internet tornou-se
um instrumento em favor da democracia porque nela podemos expressar
idéias diferentes do monopólio midiático brasileiro, foi uma hecatombe
que inaugurou o século XXI no nosso querido Brasil.
Hoje O Globo Corrupções Ltda,
com sua Miriam Leitão, nos traz as mesmas idéias de domínio da "elite",
tão bem demonstrada em Gabriela, de Jorge Amado, mas não precisamos
mais de Mundinho para nos defender do atraso, hoje somos todos Mundinhos
e o coronel Ramiro Bastos, digno representante da "elite" é combatido
por internautas sem posses e sem poderes.
É um admirável mundo novo, onde a imprensa corrupta brasileira esperneia diante da derrota.
Somos um povo livre, os grilhões da escravidão foram quebrados e pouco a pouco se tornam peça de museu nas nossas almas.
Para a imprensa corrupta brasileira
só resta dar seus últimos suspiros, lutar contra a realidade, engolir
70% de aprovação de Lula e 60% de aprovação de Dilma e esconder, omitir,
mentir ao povo brasileiro, na vã esperança de formar uma opinião
pública ao seu favor.
Novas concessões para operar infraestrutura chegam em boa hora
O país precisa realmente de investimentos, sua logística esta
sobrecarregada e o Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias não
podia e não devia mesmo atrasar. A hora é agora. Até porque continuamos
a crescer e precisamos, além de logística muito melhor e de custos
menores para competir num mundo cada vez mais difícil, onde vigoram
juros negativos, câmbios administrados, protecionismo e a demanda está
em queda.
Este Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias, prova mais uma
vez que o governo está atento, agindo e criando as condições para uma
retomada já em 2013 do crescimento acima de 4% e em condições melhores.
Tudo é feito nesse sentido de alcançarmos, a partir do ano que vem,
índices de aumento do PIB maiores que os perseguidos pelo governo este
ano (por volta dos 3%), mas que algumas áreas oficiais, o mercado, e
organismos internacionais prevêem que ficará em pouco mais de 2%.
Agora, preparemo-nos para as costumeiras manipulações da oposição, que
virá aí com sua velha cantilena de sempre de que os governos do PT
criticam, mas fazem as mesmas privatizações feitas nos governos deles
naqueles oito anos de FHC (1995-2002).
Plano não tem nada a ver com privatização nem com privataria
Percebem que o jogo, a manipulação e o estabelecimento da confusão é
interessante para eles? Porque se envergonham e de quatro em quatro
anos, a cada campanha presidencial, sequer assumem que privatizaram e
tremem de medo de tratar do assunto...
Mas, as concessões lançadas hoje e as feitas nos dois governos Lula
(2003-2010) não tem nada a ver com privatização e muito menos
privataria, com aquela promovida pelos governos do PSDB. Até porque,
dentre várias outras, há uma diferença fundamental.
Estas concessões dos governos do PT não vendem patrimônio. Ao contrário
da privatização dos tucanos, pela qual entregavam o patrimônio nacional
na bacia das almas, as concessões de rodovias, ferrovias, portos,
aeroportos e demais do PT não são venda, são concessões - insisto - ao
término das quais (25 ou 30 anos) são renovadas ou o patrimônio volta à
União.
Onde estão o DNIT e a ANTT?
Agora, mesmo com o lançamento do plano hoje, nem tudo é festa. É da
maior gravidade a denúncia trazida pela Folha de S.Paulo: o último
grande pacote de concessões de rodovias, licitado em 2007 e contratos
assinados em 2008 para investimentos de R$ 945 milhões (R$ 1,2 bilhão em
valores atualizados) em 270 km de obras de duplicação e construção de
estradas teve até agora pouco mais de 10% cumprido.
Pelo levantamento do jornal, essas obras deveriam estar concluídas até o
início de 2013, mas nenhuma ficará pronta no prazo. Até fevereiro pp.,
apenas pouco mais de R$ 100 milhões haviam sido gastos nos projetos.
Onde estão o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que não
acompanharam, não viram, não cobram, estabelecem multas, punem e
resolvem isto? Há algo de muito errado em tudo isso...
Cineasta Matthew Chapman adverte Brasil sobre fanatismo evangélico
“O Brasil está à frente dos Estados Unidos em muitas
maneiras diferentes, na forma de pensar”, disse. “Seria uma pena
permitir que o fundamentalismo cause um retrocesso”
Além do triângulo amoroso, filme A Tentação tem como pano de fundo o fundamentalismo religioso. Foto: divulgação
O cineasta inglês Matthew Chapman, diretor do suspense “A Tentação”,
que entrou em cartaz nesta sexta (10) nos cinemas brasileiros, pediu aos
brasileiros que impeçam que o fanatismo cristão, principalmente o
evangélico, adquira mais poder neste momento em que o país “tem um
crescimento [econômico] muito grande.”
“Tenho certeza de que vocês terão esses problemas [de fanatismo
religioso]”, disse. “Vocês já tiveram no Rio de Janeiro, quando uma
governadora evangélica [Rosinha Matheus] quis implantar o ensino de
criacionismo nas escolas.”
Chapman, que é casado com a atriz brasileira Denise Dumont, disse
estar bem informado sobre o que ocorre com Brasil. “Eu tenho muitas
conexões com o Brasil e me parece um país que promete muito neste
momento.”