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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, agosto 20, 2012
As mentiras paraguaias das elites brasileiras
Via O Diário.info
João Pedro Stedile
O
destacado dirigente do MST brasileiro põe os pontos nos ii acerca das
razões do entusiástico alinhamento da grande burguesia brasileira com o
golpe de Estado que depôs o Presidente Lugo: “O maior conflito do
Paraguai é reaver a terra usurpada por fazendeiros brasileiros. O país
vizinho “cedeu” a estrangeiros 25% do seu território cultivável.”
Mal
havia terminado o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo e
flamantes porta-vozes da burguesia brasileira saíram em coro a defender
os golpistas.
Seus argumentos eram os mesmos da
corrupta oligarquia paraguaia, repetidos também de forma articulada por
outros direitistas em todo continente. O impeachment, apesar de tão
rápido, teria sido legal. Não importa se os motivos alegados eram
verdadeiros ou justos.
Foram repetidos surrados
argumentos paranoicos da Guerra Fria: “O Paraguai foi salvo de uma
guerra civil” ou “o Paraguai foi salvo do terrorismo dos sem-terra”.
Se
a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os
defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe.
Curuguaty,
que resultou em sete policiais e 11 sem-terra assassinados, não foi um
conflito de terra tradicional. Sem que ninguém dos dois lados estivesse
disposto, houve uma matança indiscriminada, claramente planejada para
criar uma comoção nacional. Há indícios de que foi uma emboscada armada
pela direita paraguaia para culpar o governo.
Foi
o conflito o principal argumento utilizado para depor o presidente. Se
esse critério fosse utilizado em todos os países latino-americanos, FHC
seria deposto pelo massacre de Carajás. Ou o governador Alckmin pelo
caso Pinheirinho.
O Paraguai é o país do mundo
de maior concentração da terra. De seus 40 milhões de hectares,
31.086.893 ha são de propriedade privada. Os outros 9 milhões são ainda
terras públicas no Chaco, região de baixa fertilidade e incidência de
água.
Apenas 2% dos proprietários são donos de
85% de todas as terras. Entre os grandes proprietários de terras no
Paraguai, os fazendeiros estrangeiros são donos de 7.889.128 hectares,
25% das fazendas.
Não há paralelo no mundo: um
país que tenha “cedido” pacificamente para estrangeiros 25% de seu
território cultivável. Dessa área total dos estrangeiros, 4,8 milhões de
hectares pertencem a brasileiros.
Na base da
estrutura fundiária, há 350 mil famílias, em sua maioria pequenos
camponeses e médios proprietários. Cerca de cem mil famílias são
sem-terra.
O governo reconhece que desde a
ditadura Stroessner (1954-1989) foram entregues a fazendeiros locais e
estrangeiros ao redor de 10 milhões de hectares de terras públicas, de
forma ilegal e corrupta. E é sobre essas terras que os movimentos
camponeses do Paraguai exigem a revisão.
Segundo
o censo paraguaio, em 2002 existiam 120 mil brasileiros no país sem
cidadania. Desses, 2.000 grandes fazendeiros controlam áreas superiores a
mil ha e se dedicam a produzir soja e algodão para empresas
transnacionais como Monsanto, Syngenta, Dupont, Cargill, Bungue…
Há
ainda um setor importante de médios proprietários, e um grande número
de sem-terra brasileiros vivem como trabalhadores por lá. São esses
brasileiros pobres que a imprensa e a sociologia rural apelidaram de
“brasiguaios”.
O conflito maior é da sociedade
paraguaia e dos camponeses paraguaios: reaver os 4,8 milhões de hectares
usurpados pelos fazendeiros brasileiros. Daí a solidariedade de classe
que os demais ruralistas brasileiros manifestaram imediatamente contra o
governo Lugo e a favor de seus colegas usurpadores.
O
mais engraçado é que as elites brasileiras nunca reclamaram de, em
função de o Senado paraguaio sempre barrar todas as indicações de nomes
durante os quatro anos do governo Lugo, a embaixada no Brasil ter ficado
sem mandatário durante todo esse período.
JOÃO
PEDRO STEDILE, 58, economista, é integrante da coordenação nacional do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e da Via Campesina
Brasil
*GilsonSampaio
*GilsonSampaio
Deleite Playing For Change
Playing For Change es un movimiento multimedia creado para inspirar, conectar y promover la paz en el mundo a través de la música. La idea del proyecto surge de la convicción de que la música desarma las fronteras y nos ayuda a superar nuestras diferencias. Independientemente de nuestros orígenes geográficos, políticos, económicos, espirituales o ideológicos, la música tiene el poder universal de unirnos como habitantes de un mismo planeta. Playing For Change ha elaborado un estudio de grabación móvil, usando el material utilizado en los mejores estudios, para viajar a través del mundo y grabar, donde la música los llevara.
Durante la realización de este proyecto se dieron cuenta que no era suficiente grabar y compartir esta música : quisieron encontrar una forma de aportar algo a las comunidades que conocieron a lo largo de sus viajes y que habían compartido tanto con ellos. Así nació, en el 2007, la Fundación Playing For Change, entidad sin animo de lucro destinada a la creación y al desarrollo de escuelas de música para estas comunidades.
El último capitulo del movimiento Playing For Change a sido el Playing For Change Band. Reuniendo músicos extraordinarios procedentes del mundo entero, este grupo musical demuestra el poder que surge de la unión de las culturas. Para el público que ve y escucha músicos que han viajado miles de kilómetros para encontrarse en un escenario y cantar juntos, el poder unificador de la música no deja lugar a dudas.
Ahora todo el mundo puede participar en esta experiencia única, uniéndose al movimiento Playing For Change. Comparte el mensaje, implícate o contribuye a la Fundación. ¡ Juntos, conectaremos el mundo a través de la música !
*NINA
domingo, agosto 19, 2012
Sonegalão da Globo: O que daria para fazer com R$ 2,1 bilhões! - por Marcos Doniseti!
O que daria para fazer com os R$ 2,1 bilhões que a Rede Globo sonegou, segundo a Receita Federal?
Bem, entre outras coisas, seria possível fazer o seguinte:
1) Construir 500 EMEFs (escolas de ensino fundamental, de 1a. à 8a. séries) na capital paulista, onde o custo unitário delas é de R$ 4,2 milhões;
2) Construir 1166 creches na capital paulista (custo de R$ 1,8 milhão cada uma);
3) Construir 3939 UBS (Unidades Básicas de Saúde) custo de R$ 533 mil cada uma. E sem falar que os R$ 2,1 bilhões sonegados equivalem a 19 Mensalões do DEM (do ex-governador José R. Arruda, do Distrito Federal), que desviou R$ 110 milhões dos cofres públicos.
Link: http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2012/08/rede-globo-e-condenada-devolver-r-21.html
do blog Guerrilheiro do Entardecer*
*cutucandodeleve
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