Vinte
e um trilhões - com "t" - de dólares. Eis o que as pessoas mais ricas
do mundo escondem em paraísos fiscais internacionais. Embora a
quantidade real possa ser maior, chegando aos 32 trilhões, uma vez que,
claro, é quase impossível conhecê-la com exatidão.
Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os
trabalhadores, em prol de uma maior "austeridade" obrigada pela
desaceleração da economia, os super-ricos - menos de 10 milhões de
pessoas - esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma
quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas.
Os dados são de um novo relatório da Tax Justice Network (Rede para a
justiça tributária) [1] cujas conclusões são impactantes. As receitas
fiscais perdidas graças aos refúgios fiscais extraterritoriais –
offshore -, afirma o relatório, "são suficientemente grandes como para
marcar uma diferença significativa em todas nossas medidas convencionais
da desigualdade. Dado que a maior parte da riqueza financeira
desaparecida pertence a uma pequena elite, o efeito é assustador".
James S. Henry, ex-economista chefe em McKinsey & Co, autor do
livro The Blood Bankers (Os banqueiros ensanguentados) assim como de
artigos em publicações como o The Nation e o The New York Times,
procurou suas informações no Banco de Compensações Internacionais, no
Fundo Monetário Internacional, no Banco Mundial, nas Nações Unidas, nos
bancos centrais e analistas do setor privado, e descobriu os contornos
da gigantesca reserva de dinheiro que flutua nesse lugar nebuloso
conhecido como offshore. (E isso que só se ocupou do dinheiro em
espécie: o relatório deixa de lado coisas como bens de raízes, iates,
obras de arte e outras formas de riqueza que os super-ricos escondem,
livres de impostos, nos paraísos fiscais extraterritoriais.)
Henry se refere a eles como um "buraco negro" na economia mundial e
afirma que, "apesar de ter muito cuidado em ser cauteloso, por
prudência, os resultados são assustadores."
Há uma grade quantidade de informação para analisar neste relatório,
pelo que nos limitamos aqui a seis coisas que devemos saber sobre o
dinheiro que os mais ricos do mundo escondem de nós.
1. Apresentamos-lhes o Top 0,001%
"Segundo nossas estimativas, pelo menos um terço de toda a riqueza
financeira privada, e quase a metade de toda a riqueza offshore, é
agora propriedade das 91.000 pessoas mais ricas do mundo: só 0,001% da
população mundial", diz o relatório. Estes 91.000 que formam o vértice
da pirâmide têm cerca de 9,8 trilhões de dólares do total estimado
neste estudo, e menos de dez milhões de pessoas detém todo o volume de
dinheiro em espécie.
Quem são essas pessoas? Sabemos que são os mais ricos, mas o que mais
sabemos deles? O relatório menciona "especuladores imobiliários
chineses e magnatas do software de Vale do Silício, com idades em torno
de trinta anos", e em seguida estão aqueles cuja riqueza provém do
petróleo e do tráfico de drogas. Não menciona, mas poderia, os
candidatos presidenciais dos Estados Unidos. Por exemplo, Mitt Romney
que recebeu fortes críticas por ter dinheiro guardado em uma conta
bancária na Suíça e em investimentos nas Ilhas Cayman, segundo o site
Politifact [2].
Os narcotraficantes têm necessidade, é claro, de ocultar seus lucros
ilícitos, mas muitos dos outros super-ricos pretendem simplesmente
evitar o pagamento de impostos, para o qual constroem complicadas redes
de empresas e investimentos só para deduzir um pouco mais da fatura
fiscal que pagam em seu país de origem. Tudo ajuda.
2. Onde está o dinheiro? É difícil saber
Offshore, segundo Henry, não é já um lugar físico, embora existam
vários lugares, como Singapura e Suíça, que ainda se especializam em
proporcionar "residências físicas seguras e fiscalmente interessantes"
aos ricos do mundo.
Mas nestes tempos que correm, a riqueza offshore é virtual. Henry a
descreve como algo nominal, hiperportátil, multijurisdicional,
seguidamente lugar temporário de redes de entidades e acordos legais ou
quase legais. Uma empresa pode estar situada em uma jurisdição, ser
propriedade de um testa de ferro localizado em outro lugar e ser
administrada por testas de ferro de um terceiro lugar. "Em última
instancia, portanto, o termo offshore se refere a um conjunto de
capacidades" e não tanto a um ou vários lugares.
Também é importante, afirma o relatório, distinguir entre os "paraísos
intermediários" - lugares nos quais pensam a maioria das pessoas quando
se fala de paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman de Mitt Romney, as
Bermudas ou a Suíça - e os "paraísos de destino", que incluem os EUA, o
Reino Unido e inclusive a Alemanha. Estes destinos são desejáveis já
que proporcionam "mercados de valores relativamente eficientes e
regulados, bancos respaldados por grandes populações de contribuintes, e
companhias de seguro. Além de códigos jurídicos desenvolvidos,
advogados competentes, poder judicial independente e Estado de
direito."
Assim, pois, os mesmos que escapam do pagamento de impostos
distribuindo seu dinheiro por diferentes lugares, se aproveitam dos
serviços financiados pelos contribuintes para fazê-lo. E nos EUA, alguns
estados começaram, desde a década de 1990, a oferecer entidades
jurídicas a baixo custo "cujos níveis de confidencialidade, proteção
frente aos credores e vantagens fiscais rivalizam com os dos
tradicionais paraísos fiscais secretos do mundo." Adicione a isso a
porcentagem cada vez menor dos impostos que os ricos e as empresas
estadunidenses pagam e verão que estamos começando a ter um aspecto
muito atrativo para aqueles que tratam de camuflar seu dinheiro.
3. Grandes bancos resgatados dirigem este negócio
Mas quem facilita este processo? Alguns nomes familiares saem
rapidamente à superfície quando se vasculha os dados: Goldman Sachs,
UBS e Credit Suisse são os três primeiros, e o Bank of America, Wells
Fargo e JP Morgan Chase estão no Top 10. Segundo afirma o relatório,
"Agora podemos acrescentar algo a mais a sua lista de distinções: são
os atores principais dos refúgios fiscais de todo o mundo e ferramentas
chave do injusto sistema tributário global".
No final de 2010, os maiores 50 bancos privados administravam cerca de
12,1 trilhões de dólares em "ativos trans fronteiriços" investidos por
seus clientes. É mais do que o dobro da cifra de 2005, e representa uma
taxa média de crescimento anual superior a 16%.
"Desde bancos a empresas contábeis e advogados corporativos, algumas
das maiores empresas do mundo são parte da trama de evasão fiscal
global", escreve no The Guardian a investigadora financeira (e ex-trader
de Goldman Sachs) Lydia Prieg. "Estas empresas não são pessoas
jurídicas as quais possamos chamar a atenção para que paguem sua parte
justa; sua razão de ser consiste em maximizar seus lucros e os de seus
clientes."
"Até finais da década de 2000", afirma Henry, "a sabedoria convencional
entre os capitalistas evasores era: 'O que existe de mais seguro que
os bancos suíços, estadunidenses ou britânicos etiquetados como grandes
demais para falir? '" Sem os resgates que acompanharam a crise
financeira de 2008 – acrescenta - muitos dos bancos que estão
escondendo dinheiro em espécie para os ultra ricos já não existiriam.
"Dar por certo o apoio dos governos é precisamente a razão principal
pela qual os super-ricos fazem seus negócios com os bancos de maior
tamanho."
4. A desigualdade é pior do que acreditamos
Com toda esta riqueza oculta em todo o mundo, impossível de contar e de
tributar – afirma a Tax Justice Network -, não resta dúvida de que
estamos subestimando a desigualdade de ingressos e riqueza realmente
existente. Stewart Lansley, autor de The Cost of Inequality (O custo da
desigualdade), assegurou a Heather Stewart, do The Guardian: "Não há
absolutamente nenhuma dúvida de que as estatísticas sobre a renda e a
riqueza dos de cima diminuem a magnitude do problema".
Ao calcular o coeficiente Gini, que mede a desigualdade em uma
sociedade, disse, "Não se recolhem os dados dos multimilionários, e
inclusive quando se faz, não é adequadamente".
Este é um assunto tão importante que a Tax Justice Network incluiu um
segundo relatório, ao mesmo tempo em que o de Henry, titulado
"Inequality: You don't know the half of it" [3] (Desigualdade: você não
conhece nem a metade). O estudo detalha todos os problemas da forma em
que agora calculamos a desigualdade; seguidamente parecem ser, em
essência, que não temos uma medida exata da verdadeira riqueza dos
super-ricos. Os dados sobre ingressos fiscais estão disponíveis, mas se
na realidade há trilhões escondidos por todo o mundo nos paraísos
fiscais, como calcular os ingressos reais dos mais ricos do mundo?
A desigualdade disparou em todo o mundo, segundo os cálculos
frequentemente utilizados. Se o 1% superior da população dos EUA não só é
dono de 35,6% da riqueza, por exemplo, mas que também tem um volume de
dinheiro muito maior escondido em algum lugar, que significado tem
isto para nós?
Não esqueçamos, afirma o relatório, que "a desigualdade é uma opção
política. Ou seja, nós decidimos o quê fazer como sociedade baseando-nos
no montante de desigualdade que consideramos tolerável ou justo. Se
esse montante é muito maior do que pensamos, de que forma desvaloriza
nossas prioridades? Muitos estadunidenses já estão mal informados acerca
de seu nível de desigualdade, mas este estudo confirma que inclusive
os supostos especialistas estão subestimando em muito o problema".
5. Os países "endividados" não devem, na realidade, nada
O relatório de Henry destaca um subgrupo de 139 países, de ingressos
baixos ou médios, e destaca que segundo a maioria dos cálculos, os ditos
139 países tinham, em conjunto, uma dívida superior a quatro trilhões
de dólares no final de 2010. Mas ao se tomar em conta todo o dinheiro
que se acumula offshore, os países, na verdade, teriam uma dívida
negativa de 10 trilhões de dólares, ou como Henry escreve:
"Uma vez tomados em consideração estes ativos ocultos e os ingressos
que geram, muitos antigos países "devedores" seriam, de fato, países
ricos. Mas o problema é que sua riqueza está depositada offshore, em
mãos de suas próprias elites e seus banqueiros privados".
Henry afirma também que os países em desenvolvimento em seu conjunto
terminam sendo credores do mundo desenvolvido, em lugar de devedores, e o
foram durante mais de uma década. "Isto significa que se trata
realmente de um problema de justiça tributária, não simplesmente de
'dívida'".
Mas essas dívidas, como afirmamos, recaem nos ombros dos trabalhadores
desses países, que não podem desfrutar das vantagens dos sofisticados
paraísos fiscais.
E isto, é claro, não é só um problema do mundo em desenvolvimento. Hoje
em dia, afirma Henry, o mundo desenvolvido tem sua própria crise da
dívida (vejam-se os problemas atuais da zona do euro). O economista
francês Thomas Piketty afirma, "a riqueza depositada em paraísos fiscais
é provavelmente de um montante suficiente para converter a Europa em
um credor muito grande com respeito ao resto do mundo".
6. Quanto estamos perdendo?
Aqui está o centro da questão, não? É impossível saber a exatamente, é
claro, devido a que as cifras são só estimativas, mas Henry calcula que
se estes 21 trilhões de dólares não declarados obtivessem uma taxa de
rendimento de 3% e os ingressos se gravaram em 30%, por si só gerariam
receitas fiscais de cerca de 190 bilhões de dólares. Se a quantidade
total de dinheiro colocada em paraísos fiscais fosse próxima a
estimativa mais alta, ou seja, 32 trilhões de dólares, se obteriam
cerca de 280 bilhões, o que é aproximadamente o dobro do montante que
os países da OCDE gastam em ajuda ao desenvolvimento. Em outras
palavras, uma enorme quantidade de dinheiro. E isso levando em conta
que um rendimento de 3% é um cálculo muito prudente.
Estamos falando unicamente de impostos sobre a renda: os impostos sobre
os lucros, impostos à herança e outros renderiam ainda mais.
Por isso Henry afirma que, no final das contas, poderíamos tomar este
assunto como uma boa notícia. "O mundo acaba de localizar uma
quantidade enorme de riqueza financeira que poderia ser utilizada para
contribuir à solução dos problemas mundiais mais urgentes". "Temos a
oportunidade de pensar não só acerca de como prevenir alguns dos abusos
que conduziram a esta situação, mas também de pensar na melhor maneira
de fazer uso dos ingressos atualmente não tributáveis que gera."
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, agosto 29, 2012
Redes sociais fazem piada com pastor cheirador de Bíblia
Imagem ilustra convite para "Quarta Louca por Jesus" |
“Carreira gospel”, “ao pó voltarás” e “essa droga é a pior de todas” são
algumas das piadas e trocadilhos feitos no Facebook e em outras redes
sociais sobre a imagem onde o pastor Lúcio Barreto aparece cheirando
uma Bíblia.
Trata-se de um convite para o culto “Quarta Louca por Jesus”, que o pastor celebra para jovens na Igreja Missão Evangélica Praia da Costa, em Vila Velha, no Espírito Santo. "A loucura não tem fim", diz o convite.
Alguns evangélicos acham que o pastor exagerou ao associar a Bíblia a uma droga.
Lucinho, como o pastor é chamado, é da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Ele foi procurado por jornalistas para falar sobre a repercussão de sua imagem de “cheirador de Bíblia”, mas não foi encontrado, porque se encontra nos Estados Unidos.
O pastor Simonton Araújo, presidente da Missão Evangélica Praia da Costa, disse que o objetivo da imagem é convencer os jovens drogados que a Bíblia dá mais prazer do que qualquer droga.
“Nosso objetivo é alcançar os que estão longe [da igreja]”, disse. “É tirar as pessoas do lugar onde a maioria está, nas drogas, no vício, para dentro dos princípios de Deus, onde há prazer e alegria de verdade."
Trata-se de um convite para o culto “Quarta Louca por Jesus”, que o pastor celebra para jovens na Igreja Missão Evangélica Praia da Costa, em Vila Velha, no Espírito Santo. "A loucura não tem fim", diz o convite.
Alguns evangélicos acham que o pastor exagerou ao associar a Bíblia a uma droga.
Lucinho, como o pastor é chamado, é da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Ele foi procurado por jornalistas para falar sobre a repercussão de sua imagem de “cheirador de Bíblia”, mas não foi encontrado, porque se encontra nos Estados Unidos.
O pastor Simonton Araújo, presidente da Missão Evangélica Praia da Costa, disse que o objetivo da imagem é convencer os jovens drogados que a Bíblia dá mais prazer do que qualquer droga.
“Nosso objetivo é alcançar os que estão longe [da igreja]”, disse. “É tirar as pessoas do lugar onde a maioria está, nas drogas, no vício, para dentro dos princípios de Deus, onde há prazer e alegria de verdade."
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz24yeipw8k
Paulopes
12 milhões - Alckmin ajuda Tony Blair a ficar ainda mais rico
“Condenado pelos ingleses por apoiar a invasão do Iraque e por seus negócios obscuros com ditadores, o ex-premiê inglês, que mantém sua consultoria no ponto mais caro de Londres, receberá R$ 12 milhões para elaborar um plano estratégico para São Paulo; precisava disso, governador?
Brasil 247
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem a contratação de um consultor de luxo: ninguém menos que Tony Blair, ex-primeiro-ministro da Inglaterra, que é condenado pelos próprios britânicos por seus deslizes dentro e fora do poder.
Na história do seu governo, Blair será carimbado para sempre como o primeiro-ministro que, ao lado de George W. Bush, apoiou a invasão do Iraque enquanto os ingleses marchavam em Londres com cartazes com a mensagem “no blood for oil” (nada de sangue por petróleo).
Fora do poder, se tornou dono de uma fortuna de mais de US$ 100 milhões, fazendo qualquer tipo de negócio – inclusive com ditadores, como Muammar Kadafi, dirigente líbio assassinado, e Paul Kagame, de Ruanda, acusado de violações aos direitos humanos.
Para formular um plano estratégico chamado “São Paulo 2030”, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, a Tony Blair Associates receberá R$ 12 milhões, por um ano de trabalho.
É uma consultoria de luxo, paga a um personagem que entende pouco ou quase nada de Brasil, numa parceria que se torna ainda mais estranha num estado como São Paulo, que tem a melhor universidade da América Latina: a USP.”
do blog do SARAIVA
*Cutucandodeleve
Paraísos fiscais, um porto seguro para multimilionários
Carta Maior
- [Sarah Jaffe - Alternet] Seis coisas que devemos saber sobre os 21
trilhões de dólares que as pessoas mais ricas do mundo escondem em
paraísos fiscais. Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto
público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior "austeridade"
obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos - menos de 10
milhões de pessoas - esconderam longe do alcance do arrecadador de
impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense
juntas
*Turquinho
CRISTO DESFIGURADO
A sra. Cecília Gimenez, de 81 anos, tentou, por iniciativa própria, restaurar a obra "Ecce Homo", de Elías García Martínez, pintada no início do século XIX em um dos muros do santuário de Nossa Senhora da Misericórdia de Borja, de Zaragoza, Espanha. Dona Cecília foi terrielmente malsucedida, como se observa.
Dentro de 15 dias será conhecida a providência a ser adotada, e três possibilidades são consideradas: deixar a pintura como está (!), colocar por cima da obra um quadro do mesmo artista - que a família estaria disposta a doar - e levar a cabo a restauração.
Nesse meio tempo, o assunto caiu no picadeiro das redes: aplicativos permitem que se façam montagens/colagens as mais diversas. (Mais informações AQUI. Só pra constar: clicando no 'aqui', vai-se ao Uol... entretenimento!... Tsk, tsk, e pensar que houve um tempo em que temas da espécie figuravam em religião...).
Na opinião de Ailton Medeiros, titular de blog constante nos links, o afresco "tem tudo para se tornar ícone", bem como "poderá repetir Monalisa, de Leonardo da Vinci, que ficou famosa depois que sumiu do Louvre, em 1911."
ADÃO EM DIFICULDADES
Por
C. F.
Claude-Marie-Paul Dubufe, foi um pintor francês de temas históricos e retratista, nascido em 1790, que teve como mestre David.
Destacou-se com a sua vasta obra de retratos, mas, de início pintou temas clássicos e, depois, bíblicos. Faleceu em 1864.
Este Adão e Eva, DE 1827, é difícil de entender!
Adão mostra-se espantado e amedrontado, apesar de Eva o comtemplar protetora e embevecida.
O estranho é Adão apresentar uma minúscula parra que esconde…quase nada!
Adão mostra-se espantado e amedrontado, apesar de Eva o comtemplar protetora e embevecida.
O estranho é Adão apresentar uma minúscula parra que esconde…quase nada!
Será que o medo de Adão se deve a ter percebido naquele momento que não podia fecundar Eva?
Ou estará ele com medo do leão e dos crocodilos?
Ou estará ele com medo do leão e dos crocodilos?
Como é possível um Adão destes ter gerado a humanidade toda?
Talvez o pintor também não pudesse explicar o que pintou…!
Será o resultado do moralismo do meio em que viveu?
Pobre pintor…
*DiarioAteista
Talvez o pintor também não pudesse explicar o que pintou…!
Será o resultado do moralismo do meio em que viveu?
Pobre pintor…
Tremei Serra: Governo brasileiro obtém repatriação de US$ 1 mi no caso Banestado
O caminho dos US$ 30 bilhões que saíram do País, as remessas de US$ 176 milhões para a Conta Tucano...As investigações em 2003 apontaram para o nome do sempre citado Ricardo Sérgio de Oliveira, tesoureiro das campanhas presidenciais do PSDB, e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil. Aquele que, flagrado num grampo telefônico, dizia agir “no limite da irresponsabilidade”. Aqui
Do jornal O Estado de São Paulo 28/09/2012
O governo brasileiro conseguiu na Justiça dos Estados Unidos comprovar que os ativos bloqueados em Nova York no caso Banestado devem ser repatriados. Assim, serão restituídos ao Brasil US$ 1,080 milhão - ou R$ 2,2 milhões, de acordo com o Ministério da Justiça brasileiro.
A Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e o Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União obtiveram decisão judicial na Corte Distrital de Nova York que garante a repatriação de valores depositados em conta bancária usada para o envio ilegal de recursos ao exterior. Isso porque os ativos bloqueados em Nova York em 2005, anteriormente sob propriedade de três brasileiros, constituem produto de crimes praticados no Brasil.
Em 2005, os recursos foram bloqueados nos EUA após pedido de cooperação jurídica internacional feito pelo governo brasileiro. Em 2010, o bloqueio caiu e a quantia foi transferida para o governo dos EUA, que ajuizou ação judicial ("interpleader action") para determinar a quem caberia o montante.
Conforme a nota do Ministério da Justiça, os recursos seriam oriundos de três brasileiros que foram condenados em primeira instância por evasão de divisas, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. "Nos termos de sentença penal proferida pela 6ª Vara Federal de São Paulo, em fevereiro deste ano, os três brasileiros estão envolvidos no escândalo Banestado. A apuração do caso revelou a operação de uma rede de doleiros para o envio ilegal de recursos para o exterior no período de 1996 a 2005", explica a nota. O dinheiro ficará sob a custódia da 6ª Vara de São Paulo até o julgamento do recurso interposto pelos réus.
*osamigosdopresidentelula
Dilma assina lei de cotas
sociais.
“Dados da edição 2011 do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) mostram que a média dos 150 mil melhores
estudantes da rede pública foi superior à média dos estudantes do setor
privado.”
Saiu no Blog do Planalto:
Presidenta Dilma sanciona Lei de Cotas Sociais
A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (29) a Lei de Cotas Sociais, que destina 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas públicas. Ao sancionar a lei, a presidenta disse que o governo tem o desafio de democratizar a universidade e manter a qualidade do ensino.
“A importância desse projeto e o fato de nós sairmos da regra e fazermos uma sanção especial tem a ver com um duplo desafio. Primeiro é a democratização do acesso às universidades e, segundo, o desafio de fazer isso mantendo um alto nível de ensino e a meritocracia. O Brasil precisa de fazer face a esses dois desafios, não apenas a um. Nada adianta eu manter uma universidade fechada e manter a população afastada em nome da meritocracia. Também de nada adianta eu abrir universidade e não preservar a meritocracia”, afirmou.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a Lei de Cotas Sociais vai ajudar os melhores alunos da rede pública a ingressar nas universidades federais. Ele afirmou que os dados da edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostram que a média dos 150 mil melhores estudantes da rede pública foi superior à média dos estudantes do setor privado.
“Estamos abrindo uma oportunidade para que esses bons alunos, os melhores alunos da rede pública, tenham uma melhor oportunidade de acesso às universidades federais (…) Agora, não podemos deixar de reconhecer que é um desafio, que é melhorar cada vez mais o ensino público, especialmente o ensino médio, e essas cotas vão motivar os alunos a estudarem cada vez mais”, disse.
Fala FHC: O que seria do Brasil em mãos tucanas?
Um grande banco de São Paulo reuniu nesta 3ª feira três vigas
chamuscadas do incêndio neoliberal que ainda arde no planeta: Clinton,
Blair e FHC. Que um banco tenha promovido um megaevento com esses
personagens a essa altura do rescaldo diz o bastante sobre a natureza do
setor e da ingenuidade dos que acreditam em cooptar o seu 'empenho' na
travessia para um novo modelo de desenvolvimento. Passemos.
As verdades às vezes escapam das bocas mais inesperadas. Clinton e Blair
jogaram a toalha no sarau anacrônico do dinheiro com seus porta-vozes.
Coube ao ex-presidente norte-americano sintetizar um reconhecimento
explícito: 'Olhando de fora, o Brasil está muito bem. Se tivesse que
apostar num país, seria o Brasil'.
Isso, repita-se, vindo de um ex-presidente gringo que consolidou a
marcha da insensatez financeira em 1999, com a revogação da lei de
Glass-Steagall.
Promulgada em junho de 1933, três meses depois da Lei de Emergência
Bancária, que marcou a posse de Roosevelt, destinava-se a enquadrar o
dinheiro sem lei, cujas estripulias conduziram o mundo à Depressão de
29.
A legislação revogada por Clinton submetia os bancos ao rígido poder
regulador do Estado. Legitimado pela crise, Roosevelt rebaixou os
banqueiros à condição de concessionários de um serviço sagrado de
interesse público: o fornecimento de crédito e o financiamento da
produção. Enquanto vigorou, a Glass Steagall reprimiu o advento do
supermercado financeiro, o labirinto de vasos comunicantes dos gigantes
financeiros em que bancos comerciais agem como caixa preta de
investimento especulativo, com o dinheiro de correntistas.
O democrata que jogou a pá de cal nas salvaguardas do New Deal elogiou o
Brasil, quase pedindo desculpas por pisotear o ego ao lado do grande
amigo de consensos em Washington e de corridas de emergência ao guichê
FMI.
Mas FHC é um intelectual afiado nas adversidades.
A popularidade contagiante do tucano, reflexo, como se sabe, de seu
governo, poupa-o da presença física nos palanques do PSDB, preferindo
seus pares deixá-lo no anonimato ocioso para a necessária à defesa do
legado estratégico da sigla.
É o que tem feito, nem sempre dissimulando certo ressentimento, como nessa 3ª feira mais uma vez.
Falando com desenvoltura sobre um tema, como se sabe, de seu pleno
domínio sociológico, ele emparedou Clinton, Hair e tantos quantos
atestem a superioridade macroeconômica atual em relação à arquitetura
dos anos 90.
Num tartamudear de íngreme compreensão aos não iniciados, o especialista
em dependência - acadêmica e programática - criticou a atual liderança
dos bancos públicos na expansão do crédito, recado oportuno, diga-se, em
se tratando de palestra paga pelo banco Itau; levantou a suspeição
sobre as mudanças que vem sendo feitas - 'sem muito barulho'' - na
política econômica ("meu medo é que essa falta de preocupação com o
rigor fiscal termine por criar problemas para a economia”) e fez
ressalvas ao " DNA" das licitações - que não reconhece, ao contrário de
parte da esquerda, como filhas egressas da boa cepa modelada em seu
governo.
Ao finalizar, num gesto de deferência ao patrocinador, depois de
conceder que a queda dos juros é desejável fuzilou: 'houve muita pressão
para isso'.
O cuidado tucano com os interesses financeiros nos governos petistas não é novo.
Há exatamente um ano, em 31 de agosto de 2011, quando o governo Dilma,
ancorado na correta percepção do quadro mundial, cortou a taxa de juro
pela primeira vez em seu mandato, então em obscenos 12,5%, o dispositivo
midiático-tucano reagiu indignado. A pedra angular da civilização fora
removida por mãos imprevidentes e arestosas aos mercados.
O contrafogo midiático rentista perdurou por semanas.
Em 28 de setembro, Fernando Henrique Cardoso deu ordem unida à tropa e
sentenciou em declaração ao jornal ‘Valor Econômico’: a decisão do BC
fora 'precipitada'.
Era a senha.
Expoentes menores, mas igualmente aplicados na defesa dos mercados
autorreguláveis, credo que inspirou Clinton a deixar as coisas por conta
das tesourarias espertas, replicaram a percepção tucana do mundo:"não
há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave
quanto a de 2008", sentenciou, por exemplo o economista de banco
Alexandre Schwartzman,indo para o sacrifício em nome da causa.
Nesta 4ª feira, o BC brasileiro completa um ano de cortes sucessivos na
Selic com um esperado novo recuo de meio ponto na taxa, trazendo-a para
7,5% (cerca de 2,5% reais).
Ainda é um patamar elevado num cenário de crise sistêmica, quando EUA e
países do euro praticam juros negativos e mesmo assim a economia
rasteja.
Uma pergunta nunca suficientemente explorada pela mídia, que professa a
mesma fé nas virtudes do laissez-faire, quase grita na mesa: 'Onde
estaria o Brasil hoje se a condução do país na crise tivesse sido obra
dos sábios tucanos?'
As ressalvas feitas por FHC no evento de banqueiros desta 3ª feira deixa
a inquietante pista de que seríamos agora um grande Portugal, ou uma
gigantesca Espanha - um superlativo depósito de desemprego, ruína fiscal
e sepultura de direitos sociais, com bancos e acionistas solidamente
abrigados na sala VIP do Estado mínimo para os pobres.
Em tempos de eleições, quando candidatos de bico longo prometem fazer
tudo o que nunca fizeram, a fala de FHC enseja oportuna reflexão.
Saul LeblonNo Blog das Frases
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