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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 16, 2012

Baixaria na imprensa de direita às vésperas de uma eleição?

Última capa da revista Veja traz uma suporta declaração do réu Marcos Valério revelando uma suposta participação do ex-presidente Lula no suposto esquema do chamado mensalão, há poucas semanas das eleições e poucos dias depois do candidato
Serra passar a usar o caso "mensalão" no seu programa de tv.
Horas depois da publicação, o próprio advogado do réu afirma que o seu cliente jamais deu declarações como foi afirmado pela revista.

Fernando Haddad: o maior escândalo de corrupção da história da cidade de São Paulo ocorreu na administração de Kassab, sob responsabilidade de um funcionário nomeado pessoalmente por Serra. A sabatina da Record News



*Opensadordaaldeia

Serra deu uma mega-sena por mês à mídia demotucana


por Saul Leblon
no CartaMaior

Na campanha presidencial de 2010, Serra deu R$17,6 milhões por mês ao dispositivo midiático demotucano para veicular publicidade do governo de São Paulo. É como se o tucano transferisse 980 salários mínimos por dia (40 salários por hora), uma Mega-Sena por mês (a deste sábado é de R$ 17 milhões) aos veículos que o apóiam.

Durante a gestão Serra em SP (2007/2011), o governo do Estado transferiu R$ 608,9 milhões à mídia 'isenta' para comprar espaço publicitário. Significa que Serra, sozinho, repassou aos veículos que formam o dispositivo midiático conservador um valor equivalente a 30% dos gastos totais com publicidade do governo federal no mesmo período. Os valores absolutos foram publicados pela Folha deste sábado.

O auge da generosidade tucana foi no ciclo eleitoral de 2009/2010: R$ 246 milhões. A Globo foi a mais aquinhoada na gestão Serra: R$ 210 milhões, 50% do total destinado a TVs, embora sua fatia na audiência seja declinante no período: caiu de 41% para 38% do total. Serra destinou às TVs religiosas mais recursos do que à TV Cultura, cuja audiência é superior.

A empresa de publicidade que intermediou a maioria dos contratos, ficando com 20% de comissão - como acontecia com o Valerioduto - foi a 'Lua', cujo proprietário é Rodrigo Gonzales. Rodrigo vem a ser filho do publicitário Luiz Gonzales, o marqueteiro de Serra e Alckmin, que fez a campanha presidencial do tucano em 2010 e comanda a atual, à prefeitura de SP. A agencia Lua também tem a conta publicitária da Dersa e do programa Nota Fiscal Paulista.( valores divulgados pela Folha; 15-09)

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*Tecedora

+ Mentiras da Máfia Golpista midiática

Dilma reage à nova onda de crimes da quadrilha Civita-Cachoeira 

 


Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril 


Marco Damiani Brasil 247 - O constrangimento foi geral, a ponto de o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no melhor estilo dos jogadores de futebol que reprovam o técnico ao serem preteridos, sair do salão de eventos do hotel Unique, em São Paulo, na sexta-feira 15, meneando a cabeça. 


Pela manhã, por volta das 10h00, sob a elegante justificativa de não ter um membro de sua família para acompanhá-la, a presidenta Dilma Rousseff cancelou compromisso pré-agendado com Civita para o almoço. 


Pouco mais tarde, durante o evento Maiores e Melhores, da revista Exame do mesmo Civita, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, levantou-se sem prévio aviso da mesa de debates da qual participava, ao lado do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman e, outra vez, do próprio Civita, para se retirar em definitivo do recinto, diante de dezenas de empresários. 


Os dois gestos foram imediatamente compreendidos como um protesto do governo pela matéria de capa da revista Veja Os Segredos de Valério, que iria circular no dia seguinte (este sábado 15). 


A informação do conteúdo em tudo agressivo contra o ex-presidente Lula e o PT circulou para o governo, que, com a batida em retirada, deu o tom de como serão, doravante, as relações institucionais com o Grupo Abril de Civita. 


do blog O Esquerdopata

sexta-feira, setembro 14, 2012

É hora de desarmar Deus

 

Via Jornal do Brasil
Mauro Santayana
O grande problema de Deus é que não o conhecemos senão na mente e no coração dos homens. E os homens constroem a sua fé com a frágil experiência de seus limitados sentidos, suficientes apenas para o trânsito no mundo em que vivemos. Os olhos podem crescer nos telescópios e ir ao fundo dos universos, ou na perscrutação das moléculas e átomos, mas isso é pouco para encontrar Deus, e menos ainda para construí-lo.
Sendo assim, e desde que há comunidades políticas, o monoteísmo tem servido para identificar ou acerbar as razões ou desrazões nacionais.
O Ocidente judaico-cristão não assimilou a chamada terceira revelação, a de Maomé
O Ocidente judaico-cristão não assimilou a chamada terceira revelação, a de Maomé, embora ela não tenha significado nenhuma apostasia essencial ao hebraísmo. O problema se tornou político, com a expansão dos povos árabes pelo norte da África e a invasão da Península Ibérica. Os islamitas sempre toleraram os cultos judaicos e cristãos nas áreas sob sua jurisdição política, mas a política recomendava aos reis cristãos a expulsão dos árabes da Europa e a guerra, continuada, fosse para contê-los, fosse para fazê-los retroceder ou para eliminá-los.
As cruzadas ainda não acabaram, e se tornaram menos românticas e mais cruéis por causa do petróleo.
Agora, um filme de baixa qualidade técnica e artística — conforme a opinião de especialistas — traz novo comburente às velhas chamas. Sem nenhum fundamento histórico, um fanático israelita (é o que se sabe) produz película eivada de insultos e ódio contra o fundador do islamismo, como se Maomé tivesse sido o mais infame e desprezível personagem da História. Como o filme foi produzido nos Estados Unidos, a reação imediata foi contra as representações diplomáticas nos países islâmicos. Essa reação, que culminou com a morte do embaixador norte-americano na Líbia, ainda não se encontra contida, e é provável que se agrave, apesar das declarações do governo norte-americano, que busca distanciar-se dos insultos.
Os republicanos, em plena campanha eleitoral, devem ter exultado. A morte do embaixador (asfixiado no incêndio do consulado em Benghazi) pode ter sido uma baixa para os seus quadros, mas representa um trunfo contra Obama: sua política não tem conseguido dar segurança absoluta aos cidadãos norte-americanos. É essa a mensagem de Romney ao eleitorado dos Estados Unidos. A resposta de Obama, enviando dois destróieres à Líbia, não foi a melhor para reduzir as tensões; ela pode intensificá-las.
A mentira de Blair e Bush custou centenas de milhares de civis mortos no Iraque e no Afeganistão
O que o governo de Washington e os republicanos não dizem é que o apoio, incondicional, aos radicais de Israel, que pregam abertamente a eliminação dos muçulmanos do mundo — assim como os nazistas desejavam a eliminação de todos os judeus — estimulam os insultos infamantes ao Islã e a resposta espontânea e violenta dos fanáticos do outro lado contra aqueles a quem atribuem a responsabilidade maior: os norte-americanos. E há ainda a hipótese, tenebrosa mas provável, diante dos precedentes históricos, de que as manifestações tenham partido de agentes provocadores dos próprios serviços ocidentais — ou israelitas  —  o que dá no mesmo.
A mentira de Blair e Bush — dois homens que o bispo Tutu, da África do Sul, quer ver no banco dos réus em Haia — custou centenas de milhares de civis mortos no Iraque e no Afeganistão, e muitos milhares de jovens norte-americanos mortos, feridos, enlouquecidos nos combates inúteis. Nada é pior para os capitalistas do que a paz — e nada melhor do que a guerra, que sempre os enriquece mais, e na qual só os pobres morrem.  
*GilsonSampaio 

PROCURA-SE SAM BACILE, O DIRETOR DO FILME QUE ESTA CAUSANDO REVOLTA E VIROU O ORIENTE MÉDIO DE CABEÇA PARA BAIXO

Klein, o produtor "ativista cristão": "Bacile não é judeu e esse nome é pseudônimo"

Por Paulo Nogueira

A história por trás de Innocence of Muslims, o filme antimuçulmano que está causando protestos na Líbia, no Egito e outro países do Oriente Médio, vai ficando cada vez mais bizarra. Sam Bacile, o suposto diretor, ainda não foi encontrado – e pode ser que não exista. 
Seu nome nunca constou do IMDB, o maior banco de dados da indústria do cinema. Não tem endereço em Los Angeles. Também não há registros de pessoa com esse nome em Israel, como se supunha. Jeffrey Goldberg, correspondente da revista The Atlantic, conversou com um produtor da fita, Steve Klein (que, apesar do nome, não é judeu). Klein se define como “ativista cristão militante” e tem como principal ocupação “vender seguro residencial”. É um tipo estranho, com um bigode branco e longo que o deixa parecido com uma morsa. “Eu não sei muito sobre ele”, disse. “Eu o encontrei e falei com ele por uma hora. Ele não é israelense e o Estado de Israel não está por trás disso. É um pseudônimo. Todos esses caras do Oriente Médio com quem eu trabalho usam pseudônimos”.

Os atores se dizem trapaceados. O roteiro tinha como título Desert Warrior (Guerreiro do Deserto). Não sabiam que o personagem central era Maomé e que este seria retratado de maneira ofensiva. Num comunicado, afirmam que o projeto trataria da vida de um egípcio há 2 mil anos. Percebe-se no trailer que alguns trechos ofensivos ao Islã foram dublados posteriormente. O custo divulgado da produção, 5 milhões de dólares, também foi posto em xeque: uma coisa de tão baixo nível, com atores atuando sobre um fundo de cromaqui primário, parecido com um programa da TV Gazeta, não vale isso.
Cindy Lee Garcia, atriz que tem um pequeno papel como a mãe de uma menina cuja mão é oferecida ao Profeta, deu uma entrevista em que se dizia enojada com o que estava acontecendo. “Não tinha nada a ver com religião”, disse. Durante os seus três dias de filmagem, Cindy conta que Bacile, ou seja lá qual for seu nome, se declarou um milionário egípcio do setor imobiliário. Tinha cabelos brancos e falava árabe com um grande número de homens que circulavam pelo set. “Ele era muito gentil. Ficava sentado lá pedindo que certas coisas fossem feitas”.


Protesto na Tunísia

Cindy pretende processar Bacile. Temendo represálias, os oitenta membros da equipe soltaram um comunicado oficial. “Nós rejeitamos 100% o teor do filme e fomos brutalmente ludibriados com relação a suas intenções e propostas. Nós estamos chocados com as mudanças drásticas no roteiro e as mentiras ditas a todos os envolvidos. Estamos profundamente entristecidos com as tragédias que ocorreram”.
Eis a convocação original para procurar os atores, postada em julho do ano passado no site craigslist:
NOW CASTING ACTORS for “DESERT WARRIOR.” Director Alan Roberts.
Historical desert drama set in Middle East. Indie Feature film shoots 18 days in L.A. in August. Studio and backlot locations.
Male Roles: DR. MATTHEW (Lead): Middle Eastern Pharmacist, 40-50, intelligent, family man; GEORGE (Lead); 40-50, Middle Eastern warrior leader, romantic, charismatic; YOUNG GEORGE (featured) 18-22; PRIEST (featured): 60-70, bearded; ABDO (featured), 60-70, Elder tribe leader; ISRAELI MEN 30-50 (featured); WARRIORS (featured) 18-50, Various Middle Eastern types, bearded.
Female Roles: CONDALISA (featured) 40, attractive, successful, strong willed; HILLARY (featured) 18 but must look younger, petite; innocent; YOUSTINA (featured) 16-18, Daughter of doctor; MIDDLE EASTERN WOMEN (Various Featured Roles) 18-40, attractive, exotic; OLDER WOMAN (featured) 60-70, feisty.
Please place Role desired in SUBJECT: line of email.
Require phone contact for immediate interview in Beverly/LaCienega area.


Cena do filme: os atores soltaram comunicado se dizendo enganados pelos realizadores

A caçada a Bacile foi dar em um cristão copta californiano acusado de crimes financeiros que admitiu ter fornecido apoio logístico para a produção.(Copts significa egípcio. É uma das igrejas orientais mais antigas do mundo, estabelecida por São Marcos no século I). Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos, contou para a Associated Press que era gerente da empresa que produziu Innocence of Muslims, mas negou ser o diretor. De acordo com a polícia, Nakoula já atendeu por nomes como Nicola Baciy, Erwin Salameh, entre outros.
Para os fãs de teorias conspiratórias, ainda há um elemento especial: Sam Bacile é um anagrama de “Cabal is Me”. Cabala, além de ser a doutrina do misticismo judaico, significa também conspiração, confusão, tormenta.
Seja quem for este sujeito, deve estar com medo – ou diabolicamente satisfeito, em seu esconderijo, com o rastro de tragédia que seu filme irresponsável e vagabundo está gerando e ainda vai gerar pelo mundo. 

 
militanciaviva


O filme errado na hora errada: como entender o que aconteceu nas últimas horas na Líbia e no Egito


Por Paulo Nogueira

O que leva alguém a fazer um filme que ridiculariza Maomé e o islamismo num momento destes?
Esta é a pergunta-chave sobre os lastimáveis incidentes ocorridos nas últimas horas na Líbia e no Egito, países em que multidões de muçulmanos atacaram representações diplomáticas americanas. Informações oficiais da Líbia dão conta de que o embaixador americano no país, Christopher Stevens, foi morto – algo que vai provocar um extraordinário barulho e gerar ainda mais inquietação e violência num pedaço do mundo já bem inquieto e violento. Outros três americanos teriam também morrido no ataque.
No Egito, pelo menos até aqui, não há registro de mortes. A maior baixa para os americanos foi simbólica. Manifestantes trocaram no Cairo a bandeira a meio pau americana na embaixada, por conta do 11 de Setembro, por outra negra.
Vi trechos do filme no YouTube. É um filme absurdamente ofensivo e pateticamente ruim. Em outras circunstâncias, passaria em branco e iria rapidamente para o lixo. Mas não agora. Uma emissora árabe passou o trailer, dublado. Foi quando o drama se iniciou.
O diretor é um americano chamado Sam Becile, que se autoproclama judeu americano. O produtor é um pastor, Terry Jones, que, recentemente, provocou confusão ao queimar exemplares do Corão. O filme, segundo Becile, custou 5 milhões de dólares.
Ele fugiu. Por telefone, de um destino ignorado, falou com a Reuters. Disse que o islamismo é o “câncer do mundo”, e atribuiu o sangue que correu na Líbia à “falta de segurança” no consulado americano.
O duplo ataque imediatamente entrou na agenda eleitoral americana, às vésperas das eleições presidenciais de novembro. Os republicanos, a começar por Mitt Romney, criticam Obama por não reagir com “firmeza” – seja lá o que isso signifique. Os democratas criticam Romney por fazer uso eleitoreiro dos incidentes.
A política externa americana no Oriente Médio está na raiz dos acontecimentos no Egito e na Líbia. Enquanto ela não mudar, bombas, infelizmente, explodirão numa quantidade cada vez maior. 
Fonte: Blog do Poter
*MilitânciaViva

Charge do Dia

PSDB: mortes e arrastões em SP



Por Altamiro Borges
Nos bairros “nobres”, arrastões e policiamento reforçado. Nas periferias carentes, mortes, clima de medo e abusos policiais. Este é o cenário que domina a cidade e o estado de São Paulo na atualidade. A milionária propaganda tucana sobre os avanços na segurança pública, que insinuava um paraíso na terra, foi para o ralo. Há 18 anos no governo do estado e há oito na prefeitura da capital paulista, o PSDB e os seus satélites colhem os frutos da falta de investimento e da ausência de planejamento no combate à violência.

Ontem (11), uma operação da truculenta Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota) resultou no assassinato de oito pessoas acusadas de ligação com Primeiro Comando da Capital (PCC), numa chácara em Várzea Paulista. Diante do fatídico resultado, o governador Geraldo Alckmin comemorou: “Quem não reagiu está vivo”. O comandante-geral da PM, coronel Roberval França, também aprovou a ação da Rota. “Todos os indicativos atestam uma ação legítima”. Dos 40 policiais que participaram da operação, nenhum saiu ferido.

300% de aumento das mortes

O episódio sangrento não foi uma exceção. De janeiro a julho deste ano, a PM de São Paulo já matou 271 pessoas – 15% a mais do que no mesmo período de 2011; somente em julho, houve aumento de 300% nas execuções em relação ao ano passado. A maioria das mortes ocorre em regiões carentes. Os dados são da própria Ouvidoria da Polícia Militar. Para o Instituto Sou da Paz, uma entidade de defesa dos direitos humanos, estes índices tão elevados são “injustificáveis, pois nenhum crime aumentou 300% neste período”. 

Se o medo toma conta da periferia, com a população ficando no meio do fogo cruzado entre bandidos e policiais, nas chamadas áreas “nobres” os sinais de violência também são crescentes. Na semana passada ocorreu o terceiro arrastão no bairro de Higienópolis, na capital, no restaurante La Frontera. Os assaltantes levaram pertences dos clientes e o dinheiro do caixa, mas ninguém foi ferido. “Teve gente que nem percebeu o assalto. Foram menos de três minutos”, relata o gerente do restaurante, especializado em carne argentina.
*Ajusticeiradeesquerda

Brasil quer 100% dos ônibus e táxis adaptados para a Copa e as Olimpíadas

Transporte AdaptadoO Brasil quer adaptar 100% da frota de ônibus e táxis do país para pessoas com deficiência. E o prazo é 2014, quando várias cidades vão sediar a Copa do Mundo de Futebol. A informação é do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira. Ele está, em Nova York, participando da 5ª. Conferência dos Estados-Parte da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Antonio José Ferreira explicou como o governo pretende alcançar a meta de acessibilidade. “Com garantia para que as pessoas com deficiência possam ir e voltar dos estádios para sua residência com transportes. Sabemos que é um grande desafio, principalmente com as características de nosso país. Principalmente nos transportes. Temos que estar muito preocupados. Nos estádios, a gente consegue garantir a acessibilidade. Mas o problema é tornar todos a frota de ônibus acessíveis e os táxis acessíveis às pessoas com deficiência”.
Adaptada aos deficientes, Londres serve de inspiração ao Rio-2016
Imagens mostram dificuldades de cadeirantes para embarcar em ônibus

Descaso:Transporte público coloca em risco vida de cadeirantes em São Paulo

Para Antonio José Ferreira, tornar os transportes acessíveis para a Copa do Mundo e as Olimpíadas é também uma questão de vontade política. “Nós já temos inclusive exemplos de cidades no Brasil que já contam com todos os ônibus acessíveis. Poderia destacar Uberlândia, Goiânia, Joinville, Campinas também tem avançado muito. Então são exemplos de cidades que já têm 95%, 98%, 100% da frota acessível. Então é uma prova de que quando o prefeito quer, quando se tem vontade política é possível conquistar isso aí”.
Ônibus Adaptado em Londres
O secretário informou que aumentar a acessibilidade é o objetivo do programa Viver Sem Limite, lançado pela presidente Dilma Rousseff, em novembro passado.
Segundo Antonio José Ferreira está sendo inserida na pauta do governo, um plano de exoneração fiscal para que os empresários se sintam estimulados “a cada dia mais colocar ônibus acessível nas ruas do Brasil”.
Antônio José Ferreira disse ainda que até 2014, muitas questões já devem ter sido resolvidas. O governo também está trabalhando com as montadoras para incluir as funções de acessibilidade nos veículos.
Segundo as Nações Unidas, mais de 10% da população mundial vive com algum tipo de deficiências.
De acordo com o Governo Brasileiro, 45 milhões de pessoas no país tem deficiência.
*Deficienteciente

MOVIMENTO REACIONÁRIO CANSEI, PROTAGONIZADO POR CELEBRIDADES, PODE CHEGAR AO PODER EM SÃO PAULO SE CELSO RUSSOMANO VENCER A ELEIÇÃO


D’Urso, organizador dos interesses da elite paulistana, é vice de Russomanno
O movimento reacionário Cansei da elite paulistana, que surgiu após a Folha de S.Paulo publicar um texto de um articulista, que não me lembro o nome (não vale a pena), acusando o ex-presidente Lula de ter derrubado o avião da TAM em 2007, pode chegar ao poder com uma eventual vitória de Celso Russomanno.
O candidato a vice-prefeito de Celso Russomanno é nada menos do que Luiz Flávio Borges D`Urso, um dos organizadores do movimento Cansei. Prot(agonizado) por celebridades, o movimento era uma reação da elite que estava descontente com a incapacidade do PSDB de fazer oposição e com o governo do ex-presidente Lula que trazia avanços sociais em várias áreas, inclusive levando o povão a andar de avião.
No fundo no fundo, a lotação dos aeroportos parece ter sido a principal causa do movimento, que se caracterizou por questionar o ‘caos aéreo’, a corrupção e pagamento de impostos. E foi ironizado até por Fernando Henrique Cardoso. Veja abaixo entrevista de Conceição Lemes sobre D’urso e o Cansei.
*Educaçãopolítica 


Há 9 anos, os advogados amargam na testa da seccional paulista da OAB, essa figura funesta para a democracia, que graças aos feudos e currais caipiras espalhados por este estado, elegem esse monarca Luis Flávio Borges D'Urso (o cara que ide
alizou o vergonhoso e golpista CANSEI!!!! e promove todo ano romaria para Aparecida do Norte...).
Imagine, agora, depois de utilizar o trampolim eleitoral da OAB/SP, estamos arriscados a tê-lo como vice-prefeito na capital de Sâo Paulo (onde sempre perdeu eleição na OAB/SP), juntamente com o apadrinhado dos pastores de bode e demais mercadores da Igreja Evangélica Fundamentalista Xiita..
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*RubensLeite

Misturar igreja com política partidária “extrapola a lei e o ideário republicano”



Misturar igreja com política partidária “extrapola a lei e o ideário republicano”

Um dos principais estudiosos do neopentecostalismo no Brasil, o sociólogo Ricardo Mariano, não vê novidade na aproximação entre a Igreja Universal, o PRB e a candidatura de Celso Russomano, líder nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo. Na entrevista abaixo, ele observa que a Universal está envolvida com a política desde o final da década de 1980, participando diretamente de campanhas majoritárias e também para vereadores e deputados estaduais e federais, além de patrocinar a formação de partidos.
A principal novidade deste ano, segundo o especialista, é o acirramento da disputa política, partidária e midiática entre evangélicos e carismáticos, o que resulta na ocupação religiosa da área pública num ritmo cada vez maior. Na avaliação dele, é um quadro que contraria o ideario republicano, que pressupõe a separação entre igreja e Estado, entre religião e política.
Mariano é doutor em sociologia pela USP e autor do livro Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil. Ele coordena o o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
A seguir, os principais trechos da conversa com o estudioso.
Como o senhor vê o enorme destaque dado às igrejas evangélicas nas eleições deste ano?
O ingresso organizado dos evangélicos na política não é novo. Desde a segunda metade da década de 1980 ficou evidente o interesse desses religiosos pela política partidária, muito ávidos por recursos públicos, emissoras de rádio e TV, barganhas e alianças com candidatos e partidos e governantes. Eles participaram dos debates da Assembleia Constituinte, ajudaram o José Sarney a ampliar o mandato de quatro para cinco anos – em troca de concessões de emissoras e rádio e verbas públicas. No segundo turno das eleições de 1989, Fernando Collor de Mello conseguiu o apoio esmagador dos pentecostais contra a candidatura lulopetista. De lá para cá, a instrumentalização recíproca entre esses grupos, sobretudo pentecostais e neopentecostais, com candidatos, partidos e governantes tem se intensificado.
Em 1989 eles fizeram campanha contra Luiz Inácio Lula da Silva.
No segundo turno. No primeiro, como existiam vários candidatos, dentro de um leque variado, que incluía Lula, Collor, Mário Covas, Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, o ativismo eleitoral dos evangélicos não apareceu. Nenhum candidato conseguiu galvanizar seu apoio. No segundo turno, porém, havia o temor, estimulado pela candidatura do PRN (extinto partido de Collor), de que Lula, numa aliança diabólica com o setor progressista da Igreja Católica, iria tolher a liberdade religiosa. Falava-se que os templos seriam transformados em armazéns e que os evangélicos seriam perseguidos e fuzilados em paredões.
Esses boatos tiveram repercussão nas outras vezes em que Lula se candidatou?
Sim. O mesmo temor apareceu em 1994 e 1998. Foi só em 2002, no segundo turno da eleição presidencial, que o PT conseguiu apoio evangélico pra valer entre igrejas pentecostais. A Igreja Universal do Reino de Deus declarou apoio a Lula, enquanto a Convenção Geral da Assembleia de Deus do Brasil, do Belenzinho, em São Paulo, ficou ao lado de José Serra (PSDB). O líder da Assembleia era malufista, mas, quando Paulo Maluf passou a ter presença rarefeita nas disputas eleitorais, ele passou a apoiar os candidatos do PSDB. Tem feito isso sistematicamente. Nunca apoiou o PT, nem vai apoiar.
Qual a principal novidade que o senhor detecta em anos mais recentes?
A novidade é que a ala carismática católica agora também está empenhada na eleição de candidatos com identidade católica. Uma vez que o Vaticano proíbe o lançamento de candidaturas de padres e bispos, leigos estão sendo estimulados a se candidatar com plataformas baseadas na moral e na doutrina social da igreja. O crescimento pentecostal – do ponto de vista demográfico, institucional, partidário, político e midiático – levou a Igreja Católica a uma contraofensiva, a uma concorrência tanto religiosa, quanto midiática e política. Essa concorrência entre pentecostais e católicos estimulou a ocupação religiosa da esfera pública.
Em que momento o senhor detecta o início dessa concorrência?
Até o início dos anos 90, a Igreja Católica não tinha emissoras de TV, muito menos redes. Mas, a partir de 1993, com a criação da Rede Vida, o quadro mudou: hoje os católicos têm três redes nacionais de TV e um número crescente de emissoras. Vale notar que a Igreja Católica já tinha a maior rede de rádios no País. Houve, portanto, um estímulo ao avanço na mídia eletrônica, sobretudo na TV.
E isso extrapolou para a política?
Sim. Há um ativismo crescente nas eleições e na política partidária, ainda que, tradicionalmente a Igreja Católica se apoie mais em seu lobby para a defesa de interesses institucionais e morais.
Como vê essa ocupação religiosa da esfera pública?
Olhando as principais ideologias do século 19, o socialismo, o positivismo, o liberalismo, o republicanismo e outras, observamos que todas propõem a autonomia do Estado e da política em relação à religião. O socialismo e o positivismo previam, inclusive, o fim da religião. O liberalismo e o republicanismo sempre tiveram como meta o estabelecimento de uma autonomia recíproca entre Estado e igreja, religião e política. Havia um esforço para a criação de valores laicos, seculares, em torno da cidadania, da república, das liberdades democráticas.
E o caso brasileiro?
Nossa república também nasceu sob esse signo. O modelo que adotamos foi um mix dos modelos francês e americano, com separação entre igreja e Estado. Até o fim do Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado e também era tutelada por ele, o que significa que não tinha plena liberdade de ação. Com a constituição republicana ela passa a ter liberdade de ação e adquire um poder imenso, na Primeira República. Para a Constituinte de 1934 foi criada a Liga Eleitoral Católica, que elegeu muitos representantes da própria igreja. Em seguida, no texto constitucional, ela conseguiu uma série de privilégios. Um dos mais importantes foi o princípio de colaboração recíproca entre igreja e Estado em benefício do chamado bem comum. Isso foi mantido na Constituição de 1988, embora com outra formulação. No mesmo artigo em que aparece a separação entre igreja e Estado, vedando a concessão de subsídios e a realização de alianças com grupos religiosos, aparece esse princípio da colaboração. Nos anos 30, 40, 50 e outros, esse princípio de colaboração recíproca significou sobretudo uma série de subsídios para escolas católicas, hospitais, obras assistenciais.
Não havia pluralismo religioso.
Nas últimas décadas, sobretudo a partir dos anos 80, é que o pluralismo religioso passa a vigorar de fato no Brasil e a Igreja Católica se vê tendo que competir no mercado religioso. Com o avanço pentecostal, os privilégios concedidos aos católicos começam a ser contestados.
Não há reação a esse avanço do religioso sobre o público?
Há uma contestação crescente de setores laicos ou seculares da sociedade brasileira, envolvendo parte da imprensa, educadores, cientistas e ateus. Eles são minoritários mas estão se organizando. Os movimentos feministas e homossexuais aparecem entre os principais rivais dessa crescente ocupação religiosa da esfera pública, sobretudo no campo político partidário. Não é um movimento articulado, que junte todos esses grupos e movimentos, mas há uma grita crescente, defendendo sobretudo a laicidade do Estado. O mote central de todos os contestadores é a defesa da laicidade.
Em São Paulo, nos últimos dias, surgiram notícias de igrejas transformadas em comitês eleitorais.
Isso não é de agora. Há algum tempo temos visto a transformação de templos em comitês eleitorais e fundação de partido por igreja. O Celso Russomano, em São Paulo, é filiado ao PRB, partido que foi criado pela Igreja Universal. O presidente do partido é da Universal e toda a base de cabos eleitorais dessa candidatura é de gente da Universal. São fiéis, pastores, obreiros da Igreja. É um negócio impressionante: você tem um igreja que criou um partido, que tem uma concessão pública, uma rede de TV, a segunda mais importante do País, apoiando um candidato que tinha um programa nessa TV e que foi lançado por esse partido.
Como vê isso?
Legalmente, as igrejas estão proibidas de dar apoio eleitoral. Mas isso tem sido feito. A Igreja Universal apoiou o Collor em 1989 e teve problemas com a Justiça Eleitoral. Isso ocorreu também nas campanhas de Crivella (Marcelo Crivella, bispo da Universal, atual ministro da Pesca), no Rio, para prefeito e governador. Não é de agora que a Universal funciona como comitê, às vezes para candidaturas majoritárias, como nos casos de Collor, Crivella, Russomano, mas, sobretudo, para seus candidatos a vereador, deputado estadual e federal. A Universal elege uma bancada própria, composta por representantes de seu partido e de outras legendas. Quando se pensa na ideia de República, que pressupõe a separação entre igreja e Estado, entre religião e política, essa mistura que estamos vendo extrapola a lei e o ideario republicano.
*Mariadapenhaneles