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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, setembro 16, 2012
Baixaria na imprensa de direita às vésperas de uma eleição?
Última capa da revista Veja traz uma suporta declaração do réu Marcos
Valério revelando uma suposta participação do ex-presidente Lula no
suposto esquema do chamado mensalão, há poucas semanas das eleições e
poucos dias depois do candidato
Serra passar a usar o caso "mensalão" no seu programa de tv.
Horas depois da publicação, o próprio advogado do réu afirma que o seu
cliente jamais deu declarações como foi afirmado pela revista.
Serra deu uma mega-sena por mês à mídia demotucana
por Saul Leblon
no CartaMaior
Na campanha presidencial de 2010, Serra deu R$17,6 milhões por mês ao dispositivo midiático demotucano para veicular publicidade do governo de São Paulo. É como se o tucano transferisse 980 salários mínimos por dia (40 salários por hora), uma Mega-Sena por mês (a deste sábado é de R$ 17 milhões) aos veículos que o apóiam.
Durante a gestão Serra em SP (2007/2011), o governo do Estado transferiu R$ 608,9 milhões à mídia 'isenta' para comprar espaço publicitário. Significa que Serra, sozinho, repassou aos veículos que formam o dispositivo midiático conservador um valor equivalente a 30% dos gastos totais com publicidade do governo federal no mesmo período. Os valores absolutos foram publicados pela Folha deste sábado.
O auge da generosidade tucana foi no ciclo eleitoral de 2009/2010: R$ 246 milhões. A Globo foi a mais aquinhoada na gestão Serra: R$ 210 milhões, 50% do total destinado a TVs, embora sua fatia na audiência seja declinante no período: caiu de 41% para 38% do total. Serra destinou às TVs religiosas mais recursos do que à TV Cultura, cuja audiência é superior.
A empresa de publicidade que intermediou a maioria dos contratos, ficando com 20% de comissão - como acontecia com o Valerioduto - foi a 'Lua', cujo proprietário é Rodrigo Gonzales. Rodrigo vem a ser filho do publicitário Luiz Gonzales, o marqueteiro de Serra e Alckmin, que fez a campanha presidencial do tucano em 2010 e comanda a atual, à prefeitura de SP. A agencia Lua também tem a conta publicitária da Dersa e do programa Nota Fiscal Paulista.( valores divulgados pela Folha; 15-09)
Na campanha presidencial de 2010, Serra deu R$17,6 milhões por mês ao dispositivo midiático demotucano para veicular publicidade do governo de São Paulo. É como se o tucano transferisse 980 salários mínimos por dia (40 salários por hora), uma Mega-Sena por mês (a deste sábado é de R$ 17 milhões) aos veículos que o apóiam.
Durante a gestão Serra em SP (2007/2011), o governo do Estado transferiu R$ 608,9 milhões à mídia 'isenta' para comprar espaço publicitário. Significa que Serra, sozinho, repassou aos veículos que formam o dispositivo midiático conservador um valor equivalente a 30% dos gastos totais com publicidade do governo federal no mesmo período. Os valores absolutos foram publicados pela Folha deste sábado.
O auge da generosidade tucana foi no ciclo eleitoral de 2009/2010: R$ 246 milhões. A Globo foi a mais aquinhoada na gestão Serra: R$ 210 milhões, 50% do total destinado a TVs, embora sua fatia na audiência seja declinante no período: caiu de 41% para 38% do total. Serra destinou às TVs religiosas mais recursos do que à TV Cultura, cuja audiência é superior.
A empresa de publicidade que intermediou a maioria dos contratos, ficando com 20% de comissão - como acontecia com o Valerioduto - foi a 'Lua', cujo proprietário é Rodrigo Gonzales. Rodrigo vem a ser filho do publicitário Luiz Gonzales, o marqueteiro de Serra e Alckmin, que fez a campanha presidencial do tucano em 2010 e comanda a atual, à prefeitura de SP. A agencia Lua também tem a conta publicitária da Dersa e do programa Nota Fiscal Paulista.( valores divulgados pela Folha; 15-09)
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Leia também Os tucanos e os tiros no pé
*Tecedora
+ Mentiras da Máfia Golpista midiática
Dilma reage à nova onda de crimes da quadrilha Civita-Cachoeira
Dilma cancela ida e Mantega se retira de evento da Editora Abril
Marco Damiani Brasil 247 - O constrangimento foi geral, a ponto de o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no melhor estilo dos jogadores de futebol que reprovam o técnico ao serem preteridos, sair do salão de eventos do hotel Unique, em São Paulo, na sexta-feira 15, meneando a cabeça.
Pela manhã, por volta das 10h00, sob a elegante justificativa de não ter um membro de sua família para acompanhá-la, a presidenta Dilma Rousseff cancelou compromisso pré-agendado com Civita para o almoço.
Pouco mais tarde, durante o evento Maiores e Melhores, da revista Exame do mesmo Civita, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, levantou-se sem prévio aviso da mesa de debates da qual participava, ao lado do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman e, outra vez, do próprio Civita, para se retirar em definitivo do recinto, diante de dezenas de empresários.
Os dois gestos foram imediatamente compreendidos como um protesto do governo pela matéria de capa da revista Veja Os Segredos de Valério, que iria circular no dia seguinte (este sábado 15).
A informação do conteúdo em tudo agressivo contra o ex-presidente Lula e o PT circulou para o governo, que, com a batida em retirada, deu o tom de como serão, doravante, as relações institucionais com o Grupo Abril de Civita.
do blog O Esquerdopata
sexta-feira, setembro 14, 2012
É hora de desarmar Deus
Via Jornal do Brasil
Mauro Santayana
O
grande problema de Deus é que não o conhecemos senão na mente e no
coração dos homens. E os homens constroem a sua fé com a frágil
experiência de seus limitados sentidos, suficientes apenas para o
trânsito no mundo em que vivemos. Os olhos podem crescer nos telescópios
e ir ao fundo dos universos, ou na perscrutação das moléculas e átomos,
mas isso é pouco para encontrar Deus, e menos ainda para construí-lo.
Sendo
assim, e desde que há comunidades políticas, o monoteísmo tem servido
para identificar ou acerbar as razões ou desrazões nacionais.
O Ocidente judaico-cristão não assimilou a chamada terceira revelação, a de Maomé
O
Ocidente judaico-cristão não assimilou a chamada terceira revelação, a
de Maomé, embora ela não tenha significado nenhuma apostasia essencial
ao hebraísmo. O problema se tornou político, com a expansão dos povos
árabes pelo norte da África e a invasão da Península Ibérica. Os
islamitas sempre toleraram os cultos judaicos e cristãos nas áreas sob
sua jurisdição política, mas a política recomendava aos reis cristãos a
expulsão dos árabes da Europa e a guerra, continuada, fosse para
contê-los, fosse para fazê-los retroceder ou para eliminá-los.
As cruzadas ainda não acabaram, e se tornaram menos românticas e mais cruéis por causa do petróleo.
Agora,
um filme de baixa qualidade técnica e artística — conforme a opinião de
especialistas — traz novo comburente às velhas chamas. Sem nenhum
fundamento histórico, um fanático israelita (é o que se sabe) produz
película eivada de insultos e ódio contra o fundador do islamismo, como
se Maomé tivesse sido o mais infame e desprezível personagem da
História. Como o filme foi produzido nos Estados Unidos, a reação
imediata foi contra as representações diplomáticas nos países islâmicos.
Essa reação, que culminou com a morte do embaixador norte-americano na
Líbia, ainda não se encontra contida, e é provável que se agrave, apesar
das declarações do governo norte-americano, que busca distanciar-se dos
insultos.
Os republicanos, em plena campanha
eleitoral, devem ter exultado. A morte do embaixador (asfixiado no
incêndio do consulado em Benghazi) pode ter sido uma baixa para os seus
quadros, mas representa um trunfo contra Obama: sua política não tem
conseguido dar segurança absoluta aos cidadãos norte-americanos. É essa a
mensagem de Romney ao eleitorado dos Estados Unidos. A resposta de
Obama, enviando dois destróieres à Líbia, não foi a melhor para reduzir
as tensões; ela pode intensificá-las.
A mentira de Blair e Bush custou centenas de milhares de civis mortos no Iraque e no Afeganistão
O
que o governo de Washington e os republicanos não dizem é que o apoio,
incondicional, aos radicais de Israel, que pregam abertamente a
eliminação dos muçulmanos do mundo — assim como os nazistas desejavam a
eliminação de todos os judeus — estimulam os insultos infamantes ao Islã
e a resposta espontânea e violenta dos fanáticos do outro lado contra
aqueles a quem atribuem a responsabilidade maior: os norte-americanos. E
há ainda a hipótese, tenebrosa mas provável, diante dos precedentes
históricos, de que as manifestações tenham partido de agentes
provocadores dos próprios serviços ocidentais — ou israelitas — o que
dá no mesmo.
A mentira de Blair e Bush — dois
homens que o bispo Tutu, da África do Sul, quer ver no banco dos réus em
Haia — custou centenas de milhares de civis mortos no Iraque e no
Afeganistão, e muitos milhares de jovens norte-americanos mortos,
feridos, enlouquecidos nos combates inúteis. Nada é pior para os
capitalistas do que a paz — e nada melhor do que a guerra, que sempre os
enriquece mais, e na qual só os pobres morrem.
*GilsonSampaio
Os atores se dizem trapaceados. O roteiro tinha como título Desert Warrior (Guerreiro do Deserto). Não sabiam que o personagem central era Maomé e que este seria retratado de maneira ofensiva. Num comunicado, afirmam que o projeto trataria da vida de um egípcio há 2 mil anos. Percebe-se no trailer que alguns trechos ofensivos ao Islã foram dublados posteriormente. O custo divulgado da produção, 5 milhões de dólares, também foi posto em xeque: uma coisa de tão baixo nível, com atores atuando sobre um fundo de cromaqui primário, parecido com um programa da TV Gazeta, não vale isso.
Cindy Lee Garcia, atriz que tem um pequeno papel como a mãe de uma menina cuja mão é oferecida ao Profeta, deu uma entrevista em que se dizia enojada com o que estava acontecendo. “Não tinha nada a ver com religião”, disse. Durante os seus três dias de filmagem, Cindy conta que Bacile, ou seja lá qual for seu nome, se declarou um milionário egípcio do setor imobiliário. Tinha cabelos brancos e falava árabe com um grande número de homens que circulavam pelo set. “Ele era muito gentil. Ficava sentado lá pedindo que certas coisas fossem feitas”.
Protesto na Tunísia
Cindy pretende processar Bacile. Temendo represálias, os oitenta membros da equipe soltaram um comunicado oficial. “Nós rejeitamos 100% o teor do filme e fomos brutalmente ludibriados com relação a suas intenções e propostas. Nós estamos chocados com as mudanças drásticas no roteiro e as mentiras ditas a todos os envolvidos. Estamos profundamente entristecidos com as tragédias que ocorreram”.
Eis a convocação original para procurar os atores, postada em julho do ano passado no site craigslist:
NOW CASTING ACTORS for “DESERT WARRIOR.” Director Alan Roberts.
Historical desert drama set in Middle East. Indie Feature film shoots 18 days in L.A. in August. Studio and backlot locations.
Male Roles: DR. MATTHEW (Lead): Middle Eastern Pharmacist, 40-50, intelligent, family man; GEORGE (Lead); 40-50, Middle Eastern warrior leader, romantic, charismatic; YOUNG GEORGE (featured) 18-22; PRIEST (featured): 60-70, bearded; ABDO (featured), 60-70, Elder tribe leader; ISRAELI MEN 30-50 (featured); WARRIORS (featured) 18-50, Various Middle Eastern types, bearded.
Female Roles: CONDALISA (featured) 40, attractive, successful, strong willed; HILLARY (featured) 18 but must look younger, petite; innocent; YOUSTINA (featured) 16-18, Daughter of doctor; MIDDLE EASTERN WOMEN (Various Featured Roles) 18-40, attractive, exotic; OLDER WOMAN (featured) 60-70, feisty.
Please place Role desired in SUBJECT: line of email.
Require phone contact for immediate interview in Beverly/LaCienega area.
Cena do filme: os atores soltaram comunicado se dizendo enganados pelos realizadores
A caçada a Bacile foi dar em um cristão copta californiano acusado de crimes financeiros que admitiu ter fornecido apoio logístico para a produção.(Copts significa egípcio. É uma das igrejas orientais mais antigas do mundo, estabelecida por São Marcos no século I). Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos, contou para a Associated Press que era gerente da empresa que produziu Innocence of Muslims, mas negou ser o diretor. De acordo com a polícia, Nakoula já atendeu por nomes como Nicola Baciy, Erwin Salameh, entre outros.
Para os fãs de teorias conspiratórias, ainda há um elemento especial: Sam Bacile é um anagrama de “Cabal is Me”. Cabala, além de ser a doutrina do misticismo judaico, significa também conspiração, confusão, tormenta.
Seja quem for este sujeito, deve estar com medo – ou diabolicamente satisfeito, em seu esconderijo, com o rastro de tragédia que seu filme irresponsável e vagabundo está gerando e ainda vai gerar pelo mundo.
militanciaviva
Por Paulo Nogueira
PROCURA-SE SAM BACILE, O DIRETOR DO FILME QUE ESTA CAUSANDO REVOLTA E VIROU O ORIENTE MÉDIO DE CABEÇA PARA BAIXO
Klein, o produtor "ativista cristão": "Bacile não é judeu e esse nome é pseudônimo" |
Por Paulo Nogueira
A história por trás de Innocence of Muslims, o filme antimuçulmano que está causando protestos na Líbia,
no Egito e outro países do Oriente Médio, vai ficando cada vez mais
bizarra. Sam Bacile, o suposto diretor, ainda não foi encontrado – e
pode ser que não exista.
Seu nome nunca constou do IMDB, o maior banco
de dados da indústria do cinema. Não tem endereço em Los Angeles. Também
não há registros de pessoa com esse nome em Israel, como se supunha.
Jeffrey Goldberg, correspondente da revista The Atlantic, conversou com
um produtor da fita, Steve Klein (que, apesar do nome, não é judeu).
Klein se define como “ativista cristão militante” e tem como principal
ocupação “vender seguro residencial”. É um tipo estranho, com um bigode
branco e longo que o deixa parecido com uma morsa. “Eu não sei muito
sobre ele”, disse. “Eu o encontrei e falei com ele por uma hora. Ele não
é israelense e o Estado de Israel não está por trás disso. É um
pseudônimo. Todos esses caras do Oriente Médio com quem eu trabalho usam
pseudônimos”.
Os atores se dizem trapaceados. O roteiro tinha como título Desert Warrior (Guerreiro do Deserto). Não sabiam que o personagem central era Maomé e que este seria retratado de maneira ofensiva. Num comunicado, afirmam que o projeto trataria da vida de um egípcio há 2 mil anos. Percebe-se no trailer que alguns trechos ofensivos ao Islã foram dublados posteriormente. O custo divulgado da produção, 5 milhões de dólares, também foi posto em xeque: uma coisa de tão baixo nível, com atores atuando sobre um fundo de cromaqui primário, parecido com um programa da TV Gazeta, não vale isso.
Cindy Lee Garcia, atriz que tem um pequeno papel como a mãe de uma menina cuja mão é oferecida ao Profeta, deu uma entrevista em que se dizia enojada com o que estava acontecendo. “Não tinha nada a ver com religião”, disse. Durante os seus três dias de filmagem, Cindy conta que Bacile, ou seja lá qual for seu nome, se declarou um milionário egípcio do setor imobiliário. Tinha cabelos brancos e falava árabe com um grande número de homens que circulavam pelo set. “Ele era muito gentil. Ficava sentado lá pedindo que certas coisas fossem feitas”.
Protesto na Tunísia
Cindy pretende processar Bacile. Temendo represálias, os oitenta membros da equipe soltaram um comunicado oficial. “Nós rejeitamos 100% o teor do filme e fomos brutalmente ludibriados com relação a suas intenções e propostas. Nós estamos chocados com as mudanças drásticas no roteiro e as mentiras ditas a todos os envolvidos. Estamos profundamente entristecidos com as tragédias que ocorreram”.
Eis a convocação original para procurar os atores, postada em julho do ano passado no site craigslist:
NOW CASTING ACTORS for “DESERT WARRIOR.” Director Alan Roberts.
Historical desert drama set in Middle East. Indie Feature film shoots 18 days in L.A. in August. Studio and backlot locations.
Male Roles: DR. MATTHEW (Lead): Middle Eastern Pharmacist, 40-50, intelligent, family man; GEORGE (Lead); 40-50, Middle Eastern warrior leader, romantic, charismatic; YOUNG GEORGE (featured) 18-22; PRIEST (featured): 60-70, bearded; ABDO (featured), 60-70, Elder tribe leader; ISRAELI MEN 30-50 (featured); WARRIORS (featured) 18-50, Various Middle Eastern types, bearded.
Female Roles: CONDALISA (featured) 40, attractive, successful, strong willed; HILLARY (featured) 18 but must look younger, petite; innocent; YOUSTINA (featured) 16-18, Daughter of doctor; MIDDLE EASTERN WOMEN (Various Featured Roles) 18-40, attractive, exotic; OLDER WOMAN (featured) 60-70, feisty.
Please place Role desired in SUBJECT: line of email.
Require phone contact for immediate interview in Beverly/LaCienega area.
Cena do filme: os atores soltaram comunicado se dizendo enganados pelos realizadores
A caçada a Bacile foi dar em um cristão copta californiano acusado de crimes financeiros que admitiu ter fornecido apoio logístico para a produção.(Copts significa egípcio. É uma das igrejas orientais mais antigas do mundo, estabelecida por São Marcos no século I). Nakoula Basseley Nakoula, de 55 anos, contou para a Associated Press que era gerente da empresa que produziu Innocence of Muslims, mas negou ser o diretor. De acordo com a polícia, Nakoula já atendeu por nomes como Nicola Baciy, Erwin Salameh, entre outros.
Para os fãs de teorias conspiratórias, ainda há um elemento especial: Sam Bacile é um anagrama de “Cabal is Me”. Cabala, além de ser a doutrina do misticismo judaico, significa também conspiração, confusão, tormenta.
Seja quem for este sujeito, deve estar com medo – ou diabolicamente satisfeito, em seu esconderijo, com o rastro de tragédia que seu filme irresponsável e vagabundo está gerando e ainda vai gerar pelo mundo.
militanciaviva
O filme errado na hora errada: como entender o que aconteceu nas últimas horas na Líbia e no Egito
O que leva alguém a fazer um filme que ridiculariza Maomé e o islamismo num momento destes?
Esta é a pergunta-chave sobre os lastimáveis incidentes ocorridos nas últimas horas na Líbia e no Egito, países em que multidões de muçulmanos atacaram representações diplomáticas americanas. Informações oficiais da Líbia dão conta de que o embaixador americano no país, Christopher Stevens, foi morto – algo que vai provocar um extraordinário barulho e gerar ainda mais inquietação e violência num pedaço do mundo já bem inquieto e violento. Outros três americanos teriam também morrido no ataque.
No Egito, pelo menos até aqui, não há registro de mortes. A maior baixa para os americanos foi simbólica. Manifestantes trocaram no Cairo a bandeira a meio pau americana na embaixada, por conta do 11 de Setembro, por outra negra.Vi trechos do filme no YouTube. É um filme absurdamente ofensivo e pateticamente ruim. Em outras circunstâncias, passaria em branco e iria rapidamente para o lixo. Mas não agora. Uma emissora árabe passou o trailer, dublado. Foi quando o drama se iniciou.
O diretor é um americano chamado Sam Becile, que se autoproclama judeu americano. O produtor é um pastor, Terry Jones, que, recentemente, provocou confusão ao queimar exemplares do Corão. O filme, segundo Becile, custou 5 milhões de dólares.
Ele fugiu. Por telefone, de um destino ignorado, falou com a Reuters. Disse que o islamismo é o “câncer do mundo”, e atribuiu o sangue que correu na Líbia à “falta de segurança” no consulado americano.
O duplo ataque imediatamente entrou na agenda eleitoral americana, às vésperas das eleições presidenciais de novembro. Os republicanos, a começar por Mitt Romney, criticam Obama por não reagir com “firmeza” – seja lá o que isso signifique. Os democratas criticam Romney por fazer uso eleitoreiro dos incidentes.
A política externa americana no Oriente Médio está na raiz dos acontecimentos no Egito e na Líbia. Enquanto ela não mudar, bombas, infelizmente, explodirão numa quantidade cada vez maior.
Esta é a pergunta-chave sobre os lastimáveis incidentes ocorridos nas últimas horas na Líbia e no Egito, países em que multidões de muçulmanos atacaram representações diplomáticas americanas. Informações oficiais da Líbia dão conta de que o embaixador americano no país, Christopher Stevens, foi morto – algo que vai provocar um extraordinário barulho e gerar ainda mais inquietação e violência num pedaço do mundo já bem inquieto e violento. Outros três americanos teriam também morrido no ataque.
No Egito, pelo menos até aqui, não há registro de mortes. A maior baixa para os americanos foi simbólica. Manifestantes trocaram no Cairo a bandeira a meio pau americana na embaixada, por conta do 11 de Setembro, por outra negra.Vi trechos do filme no YouTube. É um filme absurdamente ofensivo e pateticamente ruim. Em outras circunstâncias, passaria em branco e iria rapidamente para o lixo. Mas não agora. Uma emissora árabe passou o trailer, dublado. Foi quando o drama se iniciou.
O diretor é um americano chamado Sam Becile, que se autoproclama judeu americano. O produtor é um pastor, Terry Jones, que, recentemente, provocou confusão ao queimar exemplares do Corão. O filme, segundo Becile, custou 5 milhões de dólares.
Ele fugiu. Por telefone, de um destino ignorado, falou com a Reuters. Disse que o islamismo é o “câncer do mundo”, e atribuiu o sangue que correu na Líbia à “falta de segurança” no consulado americano.
O duplo ataque imediatamente entrou na agenda eleitoral americana, às vésperas das eleições presidenciais de novembro. Os republicanos, a começar por Mitt Romney, criticam Obama por não reagir com “firmeza” – seja lá o que isso signifique. Os democratas criticam Romney por fazer uso eleitoreiro dos incidentes.
A política externa americana no Oriente Médio está na raiz dos acontecimentos no Egito e na Líbia. Enquanto ela não mudar, bombas, infelizmente, explodirão numa quantidade cada vez maior.
Fonte: Blog do Poter
*MilitânciaViva
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