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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 27, 2012

Tucano Alckmin cala blog do Pannunzio

 

O fim do Blog do Pannunzio

Este é o último post do Blog do Pannunzio. Escrevo depois de semanas de reflexão e com a alma arrasada — especialmente porque ele representa um vitória dos que se insurgem contra a liberdade de opinião e informação.
O Blog nasceu em 2009. Veiculou quase oito mil textos. Meu objetivo era compor um espaço de manifestação pessoal e de reflexão política. Jamais aceitei oferta de patrocínio e o mantive exclusivamente às expensas do meu salário de repórter por achar que compromissos comerciais poderiam conspurcar sua essência.
Ocorre que, em um País que ainda não se habituou à crítica e está eivado de ranços antidemocráticos, manter uma página eletrônica independente significa enfrentar dificuldades que vão muito além da possibilidade individual de superá-las.
Refiro-me às empreitadas judiciais que têm como objetivo calar jornalistas que não se submetem a grupos politicos, ou a grupos dei interesse que terminaram por transformar a blogosfera numa cruzada de mercenários virtuais.
Até o nascimento do Blog, enfrentei um único processo judicial decorrente das milhares de reportagens que produzi para a televisão e o rádio ao longo de mais de três décadas. E ganhei.
Do nascimento do blog para cá, passei a responder a uma enxurrada de processos movidos por pessoas que se sentiram atingidas pelas críticas aqui veiculadas. Alinho entre os algozes o deputado estadual matogrossense José Geraldo Riva, o maior ficha-suja do País; uma quadrilha paranaense de traficantes de trabalhadores que censurou o blog no fim de 2009; e o secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, cuja orientação equivocada acabou por transformar a ROTA naquilo que ela era nos tempos bicudos de Paulo Maluf.
A gota d`água foi uma carta que recebi do escritório de advocacia que representa Ferreira Pinto num processo civil, que ainda não conheço, comunicando decisão liminar de uma juíza de primeiro grau que determinou a retirada do ar de um post cujo título é “A indolência de Alckmin e o caos na segurança pública”. O texto contém uma crítica dura e assertiva sobre os desvios da política adotada pelo atual secretário e pelo governador, mas de maneira alguma contém afirmações caluniosas, injuriosas ou difamatórias.
A despeito dessa convicção, o post já foi retirado do ar. Determinação judicial, no entendimento deste blogueiro, á para ser cumprida. Vou discuti-la em juízo assim que apresentar minha defesa e tenho a convicção de que as pretensões punitivas de Antônio Ferreira Pinto não vão prosperar.
Ocorre que o simples fato de ter que constituir um advogado e arcar com o ônus financeiro da defesa já representa um castigo severo para quem vive exclusivamente de fontes lícitas de financiamento, como é o meu caso. E é isso o que me leva à decisão de paralisar o Blog. A cada processo, somente para enfrentar a fase inicial, há custos que invariavelmente ultrapassam cinco ou dez mil reais com a contratação de advogados — e ainda assim quando os honorários são camaradas.
É por estas razões que esta página eletrônica vai entrar em letargia a partir de agora. O espaço vai continuar aqui, neste endereço eletrônico. O acervo produzido ao longo dos últimos quatro anos continuará à disposição dos internautas para consulta. E eventualmente, voltarei a dar meus pitacos quando entender que isso é necessário. Mas a produção sistemática de textos está encerrada.
Espero voltar a esta atividade quando perceber que o País está maduro a ponto de não confundir críticas políticas com delitos de opinião. Quando a manifestação do pensamento e a publicação de fatos não enseje entre os inimigos da liberdade de imprensa campanhas monstruosas como esta que pretende ’kirsnhnerizar’ o Brasil, trazendo de volta o obscurantismo da censura prévia.
Por fim, digo apenas que essa pressão judicial calou o blog, mas não conseguiu dobrar a opinião do blogueiro. E que me sinto orgulhoso por ter conseguido cumprir o compromisso que me impus de respeitar a opinião alheia mesmo quando ela afronta a do editor. Aqui, nunca houve censura a comentários dos leitores que discordavam da minha maneira de ver o mundo. E esta é minha prova de apreço pela liberdade de expressão — inclusive quando ela me desfavorece.
A vocês que me acompanharam deixo meu muito obrigado. A gente vai continuar se encontrando em outra seara, a da televisão.
Muito obrigado. E até breve.
*comtextolivre

Charge do Dia


Sem provas contra Assange

 

Rui Martins
Uma pergunta que não quer calar: como se explica o fato de a ação na Suécia contra Julien Assange, o fundador do site Wikleaks, praticamente ter saído do noticiário? O que terá acontecido?
Notícias procedentes da capital sueca, quase não divulgadas, dão conta de que os advogados de defesa de Assange descobriram que o material de prova sobre o qual se baseou toda a acusação até agora não contém DNA do acusado.
O fundador do WikiLeaks vem sendo acusado de ter abusado sexualmente de uma mulher e por isso foi aberta uma ação penal contra ele. Como se sabe, por temor de ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos, onde pode até ser condenado à morte ou pegar prisão perpétua, Assange pediu asilo ao Equador e se encontra na Embaixada daquele país em Londres à espera do governo britânico permitir a viagem para Quito.
Os advogados de Assange, com base em relatório de cem páginas da investigação policial que contém os depoimentos  das vítimas e laudos periciais, demonstraram que o material recolhido do preservativo apresentado como prova pela mulher que se diz vítima de estupro não contém DNA do acusado.
Os advogados encaminharam pedido para que se investigue a possibilidade de a acusadora ter encaminhado material falso à polícia, o que, se comprovado, acarretará a anulação de todo o processo. Aguarda-se agora manifestação do Procurador Geral da Justiça sueca sobre o relatório da investigação policial.
Assange não pode correr o risco de sair de Londres rumo a Suécia, porque se isso acontecer, a Justiça de lá poderá conceder o que os Estados Unidos tanto querem, ou seja, a extradição para julgá-lo e condená-lo à pena rigorosa.
Inicialmente, o governo britânico, acenou com a possibilidade de prender Assange, até mesmo invadindo a sede da embaixada equatoriana. Mas diante das pressões limitou-se a dizer que não permitiria a saída do local rumo ao aeroporto.
Houve protestos em várias partes do mundo, porque o governo britânico está subvertendo a legislação internacional de concessão de asilo político. Se acontecer algo com Assange estará sendo aberto precedente que na prática fará cair este instituto consagrado em lei.
Já no mundo islâmico, que continua conflagrado, o episódio que culminou com a morte do embaixador estadunidense, Cristopher Stevens, em Benghasi, continua sendo objeto de muita controvérsia.
O jornal britânico The Independent, por exemplo, divulgou informação segundo a qual as mortes do diplomata e três guarda-costas ocorreram por séria falha da segurança em Benghasi, que por sinal não era propriamente a sede do consulado, mas apenas um local onde funcionários estadunidenses se reuniam.
Já se tornou pública a informação de que o Departamento de Estado norte-americano 48 horas antes da eclosão do protesto, supostamente contra um filme satirizando Maomé, havia prevenido sobre a possibilidade de ataques no Egito, na Líbia e demais países de religião islâmica. Mas apesar disso, os diplomatas não foram alertados para que se colocassem em estado de alerta elevado. O serviço de segurança da embaixada dos EUA na Líbia chegou até a garantir que Stevens poderia ir a Benghazi tranquilamente.
Outra hipótese que está sendo aventada é a de que o que aconteceu em Benghazi poderia ter sido uma resposta também a ação de drones (voos não tripulados que atingem alvos em terra), especialmente o que resultou no assassinato no Paquistão de Mohammed Hassan Qaed, cujo nome de guerra como agente da AL Qaeda era Abu Yahya al-Libi. O material bélico utilizado, inclusive foguetes, leva a crer que o protesto não foi tão espontâneo, mas devidamente organizado.
Na verdade, extremistas estadunidenses, inclusive apoiadores de Israel, estão a todo momento instigando ódio contra os islâmicos em cartazes com dizeres ofensivos e que terminam exortando a população a apoiar incondicionalmente Israel.
O clima de tensão aumenta visivelmente. Se não teve início ainda uma guerra declarada, em termos verbais a temperatura sobe a cada dia. O governo extremista de Benyamin Netanyahu ameaça diariamente bombardear instalações nucleares iranianas e em resposta às autoridades de Teerã advertiram que se forem atacados vão destruir Israel.
O mundo observa com cautela o aumento da tensão. Se o desejo de Netanyhau não for contido e ocorrer algum bombardeio as consequências não serão restritas a Israel, mas atingirão todo o planeta.
Outra pergunta que não quer calar: até que ponto os cartazes anti-islâmicos afixados nos coletivos em Washington não teriam o objetivo de criar um clima para demonstrar a inevitabilidade de uma guerra, como desejam e demonstram claramente os defensores incondicionais do governo de Benyamin Netanyahu e seus seguidores nos EUA?
É possível, mas não se pode garantir, que apesar do desejo de Netanyahu, um bombardeio às instalações nucleares do Irã não ocorrerá antes de se conhecer o resultado final da eleição presidencial estadunidense. Netanyahu apoia o candidato republicano, porque a linha de ação de Mitt Romney está mais próxima do dirigente israelense e do ministro do Exterior Avigdor Lieberman.
Ah, sim: enquanto tanta coisa acontece em vários países de predomínio da religião islâmica, na Arábia Saudita, aliadíssima dos Estados Unidos, as constantes violações dos direitos humanos cometidas no país da família Saud são absolutamente silenciadas pelas agências de notícias.
Por lá vale a prédica segundo a qual para os aliados (dos EUA) tudo, mas para os inimigos, ameaças e financiamentos de mercenários.
*GilsonSampaio

O veredicto da História

http://www.youtube.com/watch?v=PjRJZl4_Ze4&feature=colike



Via Jornal do Brasil
“Mas, nesse caso, e com o apelo surrado ao data venia, teremos que chamar o povo ao banco dos réus: ao eleger Lula por duas vezes, os brasileiros assumiram o domínio do fato”.
Mauro Santayana

Cabe aos tribunais julgar os atos humanos admitidos previamente como criminosos. Cabe aos cidadãos, nos regimes republicanos e democráticos, julgar os homens públicos, mediante o voto. Não é fácil separar os dois juízos, quando sabemos que os julgadores são seres humanos e também cidadãos, e, assim, podem ser contaminados pelas paixões ideológicas ou partidárias — isso, sem falar na inevitável posição de classe. Dessa forma, por mais empenhados sejam em buscar a verdade, os juízes estão sujeitos ao erro. O magistrado perfeito, se existisse, teria que encabrestar a própria consciência, impondo-lhe sujeitar-se à ditadura das provas.
Mesmo assim, como a literatura jurídica registra, as provas circunstanciais costumam ser tão frágeis quanto as testemunhais, e erros judiciários terríveis se cometem, muitos deles levando inocentes à fogueira, à forca, à cadeira elétrica.
Devido a erros judiciários, cometem-se muitos deles levando inocentes à fogueira, à forca, à cadeira elétrica
Estamos assistindo a uma confusão perigosa no caso da Ação 470, que deveria ser vista como qualquer outra. Há o deliberado interesse de transformar o julgamento de alguns réus, cada um deles responsável pelo seu próprio delito — se delito houve — no julgamento de um partido, de um governo e de um homem público.
Não é a primeira vez que isso ocorre em nosso país. O caso mais clamoroso foi o de Vargas em 1954 — e a analogia procede, apesar da reação de muitos, que não viveram aqueles dias dramáticos, como este colunista viveu. Ainda que as versões sobre o atentado contra Lacerda capenguem no charco da dúvida, a orquestração dos meios de comunicação conservadores, alimentada por recursos forâneos — como documentos posteriores demonstraram — se concentrou em culpar o presidente Vargas.
Quando recordamos os fatos — que se repetiram em 1964, contra Jango — e vamos um pouco além das aparências, comprova-se que não era a cabeça de Vargas que os conspiradores estrangeiros e seus sequazes nacionais queriam. Eles queriam, como antes e depois, cortar as pernas do Brasil. Em 1954, era-lhes crucial impedir a concretização do projeto nacional do político missioneiro — que um de seus contemporâneos, conforme registra o mais recente biógrafo de Vargas, Lira Neto, considerava o mais mineiro dos gaúchos. Vargas, que sempre pensou com argúcia, e teve a razão nacional como o próprio sentido de viver, só encontrou uma forma de vencer os adversários, a de denunciar, com o suicídio, o complô contra o Brasil.
Os golpistas, que se instalaram no Catete com a figura minúscula de Café Filho, continuaram insistindo, mas foram outra vez derrotados em 11 de novembro de 1955. Hábil articulação entre Jango, Oswaldo Aranha e Tancredo, ainda nas ruas de São Borja, depois do sepultamento de Vargas, levara ao lançamento imediato da candidatura de Juscelino, preenchendo assim o vácuo de expectativa de poder que os conspiradores pró-ianques pretendiam ocupar. Juscelino não era Vargas, e, mesmo que tivesse a mesma alma, não era assistido pelas mesmas circunstâncias e teve, como todos sabemos, que negociar. E deu outro passo efetivo na construção nacional do Brasil.
Os anos 60 foram desastrosos para toda a América Latina. Em nosso caso, além do cerco norte-americano ao continente, agravado pelo espantalho da Revolução Cubana (que não seria ameaça alguma' se os ianques não houvessem sido tão açodados), tivemos um presidente paranoico, com ímpetos bonapartistas, mas sem a espada nem a inteligência de Napoleão, Jânio Quadros. Hoje está claro que seu gesto de 25 de agosto de 1961, por mais pensado tenha sido, não passou de delírio psicótico. A paranoia (razão lateral, segundo a etimologia), de acordo com os grandes psiquiatras, é a lucidez apodrecida.
Admitamos que Jango não teve o pulso que a ocasião reclamava. Ele poderia ter governado com o estado de sítio, como fizera Bernardes. Jango, no entanto, não contava — como contava o presidente de então — com a aquiescência de maioria parlamentar, nem com a feroz vigilância de seu conterrâneo, o procurador criminal da República, que se tornaria, depois, o exemplo do grande advogado e defensor dos direitos do fraco, o jurista Heráclito Sobral Pinto. Jango era um homem bom, acossado à direita pelos golpistas de sempre, e à esquerda pelo radicalismo infantil de alguns, estimulado pelos agentes provocadores. Tal como Vargas, ele temia que uma guerra civil levasse à intervenção militar estrangeira e ao esquartejamento do país.
Vozes sensatas do Brasil começam a levantar-se contra a nova orquestração da direita, e na advertência necessária aos ministros do STF. Com todo o respeito à independência e ao saber dos membros do mais alto tribunal da República, é preciso que o braço da justiça não vá além do perímetro de suas atribuições.
É um risco terrível admitir a velha doutrina (que pode ser encontrada já em Dante, em seu ensaio sobre a monarquia) do domínio do fato. É claro que, ao admitir-se que José Dirceu tinha o domínio do fato, como chefe da Casa Civil, o próximo passo é encontrar quem, sobre ele, exercia domínio maior. Mas, nesse caso, e com o apelo surrado ao data venia, teremos que chamar o povo ao banco dos réus: ao eleger Lula por duas vezes, os brasileiros assumiram o domínio do fato.
Os meios de comunicação sofrem dois desvios à sua missão histórica de informar e formar opinião. Uma delas é a de seus acionistas, sobretudo depois que os jornais se tornaram empresas modernas e competitivas, e outra a dos próprios jornalistas. A profissão tem o seu charme, e muitos de nossos colegas se deixam seduzir pelo convívio com os poderosos e, naturalmente, pelos seus interesses.
O Poder Executivo, o Parlamento e o Poder Judiciário estão sujeitos aos erros, à vaidade de seus titulares, aos preconceitos de classe e, em alguns casos, raros, mas inevitáveis, ao insistente, embora dissimulado, racismo residual da sociedade brasileira.
Com o governo de Lula veio: menos  desigualdade, presença brasileira no mundo e retorno do sentimento de autoestima do brasileiro
Lula, ao impor-se à vida política nacional, despertou a reação de classe dos abastados e o preconceito intelectual de alguns acadêmicos sôfregos em busca do poder. Ele cometeu erros, mas muito menos graves e danosos ao país do que os de seu antecessor. Os saldos de seu governo estão à vista de todos, com a diminuição da desigualdade secular, a presença brasileira no mundo e o retorno do sentimento de autoestima do brasileiro, registrado nos governos de Vargas e de Juscelino.
É isso que ficará na História. O resto não passará de uma nota de pé de página, se merecer tanto.
*GilsonSampaio

Abbas pede que Assembleia Geral da ONU reconheça Estado palestino




O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse nesta quinta-feira (27) à Assembleia Geral da ONU que ele quer que o país seja reconhecido como "Estado não membro" da entidade, o que significaria, na prática, o reconhecimento, por parte das Nações Unidas, do Estado Palestino.
Abbas disse esperar que "a Assembleia Geral adote uma resolução considerando o Estado da Palestina como um 'Estado não membro' das Nações Unidas durante essa sessão", que termina em setembro de 2013, e foi bastante aplaudido.

O dirigente palestino afirmou estar "confiante" em que terá apoio dos países-membros para a empreitada, e disse que já começou gestões diplomáticas para isso.

Atualmente, os palestinos integram a ONU como "entidade observadora".

"Não pretendemos deslegitimar um Estado já existente, entenda-se Israel, e sim fazer valer os direitos de um Estado que deve se formar", disse, em referência à Palestina, disse, momentos antes de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se dirigir à Assembleia Geral da ONU.


Antes, Abbas denunciou que a população palestina é alvo de uma "limpeza étnica" e classificou os assentamentos israelenses nos territórios ocupados de "catastróficos" e "racistas".

Mas Abbas disse que ainda acredita em uma solução de dois Estados para resolver a crise regional.

Ele pediu que o Conselho de Segurança da ONU "adote rapidamente uma resolução que assente as bases para uma solução para o conflito israelense-palestino que sirva de referência vinculante e de guia" para um acordo de paz com base em "dois Estados, Israel e Palestina".


Abbas havia buscado o reconhecimento de Estado soberano nas Nações Unidas no ano passado. Esse pedido ambicioso tinha que passar pelo Conselho de Segurança da ONU, mas não conseguiu reunir votos suficientes diante da dura pressão dos EUA, aliado histórico de Israel.


assentamentos-israelenses-sao-racistas-diz-presidente-palestinos.html


Erundina com Haddad nesta sexta-feira, 28/9, no Sindicato dos Bancários