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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 29, 2012

Hugo Chávez en Guarenas


CADÊ AS FITAS, CIVITA?



Mais uma semana passa e Veja não apresenta as fitas da “entrevista” com Marcos Valério; reportagem sobre a Ação Penal 470 pede a condenação da “viga mestra” do esquema, que seria o núcleo político; fraude jornalística contra Lula é uma das maiores da história recente, mas não é inédita; em caso anterior, envolvendo Erenice Guerra, a revista de Roberto Civita também não tinha as gravações que dizia possuir; golpe paraguaio!


247 – A suposta “entrevista” de Marcos Valério à revista Veja, publicada duas semanas atrás, entrará para a história como uma das maiores fraudes da história do jornalismo brasileiro. Tão ou mais grave do que a história contada pelo escritor Fernando Morais em seu artigo “Um espectro ronda o jornalismo: Chatô”, lembrando o caso da encomenda feita por Assis Chateaubriand contra o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Cabral. Chatô queria provar que Dom Cabral havia estuprado a irmã, ainda que fosse filho único. Roberto Civita gostaria de ver Lula na cadeia ou, pelo menos, fora do jogo político.

Duas semanas já se passaram e Veja não apresentou qualquer indício de que tenha gravações de Marcos Valério incriminando o ex-presidente Lula - na “entrevista”, o ex-presidente era apontado como o “chefe do mensalão” pelo publicitário e comandaria ainda um caixa dois de R$ 350 milhões. Na edição seguinte, Veja saiu com capa falando sobre sexo. Nesta, fala sobre o esforço de Ronaldo para emagrecer, numa reportagem dedicada ao tema “força de vontade” – algo que seria necessário para crer na existência das gravações de Veja.

Quando se debruça sobre o mensalão, na reportagem chamada “A hora da verdade”, Veja afirma que “falta apenas a viga mestra legal no edifício que vem sendo construído pelo Supremo Tribunal Federal”, ou seja, a condenação do núcleo político, formado por José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Mas isso talvez não seja suficiente para excluir Lula da vida política brasileira, como aponta o jornalista Otávio Cabral, na coluna Holofote. “Eu não vou deixar que o último capítulo da minha bigrafia seja escrito pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Quem vai escrevê-lo é o povo”, teria dito o ex-presidente, segundo a revista, a um ex-ministro. Sendo verdadeira ou não a declaração, fica claro que Lula não irá se dedicar apenas a fazer churrascos em São Bernardo, como defende o historiador Marco Antonio Villa.

Como tem sido colocado aqui deste o início, a “entrevista” com Marcos Valério foi apenas uma fraude jornalística que visava impedir a eventual volta de Lula ao poder, seja em 2014, seja em 2018, ameaçando-o com um processo judicial. Uma tentativa de golpe paraguaio. Na reportagem sobre o mensalão, Veja tenta rebater o argumento, ao dizer que “golpe em ex-presidente é uma contradição em termos”. Ocorre que existem também os golpes e as guerras preventivas. Exemplo: ataque-se o Irã antes que o país tenha sua bomba atômica. Ataque-se Lula antes que ele cogite a hipótese de voltar.

Comprovada a fraude de duas semanas atrás, descobre-se agora que ela não é inédita. Na reportagem “Caraca, que dinheiro é esse?”, que falava da entrega pacotes de dinheiro dentro da Casa Civil, às vésperas da disputa de 2010 entre Dilma Rousseff e José Serra, Veja sustentou, com nítidas intenções eleitorais, que as confissões da propina haviam sido feitas a Veja “em depoimentos gravados”. Erenice foi à Justiça, pediu que a revista apresentasse as gravações – que jamais apareceram – e foi inocentada.

Quinze dias depois da entrevista que seria tão devastadora quanto a de Pedro Collor, segundo anunciado por Veja, só o ET de Varginha e o jornalista Ricardo Noblat ainda acreditam nas gravações. Haja força de vontade!
*Ajusticeiradeesquerda

Charge do Dia


Gilmar processa
José de Abreu !!!

Amigo do ator informa ao ansioso blogueiro que processo é por José de Abreu, no tuiter, chamar Gilmar Dantas de Gilmar Dantas (*).
Cadê o Gilmar, Bessinha ? Ele foi o Advogado Geral do Governo da Privataria !

A perseguição ao ator José de Abreu


Nassif,  Zé de Abreu, o ator, foi notificado judicialmente pelo “ministro supremo” Gilmar Mendes, por causa de um tuite seu de junho p.p.  relacionado com uma matéria da Carta Capital. É um absurdo esta perseguição à opinião, exatamente por aqueles que se arvoram como guardiões da liberdade de expressão e da Constituição.

O paradoxo é que isto acontece na mesma semana que o MPF arquiva denúncia sobre a acusação do “supremo ministro” e empresário do ensino, feita ao ex-presidente Lula. Ele, Gilmar Mendes, pode acusar sem provas quem quiser, sem ser importunado, enquanto críticas a ele não são permitidas. O judiciário brasileiro, com seus “ilustres” ministros, dá ao país um espetáculo bisonho jamais visto antes.

Eu não encontrei o tuíte de Zé de Abreu, mas talvez algum comentarista aqui tenha tempo de procurar e postá-lo.
Navalha
Amigo dileto de José de Abreu informa ao ansioso blogueiro que Gilmar Dantas (*) processa José de Abreu porque, no tuiter, chamou Gilmar Dantas de Gilmar Dantas (*).
Viva o Brasil !

Paulo Henrique Amorim

Triste São Paulo: “o sangue de Jesus” quer o poder

 

 do Opinião & Cia

A Igreja Universal e seu plano de domínio do Brasil
Johnny Bernardo
O objetivo é claro: A Igreja Universal quer dominar o Brasil. Pré-definido no livro Plano de Poder, Deus, os cristãos e a política (Edir Macedo com Carlos Oliveira, 2008), o objetivo vem se desenvolvendo ao longo dos anos, e, nas eleições municipais de 2012, pretende se consolidar. Fé e política, no entender de Edir Macedo, são elementos interligados aos quais os crentes devem se engajar.
Para realizar seu intento – de criar uma nação evangélica e “governada” por Deus -, Macedo estabeleceu uma série de estratégias, como eliminação das concorrências, investimento maciço em meios de comunicação, influência da sociedade por meio de campanhas de marketing e defesa de temas polêmicos, a exemplo da legalização do aborto, e a busca do poder pela organização política.
Tomando como base São Paulo – onde o candidato do Partido Republicano Brasileiro (PRB) ao Executivo, Celso Russomanno, lidera as intenções de voto -, a Igreja Universal coloca em prática sua estratégia de dominação política. Segundo o presidente nacional do PRB e também bispo Marcos Antonio Pereira, a meta para 2012 é a eleição de pelo menos 100 prefeitos e até dois mil vereadores, em todo o país.
Questionado pela relação da campanha de Russomanno com a Igreja Universal e a TV Record - em uma entrevista concedida ao portal UOL e Folha de São Paulo, no último dia 26 de setembro - Marcos Pereira saiu em defesa da laicidade do Estado e a total independência administrativa, caso Russomanno seja eleito, mas teve dificuldade em explicar o motivo da composição “evangélica” do partido – dos 18 dirigentes nacionais pelo menos dez são oriundos da Igreja Universal ou da TV Record, segundo apontamento feito pelo cientista político Claudio Gonçalves Couto.
Um projeto de Deus
De olho no crescimento dos evangélicos no Brasil – sendo hoje algo em torno de 42,3 milhões, segundo última estimativa feita pelo IBGE – o bispo Edir Macedo lançou seu plano de domínio do Brasil, conclamando os crentes a participarem da tomada do Poder. Afirmando seguir orientações divinas, Macedo relaciona à chegada ao Poder como um projeto “elaborado” e “pretendido” por Deus.
"Vamos nos aprofundar, através desta leitura, no conhecimento de um grande projeto de nação elaborado e pretendido pelo próprio Deus e descobrir qual é a nossa responsabilidade neste processo. [...] Desde o início de tudo Ele nos esclarece de sua intenção de estadista e de formação de uma grande nação." (Plano de Poder, pág. 8)
A Bíblia, segundo Macedo, não é apenas um livro de orientações religiosas ou de exercício da fé, mas também um livro que sugere resistência, tomada e estabelecimento do poder político e de governo. “Somente quando todos ou a maioria dos que a seguem estiverem convictos de que ela é a Palavra de Deus, então ocorrerá a realização do grande sonho Divino”, conclui Macedo colocando-se como canal da realização do “grande sonho Divino”, que é o estabelecimento do Brasil como nação “evangélica”. 
Lançado às vésperas das eleições municipais de 2008, o livro Plano de Poder revela o prognóstico feito por Edir Macedo em seu plano de tomada do governo. Nele ressalta que tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. “Nunca, em nenhum tempo da História do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional (...). A potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo, tanto no Legislativo, quanto no Executivo, em qualquer que seja o escalão, municipal, estadual ou federal”, afirma Macedo.
Semelhanças
As estratégias definidas e seguidas por Edir Macedo possuem paralelos com diversos movimentos destrutivos dos EUA e Europa, mas, em especial, com a Igreja da Unificação, fundada em 1954 pelo Rev. Moon (1920–2012). Assim como a IU, a Igreja Universal encara a formação da opinião pública e o recrutamento de seguidores como elementos cruciais para o alcance de seus objetivos. Desenvolve, assim como na IU, uma acirrada guerra contra meios de comunicação e religiosos concorrentes, além de investir em times de futebol com foco em marketing de massa, e na ideia de que estão “colaborando” com o estabelecimento do Reino de Deus, no mundo. Acima de tudo, dizem atuar como canais de comunicação de Deus e dão forte ênfase ao crescimento financeiro – sinal, segundo as igrejas, da retribuição divina.
Johnny Bernardo é jornalista, pesquisador da religiosidade brasileira e colaborador do Genizah
*Gilsonsampaio

Evo Morales en la ONU: “El primer terrorista en el mundo es el Gobierno de USA”

 

Los modelos económicos que concentran el capital en pocas manos provocan injusticias”, ha insistido el presidente. A este respecto, recomendó a los países del mundo que nacionalicen y recuperen sus recursos naturales “porque son del pueblo y no de las transnacionales”.

Evo Morales en la ONU: “El primer terrorista en el mundo es el Gobierno de EEUU”
Por: Agencias |
27/09/12.-EE.UU. ha intervenido en Libia por el petróleo, ha denunciado este miércoles el presidente de Bolivia, Evo Morales, ante la Asamblea General de la ONU y tachó al Gobierno estadounidense de “el primer terrorista en el mundo que practica el terrorismo de Estado”.
También criticó el embargo económico impuesto por Washington a Cuba y lo calificó de “bloqueo genocida, fracasado y violatorio de todo un pueblo”.
Además, rechazó la inclusión de Bolivia en la ‘lista negra’ de Washington de los países que fracasaron en la lucha antidrogas, calificando esa medida de “decisión política”: “En algunos países ha crecido la plantación de coca y EE.UU. lo rectifica. Bolivia la ha bajado y EE.UU. nos desertifica”.
Puntualizó que el Estado ha logrado reducir la superficie cultivada de coca “sin muertos y heridos y respetando los derechos humanos”. Defendió el “consumo legal” de la hoja de coca y los proyectos que buscan la comercialización lícita de este producto tradicional boliviano.
“No puede haber cero producción de hoja de coca”, recalcó. “No habrá libre cultivo de coca, pero tampoco habrá ‘coca cero’”, detalló. Insistió en que la hoja de coca debe ser preservada en el territorio boliviano para fines medicinales y acentuó que “la hoja de coca no es cocaína”.
Otro tema que ha abordado el mandatario en su discurso ha sido la situación económica en Bolivia y en el mundo. Según Morales, su Gobierno ha logrado reducir al 20% la extrema pobreza en el país y mejorar el clima financiero en general. Acentuó que el secreto de este éxito ha sido la nacionalización del capital privado.
“Estamos en el tiempo de los pueblos, para la búsqueda de la igualdad y dignificar a los habitantes.
Los modelos económicos que concentran el capital en pocas manos provocan injusticias”, ha insistido el presidente. A este respecto, recomendó a los países del mundo que nacionalicen y recuperen sus recursos naturales “porque son del pueblo y no de las transnacionales”.
*GilsonSampaio

O futuro a nós pertence Como eliminar as contradições que empanam o definitivo e real desenvolvimento

 O futuro a nós pertence
Como eliminar as contradições que empanam o definitivo e real desenvolvimento

Aliados de Dilma podem vencer em 65% das principais cidades, diz levantamento do PT

,  Por Redação, com Rede Brasil Atual - de São Paulo

Dilma
Segundo o PT, o partido pode sair vencedor em 20 de 98 cidades, como São Bernardo, onde mora Lula
Partidos aliados ao governo da presidentaDilma Rousseff caminham para vencer as eleições municipais deste ano em cerca de dois terços das cidades com mais de 150 mil eleitores, segundo levantamento feito pelo PT e obtido pela agência Rede Brasil Atual. Os números têm por base balanços atualizados de pesquisas públicas e internas.
Ao todo, há 119 municípios nessa faixa, mas em 21 deles não havia pesquisas recentes até o fechamento do relatório. Os candidatos de legendas aliadas ao Planalto despontam em primeiro lugar em 65% das demais 98 cidades – sendo 20 do PT, 15 do PMDB, 13 do PSB, 7 do PDT e 3 do PP, entre outros.
O PT também aparece bem posicionado em 15 das 83 cidades em que pode haver segundo turno (mais de 200 mil eleitores), incluindo oito capitais: Salvador, Fortaleza, João Pessoa, Porto Velho, Cuiabá, Rio Branco, São Paulo e Goiânia.
Nesse recorte, a disputa mais embolada ocorre em Porto Velho (RO). Pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira (26) mostra Lindomar Garçon (PV) liderando com 29% das intenções de voto. Como a margem de erro é de 4 pontos percentuais, quatro candidatos aparecem tecnicamente empatados em segundo lugar: Mário Português (PPS) com 17%, Mauro Nazif (PSB) com 16%, Mariana Carvalho (PSDB) com 15% e Fatima Cleide (PT) com 12%.
Em Salvador (BA), segundo Ibope de ontem (27), a situação está mais bem definida: o petista Nelson Pelegrino tem 34%, seguido por ACM Neto (DEM), com 31%.
Na capital da Paraíba, João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) aparece em primeiro lugar com 29%, de acordo com Ibope do dia 21. Lutam pelo segundo posto Cícero Lucena (PSDB), com 20%; José Maranhão (PMDB), com 18%; e Estela Bezerra (PSB) com 14%.
Em Fortaleza (CE), há equilíbrio entre três candidatos, mas Elmano Freitas (PT) sobe nas intenções de voto e, segundo o Datafolha divulgado ontem (27), já está com 24%, ultrapassando Moroni Torgan (DEM), que tem 18% ficou atrás também de Roberto Claudio (PSB), com 19%.
Em Cuiabá (MT), as pesquisas mostram Mauro Mendes (PSB) liderando com 38%, tecnicamente empatado com Lúdio Cabral (PT) com 36%. Em Goiânia (GO), o candidato do PT, Paulo Garcia, tem 38% e é seguido de muito longe por Jovair Arantes (PTB), com 11,5%. Na soma de votos válidos, Garcia pode vencer no primeiro turno.
Na capital do Acre, Rio Branco, Marcos Alexandre (PT) lidera com 43%, à frente de Tião Bocalom (PSDB), que está com 39%. O movimento é de queda do tucano e de ascensão do petista.
Na capital de São Paulo, as pesquisas mostram Fernando Haddad (PT) brigando pelo segundo lugar com José Serra (PSDB), na casa dos 18%, enquanto Celso Russomano (PRB) lidera com índices que vão de 34% a 30%.
Além dessas oito capitais, os petistas também acreditam que podem virar o jogo em Belo Horizonte. O quadro atual, porém, mostra Márcio Lacerda (PSB) à frente de Patrus Ananias (PT) e em condições de vencer no primeiro turno, já que lá a disputa ficou polarizada entre os dois candidatos.
Disputas locais
Embora as pesquisas apontem o fortalecimento dos partidos que dão sustentação parlamentar ao governo Dilma, criando condições favoráveis para o projeto de reeleição em 2014, no plano local essas legendas muitas vezes atuam em campos opostos e travam disputas encarniçadas, tanto na política como nas concepções ideológicas e programáticas. É o que acontece hoje em municípios como Londrina (PR), Caxias do Sul (RS), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), Santo André (SP), Cuiabá (MT), Recife (PE) e Fortaleza (CE), entre muitos outros.
O cenário embaralha a lógica tradicional da política e confunde a cabeça do eleitor. Em São Paulo, por exemplo, a campanha petista detectou que muitos eleitores potenciais do PT teriam migrado para Celso Russomanno, cujo partido, o PRB, está na base de apoio do governo federal.
Para a cientista política Maria Victoria Benevides, sem uma reforma política essas situações muitas vezes desconfortantes vão continuar. “Alianças muitas vezes espúrias, que não se dão em torno de propostas comuns ou ideologias, mas que são meras alianças eleitorais, muitas vezes exigem um preço elevado, exigem concessões”, disse. “Precisamos de uma reforma que exigisse mais autenticidade nas alianças, em torno de propostas políticas, ideológicas e programáticas”, disse a professora, que acrescentou: “Não sou contra alianças, mas contra a confusão que o atual sistema gera na cabeça do eleitor, e que faz ele acreditar que só existe política para politicagem, e não como um meio de organizar a sociedade”.
Maria Victoria Benevides defende uma reforma que faça valer de fato a fidelidade partidária, financiamento público de campanha, que mexa na questão do tempo de TV da propaganda eleitoral. “Grandes acordos são feitos para maximizar o tempo na TV”, constatou.
Embora afirme que todo o nosso sistema político “deva passar por uma revisão séria”, ela não crê que tal reforma passe no Congresso Nacional. Teria de ser feita com “amplo apoio popular e mobilização da sociedade civil”, disse. “Se depender só do Congresso, não acredito que saia. Já ouvi de políticos que aprovar uma reforma poderia ser um ‘suicídio político’”

O próximo estado independente europeu? Desavenças a respeito de dinheiro e soberania na Espanha (porque não te calas rei da morte de Elefantes)


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A ideia de independência da Catalunha voltou à vida (Reprodução/Internet)
CATALUNHA

O próximo estado independente europeu?

Desavenças a respeito de dinheiro e soberania na Espanha

fonte | A A A
Na faixa erguida na praça central Placa de Catalunya em Barcelona lê-se: “Catalunha, o próximo estado independente da Europa”. Após uma enorme e pacífica marcha com bandeiras e faixas pela cidade em 11 de setembro ter congregado estimados 8% dos 7,5 milhões de habitantes da região, uma ideia que já foi considerada exótica subitamente voltou à vida.
Artur Mas, o líder nacionalista catalão do governo regional, apoiou publicamente os protestantes. “Isso não pode ser ignorado”, ele disse. “A Catalunha precisa de um estado”. Em uma pesquisa de opinião recente, 51% dos catalães afirmaram que aprovariam a independência. Até alguns opositores da separação agora consideram que um plebiscito é necessário. No entanto, a constituição espanhola não permite separações e isso está colocando o país e sua região mais rica em rota de colisão.
Os separatistas estão empolgados, ainda que as pesquisas de opinião possam ser enganosas. Ainda que um terço dos catalães sejam separatistas convictos, muitos outros estão simplesmente revoltados com o fato de que os seus pagamentos de impostos estão sustentando regiões mais pobres. Estes afirmam que 8% do PIB catalão, isto é, US$ 21 bilhões ao ano, são transferidos para outras regiões. Os cortes regionais nas áreas de saúde e educação na Catalunha fazem com que os cidadãos se sintam roubados.
Ninguém duvida hoje em dia que o outrora ambicioso partido Democrático da Convergência Catalã luta pela independência no longo prazo, mas sua estratégia de curto prazo é negociar avanços paulatinos.
Uma transição suave para que a Catalunha se torne um membro separado da UE precisaria que regras fossem alteradas em Bruxelas e em Madri. Pode ser que isso nunca aconteça.
As causas diretas das agruras econômicas catalãs são a recessão e a péssima administração dos governos regionais anteriores. A independência não mudaria isso. Ainda não está claro se os separatistas são, como afirma o rei da Espanha, apenas “caçadores de quimeras”.
*opiniãoenotícia
*Nina