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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 12, 2012

Kirchner afirma que mídia não está acima da lei e do Estado

 




Em cadeia nacional de rádio e televisão, Cristina Kirchner cobrou o cumprimento da lei que, na Argentina, irá combater monopólios da informação e que é encarada, pelos atuais grupos de mídia, como perseguição.  
Agência Brasil

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, determinou o dia 10 de dezembro como prazo máximo para que as empresas do setor de imprensa e audiovisual apresentem seus planos de adaptação à nova Lei do Audiovisual. A lei foi aprovada em 2009 e limita a quantidade de licenças de rádio e televisão no país.
Ela alertou que se a ordem não for obedecida, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), órgão responsável por supervisionar a concessão de licenças, poderá "agir". “Ninguém pode estar acima dos três poderes do Estado”, disse a presidenta da Argentina, em cadeia nacional de rádio e televisão.
De acordo com o presidente da Afsca, Martín Sabbatella, o objetivo da decisão é evitar "monopólios". A lei exige das empresas de mídia a entrega dos planos de adaptação no dia 8 de dezembro, mas Kirchner decidiu adiar o cumprimento da medida para o primeiro dia útil seguinte (10 de dezembro).
Durante o pronunciamento de Cristina Kirchner, Sabbatella aproveitou para criticar o grupo Clarín (que tem o controle do principal jornal do país e detém emissoras de rádio e televisão), que faz oposição ao governo. “É o único [grupo de comunicação] que tem 250 licenças, o que excede o que a lei permite, e não reconhece o papel da Afsca", disse ele.
Sabatella acrescentou que "a lei é para todos e foi feita para ser cumprida”. Ao ser perguntado se os trabalhadores do grupo Clarín podem estar preocupados com seus empregos, ele disse que o governo “fará todos os esforços” para cuidar dos postos de trabalho e que a lei vai gerar “maior pluralidade de vozes e novos postos de trabalho”.
O grupo Clarín, por sua vez, informou que a lei está sendo analisada pela Justiça e diz ser alvo de "ataques do governo". Nos últimos dias, apoiadores do governo exibiram faixas com a inscrição 7D (7 de dezembro) e oslogan do Clarín. 

 

 

Cristina Kirchner: mídia não está acima da lei e dos poderes de Estado

Presidenta da Argentina volta a TV para exigir cumprimento de lei que proíbe monopólios de comunicação no país
Por: Renata Giraldi, da Agência Brasil*
Cristina Kirchner: mídia não está acima da lei e dos poderes de Estado
Brasília – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, determinou o dia 10 de dezembro como prazo máximo para que as empresas do setor de imprensa e audiovisual apresentem seus planos de adaptação à nova Lei do Audiovisual. A lei foi aprovada em 2009 e limita a quantidade de licenças de rádio e televisão no país.
Ela alertou que se a ordem não for obedecida, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), órgão responsável por supervisionar a concessão de licenças, poderá "agir". “Ninguém pode estar acima dos três poderes do Estado”, disse a presidenta da Argentina, em cadeia nacional de rádio e televisão.
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Panelaço no sábado, pela retomada da cidade de São Paulo


Do Brasil de Fato

#Panelaço A Cidade é Nossa #GlobalNoise acontece sábado pelas ruas de São Paulo

No dia 13 de outubro será realizado um panelaço mundial; na capital paulista, o tema será a especulação imobiliária, com concentração a partir das 10h na favela do Moinho; trajeto inclui Ocupação Mauá, Ocupação São João e Edifício Martinelli
do Ocupa Sampa


Em 2011, o mundo foi surpreendido com uma explosão simultânea e de rápida disseminação de protestos com reivindicações específicas de cada região, mas com formas semelhantes de luta e consciência. A dimensão foi global: queda das ditaduras na Tunísia, no Egito, na Líbia e no Iêmen, greves na Espanha e na Grécia, revoltas nos subúrbios de Londres, ocupações contra o setor financeiro nos Estados Unidos, manifestações no Chile...
*Nassif

Charge do Dia



quinta-feira, outubro 11, 2012


Nudista radical luta por direito de andar sem roupas

Atualizado em  11 de outubro, 2012 - 07:11 (Brasília) 
Stephen Gough | Foto: Getty
Stephen Gough diz que é seu direito fundamental poder andar sem roupas pelas ruas da Escócia
Um homem que insiste em caminhar nu pela Grã-Bretanha já passou mais de seis anos em prisões, acusado de perturbar a paz. As autoridades da Escócia deixaram claro que não o querem na prisão, mas ele diz que a nudez é um direito fundamental do ser humano e se recusa a vestir roupas. O resultado é talvez o mais estranho impasse já ocorrido na Justiça britânica.
Stephen Gough, de 53 anos, conhecido como "o andarilho nu", acaba de ser libertado de uma prisão em Edimburgo após cumprir mais uma pena por nudez pública.
O ex-fuzileiro naval da cidade inglesa de Eastleigh, no condado de Hampshire, já foi condenado 18 vezes e ficou preso quase ininterruptamente desde maio de 2006.
Nesse período, seus momentos de liberdade duraram, na maioria dos casos, apenas alguns segundos, já que ele se recusou a vestir roupas ao sair da prisão.
Os delitos pelos quais foi condenado são perturbação da paz, desacato à autoridade e recusa em vestir roupas na presença do juiz.
Gough já percorreu nu, duas vezes, a distância entre Land's End, no extremo sudoeste britânico, e John O'Groats, no extremo nordeste do país. Ele fez isso entre 2003 e 2004 e entre 2005 e 2006. Nas duas jornadas, vestiu meias, botas e, muitas vezes, um chapéu, carregando uma mochila nas costas.
Na Inglaterra, Gough teve alguns problemas com a polícia, mas, na Escócia, a posição das autoridades tem sido mais linha-dura. De maneira geral, parece haver um consenso entre a polícia e os tribunais escoceses de que estar nu em público é uma perturbação à paz.
A posição de Gough também endureceu. Ele se recusa a vestir roupas no tribunal ou após ser preso, resultando em condenações por desacato à autoridade.

Nova tática

Segundo a promotoria, tanto os tribunais quanto a polícia haviam feito tudo o que podiam romper o círculo vicioso que leva Gough a ser preso novamente logo após ser libertado.
Em julho, por exemplo, ele foi libertado da prisão da cidade de Perth e os guardas permitiram que ele saísse do prédio nu.
O chefe da polícia local, Andy McCann, disse que a ideia era libertar Gough e só prendê-lo se seu comportamento fosse gratuito. "Pedimos a ele que tivesse um pouco de consideração", disse McCann.
Mas, três dias mais tarde, o andarilho estava de volta ao tribunal após ter caminhado nu em frente a um parque infantil na cidade de Fife.

Pânico

Um promotor da Justiça escocesa, Adrian Cottam, disse que, apesar de inúmeros pedidos da polícia, Gough "causou choque e alarme em crianças e em seus pais".
No tribunal da cidade de Kirkcaldy, o juiz James Williamson disse que a indiferença do réu em relação a outras pessoas, em particular, a crianças" revela a "arrogância" de Gough. O juiz diz ter perdido a paciência com ele por sua recusa em permitir que assistentes sociais façam uma avaliação de sua saúde mental.
"Quando ele caminhou de um extremo ao outro do país, foi, às vezes, ignorado, festejado e preso", disse o chefe de polícia McCann.
Ele explicou que a polícia pode optar entre prender ou não uma pessoa por estar nua em público. Se a nudez é vista como uma "esquisitice", não há problema em deixar que ele siga em liberdade.
"É uma questão de contexto e o pânico que ele está causando, sua intenção de causar pânico e se os delitos são flagrantes e persistentes".
A segunda caminhada de Gough até John O'Groats terminou em fevereiro de 2006. A jornada levou oito meses porque foi interrompida por passagens pela prisão. Mas nem mesmo a neve no extremo norte da Escócia impediu que ele caminhasse nu.
Em maio daquele ano, quando voava para Edimburgo para uma audiência no tribunal, Gough tirou a roupa no banheiro do avião e foi preso quando o avião pousou. Desde esse incidente, passou quase todo o tempo na prisão. E, como se recusa a vestir roupas no presídio, os guardas são obrigados a mantê-lo separado dos outros presos.
Tom Fox, do serviço penitenciário escocês, disse que todos os dias os guardas pediam a Gough que vestisse suas roupas, mas ele se recusava.
Segundo Fox, o regime de segregação causa dificuldades aos administradores da prisão, mas as regras dos presídios estipulam que roupas devem ser vestidas.
O advogado escocês John Scott, presidente de uma organização que faz campanha por reformas no sistema penal escocês - a Howard League for Penal Reform in Scotland -, disse que os custos de manter Gough na prisão por tanto tempo já ultrapassam centenas de milhares de dólares.
Um prisioneiro custa o equivalente a cerca de R$ 130 mil por ano ao Estado britânico. E o preço aumenta quando ele é separado dos outros e quando é libertado e preso repetidas vezes.

Outras manifestações pró-nudismo

Em 1969, na Dinamarca, 300 pessoas participaram de uma manifestação nudista em uma praia. Como resultado, hoje é permitido ficar nu em todas as praias dinamarquesas, com exceção de apenas duas.
Como parte da campanha Freedom to be Yourself (liberdade para ser você mesmo) iniciada em 1999 por Vincent Bethell, foram feitas várias manifestações nudistas nos Estados Unidos e Grã-Bretanha
Peter Niehenke, fundador do grupo pró-nudismo alemão Wald-FKK, foi multado várias vezes por correr pelado
Também na Alemanha, a campanha Nacktwandern propóe que o povo tenha o direito de fazer caminhadas pelo país sem vestir roupas
Na Ucrânia, o grupo Femen faz manifestações nudistas contra a discriminação sexual e a indústria do sexo

Direito à nudez

Gough alega que estar nu em público é uma liberdade fundamental e que a nudez é um aspecto de sua individualidade.
"O corpo humano não é ofensivo", ele disse ao jornal britânico The Guardian em março deste ano. "Se isso é o que estamos dizendo, como seres humanos, isso não é racional".
O andarilho disse que está determinado a fazer sua jornada de um extremo ao outro no país "sem concessões".
Mas Scott, especializado em direitos humanos, disse que estar nu "não é aceito, de maneira geral, como um direito humano".
"Você pode criar seu próprio conceito do que é um direito humano, mas, se ele se choca com os direitos de outras pessoas de não serem perturbadas ou alarmadas, você tem um problema".
Andrew Welch, gerente comercial da British Naturism, sociedade nacional de nudistas britânicos, disse que o comportamento de Gough sugere confronto, intolerância e falta de consideração.
Mas Welch concorda com o princípio de que optar por estar nu não é um delito. Não há provas de que a nudez seja prejudicial a qualquer pessoa de qualquer idade, ele disse. E, pelo contrário, afirmou que "a vergonha do corpo" tem efeitos negativos amplos e graves, principalmente sobre crianças e jovens.
"A nudez não é ilegal. Muito tem a ver com a forma como a lei é aplicada".
"Os nudistas respeitam a lei, mas gostaríamos de saber qual é a lei. As pessoas em posição de autoridade parecem deixar que opiniões pessoais se sobreponham à lei.
*NIna

Ligação do PSDB de Serra com o PCC: Alckmin com Ney Santos um líderes do PCC!


*MaluSalesDirceu

Charge do Dia e frase





"Não foi um julgamento ético": teólogo Leonardo Boff defende a honra de José Genoíno no ninho da tucana CBN

por Paulo Jonas de Lima Piva
Em entrevista à tucana CBN, o teólogo Leonardo Boff considerou injusta a condenação de José Genoíno e criticou o STF por ter se curvado às pressões da grande mídia e por ter concluído os julgamentos em período eleitoral. 


*Opensadordaaldeia
Serra: o pacto do além com o aquém. Um Termidor de Malafaias para SP

Saul Leblon - Carta Maior





Os primeiros passos de Serra na largada do 2º turno em São Paulo ilustram o ponto a que está disposto chegar para reverter o prenúncio da derrota que nem o Datafolha dissimula mais.

O tucano reuniu-se nesta 3ª feira com um interlocutor cirurgicamente escolhido para reforçar a musculatura do vale tudo na disputa: o bispo radialista, Silas Malafaia, veio diretamente do Rio de Janeiro apresentar armas à campanha. Acompanhado do pastor Jabes Alencar, do Conselho de Pastores de São Paulo, teve um encontro fechado com Serra.

O pacto entre o além e o aquém foi festejado em manchete do caderno de política da 'Folha de SP'. Assim: "Líder evangélico diz que vai 'arrebentar' candidato petista -- Silas Malafaia afirma que Haddad apoia ativistas gay". 
O título em 3 linhas de 3 colunas, ladeado de um foto imensa de Serra (meia pág. em 3 colunas), empunhando uma criança adestrada em fazer o '45', inspira calafrios. 

Deliberadamente ou não, o conjunto ilustra um conceito de harmonia que envolve arrebentar a tolerância, de um lado, para preservar a pureza, de outro. Concepções assemelhadas levaram o mundo a um holocausto eugênico de consequências conhecidas.

A hostilidade beligerante de Serra em relação a adversários --inclusive os do próprio partido-- incorporou definitivamente uma extensão regressiva representada pela restauração do filtro religioso na política. Como recurso de caça ao voto popular, que escapa maciçamente ao programa do PSDB --liquefeito na desordem neoliberal--, é mais uma modernidade que devemos ao iluminismo dos intelectuais de Higienópolis.

O bispo Silas Malafaia foi importado do Rio de Janeiro exatamente com essa finalidade. Veio dizer aos fiéis de São Paulo em quem votar e a quem amaldiçoar. Os critérios escapam aos valores laicos da independência democrática em relação às convicções religiosas. Mas isso não importa à ética de vernissage de certa inteligência paulista. Faz tempo que certos círculos incorporaram o vale-tudo para vencer o PT, a quem acusam de sepultar os ideais originais de esquerda...

Serra aperfeiçoa, não inova na promoção do eclipse das consciências e dos valores laicos que sustentam a convivência compartilhada. 

Na campanha presidencial de 2010, a água benta da sua candidatura foi o carimbo de 'aborteira' espetado contra Dilma Rousseff. A esposa do tucano, culta bailarina Mônica Serra, pregava nas ruas da Baixada Fluminense, como uma mascate da intolerância: 'Ela (Dilma) é a favor de matar as criancinhas'.

Não era uma voz no deserto. Recorde-se que Dom Bergonzini, um bispo de extrema direita, da zona sul de São Paulo, já falecido, encomendou então 20 milhões de panfletos com o mesmo calibre. 

Os impressos falseavam a chancela da Igreja católica para atacar, caluniar e desencorajar o voto na candidata da esquerda nas eleições presidenciais. 

Um lote do material foi descoberto na gráfica da irmã do coordenador de campanha de Serra.

A imprensa sem escrúpulos teve então, curiosamente, todo o escrúpulo, omitindo-se de perguntar: --De onde veio o dinheiro, Dom Bergonzini?

Tampouco se cogitou indagar se o bispo e os donos da gráfica tinham contato com outro personagem sombrio da campanha tucana, Paulo Preto --que o candidato da hipocrisia conservadora chamava de 'Paulo afro-descendente'. 

Apontado como o caixa 2 da campanha, Paulo, fixemos assim, teria desviado R$ 4 milhões em doações para proveito próprio. Mas compartilhava segredos protegidos por recados ameaçadores: --'Não se abandona um líder no meio do caminho'. A senha era enfática o suficiente para obrigar Serra a interromper a campanha e convocar os jornais, declarando-o um cidadão acima de qualquer suspeita. 

A transformação do eleitor em rebanho, a manipulação do discernimento político pela mídia e o retorno das togas a uma simbiose desfrutável pelo estamento conservador, configuram hoje os requisito de uma sociedade capaz de dar a vitória a Serra neste 2º turno. 

Não se trata de uma denúncia. São os ingredientes mobilizados pelo candidato tucano nos dias que correm. O pacto da intolerância selado com o eloquente bispo Malafaia ilustra um ponto de não retorno.

A intelectualidade iluminista que ainda apoia José Serra tem condições de enxergar essa marcha batida que empurra São Paulo para um termidor de malafaias. 

A intelectualidade iluminista tem, sobretudo, a co- responsabilidade nos desdobramentos dessa distopia obscurantista que a candidatura tucana enseja, agrega, patrocina e encoraja, na tentativa algo desesperada de evitar a derrota que se desenha em São Paulo. A ver

*Mariadapenhaneles

JOAQUIM BARBOSA E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PODERIAM CONDENAR O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ROBERTO GURGEL

Gurgel deve se preocupar com o Joaquim?

Há sérias acusações contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que indicam que ele beneficiou a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, mas não há provas concretas, mesmo porque não foi feita nenhuma investigação. Mas há fatos muito sérios que podem levar a uma interpretação de que ele integraria a quadrilha.

Veja que ao receber a primeira investigação contra a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, na operação Vegas da Polícia Federal, Roberto Gurgel e a subprocuradora, por sinal, sua esposa, Cláudia Sampaio, nada fizeram. Isso foi motivo de um questionamento do senador Fernando Collor.

Agora, durante o processo do mensalão, Roberto Gurgel recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquive o inquérito aberto contra o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), suspeito de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O site do próprio partido do deputado informa que “O parlamentar foi investigado em razão das ligações com Cachoeira, de quem recebeu R$ 175 mil”.

Segundo Stepan, R$ 160 mil referiam-se a um empréstimo, saldado em três dias, para a compra de um apartamento. O restante foi usado na compra de ingressos para o desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro. Goiano, Stepan é amigo de infância do contraventor e alegou desconhecer a extensão de suas atividades ilícitas”(!?). Ou seja, apesar de confessar que houve o empréstimo e que tem uma ligação estreita com Carlinhos Cachoeira, desde a infância, o procurador recomendou o arquivamento. Para Gurgel, o grande ator da Globo e do Brasil interpreta uma ficção ao lado de Carlinhos Cachoeira.

Mas o Supremo poderia ter uma interpretação diferente. “Não é plausível, diante desses fatos e do que se viu e se descobriu sobre a quadrilha de Carlinhos Cachoeira”, diria o ministro Joaquim Barbosa em um hipotético julgamento de Roberto Gurgel, que o procurador não tenha beneficiado a quadrilha intencionalmente. Assim como contra José Dirceu, não há nenhuma ligação, gravação, documento, que o incrimine; não há qualquer prova concreta contra o procurador, mas será que Joaquim Barbosa e os outros ministros do Supremo não poderiam condenar Roberto Gurgel?

Veja links com essas informações: Indícios de prevaricação de Roberto Gurgel e site do PPS  e até na Veja.

*EducaçãoPolitica