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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Venda da Amil: negócio bilionário na Saúde! Compra da Amil: legislação proíbe estrangeiros de operar hospitais

"Sicko"
por Paulo Kliass
do Carta Maior

Passada a ressaca eleitoral dos municípios, o tema mais comentado na área da saúde deixa de ser a dificuldade de atendimento à população em razão da falta de recursos orçamentários. Não que isso tenha sido resolvido com a eleição do prefeito e dos vereadores. Mas o que tem chamado a atenção dos especialistas da área - além do importante debate a respeito da falsa solução por meio das Organizações Sociais (OSs) - é o negócio, literalmente bilionário, envolvendo a venda do maior grupo privado brasileiro do setor, a Amil.


A transação teve início há vários meses e correu em sigilo entre as partes interessadas: o grupo presidido pelo empresário brasileiro Edson Bueno e a mega corporação norte-americana, UnitedHealth – maior do setor naquele país e uma das maiores no mundo. Algumas informações só começaram a ser reveladas de forma mais ampla a partir de meados de outubro, quando as intenções foram confirmadas, bem como as cifras envolvendo o negócio. O resumo da ópera é que a multinacional da saúde adquiriu a empresa líder do mercado brasileiro pelo valor de R$ 10 bilhões.


Compra da Amil: legislação proíbe estrangeiros de operar hospitais


A estratégia de penetração dos novos atores no negócio de saúde em nosso País envolveu a compra dos planos de saúde do grupo Amil, que já havia adquirido a Medial há alguns anos e, assim, se consolidou como o maior agente privado do ramo. Além disso, a negociação implicou a transferência de um conjunto de mais de 20 hospitais pertencentes à empresa fundada por Bueno. No entanto, ao que tudo indica, a grande aposta do novo controlador é mesmo o segmento de planos privados de saúde, com a expectativa de ampliação e expansão de novos perfis de “clientes e consumidores”. Aliás, essa é exatamente a terminologia utilizada, confirmando a tendência de mercantilização radical desse serviço público, ainda que a Constituição Federal (CF) o assegure como um direito amplo e universal à nossa população.


Não bastasse a magnitude dos valores envolvidos e a elevada sensibilidade da matéria como futuro estratégico de uma das políticas públicas mais importantes, a transação está marcada por um conjunto preocupante de elementos obscuros e polêmicos. Vejamos alguns deles.


A CF estabelece, em seu artigo 199, a proibição de empresas estrangeiras atuarem na saúde, “salvo nos casos previstos em lei”. Pois bem, em 1998, tal aspecto foi regulamentado pela Lei nº 9.656 e não foi previsto nenhum dispositivo autorizando a operação de hospitais. Ou seja, em termos objetivos, continua sendo proibida a posse e a gestão desse tipo de serviço por grupos como a UnitedHealth. Utilizando-se da desculpa esfarrapada de que o “foco” do negócio são os planos de saúde e que os hospitais seriam elemento secundário para o novo controlador, o argumento foi aceito pela direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador e fiscalizador do sistema, que aprovou mesmo assim a venda sem nenhuma restrição.


Ameaça à concorrência e rapidez na aprovação


Por outro lado, a operação não foi objeto de avaliação por parte do órgão federal que cuida das condições de defesa da concorrência e risco de cartelização, o CADE. Além da venda caracterizar a continuidade de concentração de poder econômico do maior grupo atuante no setor, a condição de novo proprietário aponta claramente para uma ampliação estratégica de sua presença no setor econômico da saúde em nossas terras. Se adicionarmos o ingrediente de que sua lógica de funcionamento obedecerá, a partir de agora, aos interesses definidos pelos norte-americanos, causa estranheza a liberalidade com que tal acordo foi sancionado pelas instâncias do Estado brasileiro.


A agilidade com que o processo foi avaliado no interior da ANS também chamou a atenção dos profissionais que acompanham o setor. Em geral, os processos envolvendo o órgão regulador da saúde privada levam meses para serem aprovados ou indeferidos. No caso dessa transação, a agência levou apenas 2 semanas para emitir seu parecer final, conferindo o aval para que a Amil fosse vendida aos americanos. O tratamento do dossiê com tais requintes de “eficiência administrativa excepcional” põe novamente em relevo a delicada relação entre os dirigentes dos órgãos reguladores e as empresas objeto de regulamentação e fiscalização. É amplamente conhecido o fenômeno chamado de “captura”, em que os interesses públicos acabam sendo deturpados pela atuação dos responsáveis pelas agências ocorrer mais de acordo com a lógica dos interesses das próprias empresas.


No caso concreto, há evidências de que diretores da ANS freqüentaram espaços da vida privada do presidente da Amil, além de terem sido dirigentes de empresas do próprio setor, como a concorrente Medial, que terminou por ser vendida ao próprio grupo de Bueno. Assim, esse tipo de relação incestuosa no âmbito público/privado coloca em cheque a capacidade das agências defenderem, de fato, os interesses públicos e dos usuários do sistema de saúde.


UnitedHealth: riscos de mercantilização e de americanização


A venda do grupo por valores bilionários deve servir como elemento de reforço da preocupação com o futuro da saúde pública em nosso País. A decisão estratégica do grupo norte-americano certamente levou em consideração cenários de longo prazo, construídos para o chamado “mercado” da saúde. Não obstante a determinação constitucional pelo caminho do SUS, o fato é que os sucessivos governos, no âmbito federal e demais, têm contribuído para o sucateamento do nosso sistema público de saúde. Ao promover contingenciamento de verbas orçamentárias, ao permitir a extinção de fontes importantes de financiamento (como a aceitação passiva do fim da CPMF) e ao estimular o modelo de privatização/concessão/terceirização por meio das OSs, o Estado brasileiro termina por sinalizar que sua opção estratégica pode ser mesmo pelo fortalecimento do setor privado na área. Só o futuro dirá.


Ora, se o caminho adotado será mesmo o da continuidade da chamada “americanização” de nosso sistema de saúde, então faz todo o sentido o investimento bilionário efetuado pelo grupo UnitedHealth. Porém, mais uma vez, estaremos pegando o bonde errado e atrasado da História.


Os Estados Unidos estão justamente tentando promover importantes mudanças em seu próprio modelo. Está em debate a possibilidade de recuperação parcial da presença do Estado na saúde, uma vez que o sistema de mercantilização absoluta revelou-se injusto do ponto de vista social e incapaz de dar conta das necessidades de saúde da população norte-americana. É claro que todo esse quadro foi dramatizado, ao longo dos últimos anos, em função do aprofundamento da crise econômico-financeira e da situação de penúria social.


No caso brasileiro, a estratégia do novo gigante da saúde parece estar em sintonia com o discurso do governo a respeito da ilusão, criteriosamente espalhada aos quatro ventos, a respeito da chamada “nova classe média”. Ao invés de reforçar os aspectos positivos de inclusão sócio-econômica e de recuperação das condições de vida de segmentos até então excluídos, o governo opta por um caminho simplista e perigoso. Parcela importante das famílias passou a contar com níveis mais elevados de renda real por conta de fatores diversos, tais como o Bolsa Família, os benefícios da previdência social, a recuperação dos valores do salário mínimo e a elevação dos rendimentos mais baixos de uma foram geral. Porém, é importante lembrar que trata-se de grupos de perfil econômico da base da pirâmide social. Com isso, o discurso oficial acaba sendo impregnado pelos interesses de aprofundar a mercantilização dos serviços públicos, a exemplo da saúde e da educação.


Saúde privada e os riscos da qualidade no atendimento


O foco passa a ser a destinação de parte da renda suplementar para o consumo de todo tipo de mercadoria. E aí incluem-se as mensalidades de educação infantil, fundamental, média e superior, bem como a compra de planos privados de saúde. As novas camadas que passam a engrossar esses níveis um pouco mais elevados de renda familiar são bombardeadas com os padrões de consumo das faixas que se situam no alto da pirâmide. Como o Estado não consegue oferecer serviços de saúde de qualidade e na quantidade necessária, a ilusão de eventual satisfação das necessidades acaba ocorrendo por meio da oferta privada.


Não construamos nenhuma fantasia a respeito das intenções da UnitedHealth quanto à saúde de nossa população. Trata-se de negócio apenas, puro “business”, nada mais. E a lógica de uma aquisição empresarial envolvendo R$10 bilhões é a do rápido retorno sobre o capital investido e a maximização dos ganhos daqui para frente. Como o balanço contábil e financeiro de uma empresa capitalista envolve sempre a superioridade das receitas sobre as despesas, a orientação será arrecadar no limite superior e gastar o mínimo possível. Ora, uma racionalidade dessa natureza obviamente deixa em segundo plano os aspectos de qualidade de tratamento e os riscos a respeito da saúde e da vida dos cidadãos.


Isso não significa isentar o serviço público de suas deficiências e do longo percurso a percorrer para aperfeiçoar a qualidade do atendimento proporcionado. Aliás, não fosse por tais problemas reais, talvez não houvesse tanto espaço para o crescimento da alternativa privada. No entanto, a mercantilização dos serviços de saúde apresenta o sério risco de conferir ares de legalidade à exclusão, quando as imagens dos indivíduos sendo barrados à porta de centros de tratamento e hospitais nos vêem à cabeça. Caso a operação bilionária se confirme mesmo como fato consumado, o caminho passa pelo reforço da regulação e da fiscalização do poder público, com o objetivo de evitar que os maiores prejudicados sejam, uma vez mais, os próprios usuários do sistema.


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Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10
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*Tecedora

terça-feira, dezembro 04, 2012

Direita na prática: PSDB é contra a redução da tarifa de energia elétrica defendida por Dilma e pelo PT. Lembrando, foram FHC e Serra que privatizaram o setor. Agora, tucanos saem em defesa dos interesses das multinacionais que abocanharam a preço de banana e exploram a peso de ouro a energia elétrica brasileira


PSDB é contra a redução da conta luz

por Altamiro Borges


As empresas de energia elétrica, muitas delas multinacionais, declararam guerra à medida provisória do governo que reduz o preço das contas de luz no bojo da renovação das concessões públicas. Nesta campanha terrorista, elas contam com dois aliados de peso: a mídia privada e o PSDB, tendo à frente o senador Aécio Neves. Há quase um mês, o braço político-midiático destas corporações investe contra a medida, que visa baratear os custos da energia elétrica e incentivar o crescimento econômico do país.

Ontem, a presidenta Dilma Rousseff sinalizou que não pretende recuar diante da pressão. O governo reafirmou que manterá os prazos e as regras fixadas para a renovação das concessões no setor. Segundo a Folha, “num informe verbal, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República descartou qualquer negociação com o Congresso e com o setor elétrico sobre a possibilidade de abrir uma ‘janela’ para que as empresas que deixaram de aderir ao programa de renovação o façam depois de aprovada a MP”.

O cambaleante Aécio Neves

O Palácio do Planalto "quer que o texto seja aprovado sem alterações e sem atender à pressão das empresas”, afirma o jornal. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é o relator da Medida Provisória 579, que deverá ser votada nas próximas semanas. Até lá, o lobby das companhias tende a crescer. Diariamente, os jornalões têm publicado artigos apocalípticos sobre o tema. Afirmam que há risco de colapso no setor elétrico, de novos “apagões”, com a não renovação das concessões e o fim dos investimentos.

Na linha de frente desta campanha terrorista da mídia estão renomados tucanos. O senador mineiro Aécio Neves, que tenta salvar sua cambaleante candidatura presidencial, foi o primeiro a defender as empresas contra a redução das contas de luz. Alegou que a medida rompe contratos e prejudica o “deus-mercado”. Na sequência, outros caciques do PSDB foram acionados. O deputado paulista José Anibal afirmou que a MP 579 fere o pacto federativo, prejudica os estados e gera “insegurança jurídica em vários níveis”.

A "musa das privatizações"

“Em suma, o governo federal tem se utilizado de seu poder regulatório para impor ao setor e aos Estados regras draconianas e nada republicanas, afugentando investidores e descapitalizando empresas de um setor cuja saúde financeira é vital para o desenvolvimento. Ninguém é contra reduzir as tarifas de energia. Mas a fórmula encontrada é malfeita, injusta, truculenta e, provavelmente, sem base legal”, concluiu o tucano de São Paulo, o mesmo que foi rifado por José Serra nas prévias para as eleições da capital paulista.

Outra que saiu atirando contra a proposta da presidenta Dilma foi a economista Elena Landau, a “musa das privatizações” do governo FHC. Em artigo publicado no jornal Valor, ela garantiu que a MP 579 representa “uma guinada de 360º” na política de concessões ao setor privado. “Em 2013 corremos o risco de estar de volta a 1993, a um mundo de excessivo intervencionismo estatal, insegurança jurídica e controle tarifário”, afirma a privatista. Para ela, a iniciativa do governo peca pelo “radicalismo” no conteúdo e na forma.

Como se observa, o neoliberalismo foi derrotado nas três últimas eleições presidenciais, mas permanece com muita força no país – principalmente na mídia rentista. Tudo é feito para defender as corporações e os tais “investidores estrangeiros”, como se eles estivessem preocupados com o desenvolvimento do país – e não com seus lucros astronômicos. Qualquer medida de proteção da economia nacional e de incentivo ao crescimento é visto como “intervencionismo”. Reduzir contas de luz, então, é um crime!

Aliança político-ideológica: oligarquia midiática abafou e escondeu a corrupção no governo de FHC



No governo FHC corrupção era descaradamente acobertada

do Blog da Cidadania


Ontem (3), o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou publicamente que “A corrupção não está mais debaixo do tapete” e que, “Hoje, há mais autonomia dos órgãos de fiscalização e controle como o Ministério Público, a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de pronto, rebateu a afirmação de Carvalho. À noite, no Jornal Nacional, a reportagem mostrou parte das declarações do ministro e do ex-presidente sobre o assunto. FHC, visivelmente alterado, qualificou como “leviandade” a declaração do adversário político.


FHC, quando governou, foi beneficiário da cumplicidade da mídia, que ajudou a acobertar descaradamente a corrupção ao sonegar ao público notícias sobre escândalos que dispensariam o bom e velho “domínio do fato” devido à vastidão de provas que havia.


Nesse ponto, há que fazer jus ao jornal Folha de São Paulo, o único grande veículo que denunciou adequadamente a compra de votos para a reeleição de FHC, quando deputados da base aliada de seu governo foram grampeados declarando, ipsis-litteris, que haviam sido pagos pelo então ministro (hoje falecido) das Comunicações, Sérgio Motta, para votarem a favor da emenda constitucional que permitiu ao tucano obter um segundo mandato em 1998.


Além de FHC ter mudado as regras de jogo com ele em andamento ao propor ao Congresso a emenda da reeleição – o que Lula não se permitiu fazer apesar de ser tratado pela mídia tucana como se tivesse tentado e não conseguido –, ainda teve uma denúncia muito bem fundamentada, com provas materiais, de que deputados foram pagos para apoiá-lo.


Além da Folha de São Paulo, nenhum veículo de peso deu destaque ao escândalo. E o procurador-geral da República de então, que o presidente tucano manteve no cargo por oito anos – Lula, nesse período, nomeou QUATRO procuradores-gerais –, não esboçou a menor reação.


Observação: essa foi a principal razão de o ex-PGR Geraldo Brindeiro ter sido alcunhado como “engavetador-geral da República”.


Controladoria Geral da União? No governo FHC chamava-se Corregedoria, em vez de Controladoria, e jamais incomodou o governo, enquanto que a CGU de Lula e Dilma tem sido uma pedra no sapato deles, pedra colocada por eles mesmos no âmbito do esforço hercúleo que fizeram para dar transparência ao que o antecessor tucano escondia.


Polícia Federal? Essa só serviu mesmo para ajudar o governo, ou melhor, o candidato do governo FHC à própria sucessão. Ou alguém esqueceu que a PF só incomodou políticos da oposição durante a era tucana e que seu maior feito foi em 2002, quando destruiu a candidatura de Roseana Sarney para ajudar o candidato governista, José Serra?


FHC esbofeteou a nação ao comparar a omissão criminosa dos órgãos de controle de seu governo (no que tangia a investigá-lo), crime cometido com o concurso de praticamente toda a grande imprensa, que não só fechou os olhos para a corrupção da era tucana como levantava escândalos só contra a oposição petista.


E se você, leitor, acha que exagero, assista, abaixo, vídeo (completo) de entrevista que o dito “decano do colunismo político brasileiro”, Janio de Freitas, da Folha de São Paulo, concedeu ao programa Roda Viva. Na ocasião, como se pode ver no vídeo, afirmou que a mídia funcionou como “suporte político” do governo FHC.




segunda-feira, dezembro 03, 2012

Bob Fernandes / O que há em comum nas notícias sobre Rose e Fux

Documentário - O Riso dos Outros (Direção Pedro Arantes)


*Mariadapenhaneles

Charge foto e frase do Dia












Queima de arquivos do escândalo Alstom no Metrô, Alckmin?

 

clique na imagem para ampliar

Cinquenta dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, o Metrô de São Paulo (estatal sob comando do governo Alckmin) "descobriu" o sumiço de mais de 15 mil caixas de documentos.

O sumiço foi constatado oficialmente no dia 9 de julho deste ano. Na sexta-feira (30/11), o diário oficial de SP publicou edital informando o extravio de 15.399 caixas com documentos do arquivo da companhia (figura acima).

São papéis diversos, incluindo contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, relatório de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009, e vários outros documentos. Suspeita-se que na papelada esteja farto material sobre o mega escândalo internacional do pagamento de propinas da empresa Alstom para tucanos paulistas, em contas secretas na Suíça.

Além de abertura de processo interno, o texto diz que o boletim de ocorrência do desaparecimento dos documentos foi feito no dia seguinte, sob número 1.435.

O Metrô de SP é fonte de diversos escândalos, a começar pelo internacionalmente famoso da Alstom. O Ministério Público Estadual também investiga suspeita de fraude e combinação de resultados na licitação do prolongamento da Linha 5-Lilás. Outra investigação aponta para superfaturamento na contratação de serviços para reformas de trens das linhas já existentes.

Promotores ouvidos pela reportagem, no entanto, disseram não acreditar que o sumiço possa prejudicar as ações - no caso da Linha 5, principalmente, porque o inquérito já foi relatado à Justiça. (Com informações da Agência Estado

*osamigosdopresidentelula

FELIPÃO COMANDARÁ O TITANIC BRASILEIRO EM 2014

 

Via Jogaretti (*)
O Estado de S. Paulo informa que Luiz Felipe Scolari será anunciado nesta 5ª feira (29) como novo técnico da Seleção Brasileira pela dupla de filhotes da ditadura José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, cuja condição de antigos colaboradores do regime militar já foi exaustivamente provada pelo Juca Kfouri.
É a PIOR escolha possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo cabeça-de-bagre dos gramados, que jamais esqueceu como era humilhado pelos craques. Depois, como técnico, passou o resto da vida priorizando a transpiração e  detestando os que têm inspiração.
No seu caso, o ressentimento dos limitados contra os naturalmente talentosos atinge o paroxismo. Sempre preparou as equipes para a guerra, não para competições esportivas. Daí  suas conquista serem quase todas em torneios de curta duração, nos quais o entusiasmo  às vezes prevalecia.
Antes de se tornar totalmente superado, como está agora, ele vencia mata-matas --e não medíocres como a Copa do Brasil 2012, seu canto do cisne.
Só que, após a conquista do Mundial de 2002, até como técnico  motivador ele tem fracassado melancolicamente.
Jogadores do Palmeiras sabotaram Felipão por ter colocado as torcidas organizadas contra eles
Foi o maior responsável pelo rebaixamento do Palmeiras, tendo perdido totalmente a autoridade moral sobre o elenco quando os jogadores ficaram sabendo que, por meio de um capacho, ele vazara às torcidas organizadas o nome de jogadores baladeiros, para que os brucutus os fossem hostilizar. Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir daí, entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.
E, perante quaisquer esportistas de verdade, Felipão se desqualificou definitivamente ao admitir que o Palmeiras entregasse jogos para prejudicar o Corinthians no Brasileirão 2010. Chegou ao cúmulo de liberar todos os titulares para férias antes da última partida.
O pior de tudo é que sua indicação é uma aposta dos saudosos do autoritarismo na fabricação de um clima patrioteiro, idêntico ao que havia no Brasil em 1970 e na Argentina em 1978.
Não funcionará, é claro, com o Brasil tendendo a ser detonado pela Argentina do grande Messi ou pela excelência do jogo coletivo da Espanha e Alemanha. Para superar nossa evidente inferioridade diante de tais adversários, precisamos de técnicos estrategistas, não trogloditas.
Se seguirmos adiante com Marin, Del Nero e Felipão, o  maracanazzo de 1950 não vai se repetir... porque nem sequer chegaremos à finalíssima. O mais provável é não passarmos nem das quartas-de-final, com o mestre Felipão se igualando a seu discípulo Dunga.
* jornalista, escritor e ex-preso político
*GilsonSampaio

Uma edição cínica do JN para desconstruir Lula. Até quando?


porAugusto Ferreira 

CINISMO DO JN/GLOBO! 

Em mais uma edição de seu JN, a Globo veio ontem com mais um "exclusivo" [quem os concede?] tentando apertar um pouco mais sua intenção de ligar Lula à concessão de cargos e benefícios de compadrio em seu governo. 


Esbarra no discernimento dos telespectadores que percebem cada vez mais o enorme cinismo hipócrita de quem hoje só tem o poder que tem graças aos compadrios sistemáticos desde sua fundação.


do Blog OLHOS DO SERTÃO
*cutucandodelve

"Janio surpreende-se com prêmio do STF a chantagista"


:
Segundo o jornalista Janio de Freitas, Supremo Tribunal Federal deu "interpretação muito original" ao papel desempenhado por Roberto Jefferson na trama do mensalão; sua acusação era "uma cobrança dos milhões que queria receber do PT" e não uma proposta de colaboração com a Justiça 
do Brasil 247 -
*cutucandodeleve