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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 08, 2012

Vocês querem um governo apoiado pela imprensa brasileira, votem no PSDB e amigos. Merval, Noblat, Elio Gaspari e outros analistas isentos trarão para todos nós a alegria de um Brasil melhor. As tarifas de energia elétrica serão sobretaxadas, mas tudo em nome do nosso desenvolvimento, os serviços serão bem melhores e os juros voltarão a 45% a.a. visando à formação bruta de capital que aumentará o PIB. Enfim, o consumo das famílias diminuirá e os recursos poderão ser carreados para a exportação dando maior robustez a indústria nacional. Será o céu na terra. Voltarão os elogios ao governo federal e a quadrilha poderá roubar sem ser incomodada. Joaquim Barbosa se encontrará com o seu destino e o povo brasileiro voltará a sua condição de mero expectador, enquanto a riqueza nacional continuará a ser repartida pela turma das Capitanias Hereditárias. O capitalismo à brasileira voltará com sua força total, sem riscos e bancado pelo Tesouro Nacional. Essa é a nossa luta impedir essa degraça.

 

Telebras ativa redes do PNBL em nove estados do Nordeste

Trechos vão beneficiar 51 municípios e cerca de 20 milhões de pessoas com o programa de internet popular 
A Telebras ativou 4,6 mil quilômetros da rede de telecomunicações de fibras ópticas interligando mais de nove estados da Região Nordeste a Brasília para levar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) aos habitantes da região e atender as necessidades de infraestrutura para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014.
Os 4,6 mil quilômetros foram divididos em dois trechos que levarão de imediato internet de alta velocidade a preços baixos a cerca de 20 milhões de moradores de 51 cidades e três regiões metropolitanas, por meio de provedores regionais interessados em participar do PNBL.
O primeiro trecho interligará diretamente Brasília (DF), Palmas (TO), Imperatriz (MA), Teresina (PI), Sobral e Fortaleza e Região Metropolitana, no Ceará.
De Fortaleza sai o segundo trecho, passando por todo o litoral nordestino: Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte; João Pessoa e Campina Grande, em Alagoas; Recife e Região Metropolitana, em Pernambuco; Aracaju, em Sergipe e Salvador e Região Metropolitana, na Bahia.
Com essa ativação, a rede de banda larga da empresa chega a vinte e um estados brasileiros, estando apta a atender a mais de 600 municípios por meio dos provedores. A estimativa é chegar a 1.500 municípios até o final de 2013.
Para o presidente da empresa, Caio Bonilha, esse é um momento de comemoração, pois muitas dificuldades foram vencidas, como a falta de terrenos adequados à implantação de infraestrutura, licenciamento e disponibilidade de energia elétrica. “Estamos há um ano trabalhando para viabilizar esse grande trecho, que, como em toda a rede da Telebras, já está preparado para atender o PNBL com velocidade mínima de 2 Mbps ao mesmo valor de hoje para 1 Mbps”, afirmou.
A nova velocidade de 2 Mbps pelo mesmo valor de R$ 35,00, já considerado o ICMS, foi determinada pela presidente Dilma Rousseff para meados de 2013.
Confira abaixo as cidades onde a Telebras pode atender os provedores regionais com banda larga:
UF Município
AL Igaci
AL Messias
BA Dias d’Ávila
BA Salvador e Região Metropolitana
BA Entre Rios
CE Caucaia
CE Fortaleza e Região Metropolitana
CE Maracanaú
CE Sobral
CE Itapagé
CE Aracoiaba
CE Banabuiú
CE Morada Nova
CE Russas
MA Barra do Corda
MA Caxias
MA Grajaú
MA Imperatriz
MA Porto Franco
MA Presidente Dutra
MA Sítio Novo
PB Campina Grande
PB Campo de Santana
PB João Pessoa
PE Recife e Região Metropolitana
PE Paulista
PE Jaboatão dos Guararapes
PE Ribeirão
PI Campo Maior
PI Piripiri
PI São João da Fronteira
PI Teresina
RN Açu
RN Mossoró
RN Natal
RN Santa Cruz
RN Santana do Matos
SE Itabaianinha
SE Nossa Senhora do Socorro
SE Nossa Senhora da Glória
SE Canindé de São Francisco
TO Araguaína
TO Colinas do Tocantins
TO Guaraí
TO Gurupi
TO Miracema do Tocantins
TO Nova Rosalândia
TO Palmeirópolis
TO Paraíso do Tocantins
TO Peixe
TO Wanderlândia
PNBL
O PNBL é uma ação do Ministério das Comunicações, do Governo Federal, e tem o objetivo de fomentar e difundir o uso e o fornecimento de bens e serviços de tecnologias de informação e comunicação, de modo a massificar o acesso a serviços de conexão à internet em banda larga, acelerar o desenvolvimento social e econômico e reduzir desigualdades social e regional.
Além disso, as ações visam facilitar o uso dos serviços do poder público pelo cidadão e aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade brasileira.
O PNBL prevê a prestação do serviço de internet de um Mbps ao valor máximo de R$ 35,00, já incluído o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ou ao valor de R$ 29,90 nos estados em que não há cobrança do imposto.
*comtextolivre

O comunismo ético de Oscar Niemeyer

Por Leonardo Boff, no sítio da Adital:
Não tive muitos encontros com Oscar Niemeyer. Mas os que tive foram longos e densos. Que falaria um arquiteto com um teólogo senão sobre Deus, sobre religião, sobre a injustiça dos pobres e sobre o sentido da vida?
Nas nossas conversas, sentia alguém com uma profunda saudade de Deus. Invejava-me que, me tendo por inteligente (na opinião dele) ainda assim acreditava em Deus, coisa que ele não conseguia. Mas eu o tranquilizava ao dizer: o importante não é crer ou não crer em Deus. Mas viver com ética, amor, solidariedade e compaixão pelos que mais sofrem. Pois, na tarde da vida, o que conta mesmo são tais coisas. E nesse ponto ele estava muito bem colocado. Seu olhar se perdia ao longe, com leve brilho.
Impressionou-se sobremaneira, certa feita, quando lhe disse a frase de um teólogo medieval: "Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não existe”. E ele retrucou: "mas que significa isso?” Eu respondi: "Deus não é um objeto que pode ser encontrado por ai; se assim fosse, ele seria uma parte do mundo e não Deus”. Mas então, perguntou ele: "que raio é esse Deus?” E eu, quase sussurrando, disse-lhe: "É uma espécie de Energia poderosa e amorosa que cria as condições para que as coisas possam existir; é mais ou menos como o olho: ele vê tudo mas não pode ver a si mesmo; ou como o pensamento: a força pela qual o pensamento pensa, não pode ser pensada”. E ele ficou pensativo. Mas continuou: "a teologia cristã diz isso?” Eu respondi: "diz mas tem vergonha de dizê-lo, porque então deveria antes calar que falar; e vive falando, especialmente os Papas”. Mas consolei-o com uma frase atribuída a Jorge Luis Borges, o grande argentino:”A teologia é uma ciência curiosa: nela tudo é verdadeiro, porque tudo é inventado”. Achou muita graça. Mais graça achou com uma bela trouvaille de um gari do Rio, o famoso "Gari Sorriso: "Deus é o vento e a lua; é a dinâmica do crescer; é aplaudir quem sobe e aparar quem desce”. Desconfio que Oscar não teria dificuldade de aceitar esse Deus tão humano e tão próximo a nós.

Mas sorriu com suavidade. E eu aproveitei para dizer: "Não é a mesma coisa com sua arquitetura? Nela tudo é bonito e simples, não porque é racional mas porque tudo é inventado e fruto da imaginação”. Nisso ele concordou adiantando que na arquitetura se inspira mais lendo poesia, romance e ficção do que se entregando a elucubrações intelectuais. E eu ponderei: "na religião é mais ou menos a mesma coisa: a grandeza da religião é a fantasia, a capacidade utópica de projetar reinos de justiça e céus de felicidade. E grande pensadores modernos da religião como Bloch, Goldman, Durkheim, Rubem Alves e outros não dizem outra coisa: o nosso equívoco foi colocar a religião na razão quando o seu nicho natural se encontra no imaginário e no princípio esperança. Ai ela mostra a sua verdade. E nos pode inspirar um sentido de vida.”

Para mim a grandeza de Oscar Niemeyer não reside apenas na sua genialidade, reconhecida e louvada no mundo inteiro. Mas na sua concepção da vida e da profundidade de seu comunismo. Para ele "a vida é um sopro”, leve e passageiro. Mas um sopro vivido com plena inteireza. Antes de mais nada, a vida para ele não era puro desfrute, mas criatividade e trabalho. Trabalhou até o fim, como Picazzo, produzindo mais de 600 obras. Mas como era inteiro, cultivava as artes, a literatura e as ciências. Ultimamente se pôs a estudar cosmologia e física quântica. Enchia-se de admiração e de espanto diante da grandeur do universo.

Mas mais que tudo cultivou a amizade, a solidariedade e a benquerença para com todos. "O importante não é a arquitetura” repetia muitas vezes, "o importante é a vida”. Mas não qualquer vida; a vida vivida na busca da transformação necessária que supere as injustiças contra os pobres, que melhore esse mundo perverso, vida que se traduza em solidariedade e amizade. No JB de 21/04/2007 confessou: ”O fundamental é reconhecer que a vida é injusta e só de mãos dadas, como irmãos e irmãs, podemos vive-la melhor”.

Seu comunismo está muito próximo daquele dos primeiros cristãos, referido nos Atos dos Apóstolos nos capítulos 2 e 4. Ai se diz que "os cristãos colocavam tudo em comum e que não havia pobres entre eles”. Portanto, não era um comunismo ideológico, mas ético e humanitário: compartilhar, viver com sobriedade, como sempre viveu, despojar-se do dinheiro e ajudar a quem precisasse. Tudo deveria ser comum. Perguntado por um jornalista se aceitaria a pílula da eterna juventude, respondeu coerentemente: "aceitaria se fosse para todo mundo; não quero a imortalidade só para mim”.

Um fato ficou-me inesquecível. Ocorreu nos inícios dos anos 80 do século passado. Estando Oscar em Petrópolis, me convidou para almoçar com ele. Eu havia chegado naquele dia de Cuba, onde, com Frei Betto, durante anos dialogávamos com os vários escalões do governo (sempre vigiados pelo SNI), a pedido de Fidel Castro, para ver se os tirávamos da concepção dogmática e rígida do marxismo soviético. Eram tempos tranquilos em Cuba que, com o apoio da União Soviética, podia levar avante seus esplêndidos projetos de saúde, de educação e de cultura. Contei que, por todos os lados que tinha ido em Cuba, nunca encontrei favelas mas uma pobreza digna e operosa. Contei mil coisas de Cuba que, segundo frei Betto, na época era "uma Bahia que deu certo”. Seus olhos brilhavam. Quase não comia. Enchia-se de entusiasmo ao ver que, em algum lugar do mundo, seu sonho de comunismo poderia, pelo menos em parte, ganhar corpo e ser bom para as maiorias.

Qual não foi o meu espanto quando, dois dias após, apareceu na Folha de São Paulo, um artigo dele com um belo desenho de três montanhas, com uma cruz em cima. Em certa altura dizia: "Descendo a serra de Petrópolis ao Rio, eu que sou ateu, rezava para o Deus de Frei Boff para que aquela situação do povo cubano pudesse um dia se realizar no Brasil”. Essa era a generosidade cálida, suave e radicalmente humana de Oscar Niemeyer.

Guardo uma memória perene dele. Adquiri de Darcy Ribeiro, de quem Oscar era amigo-irmão, uma pequeno apartamento no bairro do Alto da Boa-Vista, no Vale Encantando. De lá se avista toda a Barra da Tijuca até o fim do Recreio dos Bandeirantes. Oscar reformou aquele apartamento para o seu amigo, de tal forma que de qualquer lugar que estivesse, Darcy (que era pequeno de estatura), pudesse ver sempre o mar. Fez um estrado de uns 50 centímetros de altura E como não podia deixar de ser, com uma bela curva de canto, qual onda do mar ou corpo da mulher amada. Aí me recolho quando quero escrever e meditar um pouco, pois um teólogo deve cuidar também de salvar a sua alma.

Por duas vezes se ofereceu para fazer uma maquete de igrejinha para o sítio onde moro em Araras em Petrópolis. Relutei, pois considerava injusto valorizar minha propriedade com uma peça de um gênio como Oscar. Finalmente, Deus não está nem no céu nem na terra, está lá onde as portas da casa estão abertas.

A vida não está destinada a desaparecer na morte, mas a se transfigurar alquimicamente através da morte. Oscar Niemeyer apenas passou para o outro lado da vida, para o lado invisível. Mas o invisível faz parte do visível. Por isso ele não está ausente, mas está presente, apenas invisível. Mas sempre com a mesma doçura, suavidade, amizade, solidariedade e amorosidade que permanentemente o caracterizou. E de lá onde estiver, estará fantasiando, projetando e criando mundos belos, curvos e cheios de leveza.
*Turquinho

Cem caças chineses realizam o maior exercício aéreo de Pequim

by guevara2012

Tradução: Caminho Alternativo
(08-12-2012)
China realizou um de seus maiores treinamentos militares aéreos com a participação de aproximadamente 100 aviões de combate em meio às crescentes tensões com Japão sobre a disputa territorial no Mar Oriental da China.
Os exercicios de combate aéreos duraram 11 dias do passado mês na região ocidental norte de Xinjiang, segundo o site do jornal do Partido Comunista ‘O Jornal do Povo’.
Os pilotos simulavam participar em combates aéreos e colocaram em prática métodos para impedir a interferência eletromagnética, segundo os informes.
Entre os aparelhos envolvidos no exercício, com 14 unidades separadas, se encontravam os mais modernos aviões de combate da China, o J-10 e J-11, junto com modelos mais antigos e Sukhoi Su-30s comprados da Rússia.
Os exercícios são uma clara demostração da enorme melhoria experimentada pela capacidade militar da China, o que suscitou inquietude em outras nações da Ásia e EUA.
O jornal ‘Global Times’ qualificou os exercícios como os maiores dos últimos anos, tanto em potência de fogo como por número de aviões. Além disso, os treinamentos envolveram a um grande número de técnicos e especialistas em mísseis, radares e outras tecnologias relacionadas.
Estes exercícios ocorrem em meio a crescente tensão entre China e Japão pelas ilhas Senkaku (Diaoyu). A disputa ficou mais tensa quando em setembro Tokio anunciou a compra de três das polêmicas ilhas e China respondeu com o envío de patrulhas às águas do arquipélago. A decisão de Japão desatou violentas manifestações anti-japonesas na China. A mediados de outubro China realizou várias manobras militares no mar Oriental da China.

Rússia implantou mísseis Alexandre na Síria em resposta aos mísseis da OTAN na Turquía

by guevara2012

Tradução: Caminho Alternativo
(07-12-2012)
Mísseis russos tipo Alexander foram entregues à Síria, assegurou um especialista libanés sobre questões regionais, Elyas Ebrahim, numa entrevista com a Agência iraniana de notícias Farsnews.
Os mísseis Alexandre são mais poderosos que os Patriot e sua implantação é uma reação à decisão da OTAN de utilizar o território turco para colocar os Patriot. Estes são mísseis superfície-superfície que podem ser utilizados também contra objetivos aéreos e sua cabeça possui uma capacidade destrutiva superior à dos Patriot”, explicou.
Segundo este especialista, estes mísseis foram entregues à Síria através de barcos russos que chegaram recentemente à Tartus, onde se encontra a base da Marinha russa.
Ele assinalou que “Rússia considera a Síria como parte da segurança nacional da Rússia, ou inclusive como uma linha vermelha que não pode ser atravessada,” acrescentando que “esta iniciativa causou surpresa, especialmente, porque os mísseis Alexandre são conhecidos por ser melhores que os Patriot no aspecto militar. Isto significa que Rússia está disposta a comprometer-se seriamente para defender a Síria com o risco de se envolver num confronto se for necessário”.
“Os mísseis Patriot são incapazes de resistir uma colisão contra os mísseis Alexandre. Rússia ameaçou com implantar mísseis Alexander perto do território polonês para fazer frente ao estabelecimento ali do escudo anti-mísseis da OTAN, que depende fundamentalmente dos mísseis Patriot”.
O especialista informa que a “Rússia recusa qualquer violação do espaço aéreo da Síria e isto foi demonstrado claramente quando utilizou seu direito de veto no Conselho de Segurança. Mesmo assim, deixou claro que qualquer tentativa de eludir a legitimidade internacional será afrontada pela força militar.
*caminhoalternativo
Rachel Sheherazade é a Silas Malafaia de saia

Rachel Sheherazade faz comentário sobre estado laico e promove espetáculo de pérolas. As aulas de história passaram longe da apresentadora

A apresentadora evangélica Rachel Sheherazade (foto), do SBT Brasil, acusou na última semana os defensores do Estado laico de “intolerantes” por “voltarem sua ira contra a minúscula citação ['Deus seja louvado'] nas notas do real”.
rachel sheherazade estado laicoAs aulas de história passaram bem longe de Rachel Sheherazade. (Foto: Reprodução / SBT Brasil)
Para ela, os laicistas estão perseguindo o cristianismo, porque querem acabar com o ensino religioso e tirar o crucifixo das repartições públicas.
A apresentadora disse que os defensores do Estado laico são ingratos para com o cristianismo, que, segundo ela, é o responsável por princípios como liberdade, honestidade, respeito e justiça.
Que a apresentadora Rachel Sheherazade metida a Boris Casoy é péssima, isso já é sabido. Os comentários dela são, em sua gigantesca maioria, infelizes, sem nenhum conteúdo ou profundidade.
E agora está se mostrando uma Malafaia de saia!
Primeiro, é mentira que “laicistas” (como se fosse um grupo formado) perseguem o cristianismo. Não há uma única evidência disso. Ela alega isso para se fazer falsamente de vítima. Pura tática fundada na falácia ad terrorem. Se foi o Cristianismo que pariu a noção de igualdade social, então ela vai ter que explicar por que a Revolução Francesa não partiu de iniciativa cristã, muito pelo contrário, sendo inspirada por obras seculares como a Encyclopédie, a primeira enciclopédia do mundo, organizada pelos ateus Diderot e D’Alembert.
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Segundo, as aulas de história passaram longe dela. Mas bem longe mesmo! O cristianismo não deu base nenhuma de respeito, liberdade, honestidade e justiça.
Durante a idade média, era justamente o contrário que acontecia na maioria das vezes. A separação entre Estado e religião quem deu base para a maioria das liberdades, inclusive de jornalismo e profissão – que ela exerce.
Fosse a “liberdade” cristã, ela teria que pedir permissão ao marido para exercer a profissão dela, pois seria considerada incapaz pela lei civil (como vigorou até depois da metade do século passado).
Na escola ninguém aprende o mínimo sobre laicidade, Rachel Sheherazade é só mais um dos sinais da pobreza da educação nessa área. Fica a pergunta: se é desimportante a frase no dinheiro, por que tanto barulho sobre a tentativa constitucionalmente correta de retirá-la?
Por que o procurador CATÓLICO que propôs a retirada da frase foi ameaçado de morte? Temos uma turba de teocratas que querem empurrar seu cristianismo goela abaixo em todos neste país, e esse autoritarismo começa justamente em coisas pequenas como frases no dinheiro e crucifixos em tribunais.
É a segunda vez que a jornalista, nessa mescla de jornalismo amador brasileiro entre notícia e opinião, perde totalmente a noção do que fala quando se trata de convivência do Cristianismo com outras crenças no Brasil. Outra ocasião em que ela fez isso foi quando os tribunais gaúchos corretamente retiraram crucifixos de suas dependências.
Terceiro, se isso fosse verdade, ela teria aprendido, como cristã, a respeitar a laicidade do Estado, por justamente ser corolário das liberdades religiosas. E ela não respeita!
Quarto que não precisa de emenda para retirar da expressão “deus” do preâmbulo da Constituição. Falou, mais uma vez, algo que não sabe. O preâmbulo não faz parte do corpo constitucional, portanto, não é passível de ser emendado.
Quinto que o Procurador está fazendo coisa bem mais útil que ela! Ele não está aplaudindo atos ilegais e inconstitucionais praticados pelo Sarney como a apresentadora fez!
*Pragmatismopolítico

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Entrevista da presidenta Dilma durante a Cúpula de chefes de Estado do Mercosul


Charge e foto do dia










Arco da Maldade


Maquete da escultura de autoria de Oscar Niemeyer intitulada Arco da Maldade. O projeto dessa escultura, feito em homenagem a todos os que lutaram contra a ditadura, foi doado pelo autor aos movimentos de anistia.
“Quando Flora de Abreu e João Luiz de Moraes me convidaram para desenhar o monumento ´Tortura Nunca Mais´, senti a oportunidade de me iniciar no campo da escultura. Dessa escultura de maior porte, mais livre, mais ligada aos problemas da vida que o concreto armado oferece. E como o tema exigia, a fiz democrática, denunciadora, lembrando o longo período de tortura e morte que pesou sobre o nosso país. Meu desenho representa esses negros tempos, com a pessoa transpassada pelas forças do mal, impotente diante do ódio organizado. Para os mais sensíveis, para os que veem."
Oscar Niemeyer
*