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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 09, 2012


ONU condena embargo dos EUA a Cuba pela 21ª vez

Pela 21ª vez, a Assembleia Geral da ONU condenou o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba. A condenação foi aprovada de maneira esmagadora por 188 países, tendo apenas três votos contrários, dos Estados Unidos, Israel e Palau. Além deles, Micronésia e Ilhas Marshall se abstiveram.
Durante os debates que precederam a votação, o isolamento dos Estados Unidos já era evidente. A representante do Brasil e do Mercosul na Assembleia Geral, Maria Luísa Ribeiro, classificou o bloqueio como um exemplo de “política obsoleta, que não tem lugar na atualidade”. “O embargo é contrário ao princípio da justiça e dos direitos humanos, gera carências e sofrimento a toda a população cubana, limita e retarda o progresso econômico, social e a obtenção dos objetivos de desenvolvimento do milênio”. Já o embaixador da Argélia nas Nações Unidas, Mourad Benmehid, representando o Grupo dos 77 mais China, afirmou que “o Grupo dos 77 mais China considera que o bloqueio viola as leis fundamentais do direito internacional, [...] a Carta da ONU e os princípio de relações pacíficas entre países”. A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a Comunidade de Estados do Caribe (Caricom) e alguns países individualmente, como México e Venezuela, insistiram em que o embargo é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e às regras do direito internacional.
Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um “persistente recrudescimento” do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama. O governo Obama endureceu o embargo, em especial no setor financeiro, impondo, desde 2009, multas de mais de dois bilhões de dólares a empresas e pessoas de outros países que têm negócios com Cuba. “É um ato de agressão e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. É também uma grosseira violação das normas de comércio internacional, da livre navegação e dos direitos soberanos dos Estados”, indicou.
O embargo foi imposto de maneira oficial em fevereiro de 1962, no governo do presidente John F. Kennedy. Mas o governo norte-americano já havia imposto algumas sanções em 1959, ano do triunfo da Revolução Cubana. As perdas da economia cubana em 50 anos de embargo norte-americano superam os 100 bilhões de dólares até 2011, de acordo com autoridades do país. Caso seja levada em conta a desvalorização do dólar frente ao padrão-ouro nesse meio século, a cifra superaria o trilhão de dólares.
*AVerdade

Presidente Chávez se someterá a nueva intervención quirúrgica

Dois meses após conquistar um novo mandato, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou na madrugada deste domingo (09/12) que deverá realizar uma nova cirurgia em Cuba após o aparecimento de "algumas células malignas". Ele, que luta contra um câncer desde 2011, indicou que o atual vice-presidente, Nicolás Maduro, deverá assumir seu lugar "se algo acontecer".

*opera mundi (nina)

Nicolás Maduro não só nessa situação deve concluir como manda a Constituição o período, mas minha opinião firme, plena como a lua cheia, irrevogável absoluta, total, é que nesse cenário que obrigaria a convocar eleições presidenciais vocês elejam Nicolás Maduro como presidente”, disse Chávez em cadeia nacional.

O presidente disse que o vice-presidente e há mais de seis anos chanceler da Venezuela “é um dos lideres jovens de maior capacidade para continuar (…) com sua mão firme, com seu olhar, com seu coração de homem do povo”. O presidente venezuelano acrescentou que assim poderá continuar “comandando junto ao povo sempre e subordinado aos interesses do povo os destinos desta pátria”.
Prensa Miraflores/Divulgação

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao lado de seu vice-presidente, Nicolás Maduro, fala à nação em cadeia nacional

Segundo Chávez, a nova intervenção deverá ser realizada "nos próximos dias". O presidente admitiu que toda operação "apresenta riscos" e lamentou o retorno do câncer. “Dá-me muita dor na verdade que esta situação cause dor, cause angústia a milhões de vocês”, afirmou. “Aconteça o que acontecer vamos continuar tendo pátria”, disse e pediu aos “patriotas” da Venezuela: “Unidade, unidade, unidade”.

O pronunciamento acontece às vésperas das eleições regionais na Venezuela, marcadas para 16 de dezembro. Em outubro passado, o líder bolivariano foi releeito para um novo mandato de seis anos, com uma vantagem de dez pontos percentuais sobre Henrique Capriles.
Desde o aparecimento do câncer, na região pélvica, diversos nomes tinham sido cogitados para a sucessão do presidente. O de Maduro era um dos principais, ao lado do de Elias Jaua, ex-vice-presidente e atualmente candidato ao governo do Estado de Miranda e o de Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela.

Nascido em 23 de novembro de 1962 em Caracas, Maduro é ex-militante da Liga Socialista e trabalhou desde jovem como condutor de trens no Metrô de Caracas, onde chegou a dirigir o sindicato. Após participar da campanha que levou à eleição de Chávez em 1998, Maduro foi eleito deputado pela Assembleia Nacional em 2000, sendo reeleito em 2005, quando se tornou presidente da casa. Em 2006, deixou o cargo para ocupar a pasta do Ministério do Poder Popular para Assuntos Exteriores.

Repercussão

Cabello convocou apoio ao presidente após o anúncio do ressurgimento do câncer e pediu que a oposição tenha respeito. Ele, que também é vice-presidente do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), disse que tem "muita fé e esperança de que o presidente vai sair dessa situação".

Houve reações também fora da Venezuela ao anúncio de Chávez. O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, enviou "um imenso abraço solidário" ao presidente, escreveu em sua conta no Twitter. O chefe da diplomacia do Equador informou que conversou com Maduro e "lhe transmitiu saudações de milhares de equatorianos ao presidente Chávez."

* Com informações da VTV, TeleSur e Agência Efe

sábado, dezembro 08, 2012

Clinton: EUA impedirão reconstituição da URSS


 hora de Moscou





Hillary Clinton, URSS

EPA

As declarações da secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton sobre intenções de Washington de impedir os processos de integração no espaço pós-soviético podem apenas provocar uma piedade, declarou o chefe do Comitê da Duma sobre assuntos da CEI, Leonid Slutski.

Clinton afirmou que os EUA iria impedir os processos de integração no espaço pós-soviético, que ela considerou como uma tentativa de reconstituir a URSS, escreveu o Financial Times.
A integração euroasiática está ganhando força no espaço pós-soviético, e a União Euroasiática tem um potencial de se tornar num dos maiores jogadores políticos no mundo, o que é evidentemente inacessível para Washington, disse o deputado russo.
*http://portuguese.ruvr.ru/2012_12_08/Clinton-EUA-impedirao-reconstituicao-da-URSS/

Deleite Brigitte bardot et Serge Gainsbourg - Je t'aime moi non Plus

Melhor e Mais Justo: Ação Penal 470 - 3/3


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*MarcosUmmus

Charge foto e frase do dia







Dilma e Cristina discutem parcerias bilaterais

 

FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR:
Parcerias deverão incluir as áreas de infraestrutura e energia, informou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota; presidentes do Brasil e da Argentina conversaram por cerca de três horas no Palácio da Alvarada nesta sexta
 

Juca Kfouri: Niemeyer e o General


Entre as tantas histórias e obras de Oscar Niemeyer, há uma que ninguém está com coragem de contar, talvez por causa do palavrão, mas que, no caso, cabe.
Quando houve o golpe de 1964, ele já era um arquiteto mundialmente reconhecido e estava em Israel onde projetou belíssima sinagoga.
Ao voltar, meses depois da quartelada de 1º de abril, ele foi duramente interrogado por um general que quis saber como ele podia ser tão rico, sugerindo que recebesse o famoso ouro de Moscou.
E o grande brasileiro respondeu:
- “Eu dou o cu, general”.
Acabou ali o interrogatório.
*Briguilino