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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 09, 2012

Cine documento - Díez Días que Conmovieron al Mundo (1967 / 87)

Deleite - FRANK ZAPPA -- JESUS THINKS YOU'RE A JERK



O SEXO E A MOTO

Alguns estudos apresentam a relação do instintos humanos sobre as caracteristicas das motocicletas, mostrando características das motos que tem a função de atrair da mesma forma que nos sentimos atraidos por uma mulher com belas curvas.
o sexo e a moto
Esse vídeo é russo, uma refilmagem de um vídeo caseiro que pelo que entendi fez muito sucesso, porém, foi retirado do ar pelo Youtube. Ele é realmente muito engraçado, e espero que você se divirta dando boas risadas também. Depois veja qual estilo você prefere…

Charge frase e foto do Dia











NOTICIA QUE O JN NÃO MOSTRA - Dadá, o araponga de Veja, pega 19 anos de prisão


 


“A sentença que condenou Carlinhos Cachoeira a 39 anos de prisão também reservou um capítulo especial ao detetive Idalberto Matias; ele foi condenado a 19 anos de prisão por realizar grampos ilegais; a revista Veja, dirigida por Policarpo Júnior em Brasília, era o principal "cliente" da dupla Dadá & Cachoeira 

Brasil 247 

O relatório da CPI do caso Cachoeira ainda não foi apreciado pelo plenário da comissão, mas já se sabe que o jornalista Policarpo Júnior, diretor de Veja em Brasília, não será indiciado. 

Pressionado por um movimento em peso dos grandes veículos de comunicação e por aliados do PMDB, o deputado Odair Cunha (PT-MG) retirou de seu relatório as referências feitas a Policarpo Júnior e a outros jornalistas. 

Hoje, Odair Cunha(PT-MG) teria motivos para, eventualmente, rever sua posição. Isso porque a sentença que, ontem, condenou Carlos Cachoeira a 39 anos de prisão, do juiz Alderico Rocha Santos, também atingiu o araponga Idalberto Matias, o Dadá, condenado a 19 anos. 

Segundo o juiz, Dadá era responsável pela realização de grampos ilegais. Sem Dadá, o esquema de Cachoeira jamais teria a mesma força. 

Dadá grampeava e produzia denúncias que eram publicadas na revista Veja, dirigida por Policarpo Júnior, e amplificadas no Congresso pelo "mosqueteiro da ética" Demóstenes Torres. 

Com esse instrumento de pressão poderoso, Cachoeira fortalecia sua atividade tradicional – de jogos ilegais – e pavimentava novos negócios, como a parceria com a empreiteira Delta, de Fernando Cavendish. 

Dadá foi fonte de diversos jornalistas em Brasília, mas era com Veja e Policarpo que Cachoeira construiu uma parceria mais sólida. 

Houve até um momento, captado pelas operações Vegas e Monte Carlo, em que Policarpo pede a Cachoeira para levantar ligações de um político goiano, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Cachoeira concorda e diz que o "neguinho" procuraria Policarpo para tratar do assunto "


do Blog Brasil!Brasil!

Leonardo Boff sobre Reinaldo Azevedo da "Veja": "Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado"

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EM DEFESA DE NIEMEYER, BOFF CHAMA REINALDO DE BESOURO ROLA-BOSTA

Segundo o pensador Leonardo Boff, Veja e seu blogueiro albergado não gostam do Brasil e dos brasileiros; ele diz ainda que Reinaldo Azevedo, que chamou o arquiteto de "metade gênio e metade idiota", é um "consumado idiota"


do Brasil 247

O filósofo e teólogo Leonardo Boff respondeu, num artigo, às críticas do blogueiro de Veja Reinaldo Azevedo contra Oscar Niemeyer. Para Reinaldo, que publicou três textos sobre o assunto em seu blog, o brilhante arquiteto brasileiro era "metade gênio e metade idiota". Em seu último post, o colunista menciona que Niemeyer foi a capa da última edição da revista, "com todas as honras". Para Boff, Reinaldo "foi a voz destoante e de reles mau gosto" em meio a dezenas de homenagens em decorrência da morte do artista, na última segunda-feira. Como muitos leitores do blogueiro, o filósofo assegura: "Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado".


Leia abaixo seu artigo:


Oscar Niemeyer, a Veja online e o Escaravelho

Com a morte de Oscar Niemeyer aos 104 anos de idade ouviram-se vozes do mundo inteiro cheias de admiração, respeito e reverência face a sua obra genial, absolutamente inovadora e inspiradora de novas formas de leveza, simplicidade e elegância na arquitetura. Oscar Niemeyer foi e é uma pessoa que o Brasil e a humanidade podem se orgulhar.

E o fazemos por duas razões principais: a primeira, porque Oscar humildemente nunca considerou a arquitetura a coisa principal da vida; ela pertence ao campo da fantasia, da invenção e do lúdico. Para ele era um jogo das formas, jogado com a seriedade com que as crianças jogam.

A segunda, para Oscar, o principal era a vida. Ela é apenas um sopro, passageira e contraditória. Feliz para alguns mas para as grandes maiorias cruel e sem piedade. Por isso, a vida impõe uma tarefa que ele assumiu com coragem e com sérios riscos pessoais: a da transformação. E para transformar a vida e torná-la menos perversa, dizia, devemos nos dar as mãos, sermos solidários uns para com os outros, criarmos laços de afeto e de amorosidade entre todos. Numa palavra, nós humanos devemos aprender a nos tratar humanamente, sem considerar as classes, a cor da pele e o nível de sua instrução.

Isso foi que alimentou de sentido e de esperança a vida desse gênio brasileiro. Por aí se entende que escolheu o comunismo como a forma e o caminho para dar corpo a este sonho, pois, o comunismo, em seu ideário generoso, sempre se propôs a transformação social a partir das vítimas e dos mais invisíveis. Oscar Niemeyer foi um fiel militante comunista.

Mas seu comunismo era singular: no meu modo de ver, próximo dos cristãos originários pois era um comunismo ético, humanitário, solidário, doce, jocoso, alegre e leve. Foi fiel a esse sonho a vida inteira, para além de todos os avatares passados pelas várias formas de socialismo e de marxismo.

Na medida em que pudemos observar, a grande maioria da opinião pública mundial, foi unânime na celebração de sua arte e do significado humanista de sua vida. Curiosamente a revista VEJA de domingo, dedica-lhe 10 belas páginas. Outra coisa, porém, é a revista VEJA online de 7 de dezembro com um artigo do blog do jornalista Reinado Azevedo que a revista abriga.

Ele foi a voz destoante e de reles mau gosto. Até agora a VEJA não se distanciou daquele conteúdo, totalmente, contraditório àquele da edição impressa de domingo. Entende-se porque a ideologia de um é a ideologia do outro. Pouco importa que o jornalista Azevedo, de forma confusa, face às críticas vindas de todos os lados, procure se explicar. Ora se identifica com a revista, ora se distancia, mas finalmente seu blog é por ela publicado.

Notoriamente, VEJA se compraz em desfazer as figuras que melhor mostram nossa cultura e que mais penetraram na alma do povo brasileiro. Essa revista parece se envergonhar do Brasil, porque gostaria que ele fosse aquilo que não é e não quer ser: um xerox distorcido da cultura norte-americana. Ela dá a impressão de não amar os brasileiros, ao contrário expõe ao ridículo o que eles são e o que criam. Já o titulo da matéria referente a Oscar Niemeyer da autoria de Azevedo, revela seu caráter viciado e malevolente: "Para instruir a canalha ignorante. O gênio e o idiota em imagens". Seu texto piora mais ainda quando, se esforça, titubeante, em responder às críticas em seu blog do dia 8/12 também na VEJA online com um título que revela seu caráter despectivo e anti-democrático:"Metade gênio e metade idiota- Niemeyer na capa da VEJA com todas as honras! O que o bloco dos Sujos diz agora?" Sujo é ele que quer contaminar os outros com a própria sujeira de uma matéria tendenciosa e injusta.

O que se quer insinuar com os tipos de formulação usados? Que brasileiro não pode ser gênio; os gênios estão lá fora; se for gênio, porque lá fora assim o reconhecem, é apenas em sua terceira parte e, se melhor analisarmos, apenas numa quarta parte. Vamos e venhamos: Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado. Seguramente Azevedo está inscrito no número bem definido por Albert Einstein: "conheço dois infinitos: o infinito do universo e o infinito dos idiotas; do primeiro tenho dúvidas, do segundo certeza". O articulista nos deu a certeza que ele e a revista que o abriga possuem um lugar de honra no altar da idiotice.

O que não tolera em Oscar Niemeyer que, sendo comunista, se mostra solidário, compassivo com os que sofrem, que celebra a vida, exalta a amizade e glorifica o amor. Tais valores não cabem na ideologia capitalista de mercado, defendida por VEJA e seu albergado, que só sabe de concorrência, de "greed is good" (cobiça é coisa boa), de acumulação à custa da exploração ou da especulação, da falta de solidariedade e de justiça em nível internacional.

Mas não nos causa surpresa; a revista assim fez com Paulo Freire, Cândido Portinari, Lula, Dom Helder Câmara, Chico Buarque, Tom Jobim, João Gilberto, frei Betto, João Pedro Stédile, comigo mesmo e com tantos outros. Ela é um monumento à razão cínica. Segue desavergonhadamente a lógica hegeliana do senhor e do servo; internalizou o senhor que está lá no Norte opulento e o serve como servo submisso, condenado a viver na periferia. Por isso tanto a revista quanto o articulista revelam um completo descompromisso com a verdade daqui, da cultura brasileira.

A figura que me ocorre deste articulista e da revista semanal, em versão online, é a do escaravelho, popularmente chamado de rola-bosta. O escaravelho é um besouro que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta. Pois algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás, deslocou-os de seu contexto (ela é hábil neste método) e lançou-os contra Oscar Niemeyer. Ela o faz com naturalidade e prazer, pois, é o meio no qual vive e se realimenta continuamente. Nada de surpreendente, portanto.

Paro por aqui. Mas quero apenas registrar minha indignação contra esta revista, em versão online, travestida de escaravelho por ter cometido um crime lesa-fama. Reproduzo igualmente dois testemunhos indignados de duas pessoas respeitáveis: Antonio Veronese, artista plástico vivendo em Paris e João Cândido Portinari, filho do genial pintor Cândido Portinari, cujas telas grandiosas estão na entrada do edifício da ONU em Nova York e cuja imagem foi desfigurada e deturpada, repetidas vezes, pela revista-escaravelho.

Oscar Niemeyer e a imprensa tupiniquim - Antonio Veronese

Crítica mesquinha, que pune o Talento, essa ousadia imperdoável de alçar os cornos acima da manada. No Brasil, Talento, como em nenhum outro país do mundo, é indigerível por parte da imprensa, que se acocora, devorada por inveja intestina. Capitania hereditária de raivosos bufões que já classificou a voz de Pavarotti de ruído de pia entupida; a música de Tom Jobim de americanizada; João Gilberto de desafinado e Cândido Portinari de copista...
Quando morre um homem de Talento, como agora o grande Niemeyer, os raivosos bufões babam diante do espelho matinal sedentos de escárnio.

Não discuto a liberdade da imprensa. Mas a pergunta que se impõe é como um cidadão, com a dimensão internacional de Oscar Niemeyer, (sua morte foi reverenciada na primeira página de todos os grandes jornais do mundo) pode ser chamado, por um jornalista mequetrefe, num órgão de imprensa de cobertura nacional, de metade-gênio-metade idiota? Isso após sua morte, quando não é mais capaz de defender-se, e ainda que sob a desculpa covarde, de reproduzir citação de terceiros...
O consolo que me resta é que a História desinteressa-se desses espasmos da estupidez. Quem se lembra hoje dos críticos da bossa nova ou de Villa-Lobos? Ao talent, no entanto, está reservada a reverência da eternidade.

Antonio Veronese 
*Opensadordaaldeia

Oscar Niemeyer, defensor da Revolução Cubana



Dilma e o PT defendem a redução da tarifa da energia elétrica, Aécio Neves e o PSDB são contra


Quem quer paz [no mundo] é o povo, mas tem governante que precisa da discórdia', diz Lula na Alemanha




Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Lula comentou temas ao lado do líder do SPD, Frank-Walter Steinmeier (à direita)




O presidente Lula, em conversa hoje com lideranças do SPD, o partido democrata alemão (de oposição ao atual governo de Angela Merkel), na Fundação Friedrich Ebert, defendeu o diálogo como o principal instrumento da política internacional.

Ao lado do ex-ministro de relações exteriores da Alemanha e líder da bancada do SPD, Frank-Walter Steinmeier, Lula comentou que a recusa à inclusão dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança da ONU e o desprezo ao diálogo são parte da mesma resistência à mudança nas relações de poder internacionais. “O problema é que quem está lá [no poder] não quer repartir o poder. É muito cômodo do jeito que está”.

Para ele, a política teria como resolver grandes conflitos mundiais como, por exemplo, o do Oriente Médio, mas grandes interesses acabam interferindo também nas decisões dos organismos de governança mundial: ”Eu acho que tem gente no mundo que não quer paz, quem quer paz é o povo, mas tem governante que precisa da discórdia para poder ser importante. Senão, não teria nenhuma explicação a gente não ter paz no Oriente Médio. A mesma ONU que criou o Estado de Israel, por que que não cria o Estado palestino?”.

Frank-Walter elogiou as mudanças na política externa do Brasil e disse que foi testemunha do empenho do brasileiro em botar em prática sua disposição para o diálogo. “O que o presidente lula nos mostrou na América do Sul foi que apesar das diferenças de interesse entre os países, ele sempre optou por falar, mesmo com os parceiros difíceis. Essa política de inclusão dos parceiros mudou a América do Sul. E acho que mudou para melhor”, completou.

Foi a crença de que a política deve ser exercida para a promoção da paz mundial que o levou ao Irã, em 2010, relatou o ex-presidente brasileiro. “Eu saí do Brasil e fui ao Irã contra a vontade de todo mundo. Eu estava convencido que era possível convencer o Irã a assinar o documento que a agência precisava. Eles me diziam assim ‘Lula, você é ingênuo. Você tá acreditando no Ahmadinejad e ele não fala a verdade’. E eu falei, eu sou ingênuo, mas eu acredito na política. Por que uma vez eu perguntei, nessa reunião de Princeton, Obama, você já conversou com Ahmadinejad? Não. Sarkosy, você já conversou com Ahmadinejad? Não. Angela Merkel, você já conversou com Ahmadinejad? Não. Berlusconi, você já conversou com Ahmadinejad? Não. Hora, se ninguém tinha conversado com o cara, que diabo de política é essa?”.

Ele contou então que ainda assim foi ao Irã e conseguiu que ele assinasse o documento que a agência precisava, um compromisso de uso pacífico da energia nuclear. “Quando eu pensei que o Conselho de Segurança da ONU iria me dar um prêmio de agradecimento porque nós conseguimos o que eles não conseguiram, eles deram a maior demonstração de ciúmes do mundo e ainda assim resolveram punir o Irã”, contou ele.

Sistema financeiro

Em outro momento da conversa, o presidente Lula falou sobre o papel do FMI e a incapacidade dele lidar com a crise nos países ricos e propôs uma reflexão sobre o papel do sistema financeiro.

“Quando caiu o muro de Berlim, muita gente ficava deprimida. E eu dizia, graças a Deus o mundo está livre para pensar outra vez. Eu acho que essa crise não é um chamamento ao desespero, é um chamamento para que a gente discuta coisas novas, que a gente discuta o papel do sistema financeiro no mundo. Um banco não pode existir transacionando papéis, ele tem que financiar o setor produtivo”, defendeu ele. (Com informações do Instituto Lula).