Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
BRASÍLIA – O presidente do
Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, disse nesta
terça-feira acreditar que as novas denúncias de Marcos Valério devem ser
investigadas. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o
publicitário afirmou em depoimento à PGR em setembro que repassou
dinheiro do mensalão para “despesas pessoais” de Lula. Ainda segundo o
depoimento, o ex-presidente deu “ok” para os empréstimos feitos para o
pagamento de parlamentares em troca de apoio político.
Lacônico, Barbosa respondeu rápido sobre o tema quando foi perguntado sobre a necessidade de investigação.
—
Creio que sim – disse sobre a necessidade de apurar o caso, após sessão
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também preside.
(…)
Clique aqui para ler que os ministros do STF defendem investigação das denúncias de Valério. E aqui a resposta da presidente Dilma sobre a “tentativa lamentável de atingir Lula”
E quando o Supremo vai julgar o mensalão dos tucanos? E quando o STF vai legitimar a Satiagraha? E quando o Supremo vai legitimar a Castelo de Areia? Ou o Supremo tem partido? Paulo Henrique Amorim
CARLA GUIMARÃES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA
A
Justiça Federal concedeu nesta terça-feira (11) habeas corpus ao
empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A decisão é do
juiz federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Cachoeira
está desde sábado (8) no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia
(GO), unidade de segurança máxima. Duas semanas antes, ele havia deixado
o presídio da Papuda, em Brasília, após 266 dias recluso, por decisão
da Justiça do Distrito Federal.
(…)
Se o amigo navegante imaginou que o Gilmar Dantas (*) tinha dado
contribuição ímpar à Magistratura Ocidental com os dois HCs Canguru ao
imaculado banqueiro, Tourinho revela-se seu par. A escolhinha do professor Gilmar deu bons frutos. Viva (a Justiça d) o Brasil! Paulo Henrique Amorim (*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…
Manifesto dos Intelectuais lançado no Rio de Janeiro
Dezenas
de intelectuais brasileiros se reuniram ontem, no Palácio da Cultura,
no Rio, para o lançamento de um manifesto em defesa do Brasil e da paz
mundial, e a criação de um instituto que atue na difusão dessa idéia.
Uma comissão, formada por Luis Pinguelli Rosa, Márcio Pochman, Luís
Soares, Pedro Celestino, Renato Guimarães, Roberto Amaral, Embaixador
Samuel Pinheiro Guimarães e Ubirajara Brito, fez uma análise da situação
internacional e da atualidade política interna do Brasil, concluindo
que há uma ofensiva antidemocrática no mundo inteiro, diante da crise
vivida pelo sistema capitalista. Como no passado, essa crise pode
conduzir a novos e extensos conflitos mundiais, e é preciso mobilizar os
cidadãos na defesa das liberdades democráticas e da paz.
A idéia desse manifesto e do Instituto foi de Oscar Niemeyer, que
deveria – se não fosse a enfermidade que o levou à morte - estar
presente no encontro de ontem. Por isso mesmo, os que se reuniram no
Rio decidiram que o nome do arquiteto e humanista estará associado à
instituição a ser fundada nas próximas semanas.
Ditadura montou até dossiê contra Niemeyer
Sem novidades, só o ridículo da ditatura de perseguir e exilar um gênio
reconhecido mundialmente como Oscar Niemeyer. Pois é, não surpreendem
as revelações dessa reportagem publicada pelo Estadão de ontem, de que o
regime militar montou dossiê contra ele e monitorou também os passos
do mestre dos arquitetos brasileiros. A ditadura realmente era capaz de
tudo, em matéria que ia do rídiculo ao execrável.
Um simples telegrama de Luiz Carlos Prestes a Niemeyer cumprimentando-o
pela inauguração de Brasília em 1960, tornou-se uma das principais
provas de que o arquiteto era um homem de esquerda. A mensagem terminou
se constituindo na principal base para o Serviço Nacional de
Informações (SNI) pedir em 1973 ao Ministério da Justiça que abrisse
processo sigiloso contra ele.
"Nesta data em que Brasília passa a ser a capital do País, envio-lhe em
nome de todos os camaradas do nosso Partido nossas congratulações
mais efusivas. Sua atividade criadora em Brasília merece nosso maior
aplauso, é elevada expressão da capacidade de nosso povo e testemunho
da contribuição dos comunistas ao progresso do Brasil. Nosso augúrio -
que sabemos ser também o seu - é que Brasília venha a ser no menor
prazo possível a capital de um Brasil próspero e feliz, completamente
emancipado do jugo imperialista, numa grande e bela cidade, livre de
favelas e miséria, capital de um Brasil livre, democrático e
socialista. Com nossas saudações patrióticas extensivas a todos seus
auxiliares, afetuosamente Luiz Carlos Prestes", diz o telegrama do
dirigente do PCB.
Arquiteto era considerado um perigoso homem de esquerda
Foto: Ricardo Stuckert/Foto de Arquivo PR
No governo do general Emílio Garrastazu Médici (q1969-1975), Niemeyer
era alvo dos espiões do regime. Os documentos a respeito e que serviram
de base para a reportagem de ontem do Estadão estão em dossiê sobre o
arquiteto guardado no Arquivo Nacional. O original do texto (assinado
pelo próprio Prestes), segundo explica o próprio SNI, foi apreendido
pouco depois do golpe de 1964 em meio a documentos de Prestes - durante
décadas secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, o PCB -
recolhidos pela repressão no Rio e em São Paulo.
A documentação no Arquivo Nacional contém informes da comunidade de
informações sobre o arquiteto e cópias de entrevistas e reportagens a
seu respeito na imprensa estrangeira. O PCB nunca adotou a luta armada,
desde o início da ditadura manteve sua opção pela via pacífica via
pacífica para o socialismo, mas, mesmo assim, Niemeyer era considerado
um homem perigoso para o regime.
Outro informe constante no dossiê feito contra Niemeyer dá conta: "Dia
02 Jan 71, às 19,30 horas, foi exibido, na televisão norueguesa, um
filme falado em inglês, com elementos colhidos em BRASÍLIA, sobre a
obra de OSCAR NIEMEYER, onde este, depois de referir-se em termos
elogiosos ao ex-presidente JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA e ao
engenheiro LUCIO COSTA, confirmou, ostensivamente, ser comunista. Pouco
depois, o arquiteto aparece em sua casa de campo, ao lado de uma
piscina, demonstrando, inadvertidamente, ser apreciador do conforto do
regime capitalista. O filme televisado (sic), a par da propaganda
pessoal do arquiteto, constituiu-se numa demonstração negativista da
realidade brasileira, pela ênfase dada aos aspectos de pobreza e
subdesenvolvimento focalizados (...)."
A documentação inclui, ainda, trecho de entrevista publicada na revista
peruana Oiga em seu número 373, de 8 de maio de 1970, no qual Niemeyer
dá definição política de si mesmo. Ele afirma: "Sou comunista, você o
sabe, mas também sou brasileiro, e é por ser brasileiro que sou
comunista".
Lula conversa com sindicalistas alemães em congresso da IG Metall
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou no dia 06 de dezembro de
2012 para cerca de 600 representantes sindicais alemães e convidados
internacionais no congresso do sindicato alemão de metalúrgicos, o IG
Metall, em Berlim. Num discurso de improviso, Lula recordou sua
trajetória política, de sindicalista a presidente da República e lembrou
que o movimento sindical alemão sempre foi muito solidário com os
trabalhadores brasileiros, desde a época das grandes greves do ABC nos
anos 80.
*comtextolivre
Se
Joaquim Barbosa quer mesmo limpar o Brasil deveria incluir também o seu
colega Gilmar Mendes ao qual chamou de "chefe de capangas que está
destruindo a justiça no Brasil." Veja no vídeo...
*Heribertopozzuto
Milhares de argentinos vão à Praça de Maio defender a Ley de Medios
Em
comemoração ao novo aniversário da recuperação da democracia, à luz do
Dia Internacional dos Direitos Humanos e pela plena vigência da Lei de
Meios, dezenas de milhares de argentinos realizaram uma manifestação no
domingo (9) na Praça de Maio. Convocado por entidades populares,
sindicais e culturais, o ato multitudinário em defesa da democracia na
comunicação e da liberdade de expressão contou com a presença dos
músicos Charly García e Fito Páez, além da própria presidenta Cristina
Kirchner.
O que deu ainda mais combustível ao evento
- que deveria ser uma comemoração da entrada em vigor da Lei de Meios
Audiovisuais, amplamente debatida e aprovada pelo Congresso Nacional –
foi a decisão dos juízes da Câmara Civil e Comercial de manter o Grupo
Clarín temporariamente imune ao seu caráter democratizante. A “Ley de
Medios” estabelece que qualquer empresa pode deter no máximo 35% do
mercado a nível nacional e 24 licenças, mas o Clarín detém 240, sendo
dono de 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo. A
medida cautelar conseguida no tapetão dá ao grupo aval para não cumprir
uma lei legítima, debatida amplamente na sociedade, aprovada por ampla
maioria no Congresso e cumprida por todos os demais 21 grupos de mídia
que atuam no país.
A
Chefia de Gabinete da Presidência da República defendeu que a Suprema
Corte derrube a validade da cautelar proferida em outubro de 2009 a
favor do Clarín e que deveria ter sido suspensa nesta sexta-feira (7)
para que a Lei entrasse em vigor. O presidente da Autoridade Federal de
Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA), Martin Sabbatella, reiterou
que considera “vergonhosa” a sentença protelatória proferida por juízes
da Câmara Civil e Comercial, casualmente contemplados pelo Clarín com
uma viagem a Miami.
Clarín quer desestabilizar
“A
desmonopolização e a desconcentração são dois aspectos muito positivos
da nova lei que reparte as frequências entre os meios privados com fins
de lucro, as organizações sociais e o Estado”, ressaltou o secretário de
Comunicação da Confederação dos Trabalhadores da Argentina (CTA),
Andrés Fidanza.
Segundo
o sindicalista, cuja entidade participou ativamente da coalizão por uma
Nova Lei de Meios, “tão importante quanto a regulação proposta foi a
riqueza do debate que a gestou, fruto de uma intensa participação e
reflexão, onde as pessoas começaram a se dar conta do poder real da
mídia, que até então tinha toda uma aura de intocabilidade”. “As pessoas
estão se dando conta de que este não é um tema jurídico, mas político,
pois o que o Clarín quer é desestabilizar e debilitar o governo para
impedir que a democracia avance”, denunciou o secretário de Relações
Internacionais da CTA, Andrés Larisgoitia.
Na
visão de Larisgoitia, há um processo de mudanças em curso no país que,
mesmo avançando com debilidades, representa um patamar superior, “que
não se confunde com os anos de desgoverno e privatização do Estado que
empurraram a Argentina para o fundo do poço”.
“Com
o povo cada vez mais consciente, restou à elite reacionária, ao sistema
financeiro e às transnacionais se socorrerem na mídia e
instrumentalizá-la: é uma oposição cada vez mais construída,
impulsionada e formatada pela televisão. É o poder midiático que fixa
sua agenda”, sublinhou o RI da CTA.
“Hoje,
uma rádio do Clarín diz algo e outras 30 reproduzem aquilo sem qualquer
análise crítica. Então é uma mentira que vai se reproduzindo,
reproduzindo… A importância da lei está em dar espaço a outros grupos e
permitir que mais vozes se expressem”, acrescentou o dirigente.
Durante
a entrevista na sede da CTA, Larisgoitia observou que os mesmos meios
de comunicação que agem como “instrumento da colonização cultural, não
dando espaço para a riqueza da nossa música nacional, também se põem de
costas à integração regional, nos deixando mais vulneráveis à
padronização de seus gostos e verdades”.
Corporações ou democracia
O
que está claro, alertou Larisgoitia, é o confronto “corporações versus
democracia, daí a mobilização da Sociedade Interamericana de Imprensa
contra a pluralidade de vozes”.
“Recentemente
vimos desfilar por todos os meios uma série de dirigentes sindicais
patrocinados pelo Clarín. Ou o grupo virou defensor dos trabalhadores, o
que evidentemente não é o caso, ou está usando esses sindicalistas para
que falem por ele. Eu acredito que não podemos nos confundir. Temos de
combater o neoliberalismo, saber a todo instante quem é o nosso inimigo
principal, pois o que está em jogo é a consolidação de um processo e não
o retrocesso. Nem um passo atrás na democratização da comunicação na
Argentina”, concluiu.
do Blog Aldeia Gaulesa
*cutucandodeleve
Fazer de bandidos heróis: o vale-tudo da direita midiática para desgastar Lula e destruir o PT. Novas acusações, novos factóides
O golpe tardio de Marcos Valério
por Miguel do Rosário, do O Cafezinho
Uma das características mais interessantes do golpismo midiático é o
endeusamento de bandidos. Desde que estes se prestem a servir a “causa”,
ganham ilimitado espaço nos grandes meios de comunicação. Quem irá
esquecer os oito minutos que o Jornal Nacional, às vésperas de uma
eleição presidencial, deu àquele bandidinho de segunda, que havia
acabado de sair da cadeia, Rubnei Quicoli, onde ele acusava a Casa Civil
de lhe ajudar a obter um empréstimo de 8 bilhões junto ao BNDES?
Não há santos em política. Não é preciso muita imaginação para supor a
quantidade estonteante de chantagens, pressões indevidas, tráficos de
influência, subornos, caixa 2, ameaças, que acontecem nos bastidores de
Brasília. Se há poder envolvido, tem-se necessariamente um jogo pesado.
Nem PT nem Lula escapam dessa lógica. Eles não têm o poder mágico de remover a podridão humana, nem a alheia, nem a própria.
Dito isto, qualquer acusação contra Lula merece ser analisada com triplo
cuidado, porque faz parte do jogo político, desde priscas eras, acusar o
adversário das piores felonias.
Hoje o Estadão volta com uma acusação que ele mesmo havia feito há
alguns meses, mas acrescentando detalhes que implicariam a pessoa do
Lula.
A matéria informa que Valério diz que o esquema pagou despesas pessoais
de Lula, e que o presidente deu ok aos empréstimos que o publicitário
fez em nome do PT. A acusação, porém, tem as seguintes falhas:
Como sempre faltam provas. E, segundo o próprio Valério, não há provas
de que o dinheiro se destinou a pagar despesas pessoais de Lula, visto
que não foi depositado na conta do ex-presidente.
Lula já era presidente, a maior parte de suas contas poderia ser paga,
regularmente, por seu gabinete. Não tem sentido esperar dinheiro de
Marcos Valério. Se Valério falasse que depositou milhões para Lula em
conta no exterior, haveria sentido, que era o enriquecimento ilícito.
Mas pagar contas?
Quanto ao aval sobre o empréstimo, aí é que não faz sentido mesmo. Em
primeiro lugar, foi um empréstimo, que o PT inclusive já quitou. O STF
criminalizou um empréstimo legal. Tentou-se, desde o início, pintar o PT
como um partido inadimplente e falido, o que é um contrasenso: o PT
havia acabado de sair vitorioso de uma eleição onde vencera em estados,
além da vitória maior, a presidência. Qualquer banco privado emprestaria
ao PT por este motivo.
Marcos Valério, obviamente, está desesperado com a possibilidade de
ficar em cana por décadas. Isso é motivo para, no mínimo, se desconfiar
de suas intenções. Além do mais, todo bandido brasileiro da área
política já entendeu que basta dar umas cacetadas no PT e, sobretudo, em
Lula, para receber a solidariedade inconteste e definitiva da grande
mídia.
Quanto às “ameaças de morte” que teria recebido de Paulo Okamoto,
pode-se tratar de uma estratégia astuta para se pintar como vítima.
Felizmente, o golpe em Lula, o milionésimo, chegou tarde. O
ex-presidente teve tempo de fazer o que tinha de fazer: melhorar a vida
do brasileiro, sobretudo o mais pobre. Para milhões de brasileiros,
liberdade de expressão não é apenas poder falar o que quiser, mas também
obter as proteínas e a dignidade necessárias para fazê-lo de cabeça
erguida.
Valério: "Caguete é mesmo um tremendo canalha"
(Foto Antonio Cruz/ABr)
E eis que o vetusto
Estadão estampa, orgulhoso, a "denúncia" de que Lula foi não só
beneficiado, mas um dos mentores do esquema do tal mensalão.
Treme a República!
Finalmente,
depois de tanto tempo e tantos esforços, a incrível verdade afinal
aparece - para o Estadão e todos os seus admiradores, claro.
Claro
porque a fonte é esse incrível e desesperado Marcos Valério, tipo mais
que suspeito, mais sujo que pau de galinheiro - vamos simplificar a
sua descrição.
Personagens como
Valério existem aos montes por aí. São famosos, frequentam todas as
camadas sociais, se infiltram em qualquer lugar que possa render o que
mais desejam - Valério já quis dinheiro, hoje quer apenas se livrar da
prisão.
Para eles, nossos
artistas já dedicaram muitas obras. Em poucas eles são os
protagonistas, mas geralmente desempenham papel chave no enredo.
O
grande Bezerra da Silva, intérprete maior da população oprimida,
porta-voz das favelas, dos pobres e da fauna que habita o submundo,
sabia muito bem que tipo é esse Valério.
Em
1984 gravou "Defunto Caguete" (Adelzonilton/Franco Teixeira/Ubirajara
Lucio), partido alto em que presta a sua homenagem a tipos como Marcos
Valério (clique).
Bezerra sabia das coisas, Valério não sabe de nada, é só um caguete...
Mas é que eu fui num velório velar um malandro Que tremenda decepção Eu bati que o esperto era rife ilegal, Ele era do time da entregação O bicho esticado na mesa Era dedo nervoso e eu não sabia Enquanto a malandragem fazia a cabeça O indicador do defunto tremia (Refrão) Era caguete sim! Era caguete sim! Eu só sei que a policia pintou no velório E o dedão do safado apontava pra mim Era caguete sim! Era caguete sim! Veja bem que a polícia arrochou o velório E o dedão do coruja apontava pra mim Caguete é mesmo um tremendo canalha Nem morto não dá sossego Chegou no inferno, entregou o diabo E lá no céu caguetou São Pedro Ainda disse que não adianta Porque a onda dele era mesmo entregar Quando o caguete é um bom caguete Ele cagueta em qualquer lugar No Crônicas do Motta
A cara da riqueza: Dona Lu passeia no helicóptero oficial e posta foto no Instagram É,
governador, a segurança em SP está difícil e aí o senhor não quer expor a
sua família, né? Mora no México e quando vem para SP o senhor toma o
cuidado de buscá-la de helicóptero oficial, também com essa bandidagem
tocando terror nos ônibus, assalto a carros,... A gente entende, só que
não
Dona Lu passeia no helicóptero oficial e posta foto no Instagram
Governador
de São Paulo, Geraldo Alcklin (PSDB), voou do Palácio dos Bandeirantes a
Guarulhos para buscar o filho, a nora e os dois netos
A família do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que vive
no México, foi recepcionada em grande estilo na última sexta-feira no
Aeroporto Internacional André Franco Montoro. O tucano e a
primeira-dama, Lu Alckmin usaram um helicóptero do governo do Estado
para buscar o filho, a nora e os dois netos.
Depois de decolar do Palácio dos Bandeirantes, o helicóptero Sikorsky,
modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, de propriedade do Estado de São Paulo,
pousou no chamado de pátio vip do aeroporto. O trajeto tem cerca de 51
km.
O passeio foi documentado no Instagram (aplicativo móvel de fotos) por
Dona Lu. Na imagem, o governador aparece com um dos netos no colo dentro
da aeronave.
Brasil 247
Durante a entrega do Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, o
líder do Racionais MC´s também denunciou o genocídio dos jovens negros
na periferia da capital paulista
Mano
Brown, integrante do grupo de rap Racionais MC’s, defendeu o
impeachment do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em discurso
feito na Assembleia Legislativa (Alesp), na última segunda-feira (10). O
rapper foi um dos vencedores do XVI Prêmio Santo Dias de Direitos
Humanos.
“Ele é o governador que usou as mortes como instrumento
de domínio. A gente está assistindo como se fosse guerra de quadrilha.
Uma quadrilha com autorização do governo e a outra que está desarmada,
de costas. Então, o que temos que fazer realmente é o impeachment”,
disse Brown.
O pedido de impeachment é defendido pelos
movimentos que compõem o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e
Periférica. Brown também usou a expressão “genocídio” para fazer
referência às ações policiais que resultam na matança de jovens nas
periferias.
O prêmio é concedido pela Comissão de Direitos
Humanos da Alesp. Ainda foram contemplados os jornalistas André
Caramante, Leonardo Sakamoto e Danilo Manha, a defensora pública Daniela
Skromov de Albuquerque, Ariel de Castro, Sonia Aparecida dos Santos, e
as organizações Educafro, Casa de David e Movimento Nacional de Direitos
Humanos.
Caramante não compareceu à cerimônia, pois deixou o país após o coronel e vereador eleito Paulo Telhadaincitar seus seguidores no Facebook contra ele, uma reação à reportagem “Ex-chefe da Rota vira político e prega a violência no Facebook”, publicada na Folha de S. Paulo.