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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Pastor Silas Malafaia rasga a PL 122 na Esplanada e Desafia STF




Bolívia não terá Coca-Cola e McDonald's a partir de Dezembro


  






O governo da Bolívia anunciou no último fim de semana que a filial da Coca-Cola no país será retirada em 21 de dezembro. No mesmo dia, o McDonald's deixará de operar após 14 anos de tentativas fracassadas de entrar na cultura boliviana.
O chanceler David Choquehuanca afirmou que a decisão "estará em sintonia com o fim do calendário maia e será parte da festa para celebrar o fim do capitalismo e o começo da cultura da vida".
"O 21 de dezembro é o fim do egoísmo, da divisão. Esse dia tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche [suco de pêssego]. Os planetas se alinham depois de 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o começo da vida comunitária", disse, em ato com o presidente Evo Morales.
A decisão é argumentada pelo governo pelos males provocados pelo refrigerante à saúde dos consumidores, incluindo associação a infartos, derrames e câncer caso haja consumo diário.
No dia 13, Morales já havia prometido o fim da bebida ao anunciar uma festa em uma ilha no lago Titicaca, na fronteira entre a Bolívia e o Peru, no dia 21 de dezembro, que celebra o fim do calendário maia.

CULTURA
Ao contrário da Coca-Cola, o McDonald's decidiu sair por não conseguir se incorporar aos hábitos alimentares bolivianos, após 14 anos de tentativas. A empresa fechará seus oito restaurantes após ter prejuízos em suas operações em mais de uma década, caso único entre as filiais da rede de lanchonetes.
O país andino ainda conserva a culinária tradicional e dá valor ao rito de preparo da comida, que inclui a compra dos alimentos, a decisão de comer, a convivência durante o preparo, a forma em que se apresentam e a maneira que são servidos.
O prato é avaliado por aspectos como gosto, preparo, higiene e sabor adquirido com tempo de preparação, este último fundamental para o fracasso do McDonald's.

Charge foto e frase do dia

 POVO DESNORTEADO SONHA EM SER BURGUÊS- SINAL DE FALTA DE EDUCAÇÃO E CULTURA










JUSTIÇA ARGENTINA DECLARA QUE LEIS DE MEIOS É CONSTITUCIONAL
FONTE: Opera Mundi
JUSTIÇA ARGENTINA DECLARA QUE LEIS DE MEIOS É CONSTITUCIONAL

O juiz federal Horacio Alfonso declarou, no fim da tarde desta sexta-feira (14/12), a constitucionalidade dos artigos 45 e 161 da Lei de Meios (Lei de Serviços de Comunicação Áudio-Visual), questionados pelo maior conglomerado de mídia do país, o Grupo Clarín. No site de seu jornal homônimo, o grupo afirmou que irá recorrer da decisão.

Segundo a agência oficial de notícias do país, Télam, a resolução derruba a liminar que protegia o grupo dos artigos relacionados à desconcentração.

Aprovada pelo Legislativo do país em 2009, a Lei de Meios prevê uma série de mudanças no uso do espaço radioelétrico do país. Uma das principais resoluções, que não pôde ser aplicada devido aos recursos judiciais promovidos pelo Grupo Clarín, limita o número de licenças de rádio e televisão aberta ou a cabo de cada conglomerado de comunicação.

De acordo com o artigo 45 da lei, relacionado à multiplicidade de licenças, cada grupo somente pode ser concessionário, em nível nacional, de dez licenças de rádio e televisão aberta, e 24 de televisão a cabo. Além disso, nenhum canal de TV pode chegar a mais de 35% de alcance de mercado no país.
 
Segundo o governo, o Clarín possui cerca de 240 licenças de TV a cabo, além de dez emissoras de rádio e quatro de televisão. Para cumprir a legislação, o grupo teria que transferir ou vender aproximadamente 90% das licenças a cabo e quatro sinais de rádio ou de TV aberta.

FONTE: Opera Mundi
JUSTIÇA ARGENTINA DECLARA QUE LEIS DE MEIOS É CONSTITUCIONAL

JUSTIÇA ARGENTINA DECLARA QUE LEIS DE MEIOS É CONSTITUCIONAL

O juiz federal Horacio Alfonso declarou, no fim da tarde desta sexta-feira (14/12), a constitucion
alidade dos artigos 45 e 161 da Lei de Meios (Lei de Serviços de Comunicação Áudio-Visual), questionados pelo maior conglomerado de mídia do país, o Grupo Clarín. No site de seu jornal homônimo, o grupo afirmou que irá recorrer da decisão.

Segundo a agência oficial de notícias do país, Télam, a resolução derruba a liminar que protegia o grupo dos artigos relacionados à desconcentração.

Aprovada pelo Legislativo do país em 2009, a Lei de Meios prevê uma série de mudanças no uso do espaço radioelétrico do país. Uma das principais resoluções, que não pôde ser aplicada devido aos recursos judiciais promovidos pelo Grupo Clarín, limita o número de licenças de rádio e televisão aberta ou a cabo de cada conglomerado de comunicação.

De acordo com o artigo 45 da lei, relacionado à multiplicidade de licenças, cada grupo somente pode ser concessionário, em nível nacional, de dez licenças de rádio e televisão aberta, e 24 de televisão a cabo. Além disso, nenhum canal de TV pode chegar a mais de 35% de alcance de mercado no país.

Segundo o governo, o Clarín possui cerca de 240 licenças de TV a cabo, além de dez emissoras de rádio e quatro de televisão. Para cumprir a legislação, o grupo teria que transferir ou vender aproximadamente 90% das licenças a cabo e quatro sinais de rádio ou de TV aberta.

FONTE: Opera Mundi

Requerimento de Collor é aprovado. Batata do Gurgel assa!


Relator da ONU defende regulação da mídia no Brasil 

 

Em visita ao Brasil, o relator especial da ONU para Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, Frank la Rue, comentou que a regulação das frequências de rádio e televisão é importante pois é uma maneira de garantir o pleno exercício da liberdade de expressão. De acordo com as informações publicadas no portal da Rede Brasil Atual, o representante disse que "todo Estado do mundo, inclusive o Brasil, tem a obrigação de regular o uso das frequências audiovisuais como um patrimônio público da nação".
O relator chegou ao país nessa terça-feira, 11, para discutir
assuntos relacionados a comunicação
(Imagem: ONU Direitos Humanos/Escritório Sul-Americano)
La Rue aproveitou a oportunidade para falar sobre alguns exemplos na América Latina. Ele contou que tem se permitido, erroneamente, que se encare a comunicação apenas pelo lado comercial e reforçou que as concessões não podem ser submetidas apenas a critérios de mercado. "O Estado deve garantir que a liberdade de expressão seja viabilizada pela diversidade de meios de comunicação e pelo pluralismo de ideias", disse.
Ainda sobre liberdade, ele disse que a atividade jornalística precisa ficar isenta de regulação. "O jornalismo deve ser a carreira mais livre que existe, sem diploma obrigatório nem necessidade de registro profissional. Não deve supor nenhuma condição".
No Comunique-se
*comtextolivre

O MUNDO AMANHÃ: NOAM CHOMSKY + TARIQ ALI


Tariq Ali, Noam Chomsky (no monitor) e Julian Assange conversam sobre os panoramas políticos do mundo / Divulgação
    Assange recebe Noam Chomsky e Tariq Ali para conversar sobre as mudanças políticas recentes ao redor do globo. Os dois analisam: para onde será que o mundo caminha?
Ninguém poderia tê-las previsto. Mas ainda com o mundo sob o efeito das revoluções no Oriente Médio, Assange se reuniu com dois pensadores de peso para saber o que eles pensam sobre o futuro.
Noam Chomsky, renomado linguista e pensador rebelde, e Tariq Ali, romancista de revoluções e historiador militar, encontram na Primavera Árabe questões sobre a independência das nações, a crise da democracia, sistemas políticos eficientes (ou não) e a legião de jovens ativistas que tem se levantado para protestar no mundo todo. ”A democracia é como uma concha vazia, e é isso que está revoltando a juventude, ela sente que faça o que fizer, vote em quem votar, nada vai mudar. Daí todos esses protestos”, explica Ali.
“O que temos na política ocidental não é a extrema esquerda e nem a extrema direita, mas um extremo centro”, continua ele. “E esse extremo centro engloba tanto a centro-direita quanto a centro-esquerda, que concordam em fundamentos: travando guerras no exterior, ocupando países e punindo os pobres, punindo por meio de medidas de austeridade. Não importa qual o partido no poder, seja nos Estados Unidos ou no mundo ocidental… “.
Segundo o próprio Ali, a grande crise da democracia está pulsando nas mãos das corporações. “Quando você tem dois países europeus, como a Grécia e a Itália, e os políticos abdicando e dizendo ‘deixem os banqueiros comandar’… Para onde isso está indo? O que nós estamos testemunhando é a democracia se tornando cada vez mais despida de conteúdo”, critica o ativista.
Mas após as revoluções, as conquistas vêm da construção de novos modelos políticos, inventados. Chomsky cita a Bolívia como exemplo. “Eu não acho que as potências populares preocupadas em mudar suas próprias sociedades deveriam procurar modelos. Deveriam criar os modelos”. Para ele, a chegada da população indígena ao poder político através da figura de Evo Morales está se replicando no Equador e no Peru. “É melhor o Ocidente captar rápido alguns aspectos desses modelos, ou então ele vai se acabar”, alerta Chomsky.
Por outro lado, está na mãos dos jovens perceber a necessidade de agir, segundo Tariq Ali. “Não desistam. Tenham esperança. Permaneçam céticos. Sejam críticos com o sistema que tem nos dominado. E mais cedo ou mais tarde, se não essa geração, então nas próximas, as coisas vão mudar”.
Assista a entrevista a seguir, ou clique aqui para baixar o texto na íntegra.


*GilsonSampaio 

Lula reage e a mídia sente o tranco

Lula reage e a mídia sente o tranco





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Por Altamiro Borges






“Acusado, Lula ataca a imprensa e volta a falar em candidatura”. O título abjeto da Folha de hoje indica que a mídia tucana ficou preocupada com as palestras e as conversas do ex-presidente na sua viagem a Paris. Na sua escalada denuncista contra Lula, com base em acusações sem provas, a mídia preferia ver o ex-líder operário acuado e abatido. Mas, ao que parece, ele resolveu reagir e sair da defensiva. Falou até em reeditar as “caravanas da cidadania”, percorrendo o país para alertar o povo sobre as manobras golpistas.



 

Banqueiros, corruptos e jornais



Durante o seminário promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès, o ex-presidente criticou as visões preconceituosas que marcaram o seu governo. Ele também atacou as políticas neoliberais e defendeu uma “nova governança” mundial. No trecho mais incisivo, Lula desmascarou a mídia rentista. "Quando um político é denunciado, a cara dele sai de manhã, de tarde e de noite no jornal. Vocês já viram a cara de algum banqueiro no jornal? Sabe por que não sai? Porque é ele que paga as propagandas nos jornais”.



Já em conversas de bastidores, o ex-presidente teria afirmado que “estou doido de vontade de fazer caravanas” pelo país. Bastou esta senha para a mídia tucana sentir o tranco e reagir nervosa. “Para conter desgaste, petista quer percorrer país”, afirma, novamente, a Folha. Ela lembra que na primeira experiência das “caravanas da cidadania”, Lula percorreu 359 cidades brasileiras. Esta disposição de falar diretamente com o povo é o que mais apavora a direita midiática e partidária.



Saindo da defensiva? A conferir!



A postura mais arrojada do ex-presidente pode sinalizar uma mudança de postura no enfrentamento da onda denuncista da oposição. Nos últimos meses, a direita está na ofensiva: julgamento midiático no STF do chamado “mensalão do PT”; escandalização do episódio Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo; e, nesta semana, as novas acusações de Marcos Valério, o mentor do chamado valerioduto. Lula, o PT e as forças de esquerda estavam acuados.



Agora, o ex-presidente ataca as elites e mostra disposição para percorrer o país. Já o PT indica que está disposto a briga para defender o legado do ex-presidente e parte pra cima da direita udenista. A sigla consegue aprovar um “convite” para FHC, mentor dos tucanos, explicar a temida “Lista de Furnas” – esquema de desvio de grana da estatal mineira para candidatos do PSDB – e fala em retomar o processo de criação da, ainda mais temida, CPI da Privataria Tucana, sobre as criminosas privatizações das estatais.



O pânico diante da CPI da Privataria



Ontem, o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), admitiu a possibilidade de referendar a instalação da CPI, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-S). No início deste ano, ela já tinha obtido o número necessário de assinaturas para sua criação. Uma manobra pragmática, porém, acabou protelando o debate. Agora, a proposta volta à tona. “Estou analisando o que vou fazer”, comentou o titubeante Marco Maia. A CPI da Privataria Tucana só depende do seu aval para ser criada.



Caso não ocorram novas cenas de covardia, que tanto caracterizam o cretinismo parlamentar, o embate político no Brasil pode tomar outro rumo. Lula saindo da defensiva e entrando em contato direto com o povo; os partidos que protagonizaram o novo ciclo político aberto por seu governo com mais coragem para peitar a oposição udenista. E isto o que incomoda e mete medo na direita midiática e no seu braço político, composto pelo PSDB, o DEM e o PPS. A conferir!
*saraiva

A FICHA AINDA NÃO CAIU PARA O LULA

Se acreditar que estes aqui o defenderão, Lula acabará na mesma cela do Zé Dirceu...
Discursando para a esquerda chique em Paris, o ex-presidente Lula disse não só querer o voto dos empresários se um dia voltar a ser candidato, como ter "orgulho de dizer que eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida" quanto nos seus governos.
É verdade, mas não por mérito do Lula. Ele apenas manteve a política econômica neoliberal de FHC, cumprindo fielmente o pacto que firmara com os grandes capitalistas em 2002, resumido em quatro palavras: o lucro é sagrado. E, portanto, intocável, ou  imexível  (no jargão lulesco).

Num contexto internacional mais favorável para a economia brasileira, os burguesões nadaram em dinheiro e os principais bancos cansaram de anunciar recordes de faturamento.

Se é DISTO que o Lula se orgulha, então que vá agora procurar sua turma na Fiesp e na Febraban.

Com o risco de os donos do Brasil preferirem hoje outros serviçais. É o que tudo indica estar ocorrendo, pois só ingênuos engolem que a sequência de duros golpes no lulismo seja mera coincidência.

Todos estamos dispostos a defender com unhas e dentes um Lula que volte a confrontar a burguesia, como fazia nos bons tempos.

Mas, se ele preferir mendigar o apoio dos burgueses, não vai ter os melhores ao seu lado e os piores, inevitavelmente, o trairão. Sua queda deverá ser  melancólica.

Quem viver, verá.
*Naufragodautopia