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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Comunicado do Comitê Clandestino Revolucionário Indígena do EZLN

 
Ao povo do México
aos povos e governos do mundo.
 
 
Somos os mesmos de há 500 anos, de há 44 anos, de há 30 anos, de há 20 anos, de uns dias atrás
Irmãos e Irmãs,
Companheiros e Companheiras:
Dia 21/12/2012, na madrugada, dezenas de milhares de indígenas zapatistas nos mobilizamos e tomamos, pacificamente e em silêncio cinco sedes de município no estado de Chiapas, no sudeste do México.
Nas cidades de Palenque, Altamirano, Las Margaritas, Ocosingo e San Cristóbal de Las Casas, vimos vocês e nos vimos, nós mesmos, em silêncio.
Não é mensagem de resignação.
Não é mensagem de guerra, de morte e destruição.
Nossa mensagem é mensagem de luta e de resistência.
Depois do golpe de estado “midiático” que impôs, no centro do Executivo federal, a reles ignorância mal dissimulada e ainda mais mal maquiada, nos mostramos, presentes, para que fiquem eles sabendo que, se eles não saem daqui, nós tampouco. Continuamos aqui.
Há seis anos, um segmento da classe política e intelectual resolveu inventar um responsável pela derrota deles. Naquele tempo, estávamos, nós, em cidades e comunidades, lutando por justiça para gente que, naquele tempo, não estava em moda. Naquele momento, primeiro nos caluniaram; em seguida tentaram nos calar.
Incapazes, desonestos, sem saber ver que carregam neles mesmos o fermento da própria ruína, tentaram nos fazer sumir mediante a mentira e o silêncio dos veículos de mídia, sempre cúmplices.
Seis anos depois, duas coisas já se veem, bem claras:
– eles não precisam de nós para fracassar. E nós não precisamos deles para sobreviver.
Nós jamais fugimos, por mais que os veículos de todo o espectro das comunicações tenham tentado enganar vocês todos. E agora estamos novamente nas ruas, como somos e jamais deixamos de ser: indígenas zapatistas.
Durante esses anos nos fortalecemos e melhoramos consideravelmente nossas condições de vida. Nosso padrão de vida é superior ao das comunidades indígenas aliadas aos governos de plantão, que ganham esmolas e as consomem em bebedeiras e para comprar coisas de que não precisam.
Nossas casas melhoraram, sem ferir a natureza, sem impor-lhe caminhos que a natureza não conhece e dos quais não precisa.
Nos nossos pueblos, a terra, antes usada para engordar o gado de ocupantes e proprietários, agora nos dá o milho, o feijão, os legumes que iluminam nossas mesas.
Nosso trabalho é duplamente recompensado: nos dá o que é necessário para viver com honra e decência e para contribuir para que nossas comunidades cresçam também coletivamente.
Nossos meninos e meninas vão a uma escola que lhes ensina a verdadeira história deles, de nossa terra e do mundo; além das ciências e técnicas necessárias para que se nutram, cresçam e se sintam grandes, sem deixar de ser indígenas.
As mulheres indígenas zapatistas não são vendidas como mercadorias.
Os indígenas aliados do partido PRI servem-se de nossos hospitais, clínicas e laboratórios, porque nos do governo não há remédios, nem aparelhos, nem médicos, nem pessoal qualificado.
Nossa cultura floresce, não isolada, mas enriquecida no contato com as culturas de outros povos do México e do mundo.
Governamos e nos governamos nós mesmos, buscando primeiro, sempre, o acordo, antes de qualquer confronto.
Tudo isso nós obtivemos, não apenas sem precisar do governo, dos políticos governantes e das empresas e veículos de comunicação comercial que sempre acompanham os governos, mas, também, resistindo a todos os ataques deles, contra nós.
Demonstramos, mais uma vez, que somos quem somos.
Nos apresentamos, lá estivemos, nas ruas, com nosso silêncio.
Agora, com nossa palavra, anunciamos que:
Primeiro: Reafirmaremos que pertencemos ao Congresso Nacional Indígena e reafirmaremos essa pertinência. O Congresso Nacional Indígena é espaço de encontro dos povos originários de nosso país.
Segundo: Retomaremos o contato com nossos companheiros e companheiras aderentes da Sexta Declaração da Selva Lacandona no México e no mundo.
Terceiro: Trabalharemos para construir as pontes necessárias com os movimentos sociais que surgiram e surgirão, não para dirigi-los ou superá-los, mas para aprender deles, de sua história, de seus caminhos e destinos.
Para isso, conseguimos o apoio de indivíduos e grupos em diferentes partes do México, organizados como equipes de apoio das Comissões Sexta e Internacional do EZLN, para que se convertam em correiras de transmissão entre as bases zapatistas de apoio e os indivíduos, grupos e coletivos aderentes à Sexta Declaração, no México e no mundo que ainda mantêm sua convicção e o compromisso com construir uma alternativa não institucional de esquerda.
Quarto: Nos manteremos distanciados – distanciamento crítico – da classe política mexicana, a qual, em seu conjunto, nada obteve além de inchar à custa das necessidades e das esperanças de gente simples e humilde.
Quinto: Quanto aos maus governos federais, estaduais e municipais, aos Executivos, Legislativos e Judiciários maus, e contra os veículos e empresas de comunicação que sempre andam com eles, temos a dizer que:
– os maus governos de todo o espectro político, absolutamente sem exceção, fizeram o possível para nos destruir, para nos forçar à rendição. Os partidos PRI, PAN, PRD, PVEM, PT, CC e o futuro partido de RN, nos atacaram militarmente, politicamente, socialmente e ideologicamente.
Os grandes veículos e empresas de comunicação tentaram por todos os meios nos fazer desaparecer. Primeiro, usaram a calúnia servil e oportunista; depois o silêncio vicioso e cúmplice. Aqueles de cujas tetas de dinheiro as empresas da imprensa-empresa sempre mamaram e aos quais sempre obedeceram servilmente já não mandam. E alguns que ainda se elejam, sobre as ruínas dos que os antecederam, terão vida mais curta que eles.
Como se viu bem claramente dia 21/12/2012, todos eles fracassaram.
Só falta, pois, que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário federais decidam se 
(a) insistirão em sua política de contraguerrilha – que jamais, até hoje, passou de simulacro patético, torpemente mantida artificialmente viva pela repetição, nos meios de comunicação –, ou se
(b) reconhecem e cumprem seus compromissos, elevando ao plano de pleno reconhecimento Constitucional os direitos e a cultura indígenas, nos termos em que o ordenam os chamados “acordos de San Andrés”, firmados pelo governo federal em 1996, chefiado então pelo mesmo partido que lá está hoje.
Falta só o Governo Estadual decidir se
(a) insiste na estratégia desonesta e ruim de seu antecessor – o qual, além de mentiroso e corrupto, roubou, para enriquecimento privado dele e de seus cúmplices, dinheiros do povo de Chiapas, para comprar, desavergonhadamente, vozes e penas nos veículos da imprensa-empresa, enquanto faziam sumir o povo de Chiapas, mergulhado por eles na miséria. Ao mesmo tempo, aquele governo estadual usava policiais e paramilitares para tentar frear o avanço organizacional dos povos zapatistas; ou se, em vez disso, com justiça e verdade,
(b) aceita e respeita nossa existência e decide ver que aqui, no território zapatista, em Chiapas, México, floresce uma nova forma de vida social. Esse florescimento – os governos locais vejam ou não vejam – já atrai a atenção de pessoas honestas em todo o planeta.
Falta os governos municipais decidirem se continuarão, ou não, a deixar que girem as rodas da extorsão com que as organizações antizapatistas ou apresentadas como se fossem “zapatistas” assaltam as municipalidades para, em seguida, atacarem nossas comunidades; ou só usam o dinheiro das municipalidades para melhorar as condições de vida, só, dos próprios governantes.
Falta ainda o povo mexicano, que se organiza em formas de lutas eleitorais e resiste, decidir se
(a) continua a acreditar que o inimigo seríamos nós; se continua a descarregar sobre nós a frustração nacional pelas muitas fraudes e agressões de que, de fato, todos os mexicanos somos vítimas; se continua a aliar-se aos que nos perseguem; ou se
(b), afinal, se dispõe a reconhecer nos zapatistas de Chiapas outra forma de fazer política.
Sexto: Nos próximos dias, o EZLN, pelas suas Comissões Sexta e Internacional, dará a conhecer várias iniciativas, de caráter civil e pacífico, para seguir caminhando ao lado dos outros povos originários do México e de todo o Continente, e ao lado, também, no México e no mundo inteiro, de todos que resistem e lutam à esquerda e de baixo.
Irmãos e irmãs,
Companheiros e companheiras,
– já conhecemos, antes, a felicidade de receber atenção decente e honesta de vários veículos de empresas da imprensa-empresa de comunicações de massa. Quando aconteceu, nós registramos e agradecemos. Mas é passado, e aquele momento foi completamente apagado pelo que aconteceu depois, quando os veículos de empresas da imprensa-empresa mobilizaram-se contra a verdade e contra nós.
Todos os que apostaram que não sobreviveríamos senão no mundo “midiático” – e que, sob cerco feroz de mentiras e silêncios, nós desaparecíamos – erraram.
Continuamos a existir – onde e quando não havia câmeras, microfones, comentaristas, olhos e ouvidos.
Continuamos a existir – onde e quando nos caluniaram.
Continuamos a existir – onde e quando nos roubaram nossa voz.
E aqui estamos, sempre existindo, sempre.
Nossa caminhada, como todos viram bem claramente, não depende de “impacto midiático”. Nossa caminhada só depende de que o mundo e todas as partes do mundo nos vejam e nos compreendam. Nossa caminhada só depende da sabedoria indígena ancestral que guia nossos passos; e da decisão inabalável, da qual brota a dignidade dos de abaixo à esquerda.
A partir de agora, nossa palavra selecionará cuidadosamente os destinatários e, exceto em algumas poucas ocasiões, só será compreensível para quem tenha caminhado e caminhe conosco, sem se render a “modas midiáticas” e conjunturais.
Cá onde estamos, com não poucos erros e muitas dificuldades, já é outra realidade, outra forma de fazer política.
Poucos, bem poucos, viverão o privilégio de conhecê-la e de aprender dela, diretamente.
Há 19 anos, surpreendemos todos, ao tomar a fogo e sangue as suas cidades. Agora, fizemos outra vez, sem armas, sem morte, sem destruição. Assim, nos diferenciamos dos que, durante seus governos, repartiram e continuam a distribuir morte e mais morte entre seus governados.
Somos os mesmos de há 500 anos, de há 44 anos, de há 30 anos, de há 20 anos, de há poucos dias.
Somos os zapatistas, os menores, os que vivem, lutam e morrem no menor rincão no México, os que não claudicam, os que não se vendem, os que não se rendem.
Irmãos e irmãs, companheiros e companheiras, somos zapatistas.
Recebam nosso abraço.
¡democracia! ¡libertad! ¡justicia!
Das montanhas do Sudeste Mexicano,
Em nome do Comité Clandestino Revolucionario Indígena – Comandancia General del Ejército Zapatista de Liberación Nacional.
[assina] Subcomandante Insurgente Marcos
México. Dezembro de 2012/Janeiro de 2013
*comtextolivre

Chip de identificação eletrônica será obrigatório para veículos em circulação no país


Vigília da Igreja Universal do Reino de Deus acaba em tragédia

*comtextolivre

Salário mínimo: Difícil celebrar o Ano Novo quando não se tem dinheiro para isso
Sanguessugado  do Sakamoto


A partir desta terça (1), o salário mínimo nacional passa a ser de R$ 678,00. São 56 jujubas a mais do que os R$ 622,00 válidos até 2012, ou seja, 9%.
Não se nega que a política de valorização do mínimo levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,26 cestas. E, considerando sua série histórica e deflacionando os valores para este início de janeiro, o montante pago será o maior valor real desde 1983.
Mas isso passa longe de ser suficiente, pois não se come números ou se veste estatísticas. O salário mínimo mensal necessário para manter dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ R$ 2.617,33 – em valores de outubro de 2012 (última previsão disponível). O cálculo é feito,mês a mês desde 1994, pelo Departamento Intesindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).
O Dieese considera o que prevê a Constituição, ou seja: “salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim”.
Mas como todos sabemos, o artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federativa do Brasil, que trata dessa questão, é uma piada mais engraçada do que aquela do papagaio gaúcho que passava trote em Macapá.
O governo federal atrelou o ritmo de crescimento do PIB ao do salário mínimo, na tentativa de resgatar seu poder de compra. O combinado prevê reajustes baseados na inflação e na variação do PIB. Mas estamos longe de garantir dignidade com esse “mínimo de brinquedo”. Nas grandes cidades, são poucos os que recebem apenas o piso. Contudo, segue referência para mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados, empregadas domésticas, entre outros trabalhadores que são remunerados com base nele.
Ninguém está pregando aqui a irresponsabilidade fiscal geral e irrestrita, mas o aumento do salário mínimo é uma das ações mais importantes para melhorar a qualidade de vida do andar de baixo. Afinal de contas, salário mínimo não é programa de distribuição de renda, é uma remuneração mínima – e insuficiente – por um trabalho. Não é caridade e sim uma garantia institucional de um mínimo de pudor por parte dos empregadores e do governo.
Acordei pensando o que deve passar pela cabeça de uma pessoa que mora no interior do país, recebe um mínimo com reajuste de 9% e tem que depender de programas de renda mínima para comprar o frango do Ano Novo, quando vê na sua TV a notícia de que políticos aproveitaram este fim de ano para reajustarem seus próprios salários. Como o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que fez crescer seu ordenado e de seu primeiro escalão em 22,8% e dos vereadores da capital mineira em 34,15%. Ele ganhava R$ 19 mil e passará a receber R$ 23,4 mil.
A justificativa é de que os aumentos serviram para repor as perdas inflacionárias desde 2009, de 23%. Mas se não havia problema no aumento, porque a decisão não foi feita antes das eleições que reconduziram muitos deles aos cargos e não depois, como foi feito? Talvez porque muita gente também pediria para ter um salário reajustado pelo IGP-M.
Nesse momento, alguns desses engolem o choro da raiva ou da frustração de ganharem como um passarinho, apesar de trabalharem como um camelo e torcem para Salve Jorge começar rápido e poderem, enfim, ver outra tragédia e poderem esquecer a que acabaram de ver. Não porque precisam se mostrarem fortes – sabem que são. Mas porque também sabem de que não adianta se indignarem. Afinal de contas, o país não é deles mesmo.
E para controlar o rebanho de ovelhas, há todo um discurso criado e difundido. Toda a vez que chega a época de debates sobre o mínimo, “especialistas” descabelam-se na mídia com o impacto desse aumento nas contas públicas. Muitas vezes essas análises são produzidas em uma linguagem que poucos conseguem entender, ou seja, em código para atingir aqueles que sabem decodificá-lo, ou seja, um grupo economicamente seleto, ou seja, outras pessoas mas não você. Ou, por outro lado, podem ser colocadas de forma a parecerem proposições tão claras e óbvias que ir contra elas é um atentado à razão. Em outras palavra, “só um idiota não concordaria com isso”.
“O governo deve desvincular a Previdência do aumento do salário mínimo. Os aposentados não podem receber aumentos na mesma progressão que a população economicamente ativa.” Em outras palavras, quem pode vender sua força de trabalho merece comer, pagar aluguel, comprar remédios. O governo tem que se preocupar em garantir a manutenção da mão-de-obra para o capital – o resto que se dane. Para que gastar com quem já não é útil à sociedade com tanta dívida pública para ser paga? Melhor seria instituir de vez que, chegando a tal idade, os idosos pobres deveriam se destinar a instituições parecidas com aquelas do livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, para serem reciclados. Mais rápido e clean. De repente, pode-se até chamar uma blogueira de moda jabazeira para sugerir decoração para o ambiente de abate dos mais velhos, incentivando – com isso – a liberdade de expressão.
“Cada real a mais de salário mínimo representa um aumento de milhões no prejuízo do governo federal.” Primeiro, se fossem efetivamente cobradas as grandes empresas sonegadoras da Previdência, o “rombo” não seria desse tamanho. Mas isso é de interesse de quem? Dos representantes políticos que receberam doações de campanhas dessas mesmas empresas? Além disso, constata-se que a cada aumento no salário mínimo ocorre um aquecimento na economia de locais de baixa renda, o que gera empregos e melhora a qualidade de vida de milhões de pessoas. Então, seria interessante o especialista definir melhor o que é “prejuízo” antes de usar o termo.
“É importante aumentar o mínimo? Sim. Mas a população tem que entender que não é o aumento do mínimo que vai distribuir renda e sim o crescimento da economia.” Os economistas da ditadura militar falavam a mesma coisa, mas de uma forma diferente, algo como “é preciso primeiro fazer o bolo crescer, para depois distribui-lo”. Por isso, apesar de você ter ajudado a produzir o doce tira a mão dele que não é hora de você consumi-lo. Hoje, são alguns que vão comer. Vai chegar a sua vez de provar do bom e do melhor. Enquanto isso, vai lambendo este mingau. Considerando que nossa concentração de riqueza é uma das mais altas do mundo, percebe-se o tipo de resultado que dá essa fórmula. Além do mais, salário mínimo não é programa de distribuição de renda, é uma remuneração mínima – e insuficiente – por um trabalho. Não é caridade e sim uma garantia institucional de um mínimo de pudor por parte dos empregadores e do governo. O melhor de tudo é o tom professoral de “A população tem que entender”, como se o especialista que disse isso fosse um ser iluminado dirigindo-se para o povo, bruto e rude, para explicar que aquilo que eles sentem não é fome. Mas sim sua contribuição com a geração de um superávit primário para que sejam honrados os compromissos internacionais do país.
Por fim, neste Primeiro de Janeiro desejo que você trabalhe menos em 2013. Bem menos. Que não caia na conserva fiada de comerciais de TV que mostram pais e mães sorridentes porque agora podem trabalhar de casa devido à tecnologia, como se aquilo não gerasse – muitas vezes – tempo de serviço não computado e não remunerado. Como se o saudável e necessário momento do descanso físico e intelectual se fizesse obsoleto, de repente, com o advento do e-mail e do wi-fi. Todos estão conectados o tempo todo e, com isso, podem ser acionados a qualquer momento. E produzir a qualquer instante. Sem, necessariamente, com mais felicidade.
Aliás, é engraçado como o serviço associado ao espaço da casa não é, muitas vezes, visto como trabalho e sim como prazer ou obrigação privada. Isso tem o mesmo DNA do preconceito contra o serviço doméstico, considerado subtrabalho pela sociedade brasileira, que garante às empregadas ou às donas de casa menos direitos que as outras categorias.
Adoraria defender o saudável direito ao ócio criativo, quase como uma espécie de autocrítica deste workaholic que trabalha 24 por 7 e está escrevendo um texto pós-ressaca de Ano Novo. Mas estaria indo muito longe. Prefiro algo mais palpável, como a redução da jornada de trabalho semanal de 44 para 40 horas.
A última redução ocorreu há 25 anos, na Constituição de 1988, quando caiu de 48 para 44 horas semanais. Aos catastrofistas de plantão: saibam que o Dieese (novamente ele) calculou que uma jornada de 40 horas com manutenção de salário aumentaria os custos de produção em apenas 1,99%. O aumento na qualidade de vida do trabalhador, por outro lado, seria muito maior: mais tempo com a família, mais tempo para o lazer e o descanso, mais tempo para formação pessoal. Há uma proposta de emenda constitucional que propõe essa mudança e também aumenta de 50% para 75% o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras. Ou seja, tem que trabalhar mais? Que se pague bem por isso. De casa ou do escritório.
Outros vão dizer: mas boa parte das empresas já opera com o chamado oito horas por dia, cinco dias por semana. Mas não todas. Principalmente em atividades rurais.
Com o progresso tecnológico, uma quantidade sempre crescente de meios de produção pode ser acionada por uma quantidade relativa cada vez menor de força de trabalho. Como consequência, um número maior de mercadorias pode ser produzida com uma quantidade menor de horas de esforço humano. Em muitos países, a redução da quantidade de horas trabalhadas com a manutenção do salário é uma tendência. Mas por aqui ainda assusta muita gente.
Na crise de 2008, os balanços econômicos de muitas grandes empresas mostravam que não havia necessidade de se aplicar um remédio tão amargo quanto a redução de jornada com redução de salário, uma vez que várias delas havia ganhado muito nos anos anteriores. Mesmo assim, tentaram mostrar a necessidade desse amargor. Algumas queriam simplesmente embolsar a diferença do ganho de produtividade. E que se danasse o trabalhador. O “pibinho” de 2012 desencadeou abriu a possibilidade retórica para muita gente de fé duvidosa aplicar novamente o “remédio”. E assim vamos caminhando para trás.
É difícil celebrar o Ano Novo quando não se tem tempo para isso. Muito menos dinheiro.
*GilsonSampaio

TV Globo engole o sapo e exibe hoje filme 'Lula, o filho do Brasil'



A TV Globo exibirá hoje (2 de janeiro de 2013), às 22:09 horas, o filme "Lula, o filho do Brasil", inspirado na vida do presidente.

O filme está engavetado pela emissora desde 2010 e sua exibição neste momento não deixa de ser um sapo que emissora engole, depois de ver que foram infrutíferas as tentativas para derrubar a popularidade Lula, e que as denúncias tentando envolver o nome do presidente não tem fundamento, esvaziando como um balão furado.

Quais os motivos que teriam levado a emissora a incluir o filme na programação deste ano?

Será medo de seu histórico golpismo virar um dos temas populares das Caravanas da Cidadania em 2013?

Será que a emissora está abandonando o barco demotucano e procurando apostar suas fichas nos atucanados ou nas oligarquias que aderiram à base governista, com mais chances eleitorais?

Eu sei que a emissora não perderá oportunidade de continuar os ataques ao presidente Lula, sempre que tiver oportunidade ou testes de hipóteses a serem testados. E nós vamos dar o troco, desmascarando suas bolinhas de papel.

Chile: Juiz manda prender 98 oficiais da era Pinochet

A Junta Militar chilena em 1973. Pinochet está no centro


O juiz Victor Montiglio ordenou na segunda-feira a prisão de 98 ex-agentes da DINA (Direcção de Inteligência Nacional), o principal aparelho repressivo da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-90), incluindo toda a cúpula daquele organismo. 
As ordens de prisão decorrem da investigação sobre abusos de direitos humanos cometidos durante a chamada Operação Colombo, que resultou no desaparecimento de 119 pessoas, em Julho de 1975. 
Documentos indicam que a temida polícia secreta de Pinochet capturou e matou os 119 opositores. 
A versão da ditadura era que os militantes teriam morrido em batalhas entre facções de esquerda fora do Chile. Investigações posteriores levaram à descoberta da maioria dos corpos, mas pelo menos 42 deles nunca foram encontrados. 
Apesar disso, o juiz defende que eles sejam considerados vítimas de sequestro. O próprio Pinochet foi acusado por sequestro pelo mesmo caso, antes de morrer, em Dezembro de 2006. 
Entre os presos está o ex-general Manuel Contreras, o chefe da DINA, e os brigadeiros Miguel Krassnoff Martchenko e Marcelo Moren Brito, que já estão presos, condenados por outras acusações de violação dos direitos humanos. 
O juiz Montiglio mandou prender tanto os que planificaram quanto os que executaram os crimes, incluindo guardas, informantes e até motoristas dos veículos que transportaram os detidos. 
Os militares ficam à disposição do juiz para novos interrogatórios até que este determine a sua responsabilidade individual. Montiglio é considerado um dos melhores investigadores de casos de violação de direitos humanos. 
Ele considera que a DINA tomou a decisão de assassinar os 119 opositores quando estes já estavam presos e eram submetidos a torturas em lugares secretos. A maioria deles eram militantes do MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária). 
Pinochet morreu sem nunca ter enfrentado um julgamento pelos crimes cometidos durante o seu regime, em que 3 mil pessoas morreram ou desapareceram e 300 mil pessoas fugiram para o exílio. 
A Operação Colombo - assim baptizada pelo próprio regime - foi um grande plano de encobrimento das denúncias internacionais contra a ditadura chilena. 
As informações, publicadas na imprensa controlada pelos militares, eram que os corpos de 119 militantes tinham aparecido na Argentina e no Brasil depois de confrontos entre os próprios grupos de esquerda. 
A notícia apareceu pela primeira vez no único número de uma revista chamada Lea, que circulou na Argentina em 15 de Julho de 1975. Tinha a estrutura de uma reportagem, com o título "La vendetta de la izquierda chilena" (A vingança da esquerda chilena), que relatava o suposto assassinato de 60 militantes do MIR. 
Informações semelhantes foram publicadas uma única vez no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, com uma lista de outros 59 chilenos mortos em supostas lutas internas.
buscado no Esquerda.Net
do Blog do Jader Resende

Na Argentina estão na cadeia; no Brasil, no PIG


Imagem: Telam
SUBNOTAS

O ano de megajuicios

Há 378 repressores condenados por crimes contra a humanidade. Este ano houve uma mudança na lógica dos ensaios, que passou a incluir mais fatos e mais investigados.Las passivos acusados ​​e os crimes de violência. Os brincos.
 Por Victoria Ginzberg
Em 2012 houve 134 condenações por crimes contra a humanidade, o que fez juntar 378 repressores condenados até agora. Actualmente, existem 232 arguidos com julgamentos orais e 1013 aguardando julgamento. Em termos de número, isto é um saldo positivo. Mas, além do crescimento quantitativo, 2012 foi o ano em que houve uma mudança qualitativa no julgamento de crimes de terrorismo de Estado: eles começaram a ser chamados de "megajuicios", ou seja, processos que envolvem grandes quantidades de carga e de casos analisados, ou seja, as vítimas. O maior estão pendentes. São a ESMA, em Buenos Aires, La Perla, em Córdoba, e arsenais e sede da inteligência em Tucumán. Entre as três vítimas de crime e atendem 150 acusada de 1500.
Há decisões relativas à administração da justiça não são detidos ou avaliados imediatamente, os seus efeitos não são de um dia para o outro. Que foi acordado com o Tribunal Penal de Apelação assinado no início de 2012, que estabeleceu "regras de ouro" para acelerar os julgamentos contra os opressores. O objetivo deste documento é a prevenir a recorrência de testemunhas e provas, promovendo a acumulação de casos e evitar discutir os fatos que estão além da disputa, como a existência de um extermínio sistemático de pessoas durante a última ditadura. Assim, a mais alta corte do país criminoso, que tinha sido um dos principais obstáculos para o avanço desses processos quando reiniciado o processo de julgamento (o que agora se dirige o advogado de defesa de Alfredo Bisordi repressores) - confirmou a recepção de demandas organizações de direitos humanos, advogados e procuradores e se tornou uma força motriz dos ensaios.
"Este ano terminou grandes ensaios, como Bahia Blanca, os campos de circuito em La Plata, e começou outro como ESMA, La Perla e julgamento de Tucumán. Alcançar tais ensaios foi e continua sendo um dos objectivos centrais da Unidade Fiscal. A este respeito, 2012 foi um ano em que houve um salto qualitativo. Para colocá-lo em números, enquanto em 2011 havia 193 pessoas sentadas no banco, em 2012 havia 383, ou seja, duas vezes. A idéia de julgar em conjunto os eventos que estão ligados entre si é um princípio que visa alcançar uma melhor reconstrução histórica, uma vez que permite um lado, avaliar corretamente provas (depoimento, documentos, etc.) Que certamente não teria o como relevante se eles estavam se sentiu sozinho (não o mesmo testemunho corroborado por outros que se referem a um mesmo fato ou confirmação de determinado contexto) e, segundo, permite medir o fenómeno que estamos a julgar: nem incidentes isolados, mas uma máquina de terror ", disse Paul Página/12 Parenti, Unidade Fiscal de Coordenação e Acompanhamento por violações dos direitos humanos cometidos durante o terrorismo de Estado.
A visão também é compartilhada por organizações de direitos dos advogados."Julgamentos desse tipo permitem que os processos de aceleração em casos de lugares com a maior densidade de casos e arguidos. Reduzir a repetição de testemunho, para dimensionar a real magnitude do que aconteceu, civis e cumplicidade são minimizados dificuldades probatórias que ocorrem frequentemente quando os eventos são julgados sem o contexto adequado. Eles também têm um maior impacto social, permitindo uma discussão mais ampla sobre os efeitos da ditadura ", diz Guadalupe Godoy, a Justiça grupo agora. Godoy também observa que grandes processos "evitar a aplicação de normas diferentes de prova de autoria ou em casos semelhantes", e cita o exemplo de Pedro Guerrero, um ex-guarda de Buenos Aires Serviço Penitenciário, que era um fugitivo quando o julgamento foi realizado na Unidade 9 de La Plata, foi julgado posteriormente absolvido por casos no julgamento de outro foram testados e recebeu um castigo menor do que os seus subordinados, que foram condenados antes. O advogado admite em tribunal que se estendem ao longo do tempo, há o risco de que alguns réus vão morrer no meio, como com o ex-governador de Buenos Aires Ibérico Saint Jean no julgamento pelos Camps circuito, mas mais de 35 anos de os fatos, a possibilidade de que repressores ainda não foram condenados morrer, está sempre presente.
Alan Yud, advogado Avós da Plaza de Mayo, concorda que "estudos maiores são mais virtuosos para reforçar o sentido de justiça. Depois de concluído, nós acreditamos que certos atos cometidos em um centro de detenção clandestino ou área repressiva e foram sancionados e não fiquem impunes. " Ele acrescenta que "os ensaios também são geralmente muito emocionalmente desgastante para os sobreviventes e familiares e também para evitar ou reduzir a possibilidade de reeditar o desgaste no futuro.Finalmente, envolver melhor utilização dos recursos do Poder Judiciário, tanto materiais como humanos, e permitir que tribunais para planejar seu trabalho. "
Do Centro de Estudos Legais e Sociais, e Balardini Lorena Carolina Varsky concorda que houve um problema "inicial de organização do processo onde a acusação prevaleceu gotejamento, o que resultou não somente em uma administração de recursos pobre da justiça, mas bem que eles não poderiam claramente dimensionados sistematicidade idéia dos crimes enquanto fatos isolados, sem conexão juiz, como se fossem comuns casos criminais envolvendo crimes ". Mas os juízos esclarecer que "meninos" não são necessariamente decisões "curta": "Para os ensaios mais rapidamente possível, porque o tamanho não é o principal, o principal é a implementação de medidas para agilizar o processo." Por exemplo, mencionar o segundo julgamento sobre a ESMA (contagem que começou contra o prefeito Héctor Febres como o primeiro) foi a menos de um terço da ESMA III, que acaba de começar, em termos de número de vítimas, suspeitos e testemunhas, e Graças a critérios consistentes de organização, no segundo foi significativamente reduzida lendo requisitos de tempo.
"Os megacauses são uma vantagem do ponto de vista legal, mas também histórico e social. Outra entidade para julgamento da causa, avançar para obter uma justiça mais abrangente. E organização, com critérios bem definidos, o que é essencial para sustentar ao longo do tempo, acabam sendo a justiça em breve também. Além de evitar a ultraexposicão de testemunhas. Um grande número de sobreviventes com a perspectiva de um IV ESMA, V, VI e VII, sem a possibilidade de incorporar os vídeos, como foi a cena antes de as regras de Cassação não tinha acordado para voltar a depor, de acordo com a o que expressa. Cassação regras mudaram nesse sentido, mas ainda há, há questões práticas para resolver o tempo todo e os tribunais têm de estar ciente destas questões: a transferência de detidos, a organização eficiente do testemunho de ouvir, a resolução de propostas das partes, tudo isso tem de ser organizado de forma harmoniosa e de forma constante durante o período de duração do julgamento para realmente construir mais eficiente que o julgamento fragmentado. Por outro lado, temos de manter o trabalho e a presença, em ensaios muito longos é mais complexa ", e Balardini Varsky fornecer.
Avanços e pendentes
Junto com o progresso na quantidade e na qualidade dos estudos, em 2012, houve um progresso na investigação sobre a participação civil em crimes contra a humanidade.Neste sentido, este trabalho descrito, em março de 2012, diante da iminência do 36 º aniversário do golpe de Estado, como a pesquisa começou a investigar o poder econômico por trás do militar. O processamento de Carlos Pedro Blaquier empresário, proprietário de Ledesma, foi o evento mais significativo nessa direção. A condenação de James Smart, Ministro do Governo de Buenos Aires durante o terrorismo de Estado, também marcou o início de uma longa jornada a ser coberto em futuras investigações mais profundas sobre outros setores da sociedade civil, como juízes e religiosos. Outros grandes destaques do ano que acaba de terminar foi condenado a nove repressores, liderados pelo ditador Jorge Rafael Videla, plano sistemático para o seqüestro de crianças, e a visibilidade de crimes de violência sexual como crimes contra a humanidade. "O rapto de crianças foi uma característica distintiva do terrorismo de Estado argentino, um diferencial, que até agora não foi reconhecida como tal pelos tribunais e foi mesmo tacitamente negada no Julgamento das Juntas", diz Yud.
"O julgamento de civis é, certamente, uma das conquistas deste ano, não só no Ledesma causa, mas em várias jurisdições do país onde se tem chamado de progresso na investigação a cumplicidade de membros de grupos empresariais. Loma Negra, La Nueva Provincia e Ford são, juntamente com o Blaquier tratamento e (Alberto) Lemos (ex-gerente de Ledesma), os avanços mais significativos nesta área neste ano ", disse Varsky e Balardini. Como o juiz tarefa pendente, incluem a confirmação das sentenças: "Durante 2012 Cassação confirmou pelo menos 19 sentenças, mas todos confirmaram que durante o período de 2007-2011, mas o renascimento de Cassação não foi replicado no Tribunal.Cada vez mais encarregados da prevenção e firme convicção de morrer, não só para não fechar o ciclo de jurisprudência Justiça formação, mas que é uma contribuição para o futuro. Um exemplo é o caso de (o oficial da Força Aérea Gregorio) Molina, único condenado do estupro como um crime contra a humanidade, que morreu em 2012 e sua condenação foi confirmada pelo Supremo apenas. A menos que acelerar o tempo do Tribunal, isso vai começar a acontecer mais e mais vezes. Essas causas são endpoint biológica tais esforços serão em vão se as frases não são confirmadas. "
Para Parenti, temas que merecem atenção são "controlar prisões casa, as condições para o bom atendimento das vítimas e testemunhas, algo que é fundamental: é imperativo para encurtar ensaios duradoura. Temos mais de 1.000 processados. A julgar tudo isso requer uma mudança de paradigma em termos de organização de ensaios, uma questão que simplesmente não pode ser deixada ao critério de cada tribunal. As "regras de ouro" que a Corte de Apelações de emissão uma boa jogada, mas é necessário que a agenda dos ensaios e do ritmo das audiências são definidas com orientações claras e mecanismos de controle. "
Rodolfo Yanzón Fundação Liga dos Direitos Humanos, também pontos no cumprimento de débito efetivo com a prisão preventiva, especialmente as prisões, e adiciona o controle de convulsões e progresso sério em " cumplicidade civil ".
De Avós, Yud concorda que "a pesquisa ainda está pendente com a cumplicidade civil, judicial e eclasiástica" e sublinhou que "devemos também aumentar a julgamentos públicos e pesquisas sobre os autores materiais da maioria dos crimes, gangues de rua por exemplo, ou interrogadores, já que na maioria dos processos, os réus são os chefes da área e um executores poucos repressivas própria mão. " Nesse sentido, propõe que "os juízes priorizar a identificação de mais repressiva sobre continuar a julgar os generais e comandantes que já estão condenados." Ele acrescenta que "no que tem a ver com a tarefa específica de Avós, no próximo ano será uma grande oportunidade para melhorar suas deficiências históricas de justiça na investigação do rapto de crianças, a partir da criação de uma unidade especial do Ministério Público. "
Godoy, Justiça Agora, como os destaques positivos da consolidação deste ano da abordagem sociológica genocídio a nível judicial, mas observa que muitos juízes ainda têm resistência acumular investigar as causas e preferem fatos "isolados". Ele afirma que há "práticas de seletividade não declarados" sobre quem e quem não imputar "Em La Plata, há centenas de policiais, militares, requisitos de formação civis e religiosas durante anos sem juízes decidir citá-los para investigar." O que permanece pendente, diz ele, é "para superar a resistência do Judiciário para realizar esses ensaios, a lógica corporativa por trás, torna-se um obstáculo ao progresso."

do Blog Ficha Corrida  

Bolsa Família na Índia


A Índia lançou neste domingo (1) o piloto de um programa social — inspirado no Bolsa Família do governo brasileiro — que pretende distribuir bilhões de dólares diretamente aos pobres, deixando de lado os intermediários usados em iniciativas anteriores que acabavam desviando o dinheiro. 

Inicialmente, o programa atenderá 200 mil pessoas em 20 dos 640 distritos do país onde há cerca de 440 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza. 

O dinheiro será depositado diretamente na conta dos beneficiários, que terão que provar sua identidade por checagem biométrica de retinas e impressões digitais. 

O ministro das Finanças, P. Chidanbaram, descreveu o programa como “nada menos do que mágico”, mas críticos acusaram o governo de dar um passo maior do que as pernas num país onde grande parte da população não está inserida no sistema bancário. 

Além disso, o partido de oposição Bharatiya Janata acusou o Partido do Congresso de estar lançando o programa com fins eleitoreiros rumo à escolha de novos governantes em 2014. 

Num novo experimento gigantesco como este, nós podemos esperar alguns escorregões. Pode haver algum problema aqui ou ali, mas eles serão superados pelo nosso povo. É preciso ter paciência, porque essa é uma medida revolucionária para a governança da Índia — afirmou Chindambaram, no lançamento da iniciativa. 

Projeto de identificação 

O governo indiano disse que inicialmente a verba do programa virá de dinheiro que seria gasto em outros programas sociais, como a concessão de bolsas de estudo. 


A longo prazo, a exemplo do Bolsa Família, a ideia é unificar todos os programas sociais. Para eliminar os intermediários — funcionários de governos regionais que são acusados de desviar recursos dos programas sociais para o próprio bolso por meio de fraudes de cadastro —, o governo está usando dados do projeto Aadhar, que tem o objetivo de dar à população do país um número de identificação ligado a impressões digitais e de retina. 

Centenas de milhões de indianos hoje não possuem nenhum tipo de documento. 

Crítica de intelectuais 

No domingo (30), 208 ativistas e intelectuais publicaram uma carta aberta acusando o governo de forçar os pobres a se inscreverem no Aadhar sem ter um esquema de segurança adequado para proteger a privacidade deles. 

Eles também expressaram o temor de que o governo esteja dando os primeiros passos para abandonar o sistema de distribuição de comida aos pobres, o maior programa do tipo no mundo. 

“Serviços essenciais não são o campo adequado para a experimentação de uma tecnologia incerta e altamente centralizada”, escreveram os manifestantes na carta aberta. Mihir Shah, integrante da Comissão de Planejamento da Índia, admite que há muito trabalho a ser feito antes que o programa piloto possa se transformar numa realidade para todo o país. 

O esforço de identificação tem de atingir a maioria dos pobres da Índia, e as vilas do interior precisam ser equipadas com infraestrutura bancária e acesso à internet, hoje uma raridade. 

Vai levar tempo, e só vai acontecer quando for possível. Mas se há um horizonte que nos obriga a consertar as lacunas que atualmente impedem a transferência direta de dinheiro para os pobres, então estamos caminhando na direção certa — disse Shah. 

http://oglobo.globo.com/mundo/india-lanca-versao-local-do-bolsa-familia-7175821#ixzz2GoeHcfzF

do Blog do Briguilino

A HORA DO PESADELO TUCANO - Assassinatos, incêndio, sexo, drogas farão 'mensalão' tucano bombar mais do que caso Eliza Samúdio


“Se o chamado "mensalão" da Ação Penal 470 despertou debates e manchetes nos meios políticos e jurídicos, o "mensalão" tucano tem todos os ingredientes para bombar também nas páginas policiais dos jornais e telejornais populares. 

Em 2013 começa a hora do pesadelo para o tucanato. 

Apesar do "mensalão" tucano ter menos réus e mais amigos no STF, e da velha imprensa preferir varrê-lo para baixo do tapete, o escândalo tem ingredientes daqueles de despertar interesse de jornais e programas televisivos populares, do tipo que fazem o Datena e o Ratinho. 

Assim como o caso Eliza Samúdio, acabará por pautar o Jornal Nacional e o Fantástico, mais cedo ou mais tarde.”

do Blog Brasil!Brasil!
*cutucandodeleve

MENSALÃO - JORNAL O GLOBO ADMITE QUE JULGAMENTO FOI POLÍTICO E PARA "SALVAR" DO DESCRÉDITO O JUDICIÁRIO.


PARA A HISTÓRIA - Jornal O Globo aprova condenação baseada em "evidências" para que "não aumentasse o descrédito do Poder Judiciário". 


OPINIÃO 

O jornal emitiu opinião sobre o artigo escrito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, onde ele afirmou que no julgamento da Ação Penal 470, garantias foram atropeladas pelo Supremo Tribunal Federal, possuído de uma ânsia repressiva além dos limites. 

O jornal diz, rebatendo as afirmações de Bastos, que no julgamento "não se distorceu nada", defende a aplicação da Teoria do fato e, já no final do texto, acaba por admitir, provavelmente num ato falho, que o julgamento foi político e de cartas marcadas, pois, se o resultado não fosse a condenação dos RÉUS, isso significaria o descrédito público do Poder Judiciário. 

Reproduzo o trecho que deixa escapar a realidade do que foi o julgamento na visão do Jornal: 

"...Mas, ao se estabelecer que não é difícil chefe apagar rastros, foi possível condenar mensaleiros graduados a partir de provas testemunhais e EVIDÊNCIAS." 

E MAIS ESTE REVELADOR TRECHO; 

"CASO CONTRÁRIO, teria aumentado o descrédito público do Poder Judiciário, reconhecido interna e externamente pela benevolência com que trata (ou tratava) os réus poderosos, com destaque para os corruptos". 

Um destes RÉUS PODEROSOS a que se refere o Jornal, que usa ainda o rótulo "mensaleiro graduado" é certamente, José Dirceu. Contra Dirceu só havia o testemunho de Roberto Jefferson, co-réu, que nunca escondeu sua sede de vingança e ódio. Não há nos autos nada (emails, assinaturas, telefonemas, pagamentos, recebimentos, fotos ...) que materialmente prove que Dirceu participou de qualquer desvio ou ato de corrupção, como compra de voto. Contra Dirceu só há, como admite o Jornal - EVIDÊNCIAS

Que fique então registrado PARA A HISTÓRIA a OPINIÃO do Jornal O GLOBO. Para salvar a combalida credibilidade do Judiciário era, mesmo sem provas, absolutamente necessário condenar alguns dos RÉUS do Mensalão

Postado por 007BONDeblog 
*cutucandodeleve