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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 08, 2013


Metade das oficiais dos EUA sofreu assédio sexual enquanto servia em guerras. Estudo sobre militares no Iraque e Afeganistão sugere maior ocorrência de abusos em zonas de combate


Cerca de metade das oficiais norte-americanas enviadas para a guerra do Iraque ou do Afeganistão relataram terem sido assediadas sexualmente durante as operações. Uma em cada três afirma que foi vítima de violência sexual.
Esses dados alarmantes foram resultado de uma pesquisa do Departamento de Veteranos dos Estados Unidos, citada por jornais do país, aonde mais de mil militares que serviram nas zonas de guerra nos últimos anos foram entrevistadas.
estupro forças armadas eua mulheresMulheres integrantes das Forças Armadas dos EUA são sexualmente abusadas com uma frequência surreal. (Foto: reprodução)
Em condição de anonimato, essas oficiais revelaram que a grande maioria dos agressores também faz parte da corporação militar. Em pouco mais da metade dos casos, esses oficiais eram de patente mais alta e por vezes, da alta hierarquia das Forças Armadas dos EUA.
Os resultados finais indicam que 48,6% das entrevistadas sofreram assédio sexual e 22,8%, violência sexual enquanto serviam em operações no Iraque e Afeganistão. No entanto, das 20 mil oficiais nos países, apenas 115 reportaram casos de abusos para os órgãos competentes no último ano.
Além de indicar o silêncio das militares violentadas, o estudo inédito aponta para a maior ocorrência de abuso sexual contra oficiais norte-americanas em zonas de guerra do que em bases militares no país.

Abusos: “traumas de guerra”

A conclusão dá nova vida para os resultados de uma pesquisa desenvolvida com mulheres que serviram em combate entre 2001 e 2004. Segundo os dados, a probabilidade de oficiais em zonas de guerra serem violentadas é 2,5 vezes maior do que a de outras militares.
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De acordo com os especialistas envolvidos na pesquisa do Departamento de Veteranos, essa questão não recebe a devida atenção das autoridades do país e deve também ser classificada como um “trauma de guerra” ao lado dos consequentes a exposição ao combate.

Uma em cada três oficiais já foi estuprada

O alto índice de ocorrência do estupro dentro da corporação militar norte-americana é conhecido pelas autoridades do país e se estende para além das zonas de guerra.
No início deste ano, dezenas de oficiais em uma base da Força Aérea no Texas denunciaram que estavam sendo abusadas sexualmente por seus instrutores.
Um general do Exército está sendo julgado por má conduta sexual com oficiais de patentes mais baixas enquanto servia no Iraque e no Afeganistão.
De acordo com dados do Departamento de Defesa, pelo menos uma em cada três mulheres entre as 207 mil do corpo militar norte-americano já foi vítima de estupro e/ou outros abusos sexuais. O índice de ocorrência é o dobro do que ocorre, em média, na sociedade do país, onde uma em cada seis mulheres já sofreu violência sexual.
Entre outubro de 2010 e setembro de 2011, cerca de 3,2 mil estupros dentro das Forças Armadas dos EUA foram denunciados, mas o Pentágono calcula que dentro deste período, pelo menos 19 mil abusos sexuais entre colegas aconteceram. Apesar de autoridades explicarem que a violência não acontece apenas contra mulheres, o grupo feminino representa a grande maioria.
Isso significa que o risco de uma militar norte-americana ser estuprada no período de um ano dentro das Forças Armadas é 180 vezes maior do que o de ser morta em combate no período de onze anos no Iraque ou no Afeganistão, informou o Huffington Post.

Sexismo é cultural

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, já reconheceu o problema e ordenou em setembro deste ano uma mudança no treinamento militar das diferentes corporações que compõem as Forças Armadas.
Um de seus objetivos é o de prevenir a violência sexual dentro dos quartéis, que atinge níveis preocupantes em algumas localidades. Não é a primeira vez, no entanto, que o governo tenta acabar com o problema.
*Com informações do USA Today e Huffington Post
Em 2005, o então secretário de Defesa Donald Rumsfeld também exigiu a reformulação dos programas de formação militar. “A meta do Departamento de Defesa é uma cultura livre de abuso sexual, por meio de um ambiente de prevenção, educação e treinamento, de apoio à vítima e de responsabilização apropriada”, afirmou o órgão na época.
“Tudo se resume à cultura”, explica a representante democrata Jack Speier citada pelo jornal USA Today. “A cultura não mudou, não importa o que os generais ou o secretário de Defesa dizem sobre a tolerância zero. Eles não conseguiram tirar o sexismo do militar”, acrescenta ela que luta pela investigação dos casos de abuso sexual contra mulheres nas Forças Armadas.
Opera Mundi

*Nina

segunda-feira, janeiro 07, 2013

QUE JOGADOR DE FUTEBOL BRASILEIRO FARIA ISSO? 

*nassifFoto: Que jogador brasileiro faria isso? Só Sócrates que não está entre nós. Grande Messi

Charge foto e frasedo dia





Íntegra da entrevista com Carlos Latuff concedida ao jornalista Douglas Lisboa, da Folha de S. Paulo, sobre a acusação do Simon Wiesenthal Center que classifica o cartunista como o "terceiro maior antissemita do mundo" (28 de dezembro de 2012).


*Nina

O Globo recebeu 200 milhões de FHC para ir para Caxias, mas não contribui com vítimas das chuvas

"O Globo", impresso em Duque de Caxias, explora imagem solidária de Zeca Pagodinho para vender jornal, mas não ajuda o município onde instalou seu parque gráfico com nenhum centavo.

Zeca Pagodinho é um ilustre morador de Duque de Caxias (RJ) que ajuda no que pode seus vizinhos, vítimas das enchentes. Outro "ilustre" morador do município não tem a mesma solidariedade. Trata-se do jornalão "O Globo", que se finge de morto para não enfiar a mão no bolso e dar alguma contribuição em solidariedade às vítimas.

O suntuoso parque gráfico das organizações Globo é um gigantesco "dinossauro" com capacidade ociosa que funciona no município desde 1999, construído em grande parte com dinheiro público, seja na forma de empréstimos e contratos generosos no governo FHC, seja na forma incentivos e isenções fiscais.

Aliás "O Globo" não paga um centavo de ISS ao município, nem de ICMS ao Estado, porque na Constituinte de 1988, a turma dos demotucanos isentaram jornais de impostos, mesmo sendo empresas privadas com fins altamente lucrativos.

FHC injetou R$ 200 milhões do BNDES (em dinheiro de hoje)

O Globo tinha sua gráfica no centro do Rio, junto à redação, que dava conta do recado. Hoje, o jornalão sua a camisa para ter uma circulação em torno de 330 mil exemplares no domingo (em dias de semana o número cai para cerca de 250 mil), menos do que tinha em 1997.

O projeto megalômaníaco do novo parque gráfico, o maior da América Latina, era imprimir 2 milhões de jornais por dia no domingo. FHC gostou da ideia, afinal uma mão lavava a outra: o jornalão "formaria opinião a seu favor" para 2 milhões de domicílios e o BNDES entrava com o dinheiro público. Até a Petrobrás na época, através da Refinaria de Duque de Caxias, vizinha, foi convocada a fornecer gás combustível para suprir o jornalão com energia elétrica; com certeza em condições vantajosas para a família Marinho, dona do jornal.

Hoje vemos que o BNDES poderia ter aplicado muito melhor os R$ 200 milhões no município de Duque de Caxias, em outros empreendimentos que trouxessem impacto econômico mais positivo e receitas para a população (que hoje sofre com as chuvas), do que bancar a mera mudança da oficina gráfica da família Marinho.

Aliás, o jornalão só mudou a gráfica. A "casa grande" da redação continuou no Rio.
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula
*Saraiva

MIRIAM LEITÃO - do pig HÁ DEZ ANOS PREVENDO E NA APARENTE TORCIDA PELO PIOR !




FELIZMENTE O PIOR NUNCA VEIO E A JORNALISTA/ANALISTA DE ECONOMIA, ERROU QUASE TODAS AS SUAS PREVISÕES. 
QUE IMPRENSA É ESSA ?

Há dez anos que eu acompanho as previsões de início de ano da jornalista Miriam Leitão, sempre com ares de que o caos econômico do Brasil está perto, e que o governo vai colocar à perder todas as conquistas até então realizadas. 

Há dez anos que eu acompanho a realidade da economia no final de ano, e vejo a referida jornalista mudar de assunto, abordar temas internacionais, sem jamais reconhecer que errou feio, como erraram feio os "analistas" convocados por ela, para afirmar que o governo estava fazendo bobagem. 

Neste início de 2013 não é diferente. 

O tom de Dona Miriam Leitão é o mesmo. Pessimista, alarmista, acusatório, especialmente contra o Ministro Guido Mantega, a quem a jornalista classifica como um destruidor dos fundamentos econômicos. 

A jornalista Miriam Leitão sempre se posicionou contra as medidas mais acertadas e de maior repercussão positiva para a economia do Brasil. 

Entre os milhões de brasileiros e as centenas de acionistas, Dona Miriam quer que os acionistas sejam priorizados. 

Medidas como a redução dos juros e mudança na remuneração da Poupança, foram duramente atacadas por ela. 

Dona Miriam estava preocupada com os BANQUEIROS e seus lucros. 

Para conferir a chuva de previsões catastróficas e felizmente totalmente FURADAS, é só procurar no site da referida jornalista ou então nos arquivos do Jornal onde ela assina uma coluna. 

Errar é humano, mas, insistir no erro sem nunca reconhecer isso, não é burrice, é má fé mesmo. 

Alguns dados sobre a economia brasileira 

1 - O Brasil tem hoje quase U$$ 360 BILHÕES EM RESERVAS 

2- O desemprego nunca foi tão baixo.

3 - A inflação de 2012 ficará dentro da META e 1 ponto abaixo do que ocorreu em 2011 

4 - Os títulos da dívida pública pagam os juros mais baixos da história quando vendidos no exterior 

5 - A TAXA SELIC é a mais baixa da história. 

6 - Os juros do crédito ao consumidor caíram de forma consistente. 

7 - No início do ano de 2012 os analistas previram que a BALANÇA COMERCIAL ficaria deficitária. Ela fechou com SALDO POSITIVO DE QUASE US$ 20 BILHÕES. 

8 - A relação Dívida / PIB está em declínio 

9 - O BRASIL COMEÇA A RESOLVER SEU PROBLEMA HABITACIONAL, através do Programa Minha Casa Minha Vida. 

10 - O Investimento feito em EDUCAÇÃO foi quase o dobro em 2012 se comparado com 2011. 

RESGATE DO FUNDO SOBERANO 

Foi para isso que o Fundo foi criado. Deposita-se lá quando sobra, e retira-se quando falta. 

Criado pelo governo em 2008 por meio da Lei 11.887/08, o fundo foi idealizado para enfrentar os efeitos de crises internas ou externas. 

Funciona como uma poupança e não impede que seja usado no cumprimento da meta de superávit primário das contas públicas.
*cutucandodeleve

do BLOG DO SARAIVA

FMI chama os neolibelês
às falas.
Coitada da Urubóloga !

Eles querem fechar o país e depor o poder incumbente com as ideias dos que o Delfim chama de “econofísicos”.


O Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, colunista do New York Times, escreveu nesta segunda-feira um artigo de título “O Grande Fracasso”.

O grande fracasso é o do pensamento neolibelês (*) – esse que venceu a batalha ideológica e conseguiu impor à União Européia e aos Estados Unidos o equívoco de cortar os gastos para sair da recessão.

Os gastos foram cortados na carne e a recessão se aprofundou.

É a receita que os neolibelês (*) locais querem impor à Dilma com a lorota do “estelionato fiscal”.

Como nos Estados Unidos, os neolibelês do Tea Party tupiniquim tem uma agenda secreta.

Fechar o país e depor o poder incumbente com as ideias ultrapassadas dos que o Delfim Netto chama de “econofísicos”.

(Ele também costuma dizer – ainda que negue peremptoriamente em público – que “jornalista de economia não é um nem outro”.)

Krugman acabou de chegar da reunião anual da Associação Americana de Economia, em San Diego, Califórnia.

E escreveu essa peça imperdível no New York Times: http://www.nytimes.com/2013/01/07/opinion/krugman-the-big-fail.html?hpw

Ele começa por desmontar essa “lógica” neolieblês, que consiste em comparar a Economia de um país a uma casa de família: um país não pode gastar mais do que tem.

Como as casas de família.

Balela.

Diz ele:

Uma família pode decidir gastar menos e tentar aumentar a renda.

Mas, na economia como um todo, gastos e rendas andam de mãos dadas.

O meu gasto é a tua renda.

O teu gasto é a minha renda.

Se alguém resolve cortar os gastos de um país ao mesmo tempo, a renda vai cair e o desemprego explodir.

Simples, não, amigo navegante ?

E o FMI com isso ?

Quando o FMI trabalhava para os bancos, obrigava os países endividados a cortar, cortar e privatizar – então, o FMI era o máximo !

Era Meca !

Os neolibelês do mundo inteiro se abaixavam em direção a ele.

Os países quebrados não podiam tocar suas empresas e o jeito era vender aos bancos – ou aos clientes dos bancos.

Foi assim que o Cerra passou a Vale do Rio Doce nos cobres, segundo o testemunho insuspeito do próprio Fernando Henrique .

A Urubóloga, então, anunciava com orgulho que o Brasil conseguia entrar no FMI enquanto a Argentina, não !

Era no Governo cinzento do FHC.

Krugman agora observou que o mais interessante dessa convenção foi o economista-chefe do FMI, o americano Olivier Blanchard reconhecer que os programas de austeridade tem um efeito depressivo sobre as economias debilitadas.

E seus efeitos negativos são piores do que se imaginava.

Adotar um programa de austeridade prematuramente foi um erro terrível.

Krugman lamenta que poucos tenham a coragem de reconhecer o erro – como faz agora o FMI: The truth is that we’ve just experienced a colossal failure of economic policy — and far too many of those responsible for that failure both retain power and refuse to learn from experience.

A verdade é que assistimos a um erro colossal de política econômica – e muitos dos responsáveis por ele se mantem no poder e se recusam a aprender com a experiência.

É essa a turma que se reúne com o Ronaldo, o Fenômeno, no apartamento do Aécio, no Rio, sob a orientação do Supremo Guru, o Farol de Alexandria, aquele que iluminava a Antiguidade e se destruiu no terremoto chamado “Lula”.

For an economy is not like a household. A family can decide to spend less and try to earn more. But in the economy as a whole, spending and earning go together: my spending is your income; your spending is my income. If everyone tries to slash spending at the same time, incomes will fall — and unemployment will soar.

Of the papers presented at this meeting, probably the biggest flash came from one by Olivier Blanchard and Daniel Leigh of the International Monetary Fund. Formally, the paper represents the views only of the authors; but Mr. Blanchard, the I.M.F.’s chief economist, isn’t an ordinary researcher, and the paper has been widely taken as a sign that the fund has had a major rethinking of economic policy.
For what the paper concludes is not just that austerity has a depressing effect on weak economies, but that the adverse effect is much stronger than previously believed. The premature turn to austerity, it turns out, was a terrible mistake.
I’ve seen some reporting describing the paper as an admission from the I.M.F. that it doesn’t know what it’s doing. That misses the point; the fund was actually less enthusiastic about austerity than other major players. To the extent that it says it was wrong, it’s also saying that everyone else (except those skeptical economists) was even more wrong. And it deserves credit for being willing to rethink its position in the light of evidence.

http://www.aeaweb.org/aea/2013conference/program/meetingpapers.php
Jan 04, 2013 10:15 am, Hyatt, Elizabeth Ballroom H
American Economic Association
Effects of Fiscal Policy in Deep Recessions: Simple and Hopefully Credible Empirical Evidence (H3)
Presiding: Bruce Sacerdote (Dartmouth College)
Growth Forecast Errors and Fiscal Multipliers
Olivier Blanchard (International Monetary Fund)
Daniel Leigh (International Monetary Fund)



Leia aqui: PiG (**) quer empacar a Dilma e parar o Brasil.
*PHA

DE QUE ADIANTA O SEU PRECONCEITO,A SUA INVEJA...VC ALÉM DE PSEUDO INTELECTUAL, É UM CARA MANIPULADO!!!

Solidariedade aos presos políticos palestinos em Israel

 

(ESQUERDA MARXISTA)Divulgamos este abaixo-assinado de uma campanha que ocorre em todo o Brasil em solidariedade aos presos políticos palestinos em Isael. Antes, durante e após o Fórum Social Mundial Palestina Livre, ocorrido no final do ano passado, publicamos em nossa página diversos artigos sobre a luta do povo Palestino e nossa posição em defesa de um Estado laico e democrático em todo o território histórico da Palestina. Essa campanha de solidariedade é mais uma importante iniciativa em defesa da luta do povo Palestino contra a brutal repressão do Estado Sionista de Israel. Convidamos todos os leitores de nossa página a assinarem esta carta que será encaminhada a orgãos governamentais, comitês de direitos humanos, escritórios da ONU, etc, após o dia 15 de janeiro. Contamos com a solidariedade de todos.
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EM DEFESA DOS PRESOS POLÍTICOS PALESTINOS
LIBERDADE PARA OS 4600 PRESOS PALESTINOS ENCARCERADOS NAS PRISÕES ISRAELENSES

Desde 1948, quando foi criado o Estado de Israel em terras da Palestina, uma onda de violência e agressão marca o cotidiano do povo palestino. Todos os palestinos que lutam contra a ocupação israelense e pela independência nacional tem sido perseguidos, presos, torturados ou assassinados pelos sucessivos governos de Israel. O Estado de Israel é hoje o campeão mundial em violações dos direitos humanos. É um Estado anti-democrático e racista, que pratica uma limpeza étnica em todo o território da Palestina ocupada. A legítima luta de libertação nacional palestina contra o colonialismo israelense tem levado mais de 800 mil palestinos para as prisões israelenses.
Nós, abaixo assinados, condenamos as práticas a agressões diárias, cometidas pelo Estado de Israel, contra os presos politicos palestinos dentro das prisões israelenses. Condenamos as detenções contra o povo palestino, que almeja a liberdade e independencia. Segundo os últimos relatórios de organizações de direitos humanos o numero dos presos palestinos nas prisões israelenses chega a 4600, até o final de mês de outubro de 2012. Entre eles: 84 detidos administrativos, 189 crianças, 10 deputados, 9 mulheres, 530  que cumprem prisão perpétua, 451 sentenciados há mais de 20 anos. diante dessa situação exigimos:

1)  a revogação imediata das prisões administrativas, que carecem de qualquer fundamentação legal e são mais um instrumento ilegal das foraças de ocupação;
2)  a proteção à dignidade e à vida dos presos que realizam greves de fome como protesto contra as suas precárias condições nas prisões;
3)  o cumprimento dos acordos realizados entre os presos, a direção dos presídios e o serviço  de inteligência interna de Israel(Shein Beit);
4) imediata libertação de todos os 1027 presos que foram incluídos no acordo realidado em 2011, pois muitos dos que foram libertados foram perseguidos e presos novamente pelas tropas de ocupação;
5) libertar imediatamente todos os deputados membros do Conselho Legislativo Palestino, que foram eleitos pelo povo para exercer seu mandato e fortalecer a luta democrática na Palestina, e que hoje se encontram nas nas prisões israelenses;
6) o fim da politica de isolamento dentro das prisões, que submete o preso à condições muito mais desumanas, pois o excluí da possibilidade de contato com outros presos e com seus familiares;
7) a libertação imediata de todas as crianças e jovens menores de 18 anos, pois seus direitos fundamentais assegurados por diversas resoluções e pela própria Carta de fundação da ONU estão sendo cotidianamente desrespeitados nas prisões israelenses, como direito à saúde, à educação, etc;
8) a libertação imediata de todos os presos que se encontram com doenças consideradas graves;
9) atendimento médico digno e acesso à medicação e tratamento adequado, com possibilidade de visitas de médicos indicados por familiares e/ou organizações de direitos humanos que acompanham e prestam assistência e ajuda humanitária aos presos;
10) garantia ao direito à educação e acesso ao ensino superior no interior das prisões israelenses, com direito aos presos de ter acesso à livros, revistas e jornais;
11) que o Estado de Israel respeite e cumpra os acordos e as convenções internacionais de direitos humanos em relação aos presos políticos palestinos. 
A luta dos presos políticos palestinos por melhores condições de vida nas prisões e por sua libertação é parte fundamental da luta por justiça e pela paz na Palestina. Não haverá paz sem justiça. E justiça hoje significa tratar com dignidade e libertar todos os presos políticos encarcerados por lutarem pela libertação de sua pátria. A luta do movimento de libertação nacional palestino contra a ocupação israelense é uma luta legítima, inspirada na heróica resistência popular de outros povos que também lutaram e venceram o colonialismo, conquistando assim seu direito inalienável à soberania, à independência e a autodetermninação.
Pedimos à todas as forças democráticas e progressistas do mundo, e suas organizações políticas, sociais, culturais e humanitárias, bem como aos governos que defendem e praticam os princípios fundamentais dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, que divulguem este abaixo-assinado e que façam chegar às autoridades israelenses em seus países, pois a causa palestina é hoje uma causa de toda a humanidade.
Ninguém pode ficar impune quando comete uma injustiça. Chegou a hora do Estado de Israel ser julgado pelos inúmeros crimes que vem cometendo contra o povo palestino.
PAZ, JUSTIÇA E LIBERDADE PARA A PALESTINA!!!!!

Para assinar envie e-mail para CONTATO@MARXISMO.ORG.BR preenchendo no assunto "SOLIDARIEDADE PRESOS PALESTINOS" e enviando no corpo do e-mail seu NOME, PROFISSÃO, ENTIDADE (se participar de algum sindicato, partido, associação de moradores, etc).
*Turquinho

Por que tantos filósofos comunistas?

por Santiago Zabala*


Ler Marx e escrever sobre Marx não faz de ninguém comunista, mas a evidência de que tantos importantes filósofos estão reavaliando as ideias de Marx com certeza significa alguma coisa. 

Depois da crise econômica global que começou no outono de 2008, voltaram a aparecer nas livrarias novas edições de textos de Marx, além de introduções, biografias e novas interpretações do mestre alemão.

Por mais que essa ressurreição[2]tenha sido provocada pelo derretimento financeiro global, para o qual não faltou a empenhada colaboração de governos democráticos na Europa e nos EUA, esse ressurgimento[3]de Marx entre os filósofos não é consequência nem simples nem óbvia, como creem alguns.

Afinal, já no início dos anos 1990s, Jacques Derrida[4], importante filósofo francês, previu que o mundo procuraria novamente por Marx. A previsão certeira apareceu na resposta que Derrida escreveu a uma autoproclamada “vitória neoliberal” e ao “fim da história” inventados por Francis Fukuyama.

Contra as previsões de Fukuyama, o movimento Occupy e a Primavera Árabe demonstraram que a história já caminha por novos tempos e vias, indiferente aos paradigmas econômico, neoliberal e internacional sob os quais vivem alguns. Vários importantes pensadores comunistas (Judith Balso, Bruno Bosteels, Susan Buck-Mors, Jodi Dean, Terry Eagleton, Jean-Luc Nancy, Jacques Rancière, dentre outros), dos quais Slavoj Zizek é o que mais aparece, já operam para ver e mostrar como esses novos tempos são descritos em termos comunistas, quer dizer, como via de ação radical.

O movimento acontece não só em conferências de repercussão planetária em Londres[5], Paris[6], Berlin[7]e New York[8](com participação de milhares de professores, alunos e ativistas) mas também na edição de livros que se convertem em best-sellers globais como Império [9] de Toni Negri e Michael Hardt, A Hipótese Comunista [10] de Alain Badiou e Ecce Comu [11] de Gianni Vattimo, dentre outros. Embora nem todos esses filósofos apresentem-se como comunistas – não, com certeza, como o mesmo tipo de comunista – a evidência de que o pensamento comunista está no centro de seu trabalho intelectual autoriza a perguntar por que há hoje tantos filósofos comunistas tão ativos.

A ressurgência do marxismo

Evidentemente, nessas conferências e nesses livros, o comunismo não é proposto como programa para partidos políticos, para que reproduzam regimes historicamente superados; é proposto como resposta existencial à atual catástrofe neoliberal global.

A correlação entre existência e filosofia é constitutiva, não só da maioria das tradições filosóficas, mas também das tradições políticas, no que tenham a ver com a responsabilidade sobre o bem-estar existencial dos seres humanos. Afinal, a política não é apenas instrumento posto a serviço da vida burocrática diária dos governos. Mais importante do que isso, a política existe para oferecer guia confiável rumo a uma existência mais plena. Mas quando essa e outras obrigações da política deixam de ser cumpridas pelos políticos profissionais, os filósofos tendem a tornar-se mais existenciais, vale dizer, tendem a questionar a realidade e a propor alternativas.

Foi o que aconteceu no início do século 20, quando Oswald Spengler, Karl Popper e outros filósofos começaram a chamar a atenção para os perigos da racionalização cega de todos os campos da atividade humana e de uma industrialização sem limites em todo o planeta. Mas a política, em vez de resistir à industrialização do homem e da vida humana, limitou-se a seguir uma mesma lógica industrial. As consequências foram devastadoras, como todos já sabemos.

Hoje, as coisas não são essencialmente diferentes, se se consideram os efeitos igualmente calamitosos do neoliberalismo. Apesar do discurso triunfalista do neoliberalismo, a crise das finanças globais neoliberais do início do século 21 serviu para mostrar que nunca as diferenças de bem-estar material foram maiores ou mais claras que hoje: a população que vive em favelas urbanas alcança hoje a cifra espantosa de 25 milhões de pessoas; e a devastação dos recursos naturais do planeta já provoca efeitos assustadores em todo o mundo, tão devastadores que, em alguns casos, já não há remédio possível.

Por isso tudo, relatório recente do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha[12]previa, além de uma ressurgência de “ideologias anticapitalistas, possivelmente associadas movimentos religiosos, anarquistas ou nihilistas, também movimentos associados ao populismo; além do renascimento do marxismo". Essa ressurgência do marxismo é consequência direta da aniquilação das condições de existência humana resultantes do capitalismo neoliberal como o conhecemos.

O que é “comunismo”?

Por mais que a palavra “comunista” tenha adquirido inumeráveis diferentes significados ao longo da história, na opinião pública atual significa, além de uma espécie de relíquia, também um sistema político cujos componentes culturais, sociais e econômicos são todos controlados pelo estado.

Por mais que talvez seja o caso em alguns países, para a maioria dos filósofos e pensadores contemporâneos esse significado é insuficiente, está superado, é efeito de propaganda massiva e, sobretudo, é diariamente desmentido pela evidência de que o mundo não estaria vivendo uma “ressurgência” do marxismo, se o comunismo marxista fosse apenas isso.

Como diz Zizek, “o comunismo de estado não funcionou, não por fracasso do comunismo, mas por causa do fracasso das políticas antiestatizantes, porque não se conseguiu quebrar as limitações que o estado impôs ao comunismo, porque não se substituíram as formas de organização do estado por formas “diretas” não representativas de auto-organização social”.

O comunismo, como ideário antiestatizante das oportunidades realmente iguais para todos, é hoje a melhor orientação, o melhor guia, a melhor ideia, a melhor hipótese para os movimentos políticos libertários antipoder, como os que nasceram dos protestos em Seattle (1999), Cochabamba (2000) e Barcelona (2011).

Por mais que esses movimentos lutem em nome de causas e valores específicos e diferentes entre eles (contra a globalização econômica desigualitária, contra a privatização da água, contra políticas financeiras danosas), todos lutam contra o mesmo adversário: o sistema de distribuição não igualitária da propriedade, em democracias organizadas pelos princípios impositivos do capitalismo.

Como o demonstram a pobreza sempre crescente e o inchaço das favelas, o modelo de capitalismo que conhecemos foi o que sobrou, depois de todas as tentativas que o capitalismo empreendeu antes da mais recente, e que fracassaram todas, uma depois da outra. Desses diferentes e variados fracassos, brotaram diferentes e variados comunistas.

Comunismo e democracia

Em resumo, enquanto Negri e Hardt[13]buscam no “comum” (quer dizer, nos modos pelos quais a propriedade pública imaterial pode ser propriedade dos muitos), e Badiou busca nas insurreições (em ações como a da Comuna de Paris)[14], a possibilidade de se alcançarem “formas de auto-organização” não estatais, quer dizer, a possibilidade de formas comunistas, Vattimo (e eu)[15]sugerimos que todos examinemos os novos líderes democraticamente eleitos na Venezuela, Bolívia e outros países latino-americanos.[16]

Se esses líderes conseguiram chegar ao governo e começar a construir políticas comunistas sem insurreições violentas, não foi por terem chegado ao mundo político armados por fortes conteúdos teóricos ou programáticos; de fato, só levaram para dentro do poder de governos de seus respectivos países as suas próprias respectivas fraquezas.

Diferente da agenda pregada pelo “socialismo científico”, o comunismo “fraco” (também chamado “hermenêutico”[17]) abraçou não só a causa ecológica[18]do des-crescimento, mas também a causa da descentralização do sistema burocrático estatal, de modo a permitir que se constituam conselhos independentes locais, que estimulam o envolvimento das comunidades.

Que ninguém se surpreenda pois se muitos outros filósofos continuarem a aproximar-se e reaproximar-se do comunismo como resposta às políticas neoliberais de destruição da vida e da felicidade pessoais e sociais, e se virem, como nós vimos, a alternativa[19]que se constrói na América Latina. Especialmente, porque as nações latino-americanas demonstraram que os comunistas podem ter acesso ao poder também pelas vias formais da democracia.

Notas e “links” de referência
[9] Império, 2005, Rio de Janeiro: Ed. Record, 501 p.
[10] A hipótese comunista, 2012, São Paulo: Boitempo Editorial, 152 p.
[17] Hermenêutico: adj. Relativo à interpretação dos textos, do sentido das palavras. (...)3) Rubrica: semiologia. Teoria, ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Obs.: cf. semiologia 4) Rubrica: termo jurídico. Conjunto de regras e princípios usados na interpretação do texto legal (...). Etimologia: gr. herméneutikê (sc. tékhné) “arte de interpretar”, herméneutikós,ê,ón “relativo a interpretação, próprio para fazer compreender” [NTs, com verbete HERMENÊUTICA do Dicionário Houaiss,



*Santiago Zabala é pesquisador e professor de filosofia da Institució Catalana de Recerca i Estudis Avançats, ICREA [1], da Universidade de Barcelona. É autor, dentre outros trabalhos, de The Hermeneutic Nature of Analytic Philosophy (2008), The Remains of Being (2009), e, mais recentemente, com G. Vattimo, Hermeneutic Communism (2011), todos publicados pela Columbia University Press.

Fonte:http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/07/por-que-tantos-filosofos-comunistas.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+redecastorphoto+%28redecastorphoto%29