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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, janeiro 12, 2013
Este é o Brasil.Os bandidos verdadeiros estão soltos, voando igual a um tucano.
O voo tucano de Cachoeira
Este é o Brasil.Os bandidos verdadeiros estão soltos, voando igual a um tucano.
Tanto o contraventor Carlinhos Cachoeira quanto sua esposa, Andressa, já
embarcaram no jato Beechcraft PT-TRA, do ex-senador Ataides Oliveira
(PSDB-TO), como atesta foto (confira na matéria). O político, no
entanto, garante que não é sua a aeronave usada pelo bicheiro para ir à
Bahia: "Depois que descobri que ele era bandido, eu não emprestei mais"
"Cachoeira já usou minha aeronave. Mas, depois que descobri que ele era
bandido, não emprestei mais. Não gosto de bandido". A frase é do
empresário Ataídes de Oliveira, suplente do senador João Ribeiro
(PR-TO), que negou ter emprestado seu jatinho particular para que o
bicheiro e sua esposa, Andressa, voassem à Bahia para uma lua-de-mel na
semana passada. O casal foi flagrado por fotógrafos em um resort de luxo
em Taipús de Fora, na praia da Península de Maraú.
Segundo o tucano, é "lamentável" a existência desse tipo de informação,
que pode comprometer a imagem dele. "Pra mim Cachoeira, empresário como
eu, estava acima de qualquer suspeita. Pensei que era um cidadão de bem.
Depois que descobri que era bandido, não emprestei mais", disse ao
Brasil 247.
Ataídes de Oliveira manteve relação também com Cláudio Abreu, ex-diretor
da Delta. Inclusive, admitiu ao Brasil 247 que emprestou seu jato para
viagens do amigo na época que ele achava "que a Delta era uma empresa
séria".
O parlamentar conta que a aeronave foi usada inclusive por Cláudio
Abreu, para ir visitar Fernando Cavendish quando o ex-presidente da
Delta sofreu um acidente. Mas destaca que o avião, com prefixo PT-TRA,
atualmente é de uso pessoal dele, e que fica guardado em um hangar em
Goiânia.
Confiante, mas sempre fazendo críticas ao trabalho da mídia, o
parlamentar lamentou que "a imprensa anda meio perdida" ao fazer
matérias envolvendo o nome do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O jato Beechcraft PT-TRA é uma luxuosa aeronave com oito lugares e um
espaço separado para uma pequena cozinha com microondas, refrigerador,
bar, além de um banheiro completo.
Com informações do Brasil 247
A 'elite' brasileira é tão cínica que conseguiu eleger um membro da Academia Brasileira de Letras tendo ele escrito apenas um livro ruim e que ninguém leu. E o que faz a voz da 'elite', a imprensa brasileira? Resposta: se cala, não critica e, pior, aceita esse tapa no rosto de Machado de Assis, que ficou branco na propaganda da Caixa Econômica Federal. A vergonha foi tanta, que o retrataram como mulato que era, mas em menos de vinte e quatro horas retiraram a propaganda para todo o sempre. São muitos os exemplos dessa gente que tem raiva do povo brasileiro. Nas Forças Armadas, onde cresci e me formei ninguém pula de posto ou graduação, ninguém passa a coronel antes de ser major, mas na 'elite' brasileira você pode se tornar 'imortal' antes de construir uma obra literária, basta apenas que a Globo compre o título para você. É essa gente que nos vai dar lição de moral? É essa gente que luta contra a corrupção? Tenho certeza que não.
A imprensa brasileira mora num país horrível, mas nós brasileiros já nos mudamos de lá desde 2003. Tá dando dó!
*aposentadoinvocado
VIVO CONTRATA RATO E MANDA MAIS DE UM BILHÃO EM DIVIDENDOS PARA A EUROPA
A$$ustador!
Postado por
Mauro Santayana
Depois de pegar emprestados bilhões de reais a juros
subsidiados com o BNDES nos últimos anos, a Telefónica Brasil (VIVO) aprovou, ontem, o pagamento de um bilhão, seiscentos e
cinquenta milhões de reais em dividendos, relativos apenas ao lucro auferido
nos três primeiros trimestres de 2012. Setenta e quatro por cento dessa quantia, ou o equivalente a
quase 500 milhões de euros, vai direto para a matriz, na Espanha.
Quanto ao cabide de empregos do Conselho da Telefónica - lembram que essa foi uma das desculpas para a privatização das estatais, inclusive Telebras, na década de 90 ? - continua lindo.
Mal saiu Iñaki Undargarin, ex-jogador de basquete e genro do Rei Juan Carlos, o Caçador de Elefantes, acusado de corrupção e contratado por um milhão e quinhentos mil euros (quase 4 milhões de reais) por ano, como "conselheiro" para a América Latina, já entrou Rodrigo Rato, ex-presidente do FMI e sob investigação por fraude no banco estatal Bankia, que vai receber belíssima soma para atuar como "consultor externo" da multinacional espanhola.
Quanto ao cabide de empregos do Conselho da Telefónica - lembram que essa foi uma das desculpas para a privatização das estatais, inclusive Telebras, na década de 90 ? - continua lindo.
Mal saiu Iñaki Undargarin, ex-jogador de basquete e genro do Rei Juan Carlos, o Caçador de Elefantes, acusado de corrupção e contratado por um milhão e quinhentos mil euros (quase 4 milhões de reais) por ano, como "conselheiro" para a América Latina, já entrou Rodrigo Rato, ex-presidente do FMI e sob investigação por fraude no banco estatal Bankia, que vai receber belíssima soma para atuar como "consultor externo" da multinacional espanhola.
*militanciaviva
Telefônica (Vivo) saqueia o Brasil
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Depois de pegar emprestados bilhões de reais a juros subsidiados com o
BNDES nos últimos anos, a Telefônica Brasil (Vivo) aprovou, ontem, o
pagamento de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais em
dividendos, relativos apenas ao lucro auferido nos três primeiros
trimestres de 2012. Setenta e quatro por cento dessa quantia, ou o
equivalente a quase 500 milhões de euros, vai direto para a matriz, na
Espanha.
*Miro
Malvinas
Em uma apresentação na Bolsa de Valores de Londres, a empresa anunciou
quatro projetos de exploração de hidrocarbonetos nas Ilhas Malvinas,
localizada no Atlântico Sul. Os projetos foram identificados como
Chatham G, S2, Zebedee e George 1.
A Rockhopper, cujos principais acionistas são a Odey Asset Management
(com 8,1% de ações), UBS Investment Bank (6,2%), Ignis Investment
Services (5,1%), Royal London Asset Management (5%) e Credit Suisse
(5%), confirmou que iniciará os projetos de exploração junto com a
petrolífera britânica Premier Oil, após um acordo de US$ 1 bilhão. O
acordo prevê a entrega de 60% da produção das jazidas para a Premier
Oil.
De acordo com o anúncio, o campo Sea Lion conteria por volta de 300
milhões de barris de petróleo bruto, o que implica em valores atuais a
US$ 30 bilhões.
O chefe executivo da empresa, Sam Moody, assegurou que a Rockhopper
Exploration está "completamente fundada" para extrair petróleo e para um
novo programa de exploração a ser desenvolvido em 2014.
As primeiras extrações começarão no terceiro trimestre de 2017 e
alcançarão em 2019 a retirada de 30 mil barris de petróleo bruto por
dia, planeja a empresa.
ANSA
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Reino Unido reforzará militarización de las Malvinas con 150 nuevas tropas
Tropas inglesas arribarán a Malvinas en las próximas dos semanas |
El Reino Unido anunció este jueves que tiene previsto enviar al menos
150 tropas militares a las islas Malvinas, con el argumento de
“protegerlas de supuestas amenazas por parte de Argentina”, en medio de
una férrea disputa diplomática entre Londres y Buenos Aires por la
soberanía de este archipiélago ubicado en el Atlántico Sur.
Medios británicos confirmaron que los soldados del Segundo Batallón
Mercian volarán a las Malvinas para participar en patrullas diarias
durante un período inicial de dos meses y entrenarse en el uso de armas
pesadas y livianas.
"Aunque un pequeño número de soldados ya ha arribado a las Islas, la
mayoría de las tropas hará el viaje de 18 horas en avión al Atlántico
Sur en las próximas dos semanas", agregó el matutino inglés Nottingham
Post.
Según el rotativo, los soldados trabajarán junto a miembros de otras
unidades del Ejército británico, como también de la Royal Air Force
(Fuerza Aérea Real) y de la Royal Navy (Marina Real), que ya están
estacionados en las Malvinas.
Esta decisión de Londres se produce luego de las más recientes
declaraciones del primer ministro británico, David Cameron, quien afirmó
que su Gobierno tiene una “determinación extremadamente fuerte” en
cuanto a la zona disputada y que “luchará” por su conservación.
Asimismo, Cameron le recordó a Argentina que Londres cuenta con jets de
guerra y tropas desplegadas en Malvinas para defender ese territorio de
una eventual "invasión".
Al ser consultado si su Gobierno iría a la guerra contra Argentina para
“defender” nuevamente las Malvinas, Cameron respondió: "Por supuesto que
lo haríamos y contamos con fuertes defensas” y uno de los cinco
presupuestos militares más grandes en el mundo.
El Canciller argentino, Héctor Timerman, tras calificar de agresivas y
violentas las amenazas bélicas lanzadas por Londres, exigió, en nombre
de su país, la salida de las tropas y aviones de guerra británicos de
las islas Malvinas.
"La agresividad de las palabras del Primer Ministro británico ratifican
la denuncia realizada por Argentina ante las Naciones Unidas, sobre la
militarización del Atlántico Sur y la posible presencia de armas
nucleares introducidas por la potencia colonial", precisó.
Anteriormente, Gran Bretaña ha enviado submarinos nucleares y buques de
guerra a este archipiélago, provocando, no sólo las críticas de
Argentina, sino también de la mayoría de los países latinoamericanos.
Timerman agregó que "los argentinos solicitamos que el señor David
Cameron no utilice los legítimos y pacíficos reclamos que realizamos,
contra la usurpación de parte de nuestro territorio y en contra del
colonialismo, como excusa para seguir sosteniendo la industria
armamentista en lugar de paliar la severa crisis social por la que
atraviesa Europa".
Argentina ha pedido en reiteradas ocasiones al Gobierno británico
sentarse a la mesa de negociaciones para resolver la disputa de
soberanía, pero Londres se ha negado a discutir el asunto.
Desde 1833, el Reino Unido ocupa las islas Malvinas, situadas a 250
leguas marítimas de las costas argentinas. En 1982, en un conflicto
militar entre ambos países, dejó como saldo 649 argentinos y 255
británicos muertos.
teleSUR*comtextolivre
Por que a reivindicação da Argentina sobre as Malvinas é legítima
Na maior parte do tempo, as autoridades britânicas reconhecem a relativa fraqueza da sua posição
Veteranos das Malvinas ateiam fogo a bandeiras do Reino Unido |
Em novembro de 1968, viajei para as Malvinas com um grupo de diplomatas
no que foi a primeira e última tentativa da Grã-Bretanha de tentar um
acordo sobre as ilhas. Mr. Chalfont, então no gabinete das Relações
Exteriores, foi o líder da expedição. Ele teve a árdua tarefa de tentar
convencer os 2 mil habitantes da ilha de que o império britânico podia
não durar para sempre – e que eles deveriam ter a noção de que seria
melhor ser amigável com o seu vizinho próximo, a Argentina, que há
muito tempo reivindicava as ilhas. Este foi o momento em que a
Grã-Bretanha estava abandonando a sua política “a leste de Suez” por
razões financeiras, e pensando em formas de liquidação dos resíduos do
seu império.
Nós já tínhamos deportado à força os habitantes de Diego Garcia,
em 1967, sem muita publicidade hostil, e os estabelecemos nas ilhas
Maurício e Seychelles, entregando suas ilhas para os norte-americanos
construírem uma base aérea gigante. As Falklands foram as próximas da
lista. Talvez os ilhéus pudessem ter recebido dinheiro para criar
fazendas de ovelhas na Nova Zelândia.
Em pouco mais de dez dias, visitamos cada fazenda nas duas ilhas
principais. Nós fomos recebidos em todos os lugares com as mesmas
mensagens: “Chalfont Go Home” e, às vezes, “Queremos continuar
britânicos”.
Os ilhéus foram inflexíveis. Eles não queriam nada com a Argentina, e
Chalfont deixou-os com a promessa de que nada aconteceria sem o seu
consentimento. Quatorze anos depois, em 1982, a Grã-Bretanha e a
Argentina estavam em guerra por causa das ilhas, e quase mil pessoas
perderam suas vidas. As pessoas às vezes me perguntam por que os
argentinos fazem tanto barulho sobre as ilhas que eles chamam de
Malvinas. A resposta é simples. As Malvinas pertencem à Argentina. Só
aconteceu de elas serem capturadas, ocupadas, povoadas e defendidas pela
Grã-Bretanha. Porque a reivindicação da Argentina é perfeitamente
válida, sua disputa com a Grã-Bretanha nunca terminará. Como grande
parte da América Latina está agora nas mãos da esquerda nacionalista, o
governo argentino vai desfrutar de crescente apoio retórico no
continente. Todos os governos da Argentina vão continuar a reivindicar
as Malvinas, assim como governos de Belgrado sempre reivindicarão
Kosovo.
As Falklands foram invadidas em janeiro de 1833, durante uma era de
expansão colonial dramática. O capitão John Onslow, do HMS Clio, tinha
instruções “para o exercício dos direitos de soberania” sobre as ilhas, e
ele ordenou que o comandante argentino retirasse suas forças. Colonos
da Argentina foram substituídos por outros da Grã-Bretanha e de outros
países, especialmente Gibraltar. Grã-Bretanha e Argentina têm
discordado sobre os erros e acertos da ocupação britânica, e, na maior
parte do tempo, as autoridades britânicas têm conhecimento da relativa
fraqueza da sua posição.
Um documento do Foreign Office de 1940 se chama “oferta feita pelo
governo de Sua Majestade para reunificar as Ilhas Malvinas com a
Argentina e concordar com um aluguel”. Apesar de o documento existir,
ele foi embargado até 2015, embora possa haver outro em algum arquivo.
Foi provavelmente uma oferta para o governo pró-alemão da Argentina na
época, num momento difícil da guerra, embora talvez fosse um rascunho.
Documentos recentemente divulgados lembram que James Callaghan, quando
secretário de Relações Exteriores em 1970, observou que “devemos ceder
algum terreno e… estar preparados para discutir um acordo”. O
secretário salientou que “há muitas maneiras da Argentina agir contra
nós, incluindo a invasão das ilhas… e não estamos em posição de reforçar
e defender as ilhas como um compromisso de longo prazo”.
Claro, algumas pessoas argumentam que a posse física da Grã-Bretanha
das ilhas faz sua reivindicação superior à da Argentina. Alguns
acreditam que a invasão argentina, em 1982, e sua posterior retirada, de
alguma forma invalidam sua reivindicação original.
Ironicamente, os habitantes das ilhas Malvinas são resultado de um
esquema de liquidação do século 19, não muito diferente da experiência
da Argentina no mesmo século, que trouxe colonos da Itália, Alemanha,
Inglaterra e País de Gales para plantar em terras de índios que haviam
sido exterminados. O registro dos habitantes da ilha parece um pouco
mais limpo, em comparação. No entanto, a reivindicação argentina ainda é
legítima e nunca irá acabar. Em algum momento, a soberania terá de
estar na agenda novamente, independentemente dos desejos dos habitantes.
Idealmente, as Malvinas devem ser incluídas em uma ampla limpeza
pós-colonial dos territórios ancestrais. Isso seria livrar a
Grã-Bretanha de responsabilidade sobre a Irlanda do Norte (quase
desaparecida), Gibraltar (em discussão), e Diego Garcia (dada aos
americanos), e qualquer outro lugar de que alguém ainda se lembre.
Essa política pós-colonial deveria ter sido adotada há muitos anos, e
poderia pelo menos ter sido considerada quando abandonamos Hong Kong na
década de 1990. No entanto, a força do revival imperial de Tony Blair
sempre ecoou na imprensa popular, e essa perspectiva parece tão longe
quanto estava em 1982.
Leia mais: Paraíso perdido
No Diário do Centro do Mundo
Deleite - Hasta siempre (Ahmet Koç – Turquia)
*GilsonSampaio
Essa musica, em homenagem a Che Guevara, já foi
cantada por dezenas de artistas de todo o mundo. Aqui você vai assistir e
ouvir o turco Ahmet koç, ao som do baglama.
O baglama é um instrumento do Oriente Médio, muito utilizado por turcos e gregos.
O título Hasta Siempre,
que em português pode ser traduzido como “Até sempre”, revela a
fidelidade e o companheirismo entre os guerrilheiros e soa como uma
resposta à frase final da famosa carta de despedida de Guevara: “Hasta
la victoria siempre! Patria o muerte!”.
Jabor, o bosteiro do castelo
GilsonSampaio
Bosteiro real era um serviçal encarregado de limpar
os penicos da realeza. Jabor quer ser mais realista do que o rei, talvez
sonhe com o ofício de bosteiro em algum castelo da elite tupiniquim.
O ódio que destila contra qualquer coisa que favoreça o povo é patológico.
O ódio que destila contra qualquer coisa que favoreça o povo é patológico.
Nota da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela
Além
de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir
acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta
quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total
desconhecimento sobre a realidade de nosso país.
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povoque escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular - entre referendos, eleições ou plebiscitos.
Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa - essa que circula livremente também na Venezuela.
Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
Embaixada da República Bolivariana da Venezuela
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povoque escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular - entre referendos, eleições ou plebiscitos.
Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa - essa que circula livremente também na Venezuela.
Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
Embaixada da República Bolivariana da Venezuela
O mundo de Jabor
Ele se dá ares martirizados de dissidente soviético quando tem vida mansa de aposentado escandinavo
O Mundo de Jabor, a julgar pelos seus textos, é sombrio. Nele, o Brasil
“está evoluindo em marcha à ré”, para usar uma expressão de uma
coluna.
“Só nos resta a humilhante esperança de que a democracia prevaleça”, já escreveu ele.
Bem, vamos aos fatos. Primeiro, e acima de tudo, se não vivêssemos numa
democracia plena os artigos de Jabor não seriam publicados e ele não
teria vida tão tranquila para fazer palestras tão bem remuneradas em
que expõe às pessoas seu universo gótico, em que brasileiros incríveis
como ele devem se preparar para a guerra caso queiram a paz. Esta é
outra expressão de um texto dele.
Comprar armas? Estocar comida? Construir um abrigo antibombas? Fazer um
curso de guerrilha? Pedir subsídios para a CIA? Talvez um dia Jabor
explique o que é se preparar para a guerra.
Já escrevi muitas vezes que o Brasil sob Lula perdeu uma oportunidade
de crescer a taxas chinesas. Já escrevi também que os avanços sociais
nestes dez anos de PT, embora relevantes e inegáveis, poderiam e
deveriam ter sido maiores. Mas somos hoje um país respeitado
globalmente. Passamos muito bem pela crise financeira global que
transtornou tantos países e deixou bancos enormes de joelhos.
Temos problemas para resolver? Claro. Corrupção é um deles? Sem dúvida.
Mas entendamos: a rigor, onde existe política, a possibilidade de
corrupção é enorme. No Brasil. Na China. Na França. Nos Estados Unidos.
Na Inglaterra. Na Itália. Em todo lugar. Citei estes países apenas
porque, recentemente, grandes escândalos sacudiram seu mundo político.
Na admirada França, o ex-presidente Sarkozy é suspeito de ter recebido
dinheiro irregularmente da dona da L’Oreal.
O problema na corrupção política é a falta de punição. Não me parece
que seja o caso do Brasil. Antes, sim. No ditadura militar, a corrupção
era muito menos falada, vigiada e punida.
O maior cuidado hoje é saber se não se está explorando o “mar de lama”
da corrupção com finalidades cínicas e inconfessáveis, como aconteceu
em 1954 e em 1964. O moralismo exacerbado costuma esconder vícios
secretos.
A choradeira melodramática de Jabor não ajuda a causa que ele defende.
Jabor representa a direita política. Para persuadir as pessoas de que
suas idéias são corretas, são necessários argumentos melhores do que os
que ele apresenta.
O primeiro ponto é que muito pouca gente acredita que o Brasil descrito
por Jabor é o Brasil de verdade. Basta tirar os olhos de sua coluna e
colocá-los na rua. A realidade é diferente. Há sol onde na prosa
jaboriana parece só existir treva. Jabor se dá ares de dissidente
cubano quando tem padrão de vida — e de liberdade — escandinavo.
Jabor parece estar preparado não para a guerra, mas para permanecer no
papel enfadonho e ranzinza de mártir, de vítima impotente de um país
que, se fosse tão ruim assim, ele já teria trocado por outro, como fez
Paulo Francis. Esse papel pode ser bom para palestras. Segundo um site
que agencia palestras, “o palestrante Arnaldo Jabor mostra-se
extremamente habilidoso ao aliar citações eruditas a uma visão crítica
da realidade brasileira”.
Mas a choradeira não é boa sequer para a própria causa que ele defende —
uma economia à Ronald Reagan em que o mercado não tenha freios ou
limitações. Para erguer esse universo, são necessários argumentos
inteligentes — e não pragas como as usuais. “Malditos sejais, ó
mentirosos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que
vossas línguas mentirosas se transformem em cobras peçonhentas que se
enrosquem em vossos pescoços, e vos devorem a alma.”
Tenho a sensação de que os editores de Jabor no Estado e no Globo não
conversam com ele sobre o que ele vai escrever. Acho que deveriam. Às
vezes um simples “calma, está tudo bem” resolve. Uma conversa prévia
seria útil para Jabor, a causa, o leitor e o debate.
No Diário do Centro do Mundo
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