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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

A história secreta da renúncia de Bento XVI: o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema



Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção
Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas.
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A história secreta da renúncia de Bento XVI: o Vaticano não é mais do que
um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema

Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno.
O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica.
A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar.
Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo.
Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual.
Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.
João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.
vaticano
A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de
decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos:
corrupção, capitalismo suicida e proteção de privilegiados.

Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas.
Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa.
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.
Eduardo Febbro
Tradução: Katarina Peixoto
No CartaMaior

Programação do "2 Encontro Nacional de Ateus", em São Paulo, domingo, 17 de fevereiro, na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa



Domingo, 17 de fevereiro, 13 horas

Os encontros serão GRATUITOS e acontecerão simultaneamente em todos os Estados participantes, seremos o maior grupo reunido em todo o país. Porque afinal, nós já sabíamos que os Maias só estavam de brincadeira.

Local: Auditório Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa)  Endereço: Rua São Joaquim, 381 – Liberdade, São Paulo/SP
PALESTRAS


* Daniel Sottomaior
Presidente da ATEA

* Fabio Marton http://bit.ly/VOD94V
Editor, Repórter e Escritor

* Paulo Nascimento (Pirulla) http://bit.ly/pFCuh6
Biólogo

* Paulo Jonas Lima Piva http://bit.ly/QSCe6z
Doutor em Filosofia

* Kátia da Costa http://on.fb.me/WabT19
Administradora do Feminismo na Rede

* Dr. Jefferson Dias - http://bit.ly/iBiuCC Twitter: @jeffdiasmpf
Procurador da República - Ministério Público Federal

* Paulo Leme
Professor de Astronomia


CONFRATERNIZAÇÃO

* Stand-up com Dennys Twubiro http://on.fb.me/12xOiOq


Meteoro 'explode' sobre território russo e deixa centenas de feridos

Do UOL, em São Paulo
mir
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Meteoro explode no céu da Rússia22 fotos

16 / 22
o rastro do meteorito é visto sobre um prédio residencial na cidade de Tcheliabinsk, Rússia. Quase mil pessoas ficaram feridas AFP/74.RU/Oleg Kagopolov
Quase mil pessoas ficaram feridas depois de um meteoro passar sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais. Segundo a ministra regional de saúde, Marina Mokvicheva, 985 pessoas receberam atendimento médico e 43 foram hospitalizadas após serem atingidas por vidros estilhaçados e desabamentos decorrentes da onda de choque da explosão.
O objeto de 10 toneladas que causou o estrago passou a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais (1h20 de Brasília) e se desintegrou. A Academia de Ciências da Rússia, disse em uma declaração horas após a queda que o meteoroide chocou-se com a atmosfera da Terra a uma velocidade de pelo menos 54 mil quilômetros por hora e explodiu a cerca de 30-50 km acima do solo.
"Espero que não haja consequências graves, no entanto, isso é uma prova de que não apenas a economia é vulnerável, mas todo o nosso planeta", disse o primeiro-ministro russo Dimitri Medvedev, na cidade siberiana de Krasnoyarsk, onde participa de um fórum econômico internacional.
  • Arte UOL
    Mapa mostra cidade onde explosão de meteoro causou quebra de vidraças e deixou feridos 
As autoridades de Tcheliabinsk, capital da região homônima, reforçaram as medidas de segurança nas estruturas e instalações vitais da cidade. Estima-se que uma área de cerca de 93 mil metros quadrados tenha sido atingida.
Os moradores da cidade foram orientados a voltar para casa e a buscar as crianças nas escolas, que foram fechadas por orientação do governo. Muitas casas e prédios de Tcheliabinsk tiveram janelas estilhaçadas. O aeroporto da cidade, no entanto, permaneceu aberto, sem interrupção no serviço.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, 36, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.

Meteoro passa pelo céu da Rússia - 8 vídeos


Clarão seguido de forte explosão

Testemunhas relataram aos jornais russos "Moskovskij Komsomolets" e "Kommersant Online" terem visto um forte clarão no céu sobre os montes Urais. Um morador de Tcheliabinsk chegou a descrever a imagem como a explosão de uma bomba nuclear. Ao clarão, se seguiu uma forte explosão que chegou a quebrar janelas, relatou o morador.

ENTENDA A DIFERENÇA

AsteroideObjeto rochoso, relativamente pequeno e inativo, que orbita o nosso Sol
MeteoroideSobras de asteroides ou cometas que orbitam o nosso Sol
MeteoroFenômeno que ocorre ao longo da atmosfera da Terra e deixa um rastro de luz no céu
MeteoritoQuando um meteoroide ou um asteroide resistem à passagem pela atmosfera terrestre e atingem o solo do nosso planeta, ele é classificado como um meteorito
CometaObjeto de gelo relativamente pequeno, mas muitas vezes ativo, que tem cauda de gás e poeira
  • Fonte: Othon Winter, professor e pesquisador de trajetórias espaciais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Nasa (Agência Espacial Norte-Americana)
Segundo o Ministério do Interior, a maioria dos ferimentos foi causado pelos estilhaços dos vidro quebrados das construções. O teto de uma planta de zinco em Tcheliabinsk desabou, porém não há registro de feridos. Segundo relato de moradores, Tcheliabinsk ficou por cerca de meia hora sem comunicação.
Alguns jornais e sites chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais, mas a informação foi retificada pelo governo.
"Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteoro que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência Interfax a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij. Meteoroides se desintegram na atmosfera, antes de atingir o solo, causando luz e explosão, conhecido como meteoro, enquanto meteoritos são os restos que caem em terra.
Elena confirmou que a onda expansiva provocada pelo corpo celeste quebrou as vidraças de "algumas casas na região". A porta-voz ministerial também informou que o meteoro não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes para a região.

Chuvas de meteoro ocorrem a todo momento

Segundo Othon Winter, professor e pesquisador de trajetórias espaciais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), "meteoro é um fenômeno que ocorre no céu, e deixa um rastro de luz. Quando o objeto chega a cair na superfície terrestre, aí passa a ser um meteorito. Então, nesse caso, foi uma chuva de meteoro".

LEIA MAIS

  • Asteroide se aproxima nesta tarde da Terra e será maior objeto a passar tão perto do nosso planeta
"Isso ocorre todos os anos, com muita frequência. Normalmente são corpos pequenos que se desintegram na atmosfera, pois são pequenos. Então o tamanho e o tipo do material influi no efeito que eles podem provocar. Toneladas de material caem na Terra ao longo de um ano", reiterou o professor, autor do livro "Fim de milênio".
Segundo a Nasa e a ESA, agência espaciais americana e europeia, respectivamente, não há ligação com a passagem do asteroide 2012 DA 14 ainda nesta sexta-feira, em um trajeto próximo ao planeta. 
Este é um dos eventos cósmicos mais impressionantes a ocorrer na Rússia desde o Tunguska, em 1908, quando um meteoroide provocou uma explosão na sibéria.

"Teste militar norte-americano"

Apesar do relato do Ministério para Situações de Emergência da Rússia confirmando a desintegração do meteoro, o vice-presidente da Duma (a Câmara dos Deputados russa), Vladimir Zhirinovsky, afirmou que a explosão tratou-se, na verdade, de um teste militar norte-americano, visando atingir a região das Urais, onde fica localizada a maior indústria de beneficiamento de combustível nuclear do país. 
Representantes do Ministério da Defesa argumentaram que a emergência não afeta as unidades de combate do Comando Militar Central e que havia alvos militares entre os edifícios danificados. (Com agências internacionais)
*uol

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Charge foto e frase do dia




A imprensa brasileira não é democrática

 


Emir Sader


A imprensa tradicional brasileira, a velha mídia, não é democrática, de qualquer ponto de vista que seja analisada.
Antes de tudo, porque não é pluralista. Do editorial à ultima página, a visão dos donos da publicação permeia tudo, tudo é editorializado. Não podem, assim, ter espaço para várias interpretações da realidade, deformada, esta, pela própria interpretação dominante na publicação, do começo ao fim.
Não é democrática porque não contém espaços para distintos pontos de vista nas páginas de debate, com pequenas exceções, que servem para confirmar a regra.
Não é democrática porque expressa o ponto de vista da minoria do país, que tem sido sistematicamente derrotada desde 2002, e provavelmente seguirá sendo derrotada. Não expressa a nova maioria de opinião política que elegeu e reelegeu Lula, elegeu e provavelmente reelegerá a Dilma. A imprensa brasileira expressa a opinião e os interesses da minoria do país.
Não é democrática, porque não se ancora em empresas públicas, mas em empresas privadas, que vivem do lucro. Assim, busca retorno econômico, o que faz com que dependa, essencialmente, não dos eventuais leitores, ouvintes ou telespectadores, mas das agências de publicidade e das grandes empresas que ocupam os enormes espaços publicitários.
São empresas que buscam rentabilidade para sobreviver. Que não se interessam por ter mais público, mas público “qualificado”, isto é, o de maior poder aquisitivo, para mostrar às agências de publicidade que devem anunciar aí. São financiadas, assim, pelas grandes empresas privadas, com quem têm o rabo preso, contra cujos interesses não vão atuar, o que seria dar um tiro no próprio pé.
Não bastasse tudo isso, as grandes empresas da mídia privada são empresas de propriedade familiar. Marinho, Civita, Frias, Mesquita – são não apenas os proprietários, mas seus familiares ocupam os postos decisivos dentro de cada empresa. Não há nenhuma forma de democracia no funcionamento da imprensa privada - são oligarquias, que escolhem entre seus membros os seus sucessores. Nem sequer pro forma há formas de rotatividade. Os membros das famílias ficam dirigindo a empresa até se aposentarem ou morrerem, e designam o filho para sucedê-los.
Tampouco há democracia, nem sequer formal, nas redações dessas empresas. Não são os jornalistas que escolhem os editores. São estes nomeados – e eventualmente demitidos – pelos donos da empresa, os que decidem as pautas, que têm que ser realizadas pelos jornalistas, com as orientações editorializadas da direção.
Uma mídia que quer classificar quem – partidos, governos etc. – é democrático, é autoritária, ditatorial, no seu funcionamento, tanto na eleição dos seus dirigentes, quanto na dinâmica das suas redações.
Como resultado, não é estranho que essa mídia tenha estado ferreamente contra os mais populares e os mais importantes dirigentes políticos do Brasil – Getúlio e Lula. Não por acaso estiveram contra a Revolução de 30 e a favor do movimento contrarrevolucionário de 1932 e o golpe de 1964, que instalou a mais a sangrenta ditadura da nossa história.
Coerentemente, apoiaram os governos de Fernando Collor e de FHC, e se erigiram em direção da oposição aos governos do Lula e da Dilma.
Em suma, a velha imprensa brasileira não é democrática, é um resquício sobrevivente do passado oligárquico do Brasil, que começa a ser superado por governos a que – obviamente – essa imprensa se opõem frontalmente.
A democratização do país começou pelas esferas econômica e social, precisa agora chegar urgentemente às esferas políticas – Congresso, Judiciário – e à imprensa.
País democrático não é só aquele que distribui de forma relativamente igualitária os bens que a sociedade produz, mas o que tem representações políticas eleitas pela vontade popular, e não pelo poder do dinheiro. E que forma suas opiniões de forma pluralista e não oligárquica. Um país em que ninguém deixa de falar, mas em que todos falam para todos.
POSTADO POR SARAIVA13 
*cutucandodeleve

O complô do narcotráfico e da CIA na América Latina 

 


Um novo documentário, feito a partir de denúncias veiculadas nos últimos meses, mostra a participação da CIA no tráfico internacional de drogas e o uso desse dinheiro para financiar as atividades não declaradas do braço da inteligência norte-americano, sob a proteção do governo chileno.
Entre outras revelações, o vídeo amplia as denúncias do ex-agente Fernando Ulloa, da Polícia de Investigação (PDI) sobre a entrada mensal de cerca de 300 kg de cocaína no Chile. Segundo ele, o carregamento é protegido por funcionários da própria polícia federal chilena, carabineiros e elementos das Forças Armadas.
Também aprofunda a informação divulgada pelo jornalista Patrício Mery, (link) ao mostrar os nomes e antecedentes completos dos envolvidos na denúncia do complô para desestabilizar o governo de Rafael Correa em 2010, utilizando recursos do narcotráfico.
O documentário mostra o vínculo entre as mortes do soldado Fabian Vega e do portenho Néstor Madariaga Juantok, com rede de contrabando de anos anteriores. E também denuncia o delegado Luis Carreño Lohn, da PDI e o ex-oficial do exército, José Miguel Pizarro , como ativos agentes da CIA no Chile.
Lembrando o escândalos Irã-Contras, o documentário traz o testemunho do norte-americano Ivã Barambyka, ex-colaborador da CIA na América central. Ele assegura ter traficado cocaína nos anos 80 junto com o filho mais velho do general Pinochet, Marco Antônio Pinochet, com o respaldo da Direção Nacional de Inteligência (CNI) e do exército chileno.
O documentário enfim, cobra explicações do governo de Sebastião Piñera sobre as graves denúncias do ex-inspetor Ulloa, que está refugiado na Embaixada do Equador no Chile, depois de ter recebido ameaças de morte por parte da Brigada de Inteligência das Polícias Especiais (BIPE) da Polícia de Investigação.
Assista: 

*Tecedora

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Charge foto e frase do dia





Onde está Rubens Paiva?

Link to Jornal A Verdade


Posted: 12 Feb 2013 12:06 PM PST
Leia em nosso site: Onde está Rubens Paiva?
Rubens Paiva e família1971 – Uma nuvem escura cobria os céus de todo o Brasil. Apesar disso, o sol brilhava naquele dia 20 de janeiro, no Rio. Feriado. Dia do padroeiro da cidade, São Sebastião. Por volta de meio dia, uma família voltava da praia. Rubens Beirodt Paiva, sua mulher Maria Eunice Facciola Paiva e duas filhas: Vera e Eliane. Ao chegar a casa, são abordados por seis homens, que detêm Rubens e dizem que vão levá-lo para a delegacia, para um depoimento, “coisa de rotina”. Ele foi, escoltado, dirigindo o próprio carro. Nunca mais voltou.
Rubens Paiva tinha então 41 anos, era industrial, engenheiro civil formado em 1954 na Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, São Paulo, seu Estado natal (nasceu em Santos, no ano de 1929). Foi engenheiro construtor de Brasília, depois deputado eleito pelo povo, cassado e exilado em 1964. Foi Vice-Presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP) e deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-SP). Na Câmara, destacou-se pela defesa de bandeiras nacionalistas. Quando sobreveio o golpe civil-militar de 1964, ele era Vice-Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava o recebimento de dólares pelo Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), fachada utilizada pela CIA estadunidense para financiar atividades de desestabilização do Governo de João Goulart.
Cassado pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1), Rubens Paiva esteve algum tempo no exílio e, retornando ao Brasil, passou a atuar na resistência à ditadura, escondendo militantes perseguidos e ajudando-os a sair para o exterior, enviando denúncias de tortura para organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. Não era comunista, não pertencia a nenhuma organização revolucionária. Desenvolvia atividades, podemos definir, humanitárias.
Torturas e Mentiras
No dia seguinte, os policiais levaram para o quartel da Polícia do Exército, na Rua Barão de Mesquita, onde operava o DOI-CODI, Maria Eunice e a filha do casal, Eliane, de 15 anos. A adolescente foi libertada 24 horas depois e Eunice ficou presa, incomunicável, durante 15 dias.
Ao sair, não teve mais notícia do esposo. Tomou conhecimento de uma versão divulgada pelos jornais e pela televisão, segundo a qual ao ser transferido para outra unidade militar, um grupo “terrorista” teria resgatado o prisioneiro. Era mentira, como tantas outras farsas montadas para encobrir o assassinato dos militantes oposicionistas, por meio de bárbaras torturas, nos porões das Forças Armadas.
Maria Eunice não acreditou. Buscava informações nas unidades do Exército e a resposta é que o prisioneiro nunca havia estado lá. Conseguiu falar com o então Ministro da Justiça, Alfredo Buzaid, que admitiu a possibilidade de Rubens ter sofrido arranhões durante o interrogatório, mas prometia sua libertação em 15 dias.
O advogado Lino Machado, por sua vez, ingressou com três pedidos de habeas-corpus, visando a, pelo menos, identificar os responsáveis pela prisão, mas nada conseguiu. Eunice enviou carta ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, mais uma farsa da ditadura, em que afirmava entre outras coisas: “Rubens é um homem de bem, pai de família exemplar, engenheiro competente, cidadão probo e honrado, empresário responsável e capaz… Não viu contra si, no entanto, instaurar-se nenhum inquérito policial-militar ou processo penal. Não lhe foi feita jamais, acusação de nenhuma natureza. De que hoje o acusam? Onde está? Para onde o conduziram?…Onde estão, afinal, os compromissos do país, assumidos solenemente em suas constituições desde o alvorecer da República e no âmbito internacional, como nação cristã e civilizada, através da adesão às Declarações Universais dos Direitos do Homem da ONU e da OEA? Como admitir a insegurança terrível dos seqüestros ou raptos tornados oficiais?”. O Conselho, presidido pelo próprio Alfredo Buzaid, nada respondeu e simplesmente arquivou o pedido.
Testemunhos da morte bárbara
Da Barão de Mesquita, a “Casa da Morte”, Rubens Paiva foi conduzido para a III Zona Aérea, onde foi torturado junto com as prisioneiras Cecília Viveiros de Castro e Marilena Corona. Por ter amparado uma delas, que desmaiou, Rubens foi atingido por um soco e reagiu com palavrões, o suficiente para todo o grupo de torturadores cair sobre ele, desferindo-lhe pauladas e pontapés, até transformá-lo numa poça de sangue. Em 1986, o oficial-médico do Exército, Amílcar Lobo, que dava “assistência” aos torturados, reanimando-os para que pudessem ser submetidos a mais violência, declarou à revista Veja que viu Rubens Paiva “arrebentado e ensangüentado” no DOI-CODI do Rio de Janeiro, para onde retornou, depois de ser torturado na III Zona Aérea.
A partir desse depoimento e apoiado também no testemunho das prisioneiras citadas, em 1987, o Procurador-Geral da Justiça Militar, Francisco Leite Chaves, instaurou processo penal na Primeira Auditoria Militar do Rio. Chegou aos culpados, mas os autos foram destruídos e o processo arquivado. Como culpados, o processo apontou o coronel Ronald José da Motta Batista Leão, que era chefe da II Seção do I Exército; o Capitão de Cavalaria, João Câmara Gomes Carneiro (João Coco); o subtenente Ariedisse Barbosa Torres, o major PM-RJ, Riscala Corbage e o segundo-sargento Eduardo Ribeiro Nunes.
A Luta pela Reparação
Em 1991, a família ingressou com ação ordinária de indenização contra a União, por danos morais e patrimoniais. A ação nunca foi julgada.
Em 1988, o então suplente de senador, Fernando Henrique Cardoso, afirmou em artigo intitulado “Sem esquecimento”: “O riso franco de Rubens Paiva, sua bonomia, seu modo de ser generoso e de ajudar na mudança das coisas vivem, hoje, apenas na memória dos que o conheceram. Mas viverão enquanto vivermos. E ajudarão a impedir que haja esquecimentos”.
Presidente da República, em seu primeiro mandato, FHC conversou com o Secretário-Geral da Anistia Internacional, Pierre Saué, sobre a situação das famílias de 144 desaparecidos e lhe disse “É um passado complicado de remexer, que incomoda muitos setores”.
Marcelo Rubens Paiva, filho do herói, escritor, reagiu em artigo publicado pela revista Veja, edição de Maio/95: “Como filho de um desaparecido, tenho mil motivos para ficar indignado com o silêncio das autoridades brasileiras. Como cidadão, eu me pergunto se já não chegou o dia de os militares brasileiros… imitarem seus colegas argentinos, abrirem os arquivos, excluírem os antigos torturadores e apontarem aqueles que sujam o nome da corporação. Eu me pergunto como a nova geração de oficiais consegue conviver com a mancha de um passado tão sombrio.”
A Comissão Nacional de Familiares de Mortos e Desaparecidos e os Movimentos de Defesa dos Direitos Humanos e contra a tortura conseguiram mobilizar setores da sociedade, obter apoio no Congresso e em 4 de dezembro de 1995, o Presidente FHC sancionava a Lei nº 9.140, reconhecendo como mortas as pessoas desaparecidas em razão da participação em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1974 e estabelecendo uma indenização para suas famílias a título reparatório.
Foi criada uma comissão especial para analisar os processos. As famílias ficaram com o ônus da prova. Foi muita luta para conseguir desmontar as versões oficiais, mas a grande maioria conseguiu comprovar a responsabilidade do Estado no desaparecimento de seus parentes. Entre eles, Rubens Paiva, herói do povo brasileiro.
A Hora da Verdade
A Lei 12528/2011 criou a Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituída em maio de 2012, com a finalidade de apurar graves violações de Direitos Humanos, praticadas por agentes públicos, ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
Segundo o ex-Procurador Geral da República, Cláudio Fonteles, que coordena a CNV, documentos encontrados no Arquivo Nacional em Brasília e na residência do coronel Júlio Molinas, chefe do DOI-Codi do Primeiro Exército, assassinado em Porto Alegre, comprovam que Rubens Paiva foi realmente executado pela repressão militar.
Em depoimento à imprensa, Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, professora de psicologia na USP, afirma que “…depois que estiver concluído o relatório da comissão, cabe ao Brasil decidir o que quer para o país. Nós vamos esquecer e dizer tudo bem? E vamos perdoar quem fez? Ou vamos dizer que isso é inaceitável hoje, ontem e no futuro? Será um segundo debate político e democrático para traçar o futuro do Brasil.
Não falo apenas do cotidiano das famílias marcadas pelo período de exceção. Incontáveis famílias ainda hoje, em 2011, sofrem em todo o Brasil com prisões arbitrárias, sequestros, humilhação e a tortura. Sem advogado de defesa, sem fiança. Inúmeros dados indicam que especialmente brasileiros mais pobres e mais pretos, ou interpretados como homossexuais, ainda são cotidianamente agredidos sem defesa nas ruas, ou são presos arbitrariamente, sem direito ao respeito, sem garantia de seus direitos mais básicos à não discriminação e à integridade física e moral que a Declaração dos Direitos Humanos consagrou na ONU depois dos horrores do nazismo em 1948. Isso tudo continua acontecendo”.
Se ficarmos omissos, alerta Vera Paiva, “ …seremos cúmplices do sofrimento de milhares de famílias ainda afetadas por essa herança de horror que agora não está apoiada em leis de exceção, mas segue inquestionada nos fatos”.
Luiz Alves é advogado e escritor
Obras Consultadas
- Mortos e Desaparecidos Políticos: Reparação ou Impunidade? Organizado por Janaína Teles, São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2000.
- Dos filhos deste solo, Nilmário Mranda e Carlos Tibúrcio. Editora Fundação Perseu Abramo e Boitempo Editorial, São Paulo, 1999.
 

 

Leia em nosso site: Vá em frente, Latuff!
Carlos LatuffCarlos Latuff, 44, cartunista renomado que afirmou sua arte denunciando os crimes contra a humanidade, especialmente os praticados contra o povo palestino e o seu legítimo direito a organizar um Estado soberano e autônomo, vem sendo perseguido sistematicamente pelos nazi-sionistas de plantão. Em novembro de 2012, o rabino Marvin Hiers, fundador do Centro Simon Wiesenthal, acusou-o publicamente na internet de ser “pior que antissemita” por fazer críticas, através de charges, ao governo de Benjamin Nethanyahu e sua política de bombardear os territórios palestinos. Latuff foi considerado o terceiro maior antissemita da atualidade, atrás somente do líder Mohammed Badie (guia espiritual do partido islâmicoegípcio Irmandade Muçulmana), e do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad.  Depois dele vem um clube inglês que, num bairro judeu de Londres, louva as câmeras de gás; partidos antissemitas na Grécia e na Ucrânia também vêm depois do nome do cartunista brasileiro. Latuff há 13 anos colabora com A Verdade. Dedica seus traços a desenvolver a consciência do povo, dos trabalhadores, e a fortalecer uma imprensa socialista comprometida com as mesmas causas defendidas por ele. Destemido e corajoso, nunca compactuou com as injustiças promovidas pelos seguidos governos de Israel contra uma população praticamente indefesa que se utilizou de pedras para impedir que um dos países mais bem-armados do mundo dizimasse toda uma nação por considerar que as terras palestinas são solo sagrado judeu.
O cineasta Sílvio Tendler, em sua carta de agradecimento à solidariedade manifestada por Latuff quando do seu indiciamento por processo movido contra ele pelo presidente do Clube Militar, diz: “Antissionista, sim; antissemita, não. Até porque, de descendência árabe, você também é semita…”. Fica claro que o rabino que o acusa quer criar confusão a fim de defender o indefensável: o governo terrorista e assassino de Israel.
Até a desmoralizada Organização das Nações Unidas, a ONU, se rendeu às pressões internacionais e, numa decisão inédita, em 29 de novembro do ano passado, reconheceu os territórios palestinos como um Estado Não Membro da organização, com status político de observador, tal como o Vaticano. Desta forma, os palestinos terão direito a participar de agências das Nações Unidas. Ao mesmo tempo, a Palestina poderá recorrer aos organismos da ONU e à Corte Penal Internacional para protestar, pedir sanções internacionais ou mesmo solicitar uma intervenção militar contra a ocupação do seu território por Israel, por exemplo. Os neonazistas travestidos de defensores do antissemitismo estão com seus dias contados, assim como os governos sionistas de Israel que pregam a guerra fratricida entre os povos árabes, para facilitar e justificar as intervenções militares e o roubo das riquezas minerais estratégicas do Oriente Médio pelo imperialismo.
Vá em frente, Latuff, porque os verdadeiros democratas, amantes da paz e defensores dos direitos dos povos à sua autodeterminação, independência e soberania sempre estarão ao seu lado e de todos aqueles que agem sem medo dos poderosos e exploradores dos povos.
(Subscreva o abaixo-assinado em solidariedade a Latuff:jakobskind@hotmail.com)