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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 07, 2013

Charge foto e frase do dia















































homofóbicos, que são pessoas que sentem grande desconforto quando pensam em homossexualidade, frequentemente são homossexuais reprimindo suas próprias tendências biológicas.


  • A pesquisa foi feita em uma universidade da Geórgia, EUA. Foi feita 17 anos atrás, apesar de nunca ter sido contestada.
    Antes de tudo, os especialistas perguntaram a homens heterossexuais o quão confortável eles se sentiam ao redor de homens gays. Com base nesses resultados, dividiram os voluntários em dois grupos: os que exibiam sinais de homofobia (com 35 participantes) e os definitivamente não-homofóbicos (neste, eram 29, no total). O primeiro, dos homofóbicos, eram pessoas que tinham respondido com uma grande maioria de “sim” a perguntas como “sente-se desconfortável trabalhando ao lado de homossexuais?”, “ficaria nervoso num grupo de homossexuais?”, e “se um membro do gênero masculino se insinuasse para você, ficaria furioso?”. O segundo, grupo dos não-homofóbicos, haviam cravado uma grande maioria de “não” a todas essas perguntas.

    Aí começou o teste.

    Os cientistas levaram os rapazes para uma sala com luz baixa, pediram para que se sentassem numa cadeira reclinável e entregaram um pletismógrafo a cada um. Pletismógrafo é uma palavra que vem do grego plethynen (crescimento) e graphein (registrar, medir): “medidor de crescimento”. Trata-se de uma argola de borracha recheada de mercúrio líquido. A argola deve ser colocada ao redor do objeto que se quer medir. Se o objeto crescer, ela estica, a camada de mercúrio fica mais fina e a engenhoca registra o aumento de tamanho. A engenhoca, segundo os cientistas, era capaz de identificar a excitação sexual sem confundi-la com outros tipos de excitação (como nervosismo ou medo). O objeto a ser medido era o pênis.

    Todos os homens foram colocados em salinhas privativas para assistir a vídeos “quentes”, de quatro minutos cada: um mostrava cenas de sexo entre um homem e uma mulher; outro, entre duas mulheres; e o último, entre dois homens. Enquanto a sessão se desenrolava, o plestimógrafo ia medindo os níveis de excitação sexual de cada participante.

    Eis os resultados: enquanto assistiam aos vídeos de sexo heterossexual ou lésbico, tanto o grupo homofóbico quanto o não-homofóbico tiveram “aumento da circunferência do pênis”. Em outras palavras, gostaram do que viram. Mas durante o vídeo de sexo homossexual, “apenas o grupo homofóbico exibiu sinais de excitação sexual“, afirma o estudo. Pois é, eles até disseram que preferiam manter distância dos gays. Mas, opa, seus pênis contaram outra história.

    Depois do teste, os cientistas perguntavam a cada um se eles tinham tido ereção. Os homofóbicos que o pletismógrafo flagrou olhavam para os pesquisadores e respondiam convictos: “não”.

    Para resumir: homofóbicos, que são pessoas que sentem grande desconforto quando pensam em homossexualidade, frequentemente são homossexuais reprimindo suas próprias tendências biológicas. A pesquisa não foi contestada em 17 anos e suas conclusões foram reforçadas por outro teste mais preciso realizado na Inglaterra no ano passado, com imagens cerebrais de homofóbicos.

    Claro que nem todos os homofóbicos são gays: pode ser cultural (a pessoa ser homofóbica) ou simplesmente uma dificuldade de lidar com o diferente. Mas pessoas que nascem gays em ambientes repressivos muitas vezes aprendem a suprimir a homossexualidade e sentem raiva dela. Essa “autorraiva” acaba projetada para fora, contra aquilo que parece com o que se odeia em si próprio. É como escreveu o psicanalista ítalo-brasileiro Contardo Calligaris em sua coluna na Folha de S.Paulo: “quando reações são excessivas e difíceis de serem justificadas, é porque emanam de um conflito interno”.

    Estudo em inglês:
    http://www.aganim.org.br/aganim/index637e.html?option=com_content&view=article&id=90%3Ahomofobicos-sao-gays-enrustido&catid=1%3Anoticiass&Itemid=53
    https://my.psychologytoday.com/files/u47/Henry_et_al.pdf
    http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/2013/04/29/homofobia-e-coisa-de-veado/
    http://www.youtube.com/watch?v=qVb8KtlMgmE

Satyagraha – Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi


Satyagraha - Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi
Satyagraha – Protesto não violento de luta Anti-Imperialista de Mahatma Gandhi
O Satyagraha é conhecido como filosofia de protesto não violento/Anarcopacifismo ou Anarquismo Pacifista de luta anti-imperialista , ou resistência passiva. Elaborado por Mahatma Gandhi, o Satyagraha foi introduzido na África do Sul (1906) e, a partir de 1917, desenvolveu na Índia no período que antecedeu a independência da Grã-Bretanha, também utilizado na União da África do Sul na luta contra a discriminação racial sofrida pelos índios no país.
Satyagraha Protesto pacifico
O Satyagraha procura conquistar através da submissão, trata-se de recusar e submeter-se ou cooperar com qualquer coisa entendida ou subentendida como errada, mas respeitando o princípio da não-violência, a fim de manter a tranquilidade de espírito necessária para a percepção e compreensão.
Satyagraha
O Satyagraha recebeu ampla aplicação no movimento de libertação nacional dos povos indígenas contra os colonizadores britânicos entre 1918 e 1947.
Satyagraha Protesto AnarcoPacifista
Ele incluía medidas como comícios, manifestações, paralisações, boicote de instituições britânicas e da administração colonial, e, como uma medida extrema, a recusa de pagar impostos.
Satyagraha  Protesto não violento de luta

Lula é declarado 'hóspede ilustre' em Lima e recebe medalha e mais dois títulos de doutor honoris


O ex-presidente Lula foi declarado "hóspede ilustre" e recebeu a medalha Cidade de Lima, entregue nesta quarta-feira pela prefeita da capital peruana, Susana Villarán. Ela entregou a Lula a máxima distinção da prefeitura de Lima em reconhecimento aos seus esforços para promover a relação entre Peru e Brasil e por "seu compromisso com os mais pobres".
Ao aceitar a distinção, Lula ressaltou que "os pobres devem ser prioridade para os governos, que devem incluí-los em seus orçamentos". O ex-presidente chegou na terça-feira a Lima e inaugurou hoje, com o presidente peruano, Ollanta Humala, um fórum de empresários brasileiros e peruanos, organizado para celebrar o décimo aniversário de uma aliança estratégica econômica entre os países.

Lula também receberá ainda nesta quarta-feira o título de doutor honoris causa da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, e depois terá um encontro com universitários, após o qual viajará para o Equador.

Lula recebe condecoração máxima de presidente do Equador

O presidente equatoriano, Rafael Correa, entregou nesta quinta-feira a máxima condecoração do país - a Ordem Nacional de San Lorenzo - ao ex-presidente Lula, no Palácio de Carondelet.

O Equador homenageou Lula "por sua vocação de humanista a serviço das classes mais necessitadas, por seu estímulo à integração latino-americana e por seu apoio em benefício à maior aproximação entre Equador e Brasil", segundo um decreto presidencial que ordena a condecoração, divulgado durante a cerimônia.

No Salão Amarelo do Palácio, o presidente Correa colocou o grande colar dourado e vermelho em Lula, dando-lhe um abraço em seguida.

Visivelmente emocionado, Lula dedicou vários elogios a Correa em seu discurso de aceitação, a quem chamou de "um dos líderes políticos mais fortes que conheço" e agradeceu "pelo reconhecimento, mas principalmente pelo carinho" por parte do governo do Equador.

"Acredito cada vez mais na integração. América do Sul e América Latina têm de formar um bloco forte e você (Correa) será cada vez mais importante. Assim, muito obrigado, companheiro, sinceramente, muito obrigado, você pode contar sempre comigo", frisou Lula.

Antes de Quito, Lula já havia passado por Bogotá e Lima. "É um privilégio, para mim, conceder-lhe a condecoração da Ordem Nacional de San Lorenzo como demonstração de respeito, admiração e carinho profundo que sente nosso povo pelo presidente Lula", declarou Correa. "Lula é um do maiores artífices modernos da grande pátria com que sonhamos", completou Correa.

O ex-presidente permanece em Quito até sexta, onde receberá três títulos de Doutor "Honoris Causa" da Universidade Internacional do Equador, Universidade Andina Simón Bolivar e da Escola Politécnica do Litoral. Lula também fará uma conferência na Câmara de Comércio Equatoriano-Brasileira. 

*osamigosdopresidentelula

Barroso: STF
pode rever Anistia !

“Essa é uma questão política. Quem tem posição deve tomar”, disse o novo ministro

http://www.conversaafiada.com.br/wp-content/uploads/2013/06/ChargeBessinha_BarrosoForro.jpg

‘Em tese’, diz novo ministro, Supremo pode rever Lei da Anistia


Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

O ministro recém-nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (7) que, com uma nova composição, “em tese” há possibilidade de o tribunal rever a Lei de Anistia .

Em 2010, por sete votos a dois, o STF confirmou a validade da lei que estabeleceu a abrangência da anistia para casos de tortura e crimes comuns cometidos por agentes do Estado e por civis durante a ditadura militar (1964-1985). Depois disso, entraram no tribunal quatro novos ministros (Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e agora Luís Roberto Barroso). No total, o Supremo tem 11 ministros.

Perguntado se o entendimento do tribunal em 2010 poderia ser revisto agora, ele respondeu: “Em tese, sim. Tenho conforto de falar sobre isso porque o [Cesare] Battisti [ex-ativista italiano acusado em seu país] não foi anistiado. A Itália não teve mesmo opção. Na vida, você pode ter lições de justiça ou lições de paz. Essa é uma questão política. Quem tem posição deve tomar”, disse o novo ministro, para quem caberia ao Congresso essa decisão.

Barroso, cuja nomeação foi publicada na manhã desta sexta no “Diário Oficial da União”, conversou à tarde com jornalistas. Ele informou que tomará posse no próximo dia 26.
PHA

Governo do Uruguai quer venda de maconha nas farmácias

Yeah man!


Estadão 

Governo do Uruguai quer venda de maconha nas farmácias (turistas ficam fora do basê de blend uruguaio)


Uruguai, grande consumidor de erva-mate, poderia permitir a compra pública da outra erva, a cannabis sativa. Mas, de forma fiscalizada. Os fumantes da maconha terão um teto para a compra de cigarros de maconha e estarão dentro de um registro nacional. Turistas, fora do basê de blend uruguaio. Acima, cuia, bomba e erva-mate. Por enquanto, esta é a única erva legal. A outra terá que passar pelo crivo do Parlamento em Montevidéu, possivelmente em julho. O assunto estava em stand by desde o ano passado. Mas, agora parece que a coisa vai. O Parlamento poderia votar o projeto até o final deste mês.
O bloco parlamentar da Frente Ampla, a coalizão do governo do presidente José ‘Pepe’ Mujica do Uruguai, chegou a um consenso sobre o projeto para a legalização da produção e comercialização da maconha no país. O acordo entre os parlamentares dessa coalizão, que integra democratas-cristãos e ex-guerrilheiros tupamaros, além de comunistas e socialistas moderados, implica na venda de maconha nas farmácias.
Segundo o deputado socialista Julio Bango, o Centro de Farmácias (associação dos setor no Uruguai), solicitou estar a cargo da comercialização da droga. No ano passado o governo Mujica anunciou que enviaria um projeto de lei para descriminalizar a produção e consumo da maconha.
A ideia era de tornar o Estado uruguaio na entidade encarregada do “controle, regulação das atividades de importação, exportação, plantio, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição da cannabis o seus derivados”. O plano original previa uma produção em fazendas estatais e a distribuição em quiosques controlados pelo Estado uruguaio.

CANNABIS QUAE SERA TAMEN - 

Mas, o governo passou longos meses até elaborar um projeto de consenso dentro da coalizão Frente Ampla, que indicavam para os mais afoitos que haveria cannabis, mesmo quae sera tamen. Depois de um período em stand by (no Brasil várias pessoas até pensavam que a maconha já estava totalmente liberada no Uruguai), o assunto voltou à arena.
Nas últimas semanas as farmácias pressionaram os parlamentares para ficar com a distribuição, alegando que constituem os profissionais mais idôneos para realizar a tarefa. O setor também admite que a comercialização da droga poderá salvar as farmácias uruguaias da crise econômica que padecem.
Segundo um dos diretores da associação que reúne as farmácias, Fernando Cabrera, as farmácias estão habilitadas pelo Ministério da Saúde para vender e assessorar sobre o consumo de drogas legais. Além disso, afirma, elas possuem os “mecanismos de segurança e a logística necessária”.

CONSUMIDORES - 

O plano do governo do presidente Mujica é que 25 mil consumidores diários (e outros 70 mil que consomem esporadicamente) possam ter acesso à maconha. 
Os consumidores contarão com três alternativas:
a) Uma delas é a do auto-cultivo, com um máximo de seis pés de maconha por pessoa. Isto é, estas pessoas teriam que recorrer ao quintal, o vasinho na varanda, etc, para realizar o auto-abastecimento.
b) Outra opção é a de registrar-se em ‘clubes’ que plantarão a cannabis sativa e a distribuirão entre seus membros.
c) A terceira alternativa será a de comprar nas farmácias, com um máximo de 40 gramas mensais.
No entanto, em todos os casos os consumidores – frequentes ou ocasionais – deverão registrar-se no Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Irca), organismo ainda a ser criado pelo governo Mujica. O Irca estará a cargo de fornecer as licenças aos plantadores privados de maconha, aos clubes e às farmácias que integrem a rede de distribuição.
O projeto de lei também prevê que a Junta Nacional de Drogas faça pelo menos uma campanha anual de educação e prevenção dos danos gerados pelo consumo da maconha. O dinheiro para estas campanhas será propiciado pelas verbas provenientes da venda da droga aos consumidores registrados.
O governo determinará a proibição de publicidade a favor do consumo da maconha.
SEM AMSTERDAM DO PRATA - 

Os parlamentares uruguaios não pretendem que Montevidéu transforme-se em uma espécie de Amsterdam sobre o rio da Prata, com dezenas de milhares de turistas estrangeiros desembarcando no aeroporto de Carrasco para consumir a cannabis nas ruas da capital. Ao contrário. A legislação indica que o compra da maconha somente estará permitida para os uruguaios e estrangeiros residentes que estejam dentro do Registro Nacional a ser criado. Isto é: maconha uruguaia para os uruguaios.
PERMITIDA MAS PROIBIDA - 

O consumo da maconha esteve permitido ao longo dos últimos 40 anos no Uruguai. No entanto, ao longo do mesmo período estava proibida a compra da droga. Segundo o deputado Bango, essa situação “era uma espécie de esquizofrenia social na qual se permite o consumo da maconha mas obriga-se o usuário a cometer um delito para comprá-la”.
Bango afirmou que o governo tem a expectativa de debater e aprovar projeto de lei no Parlamento até o final deste mês.
No entanto, o principal partido da oposição, o “Nacional” (também conhecido como “Blanco”, de posições nacionalistas-conservadoras), anunciou que se opõe à legalização da venda da maconha. Caso o projeto seja aprovado no Parlamento, o Partido Nacional promete convocar um plebiscito sobre o assunto, para tentar revogar a lei.
Para conseguir a realização de um plebiscito o partido precisará obter a assinatura de 2% do eleitorado, isto é, 52 mil cidadãos uruguaios.
Caso os Nacionais consigam o número mínimo requerido de assinaturas, a Corte Eleitoral convocará – em um prazo de 90 dias – uma jornada de voto não-obrigatório para definir o caso.
No entanto, o plebiscito somente valerá se comparecerem pelo menos 25% dos eleitores uruguaios, isto é, 600 mil pessoas. Desta forma, o caso seria resolvido diretamente nas urnas.
Uma pesquisa da consultoria Cifra indicou no mês passado que ao redor de 60% dos uruguaios estão contra o plano do governo Mujica de venda livre da maconha (na contra-mão, as pesquisas indicavam que 60% das pessoas eram a favor da lei de aborto).
VOCABULÁRIO

Maconha: Não existe o portunholesco “Macuenha”. Maconha é “Marihuana” mesmo.

Porro: O cigarro de maconha.

NÚMEROS

Consumidores diários de maconha no Uruguai: De 20 a 25 mil
Consumidores ocasionais de maconha no Uruguai: 70 mil
População total do Uruguai: 3,3 milhões.
Segundo a Junta Nacional de Drogas, 20% dos uruguaios entre 15 e 60 anos já consumiram maconha alguma vez na vida.
Maconha necessária para atender a demanda nacional: 27 toneladas por ano
Área estimada (pelo governo) necessária de plantio de maconha: 100 hectares
O mais famoso presidente da História do Uruguai foi José Batlle y Ordóñez, figura reverenciada pela direita, a esquerda e o centro. Ele implementou uma série de reformas políticas e econômicas que transformariam o pequeno país em uma nação de medidas de vanguarda.
UM PEQUENO PAÍS DE VANGUARDA - 

Discretamente, sem estardalhaço, desde o início do século vinte o Uruguai caracterizou-se por ser um país de leis de vanguarda na América Latina. Em 1907 aprovou a lei de divórcio (sete décadas antes de todos seus vizinhos); em 1915 implementou a jornada de oito horas de trabalho; em 1932 tornou-se o segundo país das Américas a conceder o direito de voto às mulheres (o primeiro foi os EUA).
Um século depois das primeiras leis o país continuou com sua tradição de vanguarda ao transformar-se em 2007 no primeiro Estado latino-americano a contar com uma lei de união civil entre pessoas do mesmo sexo em todo seu território.
Desde abril passado o Uruguai foi um passo além da união civil e também conta com o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em 2008 o Parlamento uruguaio aprovou uma lei que castiga os pais que inflijam punições físicas a seus filhos. Em 2009 o Parlamento abriu as portas para a adoção de crianças por parte de casais homossexuais. A comunidade gay uruguaia também foi beneficiada em 2010 com o fim das restrições à entrada de homossexuais nas Forças Armadas.
Em 2010 o Parlamento também aprovou a lei de despenalização do aborto. No entanto, a lei foi vetada pelo presidente Tabaré Vázquez, médico socialista que alegou questões éticas médicas (ele foi o principal oncologista do país).
Mas, um novo projeto foi apresentado no governo de José Mujica, no ano passado. O parlamento o aprovou e Mujica confirmou a lei.
A legislação permite que as mulheres possam solicitar um aborto durante as primeiras doze semanas de gravidez. No caso de estupro, a norma amplia o período para 14 semanas.
Além disso, o Uruguai e considerado o país mais laico das Américas. O juramento de posse do presidente exclui qualquer referência a Deus já que ele jura por sua honra pessoal e a Constituição. Não há crucifixos no Parlamento, sequer nas repartições ou hospitais públicos.
Os católicos “formais” (isto é, batizados mas não necessariamente praticantes) restringem-se a 47,1% da população. Somente 5% são católicos praticantes.
Outros 40,4% dos uruguaios não possuem religião alguma.
*Cappacete

A internet primeiro massacrou a mídia impressa; agora é a vez da tevê.
Gugu pertence a um mundo em desintegração

A saída de Gugu da Record é um marco no mundo da mídia, menos por ele e mais pelas circunstâncias.

O que está dito, ali, é que a Era Digital, depois do massacre da mídia impressa, vai avançar ferozmente sobre a televisão.

A lógica é a mesma, e o roteiro também.

A internet reduz a audiência da tevê e, com isso, deixa insustentáveis os patamares de receitas publicitárias com os quais as emissoras se habituaram.

Lembre. Se a mídia impressa tinha outra fonte de receita – os assinantes – a tevê aberta depende da publicidade.

E o crescimento avassalador da internet levou num primeiro momento os anunciantes a deslocar seus investimentos da mídia impressa para o universo digital.

Concluída essa transição, a próxima vítima do deslocamento das verbas é a tevê. Não há BV, não há nada capaz de convencer anunciantes a colocar dinheiro em programas de tevê que ninguém mais vê.

Alguns anos atrás, a queda da tiragem dos jornais e das revistas prenunciavam o desastre publicitário. Agora, é o colapso generalizado das audiências de televisão.

Parece que as audiências de 60%, 70% da Globo pertencem a uma passado remoto. Quase todos os campeões de Ibope da emissora são uma fração do que foram.

Repare quantas vezes você lê que uma novela teve o pior Ibope da história, ou que o Faustão desceu ao abismo da audiência lado a lado com o Fantástico e outras marcas que vão sumindo das conversas e se tornando anacronismos na Era Digital..

Recentemente, vimos o esforço da Globo para promover o novo programa de humor. O resultado do empenho se traduziu numa medíocre audiência de 12%, e que aponta para baixo.

No passado, as pessoas guardavam o domingo para o Fantástico

Num artigo publicado na última edição da revista americana GQ, o jornalista e escritor Michael Wolff prestou um tributo a um ‘mundo morto’ em sua Nova York – aquele em que a capa da Time era esperada com ansiedade, e em que os figurões da mídia tradicional eram reverenciados.

“Acabou”, lamentou ele. Ninguém mais na cidade conhece os jornalistas que causavam sensação. Quanto à Time, a empresa proprietária tentou se desfazer dela, mas não encontrou comprador.

Uma visita ao imperial prédio da revista mostrou a Wolff que a redação estava com aparência desoladora. Ele notou, melancólico, até a sujeira provocada por restos de fast food.

O sentimento de fim dos dias de que fala Wolff é facilmente percebido também no Brasil.

Quem ainda lê revista, quem ainda assina jornal — quem reserva a noite de domingo para ver o Fantástico?

As demissões que se estão sendo feitas nas empresas de mídia apenas refletem esse cenário.

Não se trata de enxugar para se curar. Trata-se, isso sim, de enxugar para adiar a morte.

É dentro desse quadro fúnebre que se deve entender a saída de Gugu da Record.

Não cabe, nele, um salário de 3 milhões de reais, fora as despesas de produção. Onde a audiência para convencer os anunciantes a comparecer, onde o dinheiro para honrar a folha de pagamentos?

Onde a esperança de qualquer melhora no futuro?

A desintegração do mundo da mídia tal como o conhecemos vai ser um processo longo, sangrento, sofrido.

Com o tempo, as coisas vão se ajustar digitalmente. O jornalismo não está morrendo, por exemplo, ao contrário do que alguns dizem: está migrando de plataforma, apenas.

Mas até que a nova ordem se estabeleça, no espaço de alguns anos transientes que serão turbulentos para os velhos protagonistas, muito drama ocorrerá sob nossos olhos.
*

“Quando tínhamos uma taxa altíssima, o Brasil era o queridinho do mundo. Agora, certamente não temos a mais alta do mundo, mas ainda assim é elevada e isso não satisfaz a especulação internacional”

O que a 'Conspiradora Corrupta' sabe, mas finge que não sabe: Delfim Neto diz que a The Economist é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério e, ressalta ele, é justamente o que está acontecendo aqui no Brasil. “Nosso grande problema é a ingenuidade”, completa o ex-ministro.




Delfim Neto minimiza críticas de revista inglesa 'The Economist'

Ironia de revista é rebatida com bom humor: “não se pode dar confiança aos seus conselhos” 
Jornal do Brasil  Mauricio Athayde 
A publicação irônica da revista britânica The Economist, sugerindo a saída do cargo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve hoje uma análise do ex-ministro Antonio Delfim Neto tão ou mais irônica e com um bom humor de fazer inveja em inglês. 
Segundo Delfim, a The Economist é uma publicação de grande importância, quer se goste dela ou não, mas possui duas características que lhe são peculiares: é extremamente pretensiosa e tem uma ironia doentia. “Portanto, não se pode dar confiança aos seus conselhos e sugestões”, afirma ele. 

Delfim Neto diz que a The Economist é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério e, ressalta ele, é justamente o que está acontecendo aqui no Brasil. 
“Nosso grande problema é a ingenuidade”, completa o ex-ministro.  Delfim diz que a 'The Economist' é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério
Delfim diz que a 'The Economist' é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério 
Para Delfim, essa evidência em que se encontra o Brasil tem uma explicação nada bem humorada e muito menos irônica. 
Segundo ele, o que incomoda o sistema financeiro internacional é que as taxas de juros no país estão baixas. 
“Quando tínhamos uma taxa altíssima, o Brasil era o queridinho do mundo. Agora, certamente não temos a mais alta do mundo, mas ainda assim é elevada e isso não satisfaz a especulação internacional”, analisa Delfim Neto. 
Postado por Helio Borba 
*Cutucandodeleve

Estatuto do Nascituro: a mulher que se foda



por Clara Averbuck


Hoje o Estatuto do Nascituro foi aprovado na Comissão de Finanças.

Ainda falta ser aprovado na Comissão de Justiça a no Plenário. Mas não duvido nada que seja. Nunca ouviu falar do Estatuto do Nascituro? Basicamente é o seguinte: um ÓVULO FECUNDADO vai ter os mesmos direitos que eu, que a sua mãe, que a sua irmã e que a minha filha e todas as outras mulheres do Brasil. Se, digamos, minha filha de nove anos fosse estuprada e engravidasse, não teria direito a fazer um aborto; teria de manter o filho do agressor. Se caso não tivesse recursos para sustentar a criança (!!!), o Estado se responsabilizaria com a apelidada BOLSA ESTUPRO até os 18 anos do filho - isso caso o estuprador não fosse identificado e RESPONSABILIZADO. Aborto de anencéfalo? Esquece. Risco de vida pra mãe? Foda-se a mãe. Trauma? Foda-se a mãe. 

O aborto ilegal já causa 22% das mortes maternas. Com essa monstruosidade aprovada, é provável que esse número dobre, triplique. Criminalizar o aborto não é solução. Já falei sobre isso aqui. 

Se a mãe correr risco de vida e precisar de um tratamento que coloque em perigo a vida do feto, ela será proibida de se tratar. Afinal, a vida de um amontoado de células que ainda não nasceu, não tem personalidade, não tem consciência, é evidentemente mais importante do que a de uma mulher formada. 


Vejamos alguns dos artigos dessa aberração: 


Art.1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral ao nascituro.


O embrião, você quer dizer. O amontoado de células.


Art. 2º Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido.

Pff.


Parágrafo único. O conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos “in vitro”, os produzidos através de clonagem ou por outro meio científica e eticamente aceito.

 Quer dizer, ATÉ UM CLONE é mais importante do que a vida da mãe.

Art. 4º É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, a expectativa do direito à vida, à saúde, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

SENHORES, NÃO SEI SE VOCÊ SABEM, MAS ELE AINDA NÃO NASCEU.

Art. 9º É vedado ao Estado e aos particulares discriminar o nascituro, privando-o da expectativa de algum direito, em razão do sexo, da idade, da etnia, da origem, da deficiência física ou mental ou da probalidade de sobrevida.

E a mãe que se foda.


Art. 10º O nascituro deficiente terá à sua disposição todos os meios terapêuticos e profiláticos existentes para prevenir, reparar ou minimizar sua deficiências, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.

E a mãe que se foda, depois de ter passado uma gestação inteira sabendo que o filho não sobreviveria. 


Art. 13 O nascituro concebido em um ato de violência sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos, assegurando-lhe, ainda, os seguintes:

I – direito prioritário à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico da gestante;

II – direito a pensão alimentícia equivalente a 1 (um) salário mínimo, até que complete dezoito anos;

III – direito prioritário à adoção, caso a mãe não queira assumir a criança após o nascimento.

Parágrafo único. Se for identificado o genitor, será ele o responsável pela pensão alimentícia a que se refere o inciso II deste artigo; se não for identificado, ou se for insolvente, a obrigação recairá sobre o Estado.

 Quer dizer: se uma menina for estuprada pelo próprio pai e engravidar, ela vai ter que carregar o filho/irmão, parir, criar e ainda ter que lidar com o pai de ambos, ou colocar o filho para adoção, como se os orfanatos fossem lugares bacanérrimos, como se o processo de adoção fosse algo fácil, como se isso tudo tivesse alguma conexão com a realidade. Se uma mulher for estuprada por desconhecido, até parece que vão caçar o cara para que ele dê pensão. Não sei o que é pior, o Estado oferecer a pensão ou sugerirem que o ESTUPRADOR pague pensão. Ele deveria estar preso, não deveria? Se encontrado, o estuprador não seria preso, mas obrigado a sustentar um filho? Vão querer visita obrigatória também? É completamente fora da realidade. Completamente. É de uma falta de empatia que eu nunca vi nessa vida. Obrigar uma mulher a carregar o fruto de uma violência é acabar com a vida dela. Ou seja, mais uma vez: FODA-SE A MÃE.

É basicamente isso que diz o Estatuto do Nascituro: foda-se a mãe, foda-se a mulher que sofreu violência, foda-se a vida delas. O que importa é a vida que foi gerada. 

E isso é baseado em que, mesmo?

Crenças. Crenças de que DEUS mandou essa vida. Gente, olha só, eu sou atéia, eu não tenho DEUS ALGUM. Se você tem um deus e ele não quer que você aborte, apenas NÃO ABORTE. Mas tire as suas idéias, as suas crenças e essa violência toda do corpo das outras mulheres. Das mulheres. De todas as mulheres. 

O Estado não pode mandar em nossos corpos.