Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, junho 09, 2013
QUE HORROR: PROMOTOR DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO, ROGÉRIO ZAGALLO, SUGERE NO FACEBOOK MATAR QUEM FAZ PROTESTO
2013
O protomor de Justiça (?), Rogério Zagallo, insatisfeito com o
protesto em São Paulo, agradeceria se alguém chamasse a tropa de choque
para matar os manifestantes. E mais: ele arquivaria o inquérito
policial. O pior é que o protesto não teria sido organizado por
petistas, mas por integrantes de outros partidos. * Nassif
Existem apenas pouco mais de 300 baleias azuis e ela poderá desaparecer de vez dos oceanos, cada vez mais castigados pela ação do homem
Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície terrestre, somam
97% da água do planeta, concentram um número imenso de espécies, mantêm
um grande estoque de alimentos e guardam reservas minerais. Em
reconhecimento à importância dos mares nas nossas vidas, há cinco anos a
Assembleia Geral das Nações Unidas criou o Dia Mundial dos Oceanos,
comemorado desde 2009 no dia 8 de junho. Para o cientista José Luiz
Azevedo, coordenador do curso de oceanologia da Universidade Federal do
Rio Grande (Furg), o mais antigo no país, a proteção dos oceanos é
crítica para a sobrevivência da espécie humana. – Está muito claro que os oceanos têm uma grande importância
ecológica, econômica, política e sociocultural. Os oceanos são um ponto
crítico até para a sobrevivência da espécie humana e de todos os seres
vivos no nosso planeta. Os oceanos são fundamentais. Eles regulam o
clima, nos proporcionam alimentação. E grande parte da população mundial
vive na zona costeira. As grandes cidades do mundo estão todas na
costa, em contato direto com o oceano – afirmou. E, ao longo de centenas de anos sofrendo com a ação humana, os
oceanos já começam a dar sinais de desgaste. No Brasil, por exemplo, a
acidificação da água do mar, provocada pelo excesso de dióxido de
carbono na atmosfera (e sua absorção pelas águas), tem provocado a morte
de corais. – Com os oceanos ficando cada vez mais ácidos, os bancos de corais da
costa brasileira têm sofrido bastante. A comunidade oceanográfica tem
observado que esses bancos estão perdendo área. Os corais estão
morrendo, eles não estão mais com aquela taxa de crescimento que tinham –
ressaltou Azevedo. Segundo o especialista, nos últimos anos os oceanos passaram a
receber atenção especial no mundo por causa das mudanças climáticas e da
consequente elevação do nível dos mares. No Brasil, em especial, a
pesquisa oceanográfica também recebeu um impulso com as grandes
descobertas de petróleo na camada pré-sal. Azevedo explica que a
preocupação com licenças ambientais para empresas que atuam na costa
brasileira também aumentou nos últimos anos. Além disso, o fundo dos
oceanos poderá ser a principal fonte de areia para a construção civil
nos próximos anos no país. Como parte da estratégia de expansão das pesquisas na costa
brasileira, o governo federal criou no final de maio o Instituto
Nacional de Pesquisa Oceanográfia e Hidroviária, que reunirá quatro
centros de pesquisa: Centro de Oceanografia do Atlântico Tropical,
Centro de Oceanografia do Atlântico Sul, Centro de Portos e Hidrovias e
Centro de Pesquisa Marinha em Pesca e Aquicultura. Além disso, o governo
deve comprar mais um navio oceanográfico. *Nassif
Julian Assange, em entrevista, acusa EUA de fazerem “espionagem em massa”
Por Redação, com Opera Mundi - de Washington
Inglaterra desrespeita o Direito Internaconal no caso Julian Assange.
O fundador doWikiLeaks, Julian Assange, criticou na noite passada, em entrevista à rede de televisão norte-americana CBS News os casos de “espionagem em massa” dos Estados Unidos revelados pela imprensa local. Assange, asilado atualmente na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição à Suécia por uma acusação de estupro, disse que “as pessoas têm o direito de entender o que o governo faz em seu nome”.
O fundador da organização responsável pelo maior vazamento de documentos sigilosos da história dos EUA opinou que não é necessário conhecer “todos os aspectos, cada detalhe” dos programas de espionagem, mas sim “suficientes parâmetros para saber o que está acontecendo”. Os jornais The Washington Post e The Guardian revelaram que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e o FBI recebiam dados diretamente dos servidores deMicrosoft, Yahoo!, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube e Applepara controlar comunicações no exterior de suspeitos de terrorismo.
Além disso, o Guardian revelou que as duas agências têm também acesso a dados de ligações dentro dos EUA da operadora de telefonia Verizon, o que também ocorre com outras duas companhias de telecomunicações, AT&T eSpring, de acordo com o diário conservador norte-americano Wall Street Journal.
– De nenhuma maneira a opinião pública norte-americana ou internacional estava a par, em detalhes, destes programas maciços de espionagem – afirmou Assange à CBS News.
O fundador do Wikileaks disse que possivelmente a fonte que vazou a informação ao Guardian e ao Washington Post sobre os programas de espionagem de registros telefônicos e de comunicações na internet terá o mesmo destino do soldado Bradley Manning, que está sendo julgado por revelar centenas de milhares de documentos sigilosos ao portal de Assange. Manning pode ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado de “ajuda ao inimigo”.
Assange disse na entrevista que sente “preocupação” pela possibilidade de que Manning seja condenado “a uma morte em vida” e disse ser “completamente falso” que os vazamentos do soldado ao Wikileaks tenham colocado em risco a vida de norte-americanos.
– Nem mesmo o Pentágono disse que uma só pessoa tenha sido atacada fisicamente como resultado das publicações – afirmou.
Marcha da Maconha reúne multidão no Centro de São Paulo
Programa de sábado
A Marcha daMaconhaocupou a avenida Paulista, no Centro de São Paulo, em mais um ato pela liberação dacannabis sativa, com shows e blocos temáticos sobre a desmistificação das drogas e o uso medicinal e religioso da planta. O lema que embalou os participantes foi Proibição mata: legalize a vida.
A concentração começou às 14h no Masp e a passeata passará pelas ruas Augusta e Consolação. O shows foram confirmados na praça da República (centro), a partir das 18h, com encerramento marcado para as 22h. Entre as atrações confirmadas estavam Soul Shakers, Sombra, Zulu Soljah e James Venture e Avante Coletivo.
Segundo a jornalista Gabriela Moncau, uma das organizadoras do evento, a ideia dos blocos temáticos é ter uma troca com manifestantes de outras causas.
– Todos nós, usuários ou não de drogas, vivemos em uma guerra. As drogas foram proibidas sob um discurso de saúde pública, mas a proibição causa mortes e não inibe o consumo – afirmou.
Desde 2008, quando a primeira Marcha aconteceu no parque Ibirapuera (Zona Sul), apenas 50 pessoas compareceram, segundo os organizadores. Um número agora inexpressivo diante da multidão que se formava no Masp, logo após as 15h. Até 2011, a manifestação era sempre proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo sob o pretexto de que fazia apologia ao uso de drogas.
Em 2011, após uma série de confrontos entre manifestantes e policiais das tropas de repressão, o Supremo Tribunal Federal a liberou, pois sua proibição infringia o direito de liberdade de expressão.
“Experiência profissional”
O ator José de Abreu, 67, publicou vídeo na internet convocando para a marcha.
Ele começou a fumarmaconhacomo “uma experiência profissional”. Em 1966, Abreu, filho de um delegado da Polícia Civil, entrou no setor de entorpecentes da Secretaria de Segurança Pública. Aos 20 anos, ajudava a dar flagrante em outros jovens que consumiam drogas.
Ele saiu da polícia, fez direito na PUC-SP, aderiu à luta contra a ditadura, tornou-se ator, viveu no exílio, trabalhou na IBM e, nesse percurso, experimentou várias drogas e acredita ser legalizar amaconha.
– A legalização é benéfica não só aos usuários, mas a toda sociedade. Basta de racismo, moralismo, violência, corrupção e proibição. Queremos o direito à saúde, à informação, ao próprio corpo, à autonomia, à liberdade: é tempo de uma nova política de drogas para o Brasil – afirmou.
A Marcha da Maconha é organizada pelo Coletivo Marcha da Maconha Brasil, “um grupo de indivíduos e instituições que trabalham de forma majoritariamente descentralizada, com um núcleo-central que atua na manutenção do site marchadamaconha.org e do fórum de discussões a ele anexado. Apesar de existir tal núcleo, todo o trabalho é realizado de forma horizontal e coletiva entre uma rede de colaboradores, no qual os textos, artigos e todo tipo de trabalhos são compartilhados de acordo com as necessidades, disponibilidades e engajamento de cada um”, segundo a autodenominação.
Ta aí o figura que saiu impune. Afinal, ele não matou um filho de um latifundiário, e sim, um filho histórico da terra Brasil.
Este
é Marcelo Alexandrino Oliveira, delegado da Polícia Federal que esteve
no comando da operação que terminou com o assassinato do nosso
guerreiro, Oziel Gabriel. Até o momento,
nem o delegado que estava no comando, nem o policial que puxou o
gatilho foram punidos ou responsabilizados. O superintendente da PF em
Mato Grosso do Sul, Edgar Marcon, prometeu instaurar inquérito para
apurar tanto o tiro que atingiu Oziel, quanto as ações violentas dos
policiais. Enquanto isso o povo sofre e exige do Governo Federal: JUSTIÇA!