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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 09, 2013

A ESCOLA É UM SACO - GusHorn Produções


Livro de socióloga da USP conta a História do PCC





Com Ariel Castro, via Facebook


"PCC tem o controle e o exerce plenamente na mediação dos conflitos internos...".



Nada acontece nas prisões que não passe pela intermediação do PCC, diz socióloga
Autora de livro conta como facção que nasceu em presídios se espalhou pelo País. ‘Não somos uma organização criminosa. Somos uma organização de criminosos", diz integrante
Vasconcelo Quadros - iG São Paulo

Escrito depois de quatro anos e meio de pesquisa, o livro PCC - Hegemonia nas Prisões e Monopólio da Violência (Editora Saraiva, 415 páginas, R$ 118,00), da socióloga Camila Caldeira Nunes Dias, da USP, mostra que o governo de São Paulo vem sendo derrotado pelo crime organizado. Consolidado depois de 20 anos de atuação, o PCC domina as prisões como força paralela ao Estado, controla a economia subterrânea alimentada pelo tráfico de drogas e está se expandindo para outras regiões do País.
“Nada acontece nas prisões paulistas que não passe pela intermediação do PCC”, sustenta Camila, que entrevistou 32 detentos e ouviu dezenas de funcionários e dirigentes do sistema prisional paulista. Ela situa a trajetória da organização em três fases distintas para se firmar como contraponto à política prisional paulista e força econômica organizada a partir das atividades criminosas.
A primeira fase, que ela chama de conquistas, vai de 1993 a 2001, quando o PCC, voltado para os problemas carcerários, transformou as prisões numa espécie de QG do crime, promovendo a onda de violência, com rebeliões e mortes; a segunda é a da publicização, entre 2001 e 2006, marcada por ações de impacto e que chamaram a atenção para a existência da organização; e, por último, a consolidação, entre 2006 e 2013, que representa o controle efetivo das prisões e sua expansão para fora dos muros do sistema prisional, com penetração na economia informal da cidade através de atividades criminosas.
Camila sustenta que o PCC exerce o controle sobre 90% da massa carcerária paulista, de cerca de 200 mil detentos, e é gerido por uma cúpula formada por dez presos, todos eles confinados na Penitenciária de Presidente Wenceslau. Esse grupo funciona como uma espécie de conselho deliberativo, repassando às unidades prisionais as diretrizes para a solução de conflitos comuns no sistema, executadas por integrantes que se esparramam pelas 150 unidades prisionais.
O poder de fogo da organização está na aliança e compromisso com bandidos em liberdade que, segundo ela, controlam a distribuição de drogas (cocaína, crack e maconha) e executam as ordens emitidas de dentro das prisões. Geograficamente, a estrutura segue os moldes da administração pública, com um representante, chamado na gíria criminal de “Sintonia”, responsável por cada área da cidade. O código é definido por “DDD”, seguido de um número correspondente à região de domínio de cada grupo.
Mais: Polícias batem dois recordes de apreensões de cocaína do PCC em SP
Em fase de crescimento no País, a organização já tem ramificações em Estados como Paraná, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, este último, de vital importância por se localizar na fronteira com Paraguai e Bolívia, passagem do grosso da cocaína que chega a capital paulista. Camila diz que parte dos lucros do tráfico é lavada em atividades como transporte alternativo, postos de gasolina e revenda de automóveis, uma clara proximidade com atividades formais que pode evoluir para relacionamento com grupos políticos através do financiamento de campanhas eleitorais.
“O perfil do PCC não tem paralelo. É uma organização sui generis: não é um cartel, não se parece com a máfia e nem tem as características das gangues americanas tradicionais. Perguntei a um deles o que é o PCC e ele respondeu: ‘Não somos uma organização criminosa. Somos uma organização de criminosos. Nossa finalidade é social, mas o meio é o crime. É assim que a gente ajuda os mano’, disse ele. Isso quer dizer que o crime e a economia do crime não são suficientes para explicar o que é o PCC”, alerta a socióloga.
Entrevista com o Poder: "O PCC será derrotado", diz ministro da Justiça
Embora a constatação contrarie frontalmente o governo, que sequer reconhece a sigla da quadrilha, o PCC tem um apelo ideológico e uma aura de insurgência contra o estado. “O apelo dá ‘liga’. O trabalho social e ideológico é responsável pela união da massa carcerária contra o estado”, alerta. No plano da violência, o confronto armado se reflete no enfrentamento com a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), o grupamento de choque da PM, numa relação de ódio recíproco cujo resultado são as baixas do ano passado em ambos os lados: 93 policiais militares e dezenas de criminosos, a maioria sem vínculo com a linha de frente de nenhum dos grupos, mas mortos nas recorrentes retaliações.
Segundo a socióloga, a decisão do governo em colocar a Rota para com bater o PCC foi desastrosa. Os episódios do ano passado mostraram, segundo ela, que a organização não mistura sua atuação dentro das cadeias com ações de rua.
Dentro das prisões, por exemplo, há cinco anos reina uma paz negociada, mantida pelo poder de força da organização e sob o olhar cômodo do aparato estatal. Uma das últimas rebeliões que se tem notícia ocorreu em Iaras, em 2008. E assim mesmo foi autorizada porque o comando do PCC, diante a reivindicação pelo motim, “reconheceu” que a direção da cadeia estava agindo com arbitrariedade contra alguns presos.
“A guerra do PCC contra a PM em 2012 foi fora do sistema prisional. Os presídios vivem atualmente uma fase de acomodação, sem a violência de outros períodos. É um equilíbrio precário, mas significa que o PCC tem o controle e o exerce plenamente na mediação dos conflitos internos. É como se o estado a ele tivesse delegado essa função”, afirma Camila.

Cardozo vai à guerra contra Alckmin

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Ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, assume discurso do candidato e diz que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, politiza a questão da segurança pública, que é hoje o ponto mais fraco da sua administração; em entrevista, ele afirmou que a população de São Paulo precisa de pessoas "à altura dos seus desafios"
Mesmo negando que pretenda ser candidato, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acaba de se movimentar como um nome à disposição do PT para enfrentar o governador tucano Geraldo Alckmin, em 2014. Embora Alexandre Padilha, Guido Mantega, Aloizio Mercadante e Luiz Marinho tenham partido na frente, uma eventual candidatura de Cardozo conta com a simpatia da presidente Dilma, que vê na questão da segurança pública o tema central da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Em entrevista concedida à jornalista Vera Rosa, do Estadão (leia aqui), Cardozo bateu firme no governador em Alckmin e o acusou de "politizar" o debate. Confira trechos:
Sobre Alckmin atribuir a violência em São Paulo à falta de controle do governo federal sobre as fronteiras
É da tradição política as pessoas tentarem se isentar de responder certas questões, colocando a culpa em outros. Eu não farei isso. Vamos deixar a disputa eleitoral para o palanque. Em junho de 2011, lançamos o Plano Estratégico de Fronteiras e temos obtido resultados muito positivos. Querer atribuir a subida da violência em São Paulo a algo que está melhorando é querer se isentar de um problema sobre o qual poderíamos pensar em conjunto, sem politizar nem jogar responsabilidade para o outro.
Politização da segurança
Infelizmente eu acho que é isso, que ele está politizando, porque se o programa de fronteiras tem números melhores do que tinha anteriormente e São Paulo tem números de violência piores do que tinha antes, eu não posso estabelecer um nexo de causa e efeito. Muitas vezes, a cabeça de organizações criminosas que fazem o tráfico não está no local onde se planta a coca; está no grande centro onde é o consumo. Então, para combater o tráfico temos de combater a ação criminosa em todos os seus aspectos. Se ela está em presídios, tenho de ter coragem para enfrentá-la nos presídios. Segurança pública exige coragem política. Se eu tenho um grande centro de consumo, tenho de fiscalizar bem essa fronteira, além da fronteira nacional, para evitar que a droga chegue ou que o dinheiro saia.
Jogo de empurra
A responsabilidade é do Estado brasileiro. Acho que todos nós temos de estar juntos e parar com essa mania de querer empurrar a coisa com a barriga, culpando uns aos outros. Isso chega a ser pueril. Em momentos de crise, precisamos deixar de lado nossas divergências políticas e buscar convergências. Duvido que a população aceite esse jogo de empurra.
Quem é o culpado?
Se eu respondesse a essa pergunta e desse as minhas impressões estaria seguindo o caminho inverso do que estou querendo. Quero resolver o problema de São Paulo e não dizer, eleitoralmente, que o culpado é esse ou aquele. A população de São Paulo precisa de pessoas que estejam à altura de seus desafios, para enfrentá-los em conjunto. Nós não podemos ter vergonha ou medo de pedir auxílio quando temos um problema. Pouco me interessa aí o resultado eleitoral. Já passou o tempo do "quanto pior, melhor".
Colaborações entre a União e estados
Vou dar um exemplo: Alagoas está dentro do Brasil e também se submete ao mesmo programa de fronteiras. É o Estado mais violento do Brasil. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela, que é do PSDB, pediu apoio e, em um ano de programa de fronteiras, o Estado reduziu em 15% os homicídios. Santa Catarina também estava com um problema gravíssimo com uma organização criminosa. O governador Raimundo Colombo (PSD) veio até nós e propusemos uma parceria. Qual foi o resultado? Em um único dia transferimos 60 presos. Ao mesmo tempo, fizemos um cercamento das fronteiras do Estado de comum acordo e uma ação nos presídios. Aquela situação calamitosa se resolveu. Será que não é possível a gente pensar um pouco maior nessas coisas? Eu acho que é possível.
Maioridade penal
A redução da maioridade penal é inconstitucional porque fere cláusula pétrea. A Constituição diz que a maioridade penal é conseguida aos 18 anos. Isso, portanto, gera um direito individual indiscutível a todas as pessoas que não têm 18 anos de não serem imputadas pela prática de delitos penais. Temos de focar a discussão nos marcos do Estado de Direito. A partir daí podemos discutir, por exemplo, as condições e o tempo de internação, associados a políticas de ressocialização do menor transgressor.
Ser ou não ser candidato
Não. Eu não sou candidato. Não tenho projeto pessoal de disputar eleição e falo isso com muita sinceridade. Só se houvesse uma Assembleia Constituinte exclusiva para votar a reforma política eu me candidataria a uma vaga (risos). O PT tem ótimos nomes, como o dos ministros Aloizio Mercadante (Educação), Marta Suplicy (Cultura), Alexandre Padilha (Saúde), Guido Mantega (Fazenda)...
*247

Capa da Veja: Pau que dá em Chico…

GilsonSampaio
Aqui se faz, aqui se …
É a volta do cipó de aroeira no lombo …

Marcha da Maconha reúne 10 mil pessoas em São Paulo




A Globo e a PM falaram em “cerca de mil” manifestantes… bom, eles precisam aprender a contar. Nada menos do que 10 mil pessoas marcharam neste sábado contra a “guerra às drogas” e pela legalização. Alguma dúvida? Se liga na foto! (Clique aqui e veja o álbum da Marcha da Maconha SP 2013)

Foto: NINJA

Marcha da Maconha reúne ativistas, estudantes e até bebê em SP

UOL

Manifestantes se reúnem na avenida Paulista para mais uma Marcha da Maconha na capital paulista
Intervenções artísticas e palestras abriram a Marcha da Maconha, que reuniu neste sábado (8) manifestantes favoráveis à legalização da droga no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região central da cidade.
Carregando um cigarro de maconha gigante, o grupo fechou três faixas da avenida Paulista e apenas uma ficou livre para deixar passar os ônibus. Aos gritos de “Ei polícia, maconha é uma delícia”, o protesto seguiu em direção à praça da República, onde está prevista uma extensa programação musical durante a noite.

As discussões levantadas pelo protesto foram representadas por diversos blocos de organização autônoma, como  o antimanicomial,  o religioso, o medicinal, o  psicodélico e o contra a internação compulsória. O panfleto distribuído pela organização do ato coloca entre os problemas causados pela ilegalidade da droga o encarceramento em massa, a violência do Estado e a corrupção.
O modelo segue a ideia de que a política de drogas no Brasil passa por diversos temas, explica uma das representantes do bloco feminista, Gabriela Moncau. “A gente acredita que o Estado faz uma ingerência indevida sobre o corpo dos cidadãos”, diz ao fazer um paralelo entre o direito ao uso de entorpecentes e o direito ao aborto, uma das bandeiras do feminismo. Gabriela destaca ainda que o tráfico é a maior causa da prisão de mulheres, que encarceradas, muitas vezes, enfrentam situações piores do que os homens. “Muitas estão em presídios que eram masculinos e não foram adaptados, tem mictórios no banheiro”, exemplifica.
A dona de casa Ellen Yamada levou o filho Caio, de apenas 2 meses, para participar da manifestação. “Estou aqui para demonstrar minha revolta pela ilegalidade da maconha e a legalidade de coisas que fazem muito mais mal e são vendidas normalmente, como o cigarro e a bebida”, disse, ao destacar que acha esse tipo de contradição uma hipocrisia da sociedade.
As estudantes de história Lívia Filoso e Rhana Nunes foram ao protesto principalmente para ver a palestra do professor Henrique Carneiro, que leciona para ambas e falou no início no evento. Apesar da motivação comum, as duas têm opiniões diferentes sobre o ideal da marcha, que neste ano teve o lema “A proibição mata: legalize a vida”.
Rhana não acredita que a venda legal de drogas vá reduzir o tráfico. “Se as pessoas pudessem plantar, eu era a favor. Mas dá muito trabalho, elas vão continuar indo ao morro, porque vai ser mais barato”, disse ao comparar a venda de drogas com a de produtos falsificados.

A organização da marcha calcula que até 5.000 pessoas devem ter participado nos momentos de maior concentração, enquanto o major Élcio Góes, responsável pelos 150 homens da Polícia Militar que acompanharam a manifestação, disse que só faria uma estimativa de público ao final do protesto. Ao fechar ruas e avenidas importantes, como a rua Augusta e a rua da Consolação, a marcha consegue, na opinião de Marcos Magri, atingir um de seus objetivos: “causar impacto na sociedade”.

Policiais e manifestantes entram em conflito, mas Marcha da Maconha segue

 Folha
Manifestantes que participam da Marcha da Maconha neste sábado (8) em São Paulo entraram em conflito com policiais. O ato, que começou na av. Paulista, vinha ocorrendo de forma pacífica até que, na altura do número 1.029 da rua Augusta, um manifestante se desentendeu com um PM, que o prendeu.
Na sequência, integrantes da marcha tentaram impedir a detenção e hostilizaram os policiais, atirando latas de cerveja e outros objetos. Os PMs responderam com golpes de cassetete e spray de pimenta.
Houve correria e confusão até a altura da esquina da Augusta com a rua Costa, quando os PMs fizeram uma linha de contenção e a marcha foi retomada.
A polícia informa que uma pessoa foi presa por posse de entorpecente e encaminhada para o 78º DP, nos Jardins. A advogada Carolina Freitas, 23, diz que tentou conversar com os policiais sobre a situação do jovem, que estava com um baseado na mão, mas um policial tentou imobilizá-la e a agrediu com dois golpes de cassetete.

Manifestantes entram em conflito com a policia durante Marcha da Maconha na Rua Augusta em São Paulo
De acordo com o major Élcio Góes, comandante da operação da PM, 150 policiais foram destacados para acompanhar a marcha. O esquema de segurança inclui a chamada “operação Olho de Águia”, na qual duas motos equipadas com câmeras vão filmar o ato, enviando as imagens automaticamente para uma central de monitoramento
Góes disse acreditar que não haveria consumo de maconha durante o ato, mas que seria feita a repressão caso o uso da droga fosse flagrado pelos policiais.
No entanto, já com a caminhada em curso pela rua Augusta, que foi ocupada nos dois sentidos, a reportagem da Folha presenciou o uso da maconha por diversos manifestantes, sem que os policiais tomassem qualquer iniciativa para coibir a prática até aquele momento.
A MARCHA
A manifestação de hoje é a segunda Marcha da Maconha realizada em São Paulo depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) assegurou a legalidade desse tipo de protesto, em junho de 2011.
A concentração para o ato começou às 14h no vão livre do Masp e seguiu em direção ao centro da capital. Em acordo com os manifestantes, a Polícia Militar liberou a ocupação de três faixas da via no sentido Consolação.
Neste ano, o ato tem como lema a frase: “Proibição mata: legalize a vida”. A organização da Marcha esperava cerca de 5.000 participantes, atraídos por shows de bandas de rap e reggae que acontecerão na região da praça da República.
Às 17h40, o tenente Becker, subcomandante da operação, estimava a presença de cerca de 1.000 pessoas na marcha. Já a organização do ato fala em 10 mil participantes. Renato Cinco (Psol), vereador no Rio de Janeiro, disse que essa foi a maior marcha que ele já presenciou o no país.
ALVOS
Segundo o cientista social Marco Saião Magri, 27, que integra a organização do movimento, a marcha tem como “alvo” autoridades que tem defendido o aumento da política de repressão às drogas, com o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), autor do projeto de lei que endurece penas para o tráfico, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que se declarou contra a descriminalização das drogas.
Outro alvo das críticas, segundo Magri, será o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do programa de combate ao crack do governo de São Paulo. O movimento é contra o incentivo à criação de comunidades terapêuticas para o tratamento de usuários, que também pode incluir a internação compulsória de dependentes.
“São Paulo deu o azar de ter, nas três esferas de governo, autoridades que seguem investindo nessa estratégia de enfrentamento que já se mostrou fracassada”, disse Magri.
A marcha também abrirá espaço para a manifestação de outros grupos, como o movimento feminista, que critica a aprovação por uma comissão da Câmara do chamado Estatuto do Nascituro –projeto encampado por líderes evangélicos que pode restringir os casos de aborto legal em caso de estupro e risco de vida para a mãe.
REAÇÕES
Apesar de liberada, a Marcha da Maconha continua despertando reações extremadas entre simpatizantes e apoiadores da causa. O aposentado Enio Semeguine, 64, criticou a manifestação e se disse contrário à legalização da maconha.”Tenho um amigo que perdeu tudo, casa, trabalho, família, porque o filho era viciado em drogas”, disse.
Já o holandês Paul Kniest, 48, que mora no Brasil e trabalha na área de T.I., defendeu a Marcha. Apesar de dizer que nunca usou drogas, Kniest disse que a liberação na Holanda não aumentou o número de usuários. O único “efeito colateral” para ele, foi o aumento do número de turistas de países vizinhos que vão à Holanda apenas para consumir a droga nos “coffee-shops”.
O videomaker Grima Grimaldi, por sua vez, não mediu palavras para defender a legalização da cannabis. “Fumo desde os 17 anos, tenho 57 e nunca escondi isso. Você pode ter um monte de bebidas em casa, mas não pode ter um pé de maconha. É um absurdo”, disse ele, que fez questão de se qualificar como “documentarista e maconheiro”.
“Meu filho é músico. Hoje mora em Londres. Fumo na frente dele desde que nasceu e mesmo assim ele nunca pegou num baseado”, prosseguiu Grimaldi. “Os pais hoje vivem numa paranoia. Se o filho quiser fumar, ele vai fumar”.

Manifestantes realizam Marcha da Maconha na Avenida Paulista

G1

De acordo com a PM, cerca de 1 mil pessoas participam do evento.
Organizadores querem debate descriminalização da droga.


Com bateria e gritos de ‘eu sou maconheiro com muito orgulho e muito amor’ e ” ei policia, vai tomar marguerita’, Marcha da Maconha ocupa três faixas da Avenida Paulista (Foto: Pâmela Kometani/ G1)
A Polícia Militar deteve neste sábado (8) durante a Marcha da Maconha um jovem suspeito de porte de entorpecente. A substância não foi qualificada pelos policiais.
O rapaz foi conduzido ao 78º Distrito Policial, dos Jardins. Houve tumulto porque participantes da marcha tentaram impedir a ação. A PM estima que 1 mil pessoas participam da manifestação. Segundo o Major Élcio Góes,  150 homens realizaram o policiamento.
A Marcha da Maconha começou no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguiu pela Paulista no sentido Consolação, desceu a Rua Augusta e a Rua da Consolação e terminou na Praça da República, onde os manifestantes foram recebidos com shows de música.
Gabriela Moncau, uma das organizadoras da marcha, estima que o evento atingiu 10 mil pessoas.  “Mesmo com o tumulto a avaliação é positiva. Ela cumpriu o papel de chamar a atenção da população para esse debate”, afirmou.
De acordo com Gabriela, houve truculência da polícia. “Não existe uma explicação para se bater na pessoas.” Sobre o jovem apreendido, ela disse que ele estava fumando maconha e que os advogados na marcha iriam à delegacia para cuidar do caso. “Orientamos as pessoas a não fumarem, mas isso mostra como todos estão cansados dessa hipocrisia”, afirmou.
Durante a marcha, um grupo de pessoas fumava  maconha, soltava fogos e gritava: “Olha, que vergonha, o busão está mais caro que a maconha.”
A programação do evento incluiu organização dos blocos de acordo com a proposta de uso da maconha: religioso, medicinal ou psicodélico. Também há grupos feminista, de esquerda, da Zona Sul, da Zona Leste, contra a internação compulsória.
*coletivodar.org
Por Paul Eckert
RANCHO MIRAGE, Califórnia, 9 Jun (Reuters) - As aquisições de empresas americanas por chineses enfrenta restrições de legisladores e reguladores em Washington, mas em grande parte do país o investimento da China está disparando silenciosamente.
Com mais de 10,5 bilhões de dólares em ofertas por empresas chinesas nos Estados Unidos até o momento, o ano de 2013 está a caminho de ser o maior do história para fusões e aquisições de empresas norte-americanas por empresas chinesas, de acordo com dados da Thomson Reuters.
Quase todas as semanas, o governo do estado da Carolina do Norte recebe "uma quantidade maravilhosamente esmagadora de solicitações" de empresas chinesas que desejam abrir uma loja, disse o oficial do estado responsável pela atração de investimentos da Ásia, Abril Kappler.
Carolina do Norte é o quinto no ranking dos estados dos EUA que receberam investimento chinês, depois de Califórnia, Nova York, Texas e Illinois, de acordo com a consultoria Rhodium, que opera um banco de dados que rastreia investimentos.
Na Virgínia, a chinesa Shuanghui International Holdings quer comprar a Smithfield, maior produtora de suínos do mundo. Com quase 5 bilhões de dólares, será a maior aquisição chinesa nos Estados Unidos, se for adiante.

Mas alguns legisladores norte-americanos têm transmitido preocupações com histórico de segurança da empresa chinesa de carne, e o acordo será examinado pelo Comitê do Tesouro de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, que analisa ofertas por questões de segurança nacional.
Ataques cibernéticos e roubo de propriedade intelectual são outras duas grandes questões para as empresas.
Estimativas de investimento empresarial total da China nos Estados Unidos divergem. De acordo com dados da Rhodium, que abrange apenas os investimentos diretos, o total acumulado é de 23 bilhões de dólares, o maior acumulado desde 2008.
Outra medida muito mais ampla de Washington, da Heritage Foundation, inclui grandes investimentos em carteira por fundos soberanos e avalia que os investimentos chineses nos Estados Unidos entre 2005 e 2012 foram de 50 bilhões de dólares.
"Não importa cujos dados você usa, o período de 2012-13 de dois anos é muito, muito forte para o investimento chinês nos EUA", disse o economista Derek Scissors, que compila os números da Heritage Foundation.
As empresas chinesas nos Estados Unidos empregam pelo menos 30 mil americanos, diz Hanemann. Isso está muito longe dos 800 mil trabalhadores americanos empregados por empresas japonesas ou a 1,8 milhão de chineses que trabalham para nós investiram empresas em China.
O investimento direto chinês é pequeno comparado com o 3 trilhões de dólares investidos por estrangeiros na economia dos EUA em geral. O país também detém cerca de 1,25 trilhão de dólares em títulos do governo dos EUA, de acordo com o Departamento do Tesouro.

DEM estrebucha na tevê






O DEM exibiu ontem (último dia 6) o seu programa partidário em rede nacional de rádio e tevê. Nos 10 minutos de duração da patética peça publicitária, os demos atacaram o governo Dilma, bajularam o ex-presidente FHC e tentaram vender a imagem de que a legenda está cada vez mais forte e realiza ótimas gestões nas poucas prefeituras conquistadas em 2012. Um dia após o programa, porém, a mídia divulgou que a única governadora da sigla, Rosalba Ciarlini, deve mesmo se filiar ao PTB, abandonando o cortejo fúnebre dos demos rumo ao inferno – isto se o diabo permitir tão péssima companhia.

Capacho fiel do PSDB, o DEM até usou a mesma ladainha do programa tucano, exibido uma semana antes. “Ajudamos a combater a inflação e a modernizar a economia para o país crescer. O esforço deu certo. O Brasil voltou a gerar emprego, oportunidade e renda. Mas, agora, está quase parando”, afirmou o locutor – que simplesmente nada disse sobre os recordes de desemprego e o brutal arrocho salarial no reinado de FHC. O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia – do mesmo estado da governadora Rosalba Ciarlini – culpou o governo Dilma pelas atuais dificuldades na economia, repetindo o desgastado mantra neoliberal. “Temos um governo gastador”, esbravejou.

O programa indica que o partido da oligarquia ainda tenta resistir à extinção – que já é dada como certa por inúmeros analistas. A legenda estrebucha, mas não convence. A cada eleição, o DEM tornar-se ainda mais irrelevante no cenário político brasileiro. Perde governadores, prefeitos, senadores e deputados. Com a criação do PSD de Gilberto Kassab, a sigla sofreu um baque ainda mais violento. Agora, com a provável saída de Rosalba Ciarlini, a situação fica ainda mais complicada. Ela inclusive se recusou a participar do programa partidário de ontem. Quantos horários gratuitos de rádio e tevê o DEM ainda poderá usufruir?


Veja o que a Veja é


O pasquim Veja é uma  vergonha para o jornalismo e  para quem o exerce.  Baseia-se, propositalmente,  em um jornalismo meramente  declaratório e em off, porque  a intenção é criar uma  atmosfera para derrubar um  governo trabalhista

*Saraiva 
Todo mundo sabe, até os ímpios, os brucutus, os perversos e os patifes, que a revista Veja, a Última Flor do Fáscio, é um pasquim de péssima qualidade editorial, e, por sê-lo, não é levado a sério, porque se fosse o povo brasileiro acreditaria nela, o que não é o caso, porque ninguém, a não ser a parte da classe média pequena Mussolini, a mesmíssima que, por meio do DNA, ainda usa vassouras janistas, realiza, de forma ridícula e total falta de senso, as marchas contra a “corrupção”, que reúnem meia dúzia de gatos pingados chamados pelas redes sociais, bem como se transformam, de maneira permanente, em viúvas de Carlos Lacerda, político de extrema direita, golpista e, lamentavelmente conhecido pela alcunha de Corvo.
A Veja, também conhecida como a revista porcaria, é um libelo fascista, esquizofrênico e que atualmente é administrada pelo filho do falecido Roberto Civita, homem que transformou o magnata Rupert Murdoch, o ex-dono do jornal extinto News of the World, em um ser ingênuo, apesar de sua picaretagem e bandidagem, para publicar “escândalos” e destruir, literalmente, reputações por intermédio de escutas clandestinas, ameaças e chantagens de toda ordem, com o objetivo de se dar bem tanto no mercado publicitário, jornalístico e político.
Rupert Murdoch sofreu as consequências, pois seu pasquim fechou as portas, além de ter sido chamado às falas para explicar tamanha molecagem ao governo e parlamento inglês, realidade esta que nunca aconteceu com um dos Murdoch daqui, o empresário Roberto Civita, chefe do editor e capataz-mor, o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que, para ter seus “negócios” concretizados, valeu-se de todo tipo de jogo baixo, a fim de derrubar ministros, o governador do DF, Agnelo Queiroz, bem como chantagear e ameaçar prefeitos, autoridades parlamentares e quem quer que seja, com a cooperação e fidelidade canina do senador cassado Demóstenes Torres, seu empregado de luxo e porta-voz no Senado, além de replicador das ameaças e dos interesses escusos de tal bicheiro, que encontrava, sem sombra de dúvida, cumplicidade nas páginas bestiais de Veja, a ter como seu “sócio” para tamanhas imundícies o jornalista Policarpo Jr., chefe do pasquim de caráter fascista em Brasília.
Esse exemplo sobre o mundo sombrio e lamacento de Veja é apenas um exemplo, porque esse pasquim à Mussolini é um atentado ao jornalismo, à democracia e à ordem constitucional. Há anos tal libelo comete toda sorte de ilegalidades, a ponto de se associar a um homem considerado criminoso conhecido nacionalmente por desestabilizar até o Governo Federal, com a queda de ministros acusados de corrupção. Contudo, as acusações nunca foram comprovadas, bem como as autoridades nomeadas por uma presidenta constitucionalmente eleita pelo povo brasileiro até hoje “correm” atrás de justiça, a exemplo dos ex-ministros Carlos Lupi e Orlando Silva.
O pasquim Veja é uma vergonha para o jornalismo e para quem o exerce. Baseia-se, propositalmente, em um jornalismo meramente declaratório e em off, porque a intenção é criar uma atmosfera para derrubar o governo trabalhista de Dilma Rousseff, além de ter sido um atentado, volto a afirmar, à ordem democrática e institucional. Veja, por intermédio de seu jornalismo de esgoto, não tem, sobretudo, responsabilidade com a verdade dos fatos e acontecimentos, porque a realidade para a publicação da Abril não passa apenas de uma questão meramente prosaica, porque não importa, indubitavelmente, ao herdeiro do Civita e aos seus asseclas, que inundam as páginas da Última Flor do Fáscio com o jornalismo mais sujo e golpista que tive o desprazer de verificar e confirmar toda semana.
Agora a revista porcaria quer a prisão de José Dirceu, mas quando se trata do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do editor Policarpo Jr, o semanário de péssima qualidade se cala. Estou citar apenas o escândalo do Cachoeira, mas são dezenas e dezenas de casos como esses, muitos deles que jamais vão chegar aos olhos e aos ouvidos do público, pois abafados e escondidos no armários cheio de esqueletos de tal pasquim.
Antes de tudo, os comparsas que escrevem na revista, que é uma máquina de moer reputações, deveriam pelo menos se olhar no espelho todo dia e, consequentemente, perceberem que são autores e responsáveis por um pasquim de extrema direita, que nunca vai ser punido, porque neste País publicações danosas e golpistas como a Veja são intocáveis e, por conseguinte, um atentado constante contra a democracia brasileira.
Veja não tem moral para exigir nada, muito menos do Poder Judiciário, apesar de ele ser composto por alguns juízes midiáticos e sedentos de fama, o que é uma desfaçatez, pois a função social do juiz é, evidentemente, de julgar calado e ciente de que está a tratar do destino e da vida de seres humanos que são réus e que, por seu turno, podem ser presos. Juiz bom é juiz calado, discreto e apolítico. Juiz em pleno exercício de suas funções só pode fazer política quando cidadão eleitor — nas urnas. Veja é o que é. Como o escorpião é o que é: perigoso e venenoso. É isso aí.
Davis Sena Filho

A PEC 37 E O ATIVISMO DO MP TUKANO


Pergunta básica: o MP trabalha para o Brasil ou para o Jornal Nacional? 
Entendam o que é a PEC 37 e o porquê da gritaria do MP contra a PEC37 (com a ajuda da velha mídia) e a deflagração da operação midiática. 
ATENÇÃO PARA OS ITENS Nº 5, 12 E 13: 
1- A Constituição prevê que o MP é o fiscal da lei e o titular da ação penal pública; 
2- A Constituição confere ao MP o poder de requisitar,a qualquer tempo, a abertura de investigações e a realização de diligências investigatórias; 
3- A Constituição atribui ao MP o controle externo da atividade policial; 
4- A Constituição, de forma expressa, dispõe que compete às Polícias Civis e à Polícia Federal a apuração de infrações penais, exceto as militares; 
5- Como a Constituição não confere ao MP o poder de investigação, nem explícita nem implicitamente, não se pode dizer que a PEC 37/2011 lhes suprime tal direito. ORA, NÃO SE PODE PERDER AQUILO QUE NÃO SE DETÉM; 
6- A PEC 37 não impede a criação de CPI’s; 
7- A PEC 37 não impede a atividade de controle e fiscalização atribuídas legalmente a outros órgãos públicos que não promovem investigação criminal, tais como TCU, CGU, IBAMA, COAF e Receita Federal; 
8- A PEC 37 não impede o trabalho integrado entre órgãos de controle e fiscalização, o Ministério Público e as polícias judiciárias; 
9- A PEC 37 não impede que o MP e o Poder Judiciário investiguem os seus próprios membros pela prática de infrações penais; 
10- A PEC 37 preserva a higidez do sistema de persecução criminal brasileiro, que se funda na separação de atribuições entre órgão investigador, acusador, defensor e julgador;
11- A PEC 37, não invalida nenhuma investigação já realizada pelo MP, ratificando as provas produzidas até a sua promulgação, moderando seus efeitos; 
12- A PEC 37 evita a prática de investigações casuísticas, seletivas, sem controle e com o propósito meramente midiático; 
13- Por não possuir o poder de investigação, o MP apresentou, nos últimos anos, duas propostas de emenda à Constituição, no intuito de alcançar esse fim, tendo o Congresso Nacional rejeitado ambas, em respeito ao sistema acusatório e a ordem Constitucional; 
14- A Ordem dos Advogados do Brasil e a Advocacia Geral da União, visando a preservação da legalidade, manifestaram-se expressamente contrárias ao poder de investigação do MP; 
15- A PEC 37 evita abusos, excessos, casuísmos e desvios de finalidade, permitindo apenas investigações legais, com o controle externo do MP e do Poder Judiciário, e acesso à defesa. 
http://www.adepoldobrasil.com.br/2.0/wp-content/uploads/2013/02/FINALIZADO.pdf
do BLOG DO SARAIVA