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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 18, 2013

Globo e Veja viram alvo de manifestantes em novo ato em SP



Globo e Veja voltam
a ser alvo dos protestos

O povo não é bobo volta a ser entoado !


Saiu no Terra:


Globo e Veja viram alvo de manifestantes em novo ato em SP

Repórteres da Globo foram cobrir a manifestação com microfones descaracterizados para evitar que fossem hostilizados

A revista Veja e a Rede Globo foram alvo de manifestações no começo da noite desta terça-feira, em mais um ato contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo. “Veja, Globo, o povo não é bobo”, era um dos gritos entoados pelos manifestantes na Praça da Sé, na região central da capital.

Assim como no protesto de ontem, os repórteres da Globo foram acompanhar a marcha com seus microfones descaracterizados, numa tentativa de evitar que sejam hostilizados. No ato de segunda, no Largo da Batata, o jornalista Caco Barcelos e a equipe do Profissão Repórter foram expulsos do local por manifestantes com gritos de gritos de “Fora Globo” e “Central Globo de Mentiras”.

*PHA






Seria monótono, não fosse trágico.

Monótono porque destruir bosques de oliveiras palestinas  já faz parte da cultura dos euro-sionistas.

Trágico porque as oliveiras representam o necessário para a sobrevivência dos lavradores palestinos.

A destruição aconteceu na aldeia de Nablus Imatin e os criminosos residem na ocupação ilegal de Havat Gilad.

Nessas horas cabe a pergunta: para que servem as ONGs que dizem defender a natureza?

O governador de Nablus, Jibrin AL-Bakri afirmou no ultimo domingo que os colonos já destruíram mais de 2.500 oliveiras.

O Instituto de Pesquisa Aplicada de Jerusalém informou que mais de 800 mil oliveiras já foram destruídas sem que as autoridades israelenses tomassem providências. 
*Bourdokan

Darmos um fim ao pesadelo capitalista será uma tarefa coletiva; idem, a reconstrução da sociedade por cima dos escombros da exploração do homem pelo homem.

BLITZKRIEG SOBRE SAMPA: O XÍS DA QUESTÃO

A imprensa e os políticos reagiram exatamente como esperado à violência extrema que a Polícia Militar paulista desencadeou contra manifestantes, jornalistas, transeuntes e até fregueses dos botecos na  5ª feira negra: houve os que protestaram, houve os que justificaram, ordenaram-se investigações e é provável que um ou outro gato pingado venha a ser punido. Depois, o esquecimento.

Inconcebivelmente, nem a própria Folha de S. Paulo deu a devida importância à contundente denúncia do seu renomado colunista Elio Gaspari, de que  tudo transcorria de forma pacífica até que duas dezenas de policiais engendraram o caos:
"Num átimo, às 19h10, surgiu do nada um grupo de uns 20 PMs da Tropa de Choque, cinzentos, com viseiras e escudos. Formaram um bloco no meio da pista. Ninguém parlamentou. Nenhum megafone mandando a passeata parar. Nenhuma advertência. Nenhum bloqueio...
Em menos de um minuto esse núcleo começou a atirar rojões e bombas de gás lacrimogêneo... 
Atiravam não só na direção da avenida, como também na transversal..."
Em outras palavras, foi a provocação  da tropa de choque que deflagrou as agressões e o descontrole policial.

Então, o que tem mesmo de ser investigado é o seguinte: quem deu a ordem para eles agirem desta forma, e por quê?

Pois vários episódios anteriores já demonstraram que há uma  linha dura  dentro da PM, articulada em torno da Rota e composta por oficiais que tiveram a cabeça feita pela ditadura militar e até hoje atuam com espírito de Gestapo e não de polícia democrática.

Se nada for feito para identificar e expor esta corrente, outras provocações  virão, pois seu objetivo último é o de minar a democracia, abrindo caminho para um novo golpe de Estado. 
Acredito que valha a pena tornar mais conhecida uma resposta que dei no site do CMI (vide aqui) a um comentarista sectário e desrespeitoso para com o Jacob Gorender, a quem acusou de haver  jogado a toalha  quando defendeu a necessidade de um estado democrático, ao invés da abolição pura e simples do estado.

A frase que ele citou do Gorender, de 2006, foi a seguinte:
"Eu considero que o Estado não vai desaparecer. A sociedade moderna é de tal maneira complexa, constituída de segmentos, não só de classes sociais, mas são os idosos, os homens, as mulheres, os profissionais de várias áreas, a diferença entre países. Quer dizer, tudo isso exige uma escala de prioridades. E quem é que vai tomar a iniciativa disso? É necessário um órgão superior que é o Estado. E que seja um Estado democrático, obviamente. Por isso eu falo em democracia..." 
Preferi não partir para o bateboca costumeiro nesses fóruns virtuais, aproveitando, isto sim, a oportunidade para aprofundar o fulcro da questão. Creio que as colocações abaixo contribuem para a reflexão sobre caminhos possíveis para a esquerda, agora que os trilhados no século passado parecem definitivamente exauridos.

O ESPONTANEÍSMO PODERÁ TER UM NOVO PAPEL?

O Gorender, como eu, procurou uma alternativa ao esgotamento dos modelos revolucionários do século passado. Mas, ao erigir coletivos minoritários, conjugados, como o novo sujeito da revolução, parece-me ter superestimado o poder de fogo e a disposição para atuação conjunta dos comunistas, anarquistas, gays, militantes ambientais, feministas, idosos, negros, desempregados, estudantes engajados, jovens revoltados, adeptos da descriminalização da maconha, etc., etc. 

De certa forma, ele apenas substituiu o proletariado por essa espécie de   sujeito revolucionário múltiplo, mas manteve os  conceitos tradicionais, inclusive o da necessidade de uma vanguarda  regendo a orquestra  ao longo do processo, e também de um estado, ainda que democrático.

Partindo da mesmíssima constatação --a de que nossos desafios atuais exigem uma mudança profunda de estratégia e táticas--, eu cheguei à conclusão de que a era da internet faculta um novo tipo de  espontaneísmo, com o Movimento do Passe Livre, os Occupy, os escrachos de ex-torturadores e outros protestos articulados pela web, as respostas imediatas às medidas autoritárias (proibição da Marcha da Maconha) e a posicionamentos antipáticos (churrascão da gente diferenciada), etc.

Isto tudo não irá muito longe em circunstâncias normais, pois a indústria cultural vai continuar mesmerizando seus públicos, sem que tenhamos como furar o bloqueio e fazer a consciência penetrar nas grandes massas bovinizadas (pois submetidas à lavagem cerebral ininterrupta do sistema). 

Mas, com o agravamento da crise econômica capitalista e das catástrofes ambientais decorrentes das alterações climáticas, em meio ao caos que vai se estabelecer e à indignação dos viciados no consumismo quando sua  droga  escassear e eles sentirem os rigores da abstinência, poderá, sim, abrir-se uma  janela revolucionária

Então, esses grupos que desde já lutam nas ruas, com a experiência acumulada nos muitos confrontos que até então travarão, talvez somem forças para oferecer uma alternativa à sociedade. Ou seja, a vanguarda seria mais ou menos a que o Gorender anteviu, só vindo, contudo, a afirmar-se na fase superior, decisiva, da luta.  Por enquanto, os coitadezas por quem os manifestantes paulistanos lutam continuarão vendo-os como vândalos, pois assim falava Globotustra...

Na hora da verdade, contudo, estará em jogo a própria continuidade da espécie humana, que o capitalismo conduz diretamente à extinção.  Vamos torcer para que o instinto de sobrevivência, no frigir dos ovos, fale mais alto.

Por último: depois de tudo isto, haveria, com certeza, condições para substituir-se o estado pela democracia direta. Mas, difícil mesmo é chegarmos até lá. 

Então, não há por que nos digladiarmos desde já em intermináveis arranca-rabos sobre  o que virá depois

Darmos um fim ao pesadelo capitalista será uma tarefa coletiva; idem, a reconstrução da sociedade por cima dos escombros da exploração do homem pelo homem. Se as pessoas conseguirem se libertar dos grilhões atuais, decerto encontrarão, no momento certo, os melhores caminhos para a instauração de uma sociedade de homens livres, igualitária e justa.
 

PM BARBARIZA O CENTRO DE SÃO PAULO

Nunca me senti tão velho como nesta 5ª feira (13), quando, acamado com forte gripe, só fiquei sabendo pela mídia e pelas redes sociais que a Polícia Militar barbarizara o centro de São Paulo, reprimindo bestialmente os manifestantes que (até então) protestavam pacificamente contra o aumento das tarifas de transporte coletivo.

Foi a confirmação do que venho alertando há anos (vide aqui, p. ex.): está em curso uma escalada de fascistização em São Paulo, orquestrada pelo governador  Opus Dei  Geraldo Alckmin, com a cumplicidade de figurinhas carimbadas como o reitor  TFP  João Grandino Rodas (da USP) e tendo como principais provocadores os brucutus da tropa de choque da PM, vulgo Rota (aquela que se orgulha de ter coadjuvado o terrorismo de estado nos  anos de chumbo, que é sempre denunciada pelas entidades internacionais de defesa dos direitos humanos por suas execuções maquiladas em  resistência à prisão e que os vereadores paulistanos da  bancada da bala  querem homenagear com uma salva de prata).
A aposta dessa gente é numa nova ditadura. E, se o governo federal a continuar subestimando, o ovo da serpente vai ser chocado até que uma crise de maiores proporções crie um cenário favorável à sua eclosão. Os petistas parecem gostar de viver perigosamente; eu detesto saber que há uma lâmina de guilhotina pendente sobre minha cabeça.

Como estive ausente do palco dos acontecimentos, prefiro não produzir um relato jornalístico da nova  blitzkrieg

Sirvo-me, então, dos principais trechos do depoimento do jornalista e historiador Elio Gaspari, colunista da Folha de S. Paulo e de O Globo, que me pareceu o mais satisfatório da grande imprensa. 
A PM COMEÇOU A BATALHA DA MARIA ANTÔNIA

Quem acompanhou a manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus ao longo dos dois quilômetros que vão do Theatro Municipal à esquina da rua da Consolação com a Maria Antônia pode assegurar: os distúrbios de ontem começaram às 19h10, pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, com suas fardas cinzentas, que, a olho nu, chegaram com esse propósito. Pelo seguinte:
Bala de borracha da PM atingiu esta repórter no olho
Desde as 17h, quando começou a manifestação na escadaria do teatro, podia-se pensar que a cena ocorria em Londres. Só uma hora depois, quando a multidão engordou, os manifestantes fecharam o cruzamento da rua Xavier de Toledo.
Nesse cenário havia uns dez policiais. Nem eles hostilizaram a manifestação, nem foram por ela hostilizados.

Por volta das 18h30 a passeata foi em direção à praça da República. Havia uns poucos grupos de PMs guarnecendo agências bancárias, mais nada. Em nenhum momento foram bloqueados.

Numa das transversais, uns 20 PMs postaram-se na Consolação, tentando fechá-la, mas deixando uma passagem lateral. Ficaram ali menos de dois minutos e se retiraram. Esse grupo de policiais subiu a avenida até a Maria Antônia, caminhando no mesmo sentido da passeata. Parecia Londres.

Voltaram a fechá-la e, de novo, deixaram uma passagem. Tudo o que alguns manifestantes faziam era gritar: "Você é soldado, você também é explorado" ou "Sem violência". Alguns deles colavam cartazes brancos com o rosto do prefeito de São Paulo, "Malddad".

Num átimo, às 19h10, surgiu do nada um grupo de uns 20 PMs da Tropa de Choque, cinzentos, com viseiras e escudos. Formaram um bloco no meio da pista. Ninguém parlamentou. Nenhum megafone mandando a passeata parar. Nenhuma advertência. Nenhum bloqueio, sem disparos, coisa possível em diversos trechos do percurso.
Em menos de um minuto esse núcleo começou a atirar rojões e bombas de gás lacrimogêneo. Chegara-se a Istambul.

Atiravam não só na direção da avenida, como também na transversal. Eram granadas Condor. Uma delas ficou na rua que em 1968 presenciou a pancadaria conhecida como "Batalha da Maria Antônia"...  (por Elio Gaspari)
 
 
 

UM ESTRANHO CASAL: A EX-TORTURADA E O PALADINO DOS TORTURADORES

O larápio de medalhinhas se dá tão bem com a Dilma...
Estranhei o incomum amargor do Juca Kfouri, no título (Vaias só para o poder) e no texto:
"...nada se comparou à cara da presidenta Dilma Roussef quando foi estrepitosamente vaiada ao lado de Joseph Blatter, que pediu fair play para ser ainda mais vaiado. Como ela, ao declarar a Copa das Confederações oficialmente aberta.
...como se dava com o Maluf?
É o preço que paga quem se cala diante das iniquidades do país e faz acordos espúrios para sobreviver, como seus antecessores..."
Aí passei pelo site do Brasil 247 e encontrei a foto do alto, de uma ex-torturada confraternizando com um antigo paladino dos torturadores: aquele que rasgava seda para o delegado Sérgio Fleury e, às vésperas do assassinato de Vladimir Herzog, pedia providências contra a infiltração comunista na TV Cultura.

Não sei exatamente qual foi o motivo para os torcedores de Brasília vaiarem a Dilma.

Mas, quem conhece o passado ignóbil do José Maria Marin e mesmo assim se deixa fotografar ao lado dele sorrindo e fazendo o sinal de  positivo, merece mesmo ser vaiado.
 

LEI DA GRAVITAÇÃO FEDERAL

"O poder atrai 
o poder, na 
razão direta 
da ambição e 
na razão 
inversa da 
dignidade"


QUEM COM CÃES SE DEITA, COM PULGAS SE LEVANTA

Face ao mal estar causado pela foto do  estranho casal  divulgada no último sábado (15), assessores de Dilma Rousseff estão alegando que não houve efusividade entre ela e José Maria Marin, mas sim uma esperteza do fotógrafo da CBF, que ficou de prontidão à espera de uma oportunidade para clicá-la sorridente. O sinal de  positivo  seria para alguém que não aparece na foto. OK, o registro está feito. No entanto:
  1. é meio pueril uma presidenta da República dividir camarote com um desafeto e permanecer emburrada, melhor seria não ter ido lá ou estar em companhia menos constrangedora;
  2. quando adolescentes admitem terem sido ingênuos, tudo bem, mas pessoas vividas têm mais é de nunca baixarem a guarda, até porque, conforme reza a sabedoria popular, quem com cães se deita, com pulgas se levanta
Finalmente, permito-me considerar que não houve empenho real do governo federal em evitar a situação extremamente vexatória de que teremos na tribuna de honra de uma Copa do Mundo disputada no Brasil, como presidente da CBF, um antigo  capacho  da ditadura militar: o patético  Zé das Medalhas

Assim como nunca engolirei que, para a instituição da Comissão da Verdade ser aprovada pelo Congresso, o governo precisasse prostrar-se à chantagem imunda da bancada evangélica, que exigiu a não participação de resistentes que pegaram em armas, igualando-nos aos veteranos do arbítrio (que já estavam vetados). Foi uma capitulação infame, até por vir ao encontro de uma das teses favoritas das  viúvas da ditadura, a de que os dois lados cometeram excessos.

Em ambos os casos havia como se chegar a solução melhor, desde que o governo se dispusesse a pagar o preço (pois lidava com indivíduos que colocam SEMPRE os interesses acima das convicções). Mas, preferiu preservar suas moedas de troca para outras barganhas, e um dos maus resultados aí está, com a rasteira que o Marin acaba de dar na Dilma. 
Outros virão.
*NaufragodaUtopia

Visita do papa ao Brasil custará R$ 118 milhões para os cofres públicos, diz jornal

Vinda de papa ao Brasil custará R$ 118 mi
  • Vinda de papa ao Brasil custará R$ 118 mi
O papa Francisco virá ao Rio e Aparecida (SP) no próximo mês de junho, e isso custará R$ 118 milhões em gastos públicos, incluindo verba federal, estadual e municipal. A contabilidade foi feita pelo jornal "O Globo" e publicada em sua edição deste sábado (11).
Só o governo federal desembolsará R$ 62 milhões, sendo que R$ 30 milhões serão só para as ações de segurança ao redor do sumo pontífice. O efetivo será de 10.700 homens, com a maioria dele sendo das Forças Armadas. A Igreja vai colaborar com a contratação de 2.000 seguranças particulares.
A Prefeitura do Rio e o governo estadual gastarão R$ 28 milhões cada um de seus orçamentos para a vinda papal.
As autoridades justificam o gasto por conta da mobilização popular para o evento --a visita do papa faz parte da 26ª Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho no Rio. A expectativa é que dois milhões de peregrinos se desloquem para a cidade.
Entre os gastos estão também as 4 milhões de hóstias que serão distribuídas durante os seis dias da Jornada. Elas serão fabricadas por seis fornecedores em todo o país
*CarmenE.

Demonstrações e agonia de um Estado cooptado que trai sua população

 

 



Olha essa chamada no feicebuque:
ATENÇÃO: Somos pacifistas, mas estamos unidos em solidariedade ao Passe Livre São Paulo. Dada a proximidade do nosso espaço ao centro da cidade, organizamos aqui na MATILHA CULTURAL um pequeno posto de atendimento de primeiros socorros, com enfermeiros voluntários, vinagre, curativos e água. Quem participar da manifestação e precisar de abrigo para se recuperar ou chamar ajuda, pode contar com a gente: Rua Rêgo Freitas, 542, pertinho da Igreja da Consolação/Praça Roosevelt. TAMO JUNTO! R$ 3,20 É UM ASSALTO! PEI!!!!”

A situação é clara, quando é preciso montar uma enfermaria de emergência antes de começar o movimento de protesto contra o aumento das passagens. O Estado está claramente contra a população, obediente aos seus sequestradores podres de ricos, os mesmos que, pra garantir seus privilégios, traem o povo brasileiro e o entregam como escravo à exploração do mesmo punhado de sempre, há dinastias. As forças de segurança, garras afiadas, cérebros lavados e enxaguados, “desarmava” os manifestantes que chegavam ou os prendia, se encontravam armas de defesa – vinagre, máscaras contra gases – ou de ataque – megafones, latas de tinta. Ninguém podia se defender dos ataques que eles programaram, das suas armas de gases e balas de borracha. Nada de manifestar o pensamento nos muros, nas paredes, em qualquer parte, já que nos negam o direito à voz.

A criminalização pela mídia, pelos poderes vigentes e pelos “gerentes” institucionais beiram o ridículo – seria cômico, não fosse criminosamente trágico o resultado dessas mentiras descaradas.

A mentalidade conservadora encontra respaldo nas tendências facistas da elite paulistana e seus admiradores, que demonstram seu ódio contra as mais que justas manifestações.

Notícias no mundo a respeito das manifestações em várias capitais brasileiras. Não se espere nada de bom da mídia nacional – exceção para as mídias alternativas, de pequeno porém crescente alcance.

A BBC Mundo, Brasil, destrincha o sistema de transporte coletivo brasileiro pra entender as manifestações populares. Não é mais contra o aumento, mas a favor da cidadania que o Estado nega à sua população. Está em español, não tenho tempo pra traduzir. Mas é língua irmã, fácil de ler e entender.

Abaixo a cobertura do Brasil de Fato, jornal independente dos poderes econômicos que tomaram o Estado e impõem a mídia comercial traidora do povo a serviço dos grandes vampiros.

São Paulo:
http://www.brasildefato.com.br/node/13233
Um passante relata o que viu e viveu. Atribui a responsa toda a Geraldo Alkmin. Eu já acho que se trata de uma marionete de luxo, funcionando a serviço do pequeno grupo de elite em Sampa - tá, vá lá, ele é um integrante. Mas o poder não está no governo, está bem acima, nos bastidores se vê o rabo.
http://ronaldobressane.com/2013/06/14/por-gentileza-tirem-geraldo-alckmin-do-poder/

Porto Alegre:

No Rio, a polícia disse que haviam 2 mil manifestantes. A foto demonstra a mentira.

Leonardo Sakamoto descreve bem os acontecimentos, suas raízes e suas consequências possíveis:

Mais barbárie e truculência. Já que os manifestantes não tomavam iniciativas que justificassem a agressão da polícia, ela mesma tomou a iniciativa e iniciou os tumultos, pra não perder a viagem. Minha solidariedade aos poucos policiais com humanidade e escrúpulos, esses que são desprezados e traídos pela própria corporação. Em geral sofrem tremendas angústias e acabam somatizando em problemas de saúde física ou psicológica, às vezes psiquiátrica. Seria preciso desfazer essa e construir outro tipo de polícia, que em suas instruções e formação tenham a base na cidadania, na inteligência, no respeito aos direitos do indivíduo e do povo como um todo, com base na Constituição Federal – que também precisa ser refeita, depois de tantos remendos (emendas) que a transformaram num livro de piadas de mau gosto, um franquestein constitucional. 

As forças de segurança são um elemento de base pra que a sociedade dominada por interesses empresariais cometa crimes continuados e progressivos contra a maioria da população. Olhaí:

O provocador vê um efeito colateral importantíssimo. Agora a luta é por uma pátria livre para todos:

A postagem do blogue Solidários, que merece ser conhecido e tem o meu respeito:

Controle biguebrodiano mundial
O controle se intensifica, a polícia fotografa, filma e marca as pessoas que se destacam nas manifestações – e não apenas os quebradores, os pequenos grupos que se divertem quebrando coisas e tocando fogo pelos caminhos. Essa é a cara atual das “políticas de segurança”, uma segurança contra o povo, procurando cabeças pra cortar, contando com o apoio judiciário na ridícula criminalização das pessoas que não se conformam com a barbárie imposta pelos bancos e mega-empresas através do Estado e das suas instituições infestadas pela influência das elites egoístas que desprezam a maioria apesar de viver às suas custas – aliás, por isso mesmo. O desprezo é o disfarce da sua fraqueza pessoal e dependência. Armados com o aparato “público” que roubaram ao público, sentem-se falsamente fortes ao fazer com que o povo seja brutalmente atacado por esse simulacro safado de democracia.
Os vazamentos de informações que denunciam as estratégias de infiltração, controle e repressão continuam acontecendo. Agentes a serviço da tirania que conseguiram preservar sua humanidade, quando descobrem os crimes a que estão servindo, iludidos por distorções da realidade, denunciam, apesar de saber das perseguições implacáveis de que serão alvos. Bradley Manning, soldado da inteligência estadunidense, confiante na mentira de que seu país defendia os povos que atacava, ao descobrir os inúmeros crimes de guerra e contra a humanidade ao que servia, divulgou as informações sobre esses crimes a Julian Assange, jornalista australiano criador do Wikileaks, que já publicou milhões de informações demonstrando o comportamento criminoso das potências ocidentais. Os dois são odiados pelo sistema, Manning há três anos preso entrou em julgamento agora, como traidor da pátria, passível de prisão perpétua ou mesmo pena de morte. Assange está asilado há dois anos na embaixada londrina do Equador, país pequeno e valente de Rafael Correa. E é ele quem denuncia o julgamento de Manning – no segundo link abaixo.

Mais recente, Edward Snowden, funcionário do sistema de informações estadunidense, denuncia o processo de espionagem irrestrito em implantação no planeta como um todo, vigiando como na profecia de George Orwell cada um e todo mundo, em seus telefonemas e comunicações em geral, na vida particular e em toda parte. Denunciou, largou tudo e foi pra China, literalmente, na esperança de durar mais tempo, ou mesmo conseguir viver. Abriu mão da própria vida, sabe que provavelmente nunca mais vai poder voltar ao convívio dos parentes e amigos, mas fez uma opção de consciência, diante da situação aterradora que viu sendo criada pra dominar e controlar os povos, por parte daquele punhado de vampiros planetários e seus cúmplices regionais, as elites locais.

O blogue anti-nova ordem mundial publica sobre a instalação do PRISM, denunciado por Edward Snowden:

No parlamento dominado pelos poucos podres de ricos, trama-se o enquadramento de manifestantes na lei anti-terrorismo que o império vem forçando pra impor aqui, com o apoio dos vampiros locais, cachorrinhos de estimação das corporações internacionais que tiranizam o mundo, seja massacrando com seu poderio militar, seja se infiltrando com sua falsa diplomacia e seu financiamento dos “políticos” e das políticas favoráveis aos seus interesses, sempre lesando os povos, saqueando recursos naturais e dinheiros públicos em claros crimes contra a humanidade, com pretextos claramente demagógicos e mentiras midiáticas. O projeto de lei está em pauta no parlamento que finge representar o povo brasileiro.
PL contra o “terrorismo”:

Remoções
Se houvesse alguma dúvida quanto à farsa dessa democracia fajuta em que se sabota, engana, rouba e reprime qualquer manifestação de defesa ou descontentamento da população, aqui está mais um procedimento onde fica bem clara a função imposta ao Estado, de servir aos ricos os sacrifícios do povo brasileiro. A hipocrisia é descarada. Mas estamos acordando, aos poucos. As manifestações são um sinal e a conscientização, o enraizamento das mudanças que não só são necessárias desde sempre, como estão se aproximando a olhos vistos. Daí o desespero e a violência induzida nas forças repressivas – não têm merecido a definição de “segurança pública”, pois defendem os interesses dos exploradores e atacam sua própria população –, mentes lavadas, brutalizadas, transformadas em usinas de ódio e brutalidade.

Junto com a copa das confederações, deprimente espetáculo de ostentação, consumo e alienação, começa a copa da cidadania, do esclarecimento, da contestação no estilo da alegria que não se deixa abater, debaixo das mais incríveis violências e injustiças. É a resistência sem limites que a maioria tem, debaixo dos condicionamentos de inferioridade imposta pela publicidade criminosa, como criminosas são as mensagens sub-liminares de todas as novelas, filmes e programas apresentados pela mídia privada, ainda esmagadora mas que perde espaço e crédito, em seu desespero raivoso com o andar das coisas. Os que pregavam o fim da história tentam bloquear, impotentes, as mudanças que vêm, inevitáveis, caminhando através da própria história. Estamos escrevendo, cada vez mais, com nossas próprias mãos.
Copa das comunidades ameaçadas de remoção:

http://amarcbrasil.org/torneio-entre-comunidades-ameacadas-de-remocao-no-rio-marca-estreia-do-saci-perere-como-mascote-popular-da-copa/
*Observareabsorver

Manifestação em frente a Rede Globo em São Paulo


Meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança, afirma Dilma


Líderes do Movimento Passe Livre dizem no programa Roda Viva que estão no campo da esquerda e lutam por uma sociedade igualitária



passe livre roda viva cultura
Nina Cappello e Lucas Monteiro, líderes do Movimento Passe Livre (Foto: Reprodução / TV Cultura)
A entrevista com dois dos líderes do Movimento Passe Livre (MPL) no Roda Viva da TV Cultura foi marcada por uma postura comedida dos entrevistados. 

O programa entrevistou a estudante de direito Nina Cappello e o professor de História Lucas Monteiro de Oliveira. 
Lucas deixou claro que o MPL está no campo das esquerdas e que o movimento busca uma sociedade igualitária.
Para Nina, o MPL é um movimento social que luta pelo transporte público. Semelhante à estrutura de organização do MST (Movimento dos Sem Terra), eles dizem que procuram atuar de forma horizontal.
Apesar de muitas perguntas sofríveis por parte dos jornalistas da grande mídia, foi possível perceber que os integrantes estavam bastante cautelosos e bem preparados com algumas perguntas mal intencionadas.
Eles também afirmaram que a cidade precisa de uma transformação, para que não impeça a circulação das pessoas da periferia. O movimento tem um projeto de lei, de iniciativa popular, propondo do transporte público com tarifa zero, para que as pessoas (da periferia) possam se apropriar da cidade.
Assista vídeo abaixo:
 
*cutucandodeleve
Feliciano e Cia aprovam "Cura Gay" na Comissão de Direitos Humanos


 
Outro Olhar


Com poucos manifestantes, CDH aprova projeto da “cura gay”
Com poucos manifestantes presentes, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados conseguiu aprovar nesta terça-feira o projeto de decreto legislativo que trata da “cura gay”. Desde que o presidente da comissão, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), foi indicado para ao colegiado, a CDH se tornou palco de manifestação entre ativistas pelos direitos humanos e pastores evangélicos apoiadores de Feliciano.

O que se viu hoje na comissão, no entanto, sequer lembra os dias de ocupação do plenário do colegiado, em que manifestantes chegaram a ser detidos e impedidos de entrar na sala onde ocorriam as reuniões da CDH. Antes, os ativistas gritavam palavras de ordem e chegavam a atrapalhar os trabalhos. Hoje, apenas cerca de 10 manifestantes seguravam cartazes e aplaudiam o deputado Simplício Araújo (PPS-MA), único a discursar contra o projeto da “cura gay”.

A proposta altera uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e suspende a vigência desse documento, que proíbe psicólogos de atuarem para mudar a orientação sexual de pacientes e considerar a homossexualidade como doença. Há quase 30 anos a homossexualidade foi excluída da Classificação Internacional das Doenças. Em seu relatório, Anderson Ferreira defendeu que a orientação do conselho impede que homossexuais “mudem” sua orientação com a ajuda de um profissional.

“Não existe tratamento porque isso não é doença. O que temos que tratar é a corrupção, a cara de pau de alguns políticos. Gostaria que tivessem a mesma possibilidade os profissionais de psicologia de tratar alguns distúrbios de comportamento do ser humano. Não é a homossexualidade um dos distúrbios que prejudica a família. O que prejudica a família é a corrupção, a forma como a classe política está se comportando. Este projeto é inconstitucional. Apenas o poder judiciário pode questionar uma decisão de qualquer conselho de qualquer profissão”, criticou Araújo.

Feliciano, no entanto, alegou que a CDH apenas analisou o mérito da questão. A constitucionalidade do projeto será avaliada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto também passará pela Comissão de Seguridade Social da Câmara.

O deputado Anderson Ferreira (PR-PE), relator da matéria na CDH, alegou que há jurisprudência que considera inconstitucional qualquer resolução de conselho profissional que limita o exercício da profissão.

“Essa resolução cerceia a independência e liberdade dos profissionais e o direito da pessoa de procurar um psicólogo e de receber orientação. É direito do paciente procurar atendimento que satisfaça seus anseios. O projeto de decreto legislativo garante o direito ao homossexual a mudar sua orientação sexual e ser acolhido por um profissional”, afirmou o relator durante a leitura do seu parecer, que pede a aprovação da matéria.

Ferreira alegou que a suspensão dos efeitos da resolução terá efeito somente até que haja uma decisão judicial que determine se psicólogos devem ou não ajudar pacientes a “deixarem” a homossexualidade. Em resposta, o CFP afirmou que os psicólogos estão proibidos de tratar a homossexualidade como doença.

“Estão sim proibidos os psicólogos de exercerem qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, e adotarem ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. (...) A norma orienta os profissionais da Psicologia a não se pronunciar e nem participar de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”, defendeu o conselho representativo dos psicólogos em nota.
*Mariadapenhaneles