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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 08, 2013

Sobre a atuação da CIA no Brasil


Por Paulo
Todo o material recebido de informações sobre a atuação da CIA e serviços secretos dos EUA no Brasil, já foram alvo de denúncias da Carta Capital.
Nos anos FHC, chegou-se até a escolher como o governo deveria utilizar recursos destinados à um acordo de cooperação entre as Polícias Federal e CIA, com alarmante ingerência nos assuntos de segurança interna.
Ainda mais, o obscuro e absurdo acordo para utilização da Base de Alcântara, um acordo que claramente atentava contra os interesses brasileiros e criava uma área onde feria a soberania nacional sobre fiscalização.
Além disso, proibia o Brasil de utilizar os recursos que os EUA pagariam, para desenvolvimentos de armamentos nacionais e barrava a aplicação destes em Pesquisa e Desenvolvimento, com ênfase no desenvolvimento de mísseis. Este acordo era tão lesivo ao Brasil, que o Congresso o derrubou diante dos fatos.
Enfim, o que Snowden torna claro agora, já era de conhecimento público.
As matéria ignoram isso e o colaboracionismo inacreditável que o governo norte-americano teve na época de FHC.
Seria interessante reeditar as matérias para refrescar certas amnésias seletivas.
*Nassif

Ato contra a fraude da Globo !

Ato contra
a fraude da Globo !

O PT está convidado.
O Conversa Afiada reproduz convocação do Igor Felippe:

1º grande ato contra a Globo + Monopólio da Mídia em SP



11 de julho, concentração a partir das 17h,
na Pça Gal Gentil Falcão -
ao lado da estação Berrini de trem

Evento de SP no Facebook: https://www.facebook.com/events/543580692367952/
Jornada de Lutas do Levante contra a Globo no Facebook: https://www.facebook.com/events/192701367573115/

PORQUE UM ATO NA FRENTE DA GLOBO?

MONOPÓLIO
O cenário na televisão brasileira é de quase monopólio. Na TV aberta, a Globo controla 73% das verbas publicitárias, embora tenha 43% da audiência. A Globosat participa de 38 canais de TV por assinatura e tem poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que juntas controlam 80% do mercado. No Rio de Janeiro, o grupo controla os principais jornais, TVs e rádios, situação que seria proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa, onde há regulação democrática da mídia.
#OcupeaMidia

PROMISCUIDADE POLÍTICA
Várias das afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos de direita envolvidos em inúmeros escândalos. A família Sarney controla a TV Mirante (GLOBO) no Maranhão e Fernando Collor controla a Gazeta (GLOBO) em Alagoas. A Globo construiu seu império a partir da relação promíscua com o regime militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal.
#GloboSemBigode
#GloboSemCollor

CORRUPÇÃO
A corrupção é marca da Globo desde a fundação. Seu crescimento na década de 60 se deu a partir de um acordo técnico ilegal com o grupo Time-Life, que mereceu uma CPI, mas foi abafado. Recentemente, veio à tona uma operação fraudulenta da empresa para sonegar impostos na compra dos direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002. Além disso, a empresa vende espaços editoriais para divulgação de filmes e artistas, numa verdadeira grilagem eletrônica que a faz absorver recursos incentivados do cinema nacional.

MANIPULAÇÃO
A emissora opera como um partido político, direcionando o noticiário jornalístico a partir de suas opiniões conservadoras (seu ‘programa político’) e buscando definir a agenda pública a partir de entrevistados que têm visões alinhadas. A mudança na abordagem dos protestos simboliza bem a transição entre a deslegitimação e a tentativa de cooptação a partir de sua própria pauta. Momentos grosseiros de manipulação, como o das diretas já ou a eleição de Collor, ainda existem, mas perdem espaço para uma manipulação mais sutil, sofisticada e cotidiana.



Clique aqui para ler “Tijolaço vai atrás do processo da Globo”.

Dívida Pública Líquida brasileira caiu 41,7% entre 2003-2012

Contas públicas: Brasil poderia entrar para a União Europeia!

Dívida Pública Líquida brasileira caiu 41,7% entre 2003-2012, durante os governos Lula-Dilma, passando de 60,4% do PIB em 2002 para 35,2% do PIB em 2012. E o Brasil tem, hoje, uma dívida pública ainda menor, de 34,8% do PIB (dados de Maio de 2013).
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS22CAAdfIMmhpGZY0MZXRpXxCg-0THHhfdwqaMTutillz7twoTcnG6V4UMpnzBMqTL8daLm3f01uDmDUhu5wD09ZfSfeMtsmWmwOmvUtJ_oxPVpSQUN8vc1fNqtUBTPvFOSiOYcV4KRs/s1600/dc3advida-pc3bablica-lc3adquida-2001-2012.png
Dívida Líquida do setor público brasileiro despencou durante os governos Lula-Dilma, caindo de 60,4% do PIB em 2002 para 35,3% do PIB em 2012, acumulando uma queda real de 41,7%.
Quero sugerir aos leitores deste modesto blog que leiam o texto da 'Agência Brasil' a respeito das contas públicas brasileiras cujo link postei abaixo. Ele diz que o déficit público nominal do Brasil ficou em 2,87% do PIB no acumulado dos últimos 12 meses. E o mesmo também informa que a dívida líquida do setor público brasileiro é de 34,8% do PIB atualmente.
E segundo matéria do G1 (ver link abaixo), o déficit público nominal do Brasil nos últimos anos foi o seguinte:
2011 - 2,61% do PIB;
2012 - 2,47% do PIB.
Assim, nos últimos 3 anos, no mesmo período em que a economia mundial enfrentou uma crise gravíssima, principalmente na Zona do Euro, e que provocou uma forte desaceleração da economia mundial (a China, por exemplo, estava crescendo ao ritmo de 11,9% ao ano no 2o. trimestre de 2010 e, agora, em 2013, não consegue sequer atingir os 8% de crescimento anual) o Brasil teve um déficit público nominal (que inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública), inferior a 3% do PIB, o que credenciaria o país até a requisitar a sua entrada para União Europeia, que tem um teto de 3% do PIB para o déficit público dos países membros.
E a dívida líquida do setor público brasileiro, que é de 34,8% do PIB (dados de Maio de 2013), também está bem abaixo do teto imposto pela UE aos seus países membros, que é de 65% do PIB.
Assim, caso desejasse, o Brasil poderia até requisitar a sua entrada para a UE, bloco no qual muitos dos países integrantes estão bem longe de cumprirem com as metas do teto de endividamento (65% do PIB) e de déficit público (3% do PIB), tal como acontece com a França, Itália, Espanha e Portugal, por exemplo.
Na Espanha o déficit público chegou a 10,2% do PIB em 2012 e a dívida pública bateu novo recorde, chegando aos 84,1% do PIB. Em 2012, o déficit público da França, por sua vez, chegou a 4,8% do PIB e a dívida pública atingiu os 90,2% do PIB. Na Itália, no ano passado, a dívida pública chegou a 127% do PIB e a economia do país acumulou uma forte queda de 2,4%. Em Portugal, a dívida pública ultrapassou os 120% do PIB e o déficit público ficou próximo aos 5% do PIB em 2012.
E nos EUA, por exemplo, o déficit público fechou o ano fiscal de 2011-2012 com um índice equivalente a 7% do PIB e ultrapassou US$ 1 Trilhão.
Mas é claro que este fato, a boa situação das contas públicas brasileiras atualmente, não recebe nenhum destaque na Grande Mídia brasileira, que prefere difundir a mentira deslavada de que a economia do país está enfrentando uma crise terrível.
Porém, quando se trata de analisar os números de forma realista, o quadro que vemos é muito diferente, com o Brasil navegando em mares tranquilos, enquanto as maiores economias do mundo enfrentam a pior crise econômica e social desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Grande Mídia e Você: Nada a Ver!
Marcos Doniseti No Justiceira de Esquerda
*comtextolivre

Congresistas estadounidenses amenazan a países que ofrecen asilo a Snowden


Republicanos y demócratas consideran fundamental sancionar económicamente al país que se atreva a brindarle asilo político al exagente de inteligencia Edward Snowden, porque, a su juicio, constituyen acciones "en contra de los Estados Unidos".
Titular del Comité de Inteligencia de la Cámara
de Representantes, Mike Rogers
Legisladores estadounidenses lanzaron este domingo amenazas contra aquellos países latinoamericanos que consideran la posibilidad de otorgarle asilo político al exagente de inteligencia Edward Snowden, entre ellas la imposición de sanciones económicas y comerciales por “ponerse a sí mismos en contra de Estados Unidos”.
El presidente del Comité de Inteligencia de la Cámara de Representantes,el republicano Mike Rogers, fue el primero en amenazar con sancionar al país que otorgue asilo al excontratista de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA, por su sigla en inglés).
Por ello, Rogers llamó a la acción del Gobierno de Estados Unidos para sancionar el hecho de los países latinoamericanos “utilicen a Snowden como herramienta de relaciones públicas”.
"No debemos permitir que esto suceda y cruzarnos de brazos. Este es un asunto serio. Algunas empresas latinoamericanas gozan de los beneficios del comercio con Estados Unidos y vamos a tener que revisarlos”, manifestó.
De igual manera, el titular del Comité de Relaciones Exteriores del Senado, el demócrata Robert Menendez, adelantó que el otorgamiento de asilo y protección a Snowden provocaría serias implicaciones políticas y económicas.
"Es evidente que cualquier aceptación de Snowden de algún país, cualquiera de estos tres u otro, va a ponerlos directamente en contra de Estados Unidos. Necesitan saber eso", dijo Menéndez, en referencia a Venezuela, Nicaragua y Bolivia.
"Es muy claro que cualquiera de estos países que aceptan ofrecerle asilo político están dando un paso en contra de Estados Unidos. Es una declaración muy clara. No estoy sorprendido por los países que le están ofreciendo asilo”, aseveró el senador.
Las declaraciones tienen lugar después que los gobiernos de Venezuela, Nicaragua y Bolivia ofrecieron asilo político al también exagente de la Agencia Central de Inteligencia (CIA), acusado de espionaje por revelar a la prensa programas secretos de espionaje de la NSA.
Por otro lado, Roger añadió que la Casa Blanca debe presionar a Rusia para que entregue a Snowden a la justicia norteamericana, posibilidad rechazada por el presidente Vladimir Putin, quien ha reiterado que el exempleado de seguridad es un hombre libre.
Snowden llegó a la terminal aérea de Moscú el pasado 23 de junio, procedente de Hong Kong y ha pedido asilo político a 27 países, la mayoría de los cuales rechazaron su solicitud, o pusieron como condición que el demandante se encuentre en su territorio.
*comtextolivre

Governo do Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem


O governo do Brasil pediu explicações aos Estados Unidos (EUA) sobre a espionagem das comunicações de cidadãos brasileiros pela Agência Nacional de Segurança daquele país (NSA, na sigla em inglês).
 
O ministro Patriota disse que o Itamaraty recebeu com “grave preocupação” a
notícia de que contatos eletrônicos e telefônicos de seus cidadãos estariam
sendo monitorados.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, os esclarecimentos foram solicitados por meio da Embaixada do Brasil em Washington e, ainda, ao embaixador dos EUA no Brasil.
O ministro disse que o Itamaraty recebeu com “grave preocupação” a notícia de que contatos eletrônicos e telefônicos de seus cidadãos estariam sendo monitorados. Patriota deu as declarações em Paraty, no Rio de Janeiro, onde está sendo realizada a 11ª Festa Literária Internacional (Flip).
Leia a seguir a íntegra do comunicado lido por Patriota:
"O Governo brasileiro recebeu com grave preocupação a notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência norte-americanos.
O Governo brasileiro solicitou esclarecimentos ao governo norte-americano por intermédio da Embaixada do Brasil em Washington, assim como ao Embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
O governo brasileiro promoverá no âmbito da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Genebra, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. Além disso, o Brasil lançará nas Nações Unidas iniciativas com o objetivo de proibir abusos e impedir a invasão da privacidade dos usuários das redes virtuais de comunicação, estabelecendo normas claras de comportamento dos Estados na área de informação e telecomunicações para garantir segurança cibernética que proteja os direitos dos cidadãos e preserve a soberania de todos os países."
O escândalo sobre o monitoramento das comunicações privadas de cidadãos e empresas de dentro e de fora do país pelo governo dos EUA veio à tona após o ex-técnico em segurança digital da CIA (agência de inteligência norte-americana), Edward Snowden, revelar a prática. Os dados eram vigiados por meio do Prism, programa de vigilância eletrônica altamente secreto mantido pela NSA. Uma reportagem do jornal O Globo deste domingo revelou que as comunicações do Brasil estavam entre os focos prioritários de monitoramento.
Depois das revelações, Snowden teve o passaporte cancelado pelo governo norte-americano. Ele pediu asilo político a 21 países. Até o momento, Bolívia, Venezuela e Nicarágua se ofereceram para receber o ex-agente.
Na última semana, países europeus proibiram a entrada do avião do presidente boliviano, Evo Morales, em seu espaço aéreo, por suspeitaram que Edward Snowden estava a bordo. Países latino-americanos, entre eles o Brasil, manifestaram-se a favor do chefe de Estado. O incidente será discutido terça-feira (9) na Organização dos Estados Americanos (OEA).
*Vermelho

Liberte-se do sistema


O touro representa o poder financeiro da mafia bancaria de Wall Street controlando os fantoches políticos dos partidos Democrático e Republicano.
As asas de armas representa o poder militar para gerar medo e desgraça. Essa é a típica estratégia: Problema - Reação - Solução. Eles criam o problemas, isso gera uma reação no povo, e então eles oferecem a "solução" que possibilita mais repressão.
Logo abaixo está a policia/exercito financiados pelas corporações multinacionais para defender os seus interesses de controle sobre a população.

No Brasil a situação é a mesma. Políticos são apenas fantoches dos bancos e corporações.
Não importa para qual lado da moeda você vota, quando a oligarquia bancária que controla a moeda irá ganhar de qualquer jeito.


Liberte-se do Sistema!

Entenda as Agenda de Controle Global:
http://libertesedosistema.blogspot.com.br/2011/09/entenda-as-agendas-de-controle-global.html

Estratégia de Dividir e Conquistar:
http://libertesedosistema.blogspot.com.br/2011/07/dividir-e-conquistar.html

Curso Breve de História

Curso Breve de História


Otávio Mangabeira, então deputado federal pela Bahia na legenda UDN (União Democrática Nacional),  ajoelha-se e beija a mão do general norte-americano Dwight Eisenhower.

A Historia e o Fascínio do Feiceismo do “Anonymous”, o novo partido único da direita, dirigido de Londres.

História breve do Brasil, – da Ditadura ao “Feicismo” – , dedicada aos jovens que estão nas ruas fazendo o país avançar, mas que não querem ser usados pela CIA para fazer o Brasil voltar atrás.
1. Nos anos 50, eles se agrupavam num partido chamado UDN, que defendia sempre os interesses dos Estados Unidos no Brasil, a ponto de seu presidente, o tristemente célebre deputado Mangabeira, quando na presidência do Congresso Nacional ter beijado a mão do General americano Dwight Eisenhouwer candidato a presidente daquele país, como se pode ver nessa foto acima.
2. Sempre derrotados pelos trabalhistas, chefiados primeiro por Vargas e depois por Brizola e Juscelino em 1959 eles chegam à conclusão que precisariam deixar de parecer partido das elites e tinham que conseguir um candidato que parecesse ser do povo se quisessem ganhar as eleições presidenciais.
3. Em 1960, finalmente, eles tinham vencido uma eleição para presidente, tendo como candidato Jânio Quadros, um candidato que, nos comícios, comia na frente do microfone um grande sanduiche de mortadela para parecer popular e usava uma vassoura na mão como símbolo de que iria acabar com a corrupção.
4. Mas seu presidente, Jânio Quadros, renunciou seis meses depois de tomar posse. Eles e os militares queriam impedir que o vice tomasse posse, que na época era eleito em separado, João Goulart, também um trabalhista.
5. Em 1962 e 1963 eles tentaram por três vezes, sem sucesso, aplicar um novo golpe de estado. Seu chefe era Carlos Lacerda, jornalista financiado pela Agencia Central de Inteligência, a CIA, que teve um papel chave na deposição e morte de Getúlio Vargas em 1954.
6. Aproveitando-se da grande religiosidade do povo, eles criaram programas religiosos nas principais rádios do Brasil, nos quais pretensos “padres americanos”, na verdade agentes da CIA infiltrados na igreja católica, chefiados por Patrick Peiton, diziam que a “Virgem Maria os havia enviado ao Brasil para salvar o país de vocês do comunismo.”
7. Finalmente, aliados a alguns generais brasileiros e chefiados por Lacerda, então governador da Guanabara e pelo embaixador americano Lincoln Gordon, em 1º de Abril de 1964, eles derrubaram, com o total apoio dos seus veículos de comunicação, não apenas o presidente trabalhista, João Goulart, mas o regime democrático.
8. Entre outros “crimes”, eles acusavam Goulart de defender a reforma agrária e principalmente por ter aumentado em 100% o salário mínimo, congelado por oito anos, o que era um sinal de que o presidente eleito “queria implantar o comunismo no Brasil”.
9. Com seus rádios e TVs, num mesmo dia, eles convocaram uma “Marcha com Deus pela Democracia”, que levou às ruas dezenas de milhares de pessoas, principalmente da classe média, para “pedir a intervenção dos militares”. Tal como ocorre hoje em dia no Egito, no Brasil, na Turquia, através do “Facebook”.
10. Para dar o golpe, eles e os generais revoltosos cometeram vários crimes. Entre eles o principal, de traição de sua pátria, conspirando contra seu próprio governo, dentro da embaixada americana no Rio de Janeiro, planejando o golpe com a ajuda de generais estadunidenses, chefiados por Vernon Walters, que era da CIA.
11. Para perpetrar o golpe, eles contaram com a ajuda do porta-aviões, dos navios e dos bombardeiros da Sétima Frota da Marinha dos Estados Unidos, deslocada do Caribe para dar apoio militar aos generais que traíram seus próprios camaradas de armas, como provam estas gravações entre o presidente estadunidense Lyndon Johnson e seus auxiliares.
12. Caso o golpe não tivesse sucesso, o comando da Sétima Frota recebeu, dos generais brasileiros aliados dos golpistas, as informações precisas sobre onde atacar as tropas que permanecessem leais ao presidente eleito.
13. Por meio de mapas e fotos aéreas, os golpistas apontaram aos militares americanos, onde estavam os quartéis dos nossos soldados, nossas baterias anti-aéreas e de artilharia de costa, cometendo assim um autêntico ato de traição à pátria.
14. Eles apontaram ainda como alvos principais que precisavam ser destruídos para minar a resistência do governo, a Refinaria Duque de Caxias da Petrobrás, a Usina Siderúrgica Nacional e a Fábrica Nacional de Motores, empresas estatais contra cuja criação, seu partido, a UDN, sempre havia se oposto “para não fazer concorrência com as empresas privadas”, a grande maioria estrangeiras.
15. Após consolidado o golpe, eles e os generais que com apoio entusiástico de seus jornais haviam roubado o poder para “defender a Democracia com a Ajuda de Deus”, traíram suas promessas e nunca mais realizaram eleições diretas para presidente, governador e prefeitos das capitais.
16. Eles fecharam o congresso, cassaram mandatos, prenderam prefeitos, vereadores, parlamentares adversários. A alguns como o deputado comunista Gregório Bezerra amarraram na traseira de um Jeep do exército e arrastaram meio morto, algemado, pelas ruas de Recife.
17. Eles implantaram o regime de exceção, que governava por decretos e não por leis, que seus jornais, rádios e TVs aplaudiram e louvaram por 21 anos.
18. A ditadura que eles apoiaram proibiu a existência de partidos políticos, estabeleceu a censura a livros, revistas, músicas, poesias, rádios e jornais que deveria aprovar antes, qualquer coisa antes de ser publicada. Centenas de jornalistas foram presos, torturados, mortos ou processados naquela época.
19. A ditadura que eles apoiaram, fechou milhares de sindicatos em todo o Brasil, cassou mandatos de senadores e deputados adversários, prendeu sem ordem judicial, sequestrou, torturou e matou seus opositores e qualquer pessoa que continuasse defendendo a democracia.
20. Em 1968, devido a manifestações estudantis muito menores do que as atuais, que eles classificavam de “perigoso atentado terrorista”, eles aplaudiram o fechamento do congresso e a cassação do deputado federal Márcio Alves.
21. Eles interviram no Supremo Tribunal Federal, colocando lá, advogados ambiciosos que prestavam serviços às suas empresas, que agradecidos pela fama e pelos salários, não se importaram nada com as violências contra as instituições democráticas e os direitos individuais.
22. Eles sempre quiseram interferir na memória da juventude, sempre jogaram muito na alienação dos estudantes, na sua cooptação para que se esquecessem do que haviam presenciado . E principalmente no repúdio e no esquecimento dos jovens quanto à nossa música, à nossa cultura.
23. E aqui começa algo que iria se repetir ao longo de mais de quarenta anos: a sucessiva troca de nome dos partidos usados por eles.
24. A coisa funcionava assim: na medida em que o povo, nas eleições, os derrotava seus partidos, pois identificava a sua sigla com os que atuaram sempre contra os trabalhadores e a favor dos interesses de empresas e do governo dos Estados Unidos, eles mudavam o nome dos seus partidos.
25. UDN, ARENA, PDS, PFL, DEM, PSDB…Imagino que você já ouviu falar nesses nomes de partidos, é claro. Mas é sempre bom conhecer mais um pouco.
26. Uma vez que a UDN, seu primeiro partido, já tinha ficado conhecida pelo povo como partido que atentou contra a democracia e como partido dos golpistas, aliados das empresas americanas, eles trocaram seu nome e a velha UDN passou a chamar-se ARENA, ou “Aliança Renovadora Nacional”.
27. Através de suas estações de televisão, eles promoveram uma verdadeira lavagem cerebral em massa, ganhando de uma só vez, centenas de concessões de rádio e TV, em todo o país, formando uma rede de veículos de comunicação.
28. Nos 21 anos que se seguiram, eles ganharam fortunas imensas, medidas em bilhões de dólares como pagamento da publicidade oficial que faziam dos governos da ditadura, sem qualquer tipo de licitação.
29. Através do emprego de equipamentos de televisão de ultima geração e do vídeo tape e com recursos quase ilimitados, eles passaram a produzir programas e telenovelas de qualidade muito elevada para a época, que passaram a hipnotizar a classe média.
30. Nas eleições eles sempre apoiaram descaradamente a ARENA, que era a antiga UDN. Faziam isso como hoje em dia, sem nenhuma preocupação em manter um mínimo de imparcialidade. Eles simplesmente ignoravam a existência do único partido dede oposição que era permitido, que era o MDB.
31. Nas eleições para vereadores e deputados, as únicas permitidas, os candidatos ou qualquer um que criticasse o governo era simplesmente preso, torturados e vários simplesmente desapareceram. Muitos foram mortos sob tortura e seus corpos jogados do alto de aviões, sobre o mar.
32. Assim mesmo, a partir de 1974, a máscara começou a cair e a ARENA começou a ser reconhecida como o partido da ditadura e então para tentar enganar os eleitores eles mudaram seu nome, que já tinha sido UDN, agora para PDS ou “Partido Democrático Social”.
33. Em 1978, quando através de greves e manifestações os trabalhadores protestaram contra o arrocho salarial, eles ficaram contra os trabalhadores e a favor da repressão aos operários. Suas emissoras de TV mostravam Lula e os trabalhadores em greve como terroristas, bandidos e arruaceiros e aplaudiram sua prisão e o fechamento dos sindicatos paulistas.
34. Em 1979, quando Lula propôs a criação de um partido da classe trabalhadora, eles com seus veículos de informação fizeram de tudo para impedir, ridicularizando a iniciativa e dizendo que nunca isso seria possível, já que seus membros seriam ignorantes, incultos e semi-analfabetos.
35. Quando em 1986, a população saiu às ruas em todo o país para exigir a realização de eleições diretas para presidente e governadores, eles simplesmente não transmitiam nenhuma imagem, nem noticiavam nenhuma manifestação.
36. Sabendo que não iriam poder manter aquela situação por mais tempo, e vendo que haveriam eleições diretas eles trocaram novamente o nome do seu partido, que de PDS, passou a chamar-se PFL – “Partido da Frente Liberal”.
37. Para auxiliar o PFL, que já nasceu muito “manjado” como partido da ditadura, eles criaram outro partido, chamado PSDB, chefiado por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que também era financiado pela Agencia Central de Inteligência, como contou a escritora Francis Stonor Sauders em seus livro “Quem pagou a conta?”
38. Em 1989, eles criaram a figura de Fernando Collor como o Caçador de Marajás, apoiando sua campanha de forma descarada, pois ele mesmo era um membro de sua rede de TVs.
39. Quando Lula enfrentou Collor nas eleições em 1989 e chegou ao segundo turno, eles editaram o debate na TV, retirando partes onde Collor foi mal e retirando os momentos onde Lula foi bem.
40. Nas quatro eleições presidenciais em que Lula concorreu, eles ficaram abertamente a favor de Color, FHC e Serra.Na ultima eleição, eles ficaram contra Dilma, com todas as suas televisões apoiando Alkmin e forma mais uma vez derrotados.
41. O PFL, seu partido, ficou tão desmoralizado que só ganhou as eleições para governador em um único Estado. E de nada adiantou, mais uma vez, eles terem mudado seu nome para Democratas, ou DEM, pois o povo, com a ajuda da internet, começou a seguir seus passos nessa floresta de siglas e nomes de partidos que eles criaram para confundir o povo.
42. Mas eles nunca desistem. Derrotados nas urnas a cada dois anos desde 2002, com seus lideres e seus partidos totalmente desacreditados, eles tentam novamente, sempre contando com apoio decidido da Agencia Central de Inteligência e do Governo dos Estados Unidos.
43. O governo americano e suas empresas monopolistas não admitem que o Brasil tenha crescido do 10º para o 6º lugar entre as maiores economias do mundo, nem que sejamos os maiores produtores de vários produtos industriais e agrícolas do mundo. E nem que tenhamos um governo que não obedeça a tudo que eles mandam.
44. Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que um metalúrgico e uma ex-guerrilheira tenham colocado 1,5 milhão de jovens pobres nas universidades e construído 240 escolas técnicas federais, criando 18 milhões de empregos em dez anos.
45. Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que apenas esses dois presidentes tenham tirado 28 milhões de pessoas da miséria absoluta com o Bolsa Familia e 31 milhões tenham passado da pobreza para a classe média.
46. Mas os tempos são outros. Agora, na era da informática e da internet, em todo o mundo, basta ver os telejornais para perceber que eles não usam apenas tanques de guerra, soldados, nem só jornais, rádios e TVs para derrubar governos.
47. Manejando programas de internet como “Facebook” desenvolvidos por encomenda do próprio governo dos Estados Unidos, eles tentam agora, derrubar a Presidenta Dilma.
48. Em vez de usar tanques de guerra e a sétima frota da Marinha Americana, eles agora tentam um golpe de tipo novo, com ajuda de programas que também são encontrados em versões comerciais, que simulam serem autênticos, mas que enviam de um único computador milhares de mensagens por minuto.
49. Percebendo que iriam perder as próximas eleições em 2014 eles pretendem tornar realidade mais uma vez, seu velho sonho: como seus partidos estão desmoralizados, querem acabar com os outros partidos políticos e implantar a sua ditadura mais uma vez.
50. E novamente, dar um golpe de estado, novamente com a ajuda da CIA, que criou o Facebook e os sistemas usados como ferramenta de controle e de mobilização de milhares de pessoas “adicionadas”, que recebem mensagens de “seus amigos”, sem saber que podem não ser verdadeiras, como denunciaram Julien Assenge e Edward Snowden.
51. No “Facebook” pessoas identificadas com eles dizem que querem acabar com os partidos políticos.
52. E que querem criar uma “Democracia Direta”, que funcionaria pela internet, através do “Facebook”. Eles querem que Dilma renuncie, que os partidos sejam fechados.
53. Em vez de eleições diretas, votação pela internet. Em vez de Congresso Nacional, votação pela internet. Mas qual a garantia de segurança e autenticidade da votação?
54. Isso “eles” não explicam.
55. O único partido admitido seria o “Partido do Facebook”, como se em qualquer lugar não se pudesse comprar e baixar programas que votam dezenas de vezes em qualquer “pesquisa”, que enviam milhares de mensagens automáticas em nome de milhares de pessoas diferentes.
56. Eles querem que acreditemos que quem não defende o “Feicismo” é antiquado, “careta” e atrasado. Eles querem incentivar inúmeros conflitos no seio do povo, jogando jovens contra “velhos”. Querem jogar evangélicos contra gays. Querem jogar os que são a favor do aborto contra os que são contra o aborto. Eles querem dividir o povo e desviar a atenção das verdadeiras questões.
57. Por exemplo, na questão do transporte coletivo, eles e seus meios de comunicação nem tocaram na questão do excessivo e abusivo lucro e sinais exteriores de riqueza das empresas que dominam, por meio de cartéis fechados, o negócio em cada capital do país.
58. Eles estimulam através do “Feice” e da televisão, cenas de violência, de preconceito, de intolerância. Enquanto isso tentam manipular e orientar as manifestações de rua através do “Anonymous”, uma empresa privada, com sede em Londres, criada pela CIA para contratar jovens de classe média entusiasmados com computadores e jovens desempregados do terceiro mundo.
59. É preciso reagir a essa tentativa da inteligência militar norte-americana, inglesa e israelense de manipular os movimentos de rua, divulgando informações verdadeiras.
60. Eles devotam um ódio irracional contra Lula por não poderem admitir que um operário tenha em oito anos, criado mais de 15 milhões de empregos, tirado 28 milhões de pessoas da faixa da miséria e passado 31 milhões de pessoas da pobreza para a classe média.
61. Eles estimulam o preconceito racial, o ódio religioso, o preconceito contra nordestinos e todo tipo de pensamento que seja mesquinho, egoísta, conservador e reacionário.
62. Reparem como eles propagam o ódio ao Brasil e o elogio a tudo que venha dos Estados Unidos ou da Inglaterra. Eles estimulam a que tenhamos vergonha de sermos brasileiros, que não tenhamos em nós qualquer traço de patriotismo, que consideram coisa atrasada. Mas que sempre elogiam e admiram nos americanos.
63. Eles estão agora no Brasil, atacando o Brasil através de agentes brasileiros contra as nossas conquistas, contra a democracia, contra qualquer coisa que seja brasileira, são contra qualquer política social compensatória como o Bolsa Família, que mantem as crianças nas escolas e vacinadas, propiciando mais dignidade a milhões de famílias, principalmente aquelas dirigidas por mulheres.
64. Eles são contra as cotas sociais e raciais nas universidades, que já permitiram que mais de um milhão e meio de jovens pobres e descendentes de vítimas da escravidão, tivessem condição de formar-se médicos, engenheiros, advogados, etc.
65. Aproveitando a lavagem cerebral promovida pela TV durante esse 50 últimos anos, bem como a falta de qualquer preocupação do governo e do PT em dar educação política ao povo, em ter qualquer meio de comunicação que não esteja sob o controle do capital americano, inglês ou israelense, eles querem culpar Lula, Dilma e o PT pelo enorme atraso do Brasil. Que por ironia, são exatamente aqueles que mais fizeram pela diminuição dessas desigualdades.
66. Trabalhando para eles, comandados por eles, vicejam dentro do “face” inúmeros agrupamentos que usam o “charme da clandestinidade” para atrair os incautos e os mais distanciados da realidade. Será que alguém ainda acredita que um grupo de valentes cidadãos anônimos teria tanto dinheiro e recursos para produzir centenas de vídeos contra o governo brasileiro como o tal “Anonimous”?
67. Alguns grupos são extremamente preparados, controlados de fora do país como o “Anonymous”, formado pela CIA, pelo Mossad e pelo M-16, os serviços secretos de Israel e da Inglaterra.
68. Usando jovens mascarados, são eles que tentam conduzir e direcionar as manifestações e com a ajuda da TV e de vídeos postados no Youtube, impor a elas suas palavras de ordem e as suas pautas, bem como sugerir seus trajetos, estimular os atos de violência.
69. Será que a essa altura, você já sabe quem são “eles”?
Parabéns!
Se souber, você já passou para o outro nível de nosso Curso Breve de História.
Agora é só aguardar.
Rogerio Mattos Costa, de Madrid
*Conversa Afiada

Nota da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular sobre o Plebiscito

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Milhões de pessoas tomaram as ruas e praças do Brasil, nas últimas semanas, para demonstrar o seu descontentamento com a forma pela qual se faz política no Brasil. As manifestações colocaram em  xeque o nosso sistema político que é centrado no poder da representação. Existe um descolamento entre os representantes – executivo e legislativo – e os cidadãos que os elegeram. Tudo se passa como se, após as eleições, os únicos atores seriam o governo e os partidos políticos – estes cada vez mais assemelhados e submetidos à lógica estabelecida pelo executivo.
A Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular – atuante há mais de dez anos no Congresso Nacional, é composta por Deputados(as), Senadores(as) e dezenas de organizações da sociedade civil. Com caráter aberto, plural e funcionamento horizontal, defende uma ampla reforma do sistema político que assegure o pleno exercício da democracia nas suas duas dimensões: democracia representativa e democracia direta, nos termos da Constituição Federal de 1988 e de modo a efetivar a soberania popular.
Nesse sentido, a Frente defende a valorização dos mecanismos de democracia direta e uma reforma eleitoral para que os direitos políticos dos cidadãos e cidadãs brasileiros não sejam usurpados pelo poder econômico. É preciso, pois, criar meios que possibilitem a participação direta dos cidadãos nas decisões estratégicas de interesse do conjunto da sociedade, para que sua participação não se restrinja a votar em alguém para representá-los e exercer o poder em seu nome.
Assim, a Frente SE POSICIONA:
- Pela realização de plebiscito sobre a Reforma Política. É fundamental que esse debate não se limite a discussões de parlamentares e especialistas. O povo tem condições e o direito de se manifestar diretamente sobre essa reforma que o Congresso Nacional tem adiado por tantos anos. A consulta, precedida por substantivo debate nacional - que exige tempo, vontade e agilidade política -, deverá ser feita em torno de eixos fundamentais acerca da questão.
- É preciso haver mudanças no sistema político que possibilitem aos segmentos sub-representados nos espaços de poder disputar em condições de igualdade com os demais a representação política, hoje exercida quase que exclusivamente por homens, brancos, proprietários, assumidamente heterossexuais. A Frente defende a paridade entre mulheres e homens e a adoção de medidas concretas que viabilizem a participação de negr@s, indígenas, trabalhador@s do campo e da cidade, LGBT, nos espaços de poder e representação política.
- Para enfrentar essas formas de exclusão e também a corrupção, é preciso atacar sua principal causa que é o financiamento empresarial privado de partidos políticos e de campanhas eleitorais, sistema esse que leva a que os/as representantes eleitos/as atendam mais aos interesses de quem os/as financia do que aos reais interesses da maioria dos cidadãos/cidadãs brasileiros. Defende o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais e aplicado de forma austera e equitativa. O princípio do pluralismo político exige que se assegurem condições de equilíbrio na participação dos diversos partidos no pleito – sob pena de maiorias se perpetuarem artificialmente no poder e formarem uma oligarquia partidária que se sobrepõe aos anseios populares.
Os/as parlamentares, entidades e movimentos sociais que integram a Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular defendem que estes sejam alguns eixos que a reforma política deve abranger. E para fazê-los valer, consideram que o plebiscito é o instrumento que a cidadania e os movimentos sociais dispõem para fixar parâmetros a serem adotados pelo Congresso Nacional nas discussões e decisões sobre a Reforma Política.
A Frente apoia a iniciativa da Presidenta Dilma Rousseff de propor a realização de um plebiscito, porém considera que alguns dos temas por ela sugeridos não são adequados nem suficientes para pautar o debate no Congresso Nacional com questões-chave com vistas à democratização do poder no país.
DEFENDE, ainda, que as questões a serem incluídas no plebiscito sejam construídas imediatamente, em diálogo com os movimentos sociais e com o povo nas ruas.  Esse é um processo político que não deve ser conduzido apenas por orientação da Presidenta, nem tampouco por decisões intramuros do Congresso Nacional.
O processo de formulação do plebiscito tem de mudar, desde já, a forma como o poder vem sendo exercido, para que a consulta levante o que os cidadãos e cidadãs brasileiros demandam para democratizar o poder. O povo poderá exprimir, de forma direta, a direção das mudanças que deseja. E o Parlamento terá de respeitá-la.
Os que integram a Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular SE COMPROMETEM, desde já, a contribuir na articulação do diálogo com os movimentos sociais e o povo nas ruas, nos estados brasileiros, para levantar questões que a vontade popular expresse como necessárias à reforma política e ao plebiscito.
Brasília, 3 de julho de 2013.

COORDENAÇÃO DA FRENTE PARLAMENTAR PELA REFORMA POLÍTICA COM PARTICIPAÇÃO POPULAR
*http://www.luizaerundina.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=702&catid=75&Itemid=54

domingo, julho 07, 2013

Oliver Stone, o diretor de "Nascido em 4 de julho", criticou duramente seu país

Oliver Stone, o diretor de "Nascido em 4 de julho", criticou duramente seu país pela perseguição a Edward Snowden: "Não tem onde se esconder e isto deveria nos fazer pensar. É preciso dar asilo a Snowden". Disse também que seu país precisa se libertar de "uma história de 70 anos de paranoia pela expansão mundial do comunismo" e que o mundo será mais seguro se for multipolar: "Precisamos de países fortes como o Brasil, Turquia, Egito, China, Rússia, Irã e Venezuela, pra fazerem frente à dominação de meu país" (Augusto Ferreira).