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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 03, 2013

A agonia da Editora Abril



Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A comunidade jornalística está em estado de choque pela carnificina editorial ocorrida na Editora Abril.

Mas eis uma agonia anunciada.

Revistas - a mídia que fez a grandeza da Abril - estão tecnicamente mortas, assassinadas pela internet.

Os leitores somem em alta velocidade. Quando você vê alguém lendo revistas (ou jornal) num bar ou restaurante, repare na idade.

Jovens estão com seus celulares ou tablets conectados no noticiário em tempo real.

Perdidos os usuários, foi-se também a publicidade. Em países como Inglaterra e Estados Unidos, a mídia digital já deixou a mídia impressa muito para trás em faturamento publicitário.

E no Brasil, ainda que numa velocidade menor, o quadro é exatamente o mesmo. Que anunciante quer vincular sua marca a um produto obsoleto, consumido por pessoas “maduras”.

Apenas para lembrar, no mundo das revistas, nunca, em lugar nenhum, funcionou publicitariamente revista para o público “maduro”.

Sucessivas revistas para mulheres “de meia idade” em diversos países fracassaram à míngua de anúncios. O anunciante quer o jovem no auge do consumo. É um fato.

Crises as editoras de revistas enfrentaram muitas. Mas esta é diferente. Desta vez, o caso é terminal.

Antes, e eu vivi várias crises em meus anos de Abril, você sabia que uma hora a borrasca ia passar.

Agora, você olha para a frente e observa apenas o cemitério.

Sobrarão, no futuro, algumas revistas – mas poucas, e de circulação restrita porque serão um hábito quase tão extravagante quanto se movimentar em carruagem.

Na agonia, o que companhias como a Abril farão é seguir a cartilha clássica: tentar extrair o máximo de leite da vaca destinada a morrer.

Para isso, você enxuga as redações, corta os borderôs, piora o papel, diminui as páginas editoriais e, se possível, aumenta o preço.

É uma lógica que vale mesmo para títulos como Veja e Exame, os mais fortes da Abril. Foi demitido, por exemplo, o correspondente da Veja em Nova York, André Petry.

Grandes revistas da Abril, como a Quatro Rodas, passaram agora a não ter mais diretor de redação.

Em breve deixará de fazer sentido uma empresa que encolhe ficar num prédio como o que a Abril ocupa na Marginal do Pinheiros, cujo aluguel é calculado entre 1 e 2 milhões de reais por mês.

É inevitável, neste processo, que a empresa perca o poder de atrair talentos. Quem quer trabalhar num ramo em extinção?

Os funcionários mais ousados tratarão de sair, em busca de carreiras em setores que florescem.

Ao contrário de crises anteriores para a mídia impressa, esta é, simplesmente, terminal.

Corre o boato de que a empresa será vendida. Mas quem compra uma editora de revistas a esta altura? Recentemente, no Reino Unido, correu o boato de que o proprietário dos títulos Evening Standard e Independent estaria vendendo seus jornais. Numa entrevista, isso lhe foi perguntado por um jornalista. “Mas quem está comprando jornais?”, devolveu ele.

É um cenário desolador – e não só para a Abril como, de um modo geral, para toda a mídia tradicional, incluída a televisão.

A internet é uma mídia que se classifica como disruptora: ela simplesmente mata. O futuro da tevê está muito mais na Netflix ou no Youtube do que na Globo.

As empresas de mídia estão buscando alternativas para sobreviver. A News Corp, de Murdoch, separou recentemente suas divisões de entretenimento e de mídia, para que a segunda não contamine a primeira.

A própria Abril vai saindo das revistas e tentando um lugar ao sol na educação.

Mas escolas – supondo que a Abril supere o problema dramático de imagem da Veja, pois isso vai levar muitos pais a recusar dar a seus filhos uma educação suspeita de contaminação pela Veja – não dão prestígio e nem dinheiro como as revistas deram ao longo de tantos anos.

Isso quer dizer que a Abril luta pela vida. Mas uma vida muito menos influente e glamorosa do que a que teve sob Victor Civita, primeiro, e Roberto Civita, depois.
* Blog Justiceira de Esquerda

Dilma: 'Meu governo e meu partido ouviram o recado das ruas'

'Meu governo e meu partido ouviram o recado das ruas'


:
Por vídeo, presidente Dilma Rousseff dá boas-vindas aos governos de esquerda da América Latina e Caribe, participantes do XIX Foro de São Paulo, e convida-os a ver "com seus próprios olhos o Brasil de hoje": "Um Brasil de que nos orgulhamos e que vamos continuar mudando". Quanto às manifestações, disse que os protestos não pediram a "volta ao passado"
 

Deleite - Outra de J. J. Cale (1938-2013), interpretada pelo próprio. Jools Holland ao piano


*GuilhermeScalzilli

Notícias do paraíso neoliberal: foram mais de 140 as concessões de emissoras de televisão cassadas nos EUA desde 1934. E se fosse a Venezuela?




EUA já cassaram 141 concessões desde 1934, segundo jornalista chileno

do Blog do Rovai

28/06/2007

O leitor que acompanha este blog sabe dos meus questionamentos a respeito de como se deu o processo de não-renovação da concessão da RCTV. Acho que o governo Chávez comete o mesmo erro de outros governos ao agir apenas politicamente no trato do direito à comunicação. Mas quando digo faz exatamente como outros governos, não é só força de expressão.

Acabo de ler uma entrevista do presidente do Colégio de Periodistas do Chile, Ernesto Carmona, em que ele diz que nos EUA a FCC, sigla da Administração Federal das Comunicações, órgão regulador que existe desde 1934, já teria fechado 141 emissoras de televisão. Entre elas 101 que não tiveram suas concessões renovadas e outras 39 que foram cassadas antes mesmo do vencimento da licença. Nesta conta, falta uma. Vamos seguir com essa apuração.

Também diz na mesma entrevista que foram revogadas recentemente concessões de emissoras no Perú, Canadá e no Reino Unido. E lembra que nesses casos a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) não protestou.

Para o meu gosto, o fato de os EUA terem feito isso não significa que outros países devem fazer também. Mas isso revela como essa defesa da liberdade de imprensa só seve para a Venezuela e governos não-alinhados ao modelo neoliberal. É mero discurso de ocasião para certas pessoas. Não tem nada a ver com liberdade nem com imprensa. Algo que para este blogueiro precisam ser defendidas de forma radical. E que por esse mesmo motivo o faz não concordar com o modelo Chávez de comunicação. Não gosto de estatização em comunicação. Acho que basta uma TV para fazer esse papel. Prefiro que empresários, movimentos sociais, ONGs etc, façam TV em vez de governos. Mas essa é uma outra história.

Vou tentar entrevistar esse Carmona ainda hoje. E vou buscar mais informações a respeito deste assunto.

Illinois assina lei que autoriza uso de maconha medicinal


A medida faz parte de um programa piloto de quatro anos para os pacientes que sofrem com 30 sérias doenças

Chicago – O governador de Illinois, Pat Quinn assinou nesta quinta-feira o projeto de lei que legaliza o uso da maconha com fins medicinais. A ratificação de lei aconteceu durante uma cerimônia na Universidade de Chicago. Ainda assim, vai demorar alguns meses para que a maconha medicinal esteja disponível para compra.
A medida faz parte de um programa piloto de quatro anos para os pacientes que sofrem com 30 sérias doenças. Quinn disse que ouviu histórias interessantes de pacientes com doenças graves, que afirmam que a maconha lhes dá uma sensação de alívio.O governador afirmou que a nova lei terá um dos padrões mais exigentes e rígidos do país. Dezenove outros estados e Washington já permitem o uso da maconha medicinal. Fonte: Associated Press. 

Illinois legalizará hoje maconha para fins medicinais

O governador de Illinois (Estados Unidos), Pat Quinn, promulgará nesta quinta-feira a legalização do uso de maconha com fins medicinais, tornando o Estado o vigésimo do país a ter leis similares.A ratificação de lei ocorrerá em cerimônia na Universidade de Chicago e os partidários do programa, que terá caráter de teste durante quatro anos, afirmam que ele será o mais rígido entre os do mesmo tipo nos Estados Unidos.”Nossa meta sempre foi proporcionar uma melhora da qualidade de vida de algumas pessoas muito doentes em Illinois”, declarou o incentivador da lei, o representante democrata Lou Lang, de Skokie, entrevistado pelo jornal “The Chicago Tribune”. “Quando o governador sancionar a lei será um sinal de que o Estado de Illinois ainda tem uma boa cota de compaixão e preocupação com aqueles entre nós que, sob os cuidados médicos, desejam experimentar um novo tipo de tratamento”.
De acordo com a lei, que entrará em vigor no dia 1º de janeiro, uma pessoa pode receber, sob receita médica, até 70 gramas de maconha para um período de duas semanas.
Além disso, o médico que fornecer a receita deverá ter tido uma relação médica anterior e contínua com o paciente. O profissional da saúde também deverá ter determinado que o paciente sofre alguma enfermidade grave ou crônica.
Durante o debate, alguns legisladores expressaram seu medo de que o tratamento com maconha abra portas para um uso de drogas mais perigoso.
A lei permitirá a operação de até 22 cultivadores de maconha, e tanto usuários como produtores e vendedores deverão se submeter a uma verificação de antecedentes criminais.
*coletivodar.org

Evo Morales decreta Dia Anti-imperialista


Lula faz críticas ao distanciamento do PT do povo



Lula: Partidos de esquerda estão ‘velhos’
Partido que está no poder não pode se afastar do povo, defende ex-presidente

Fernando Gallo - O Estado de S. Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite desta sexta-feira, que um partido que chega ao poder não pode cometer o erro de perder sua relação com o povo. A explícita autocrítica do PT, repetida por Lula desde que eclodiram as manifestações de junho, foi feita em discurso no 19.º Encontro do Foro de São Paulo. O petista afirmou também que os partidos de esquerda da América Latina ainda fazem política "da forma antiga".
Veja também:
link Dilma: governo e PT 'entenderam rapidamente o recado das ruas'

"O poder é uma coisa mágica (...). Há uma tendência de chegar ao poder e o povo que antigamente era bonito e extraordinário já não é mais", afirmou o ex-presidente. Lula criticou os partidos de esquerda europeus que, segundo ele, "estão definhando" e perderam o discurso porque ficaram semelhantes à direita. Sobre a esquerda na América Latina, afirmou que seus dirigentes foram "ficando velhos" e, agora, se perguntam ‘cadê a juventude dos nossos partidos?’.
O Foro de São Paulo reúne organizações de esquerda latino americanas e caribenhas, em sua grande maioria partidos políticos. Cerca de 1,1 mil pessoas se inscreveram para participar da XIX reunião do Foro, que este ano ocorre em São Paulo.
Lula fez diversas críticas aos países ricos, muitos elogios ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez - morto neste ano -, afirmou que o Foro foi a melhor coisa criada na América Latina, e disse que sem ele os partidos de esquerda não teriam chegada ao poder no continente.
No alerta ao PT, o ex-presidente sustentou que "aqui no Brasil nós sabemos que um partido de esquerda que chegou ao poder precisa tomar cuidado para não cometer os mesmos erros que vimos em outros lugares". "Só tem uma coisa que garante um partido, chegando ao poder: não perder sua relação com o povo".
Articulador da eleição de Dilma Rousseff e do projeto de reeleição, Lula tem feito autocríticas a correligionários no momento em que o partido acumula desgastes e incertezas com a queda de popularidade da presidente. "Às vezes a gente encontra um companheiro xingando e gritando na rua, já acha que é inimigo e esquece que nas últimas eleições ele votou na gente. Em vez de achar ruim, seria melhor perguntar ‘por que agora você está bravo comigo?’".
A grande preocupação do petista é a necessidade de o PT e partidos de esquerda criarem novas formas de diálogo com a sociedade, em especial com os jovens. "Como estamos nos comunicando com eles? Qual a mensagem que estamos passando para eles? Qual a mensagem de esperança que passamos?", indagou. Ele disse que manifestações como as ocorridas na Primavera Árabe e no Brasil devem servir de lição para os integrantes do Foro de São Paulo. "Pelo fato de a esquerda estar enfraquecida na maior parte do mundo, a esquerda latino-americana pode servir de farol", disse.
Chávez. Lula lamentou a morte de Hugo Chávez e disse que o ex-presidente da Venezuela vai fazer "muita falta". Reclamou de posturas dos Estados Unidos em relação à geopolítica global e fez piada com o monitoramente eletrônico que os americanos fizeram no Brasil. 
*Nassif

Dilma sanciona lei de combate à tortura

Fiquei muito feliz com essa notícia. Lei de autoria minha e do deputado Nilmário Miranda. pic.twitter.com/X4xPWpiSn9



https://twitter.com/nelsonpelegrino/status/363630649162219521/photo/1
*NINA

La legalización de la marihuana en Uruguay ¿modelo para toda Latinoamérica?

Mujica defiende la legalización de la marihuana para frenar el narcotráfico "feroz"

Texto completo en: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/101885-uruguay-mujica-marihuana-droga
Uruguay está a un paso de convertirse en el primer país del mundo en crear un mercado legal de marihuana tras el visto bueno del Congreso. El presidente del país, José Mujica, defiende una medida con la que pretende combatir el crimen organizado.
En un discurso emitido por radio el líder uruguayo lamentó que por cada 10 personas que mueren por sobredosis de drogas, otras 100 son asesinadas por narcotraficantes o en el fragor de la lucha de los agentes del orden contra el crimen organizado. 

"El consumo está así, esta así a las vueltas de las esquinas, y ha originado un mercado clandestino que por la clandestinidad tiene sus feroces reglas. Es un monopolio de mafiosos y da datos que son escalofriantes", subrayó el presidente de esta nación sudamericana. 

"Lo peor de todo esto es que nunca se termina. Que cae fulano, que cae mengano, que cae Violeta con esto y el otro. ¿Cuántas han caído?, ¿cuántas siguen cayendo?", se preguntó el mandatario, que agregó que la droga sigue estando allí, debido a que “la tasa de ganancia es enorme”. 

El Congreso uruguayo aprobó esta semana por un estrecho margen (50 votos contra 46) un proyecto de ley que permitirá el cultivo, la distribución y el comercio de marihuana bajo una regulación estatal. El plan debe ser ahora aprobado por el Senado para que la ley entre en vigor. 

La decisión no ha sido de agrado de la ONU que ha emitido un comunicado —a través de la Junta Internacional de Control de Estupefacientes— donde 
expresa su “preocupación” por la posible legalización de la marihuana. El organismo sostiene que esa medida está en “absoluta contravención” con los tratados internacionales de drogas a los que —recuerda— Uruguay forma parte. 

La legalización de la marihuana en Uruguay ¿modelo para toda Latinoamérica?


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/101885-uruguay-mujica-marihuana-droga

*Nina