Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 09, 2013

MRV é condenada a pagar R$ 6,7 milhões por infrações trabalhistas e trabalho escravo



A MRV Engenharia, uma das principais empreiteiras do país, está sendo obrigada a pagar R$ 6,72 milhões por infrações que incluem o flagrante de 63 trabalhadores em condições análogas às de escravo nas obras de um condomínio residencial em Americana, interior de São Paulo, em fevereiro de 2011. A construção, que estava sendo executada por uma empresa terceirizada, recebeu financiamento do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”. A decisão, de primeira instância, é da juíza do Trabalho Natália Scassiotta Neves Antoniassi e, à ela, cabe recurso. A reportagem é de Stefano Wrobleski, da Repórter Brasil, com informações deste blog:
Fachada da obra da MRV pelo programa "Minha Casa, Minha Vida" em Contagem (MG) onde fiscalização constatou condições de trabalho degradantes (Foto: MTE)
Fachada da obra da MRV pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” em Contagem (MG) onde fiscalização constatou condições de trabalho degradantes (Foto: MTE)
De acordo com a sentença, do valor total a que a MRV foi condenada, R$ 4 milhões são por danos morais resultantes do uso de mão de obra escrava. A empresa também terá que pagar R$ 100 mil por dificultar o andamento do processo e da fiscalização.
Além disso, outros R$ 2,62 milhões são decorrentes da multa pelo descumprimento de uma liminar deferida em janeiro de 2012. A decisão responsabilizou a MRV por diversas irregularidades com relação à segurança e saúde do trabalho, além de outras obrigações trabalhistas em duas obras em Americana. A empresa recebeu um prazo de 30 dias para regularizar a situação. Como não o fez, passou a pagar multa de R$ 10 mil por dia. Em novembro de 2012, uma perícia comprovou que a regularização dos problemas apontados pela liminar havia sido feita.
Em nota à imprensa, a MRV declarou que a terceirização de mão de obra é um tema “controverso” e que a empresa já obteve “ganho de causa em processos similares”. Ela informou ainda que está “negociando a assinatura de Acordo sobre Terceirização com o MPT [Ministério Público do Trabalho]” e que deve recorrer da decisão, ao mesmo tempo em que “dará continuidade às negociações com o MPT”.
Através do programa “Minha Casa, Minha Vida”, os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil financiam casas para famílias com renda mensal de até R$ 5 mil. Na sentença, a juíza considerou “no mínimo irônico imaginar que trabalhadores análogos a escravos financiam a moradia de casas populares e que o Estado efetua regiamente os pagamentos referentes a esses contratos”. Além disso, a juíza também autorizou que o Ministério Público do Trabalho envie ofício ao Ministério das Cidades e às Superintendências Regionais e Nacionais da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para que se tome ciência da decisão. “O numerário público não pode, mesmo por via indireta, sustentar a manutenção de trabalho escravo”, argumentou.
Trabalho escravo - Além desse caso, a MRV foi flagrada em outras três ocasiões se beneficiando com trabalho escravo. Em 2011, três meses depois do flagrante em Americana, cinco trabalhadores foram libertados em obra da empresa Bauru, também no interior de São Paulo.  No mesmo ano, uma fiscalização em Curitiba (PR) flagrou 11 empregados em condições análogas às de escravo. Em abril deste ano, a construtora foi denunciada mais uma vez por manter seis trabalhadores nessas condições em Contagem, zona metropolitana de Belo Horizonte (MG). No período, a empresa foi incluída por duas ocasiões na “lista suja” do trabalho escravo, mas conseguiu, através de liminar na Justiça, sua retirada.
Na decisão em que determinou o pagamento de R$ 6,7 milhões pela MRV Engenharia, a juíza do trabalho Natália Scassiotta Neves Antoniassi disse ser “frustrante saber que em pleno século XXI tramita pelo Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional visando a extinção do trabalho escravo – a PEC 438/2001”. “Há 12 anos essa PEC sequer foi votada por nossos representantes das casas legislativas, e o principal motivo são os empecilhos colocados pela bancada ruralista, categoria que, segundo relatório da OIT sobre trabalho escravo, é a que mais adota essa prática”, disse. A PEC prevê o confisco de propriedades rurais e urbanas onde tenha sido flagrado trabalho escravo contemporâneo e o seu destino à reforma agrária ou ao uso social urbano.
Histórico - A MRV foi incluída na “lista suja” do trabalho escravo pela primeira vez em 31 de julho de 2012 por conta dos flagrantes nas obras dos condomínios Parque Borghesi, em Bauru, e Residencial Beach Park, em Americana. Às 10h18 do dia 01 de agosto, as ações da MRV chegaram a cair 6,18% na Bolsa de Valores de São Paulo. Depois recuperaram-se um pouco e fecharam em queda de 3,86%. Quando ela obteve decisão liminar favorável e deixou a relação, suas ações recuperaram-se.
Em dezembro, a empresa foi novamente inserida nesse cadastro de empregadores flagrados explorando pessoas em situação análoga a de escravos, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O motivo foi o flagrante na construção do edifício Cosmopolitan, em Curitiba (PR).
A “lista suja” tem sido um dos principais instrumentos no combate a esse crime, através da pressão da opinião pública e da repressão econômica. Após a inclusão do nome do infrator, instituições federais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e o BNDES suspendem a contratação de financiamentos e o acesso ao crédito. Bancos privados também estão proibidos de conceder crédito rural aos relacionados na lista por determinação do Conselho Monetário Nacional. Quem é nela inserido também é submetido a restrições comerciais e outros tipo de bloqueio de negócios por parte dos cerca de 400 signatários do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo – que representam 30% do PIB brasileiro.
O avanço no setor de construção de habitação popular garantiu o crescimento e conquistas. A empresa terminou 2011 como a construtora com maior lucro das Américas, segundo a Economatica, e alcançou o posto de terceira maior construtora brasileira no ranking da ITC, ambas consultorias empresariais que fazem levantamentos sobre o setor. De olho em novos investimentos do governo federal em programas de moradia, o presidente e fundador da MRV, Rubens Menin Teixeira de Souza, defendeu a revisão de valores do programa Minha Casa Minha Vida. Rubens é um dos seis brasileiros incluídos, em 2012, na lista de bilionários organizado revista Forbes.
A ascensão da MRV, porém, tem sido marcada por percalços. Além dos flagrantes de escravidão, a empresa enfrenta questionamentos também relacionados ao que o Ministério Público do Trabalho classifica como exploração irregular sistemática de mão de obra nos canteiros. No primeiro semestre o MPT fez representação inédita acusando a empresa de “dumping social” à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE/MJ) solicitando abertura de um procedimento administrativo para apuração do conjunto de infrações que envolvem a empresa no âmbito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
*Turquinho

O conluio político da cúpula da justiça brasileira com a oligarquia midiática para destruir o PT e suas lideranças históricas

Caixa dois sem uso de dinheiro público não é "mensalão", logo, não pode ser julgado como tal: o conluio político da cúpula da justiça brasileira com a oligarquia midiática para destruir o PT e suas lideranças históricas

*Opensadordealdeia

GRÉCIA E ESPANHA DESEMPREGO: RECORDE MACABRO

DESEMPREGO: RECORDE MACABRO


Desemprego na Grécia chega a 27,6% e bate novo recorde
Dos jornais:
A taxa de desemprego na Grécia atingiu um novo recorde em maio, de 27,6% (...), à medida que o país continua a sofrer as consequências da austeridade (...), tenta atingir metas fiscais e mostrar que há luz no fim do túnel após anos de impopulares aumentos de impostos e cortes nos salários e pensões.

A taxa de desemprego subiu para 27,6% a partir de um dado revisado para cima de 27% em abril, segundo o serviço de estatísticas Elstat, mais que o dobro da taxa média da zona do euro, que ficou em 12,1% em junho.

Grécia e Espanha têm sido atingidos com níveis semelhantes de desemprego muito alto. Os mais recentes dados do Eurostat mostraram desemprego ajustados sazonalmente em junho de 26,9% na Grécia e 26,3% na Espanha. (...).

A própria Espanha não publica dados mensais de desemprego diretamente comparáveis com os dados da própria Grécia, mas os dados trimestrais de Madri mostram que sua taxa atingiu um pico de 27,2% nos primeiros três meses deste ano.

Os dados mostraram que aqueles com idade entre 15 e 24 anos continuam a ser o mais atingidos, com a taxa de desemprego para essa faixa etária registrando 64,9%.

Com a economia sofrendo seu sexto ano consecutivo de recessão e 1,38 milhão de pessoas oficialmente sem emprego, a dor é sentida em toda economia. Mutuários falham em quitar empréstimos e menos trabalhadores contribuem para fundos de pensões.

Uma guinada levará tempo para ser sentida no mercado de trabalho, mesmo se houver recuperação no próximo ano, como projetam autoridades. O Banco Central projeta que o desemprego atingirá um pico de 28% antes de começar a declinar em 2015.

................
Quando 65% dos jovens de um país amargam a ausência de oportunidades de trabalho, pode-se afirmar que o cenário é de terra arrasada. Agravante: diante das restrições impostas, como corte generalizado nos salários e benefícios, é bem provável que parcela ampla dos 35% empregados estejam auferindo remuneração simbólica.  Nada pior na vida de uma família do que a falta de trabalho - razão por que, ao 'monitorar' o Brasil, sempre estamos de olho nos níveis de emprego. E o mérito existe.

DEMOCRACIA PRECISA CHEGAR AO QUARTEL: QUANDO A POLÍCIA VAI PARAR DE MATAR E TORTURAR COMO NO TEMPO DA DITADURA?




polícia e tráfico
O vício da guerra
Não há lei nas delegacias de polícia do Brasil. E também raramente há leis nas abordagens policiais.
Nas últimas semanas, com a cobertura da grande imprensa, forçada pela cobertura da internet, o Brasil assiste aos métodos de tortura e assassinato da polícia que se iniciaram na ditadura e até hoje persistem.
Paraná, São Paulo, Rio, Minas Gerais, etc. Por todo Brasil há casos de tortura e assassinato na mãos de policiais, mesmo após mais de duas décadas depois do fim do regime criminoso que durou até a eleição de Fernando Collor de Mello.
Certa vez, um amigo foi abordado por um policial militar na linha vermelha do Rio de Janeiro, tentou conversar. Ao citar uma legislação que conhecia, o policial ficou enlouquecido com um discurso de que “o policial também é a lei, o juiz não está na rua”. Esse é o slogan de regimes fascistas, mas é o que se ouve ainda hoje. Meu amigo se calou porque não sairia vivo se continuasse a argumentar.
Policiais honestos e democratas, quando denunciam colegas, são fuzilados, assim como são fuzilados pobres, pretos e prostitutas pelas periferias de São Paulo e do Brasil.

A guerra do tráfico impede que os policiais ajam de forma mais civilizada. Eles estão o tempo todo em guerra, percorrendo ruas, enfrentando um inimigo em qualquer canto. É quase impossível ter uma polícia mais democrata e respeitadora do cidadão na situação de rua em que são colocados os policiais. Eles agem com o cidadão comum, muitas vezes, em estado de guerra. Na periferia é a própria guerra. Daí as “justificativas” do sequestro e da tortura que deveriam ser atividades exclusivas de “foras da lei”.

A guerra contra as drogas alimenta a ideologia do Estado de violência, que funciona como um narcótico. Quanto mais viciado, mais violência policial precisa. E assim, esse estado vai produzindo, em cada esquina, os Amarildos da vida e a execução das famílias de policiais.
É uma overdose e o vício aumenta. Os grupos de poder alimentam a necessidade de mais armas, mais munição, mais prisões, como uma droga sem fim. Na base, o soldado que vai para a rua é o grande viciado e sem luz no fim do túnel.
As consequências desse estado de guerra, provocado pela desigualdade perversa e pela criminalização das drogas, é uma polícia que não consegue e nunca vai chegar ao Estado de Direito. 
*Educaçãopolitica 

Vídeo mostra funcionário da Unifesp sendo agredido por PM’s na antevéspera de sua morte





Universitários acusam PM pela morte de funcionário: ‘Deram uma cabeçada’

Polícia Militar refuta acusações de estudantes da Unifesp.
Mãe do auxiliar de limpeza diz que ele tinha planos de estudar.

G1
A morte do auxiliar de limpeza que trabalhava no campus da Unifesp em Santos, no litoral de São Paulo, continua causando polêmica entre os estudantes da unidade. Durante missa de sétimo dia, realizada nesta quinta-feira (8) em homenagem a Ricardo Ferreira Gama, assassinado no dia 2 de agosto, os universitários fizeram uma manifestação e reafirmaram a suspeita da participação de policiais no crime. A mãe do trabalhador também estava presente e disse que o filho tinha planos de estudar. A Polícia Militar continua apresentando outra versão.
Ricardo, de 30 anos, foi executado com oito tiros há uma semana, na esquina da casa dele, no bairro Vila Nova. Segundo estudantes, a morte pode estar ligada a uma discussão que o funcionário teve com policiais militares um dia antes do crime, perto da universidade. A vítima também teria sido agredida. Ainda há marcas de sangue no local onde as testemunhas dizem que tudo aconteceu. Toda a história é relatada pelos estudantes nas redes sociais.
Mãe de Ricardo não se conforma com a morte do filho (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Mãe de Ricardo não se conforma com a morte do
filho (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A estudante Suelen Abreu, presente à missa de sétimo dia, foi enfática ao descrever o que ocorreu. “Muitas pessoas viram, naquele dia, que o Ricardo estava fumando, na frente da faculdade, uniformizado, com o crachá da empresa. Os policiais o agrediram fisicamente, deram uma cabeçada e ele estava ensanguentado. Eles o levaram para dentro do quintal de uma casa em frente. Os policiais continuaram o agredindo e ele pediu socorro, mas foi levado para dentro da viatura. Os policiais despistaram as pessoas que queriam saber para onde ele foi. Também não conseguiram fazer nenhum boletim de ocorrência por conta da ameaça dos policiais”, lembra.
A mãe de Ricardo, Elvira Ferreira da Silva, também compareceu à missa e não se conforma com o que aconteceu ao filho. “Ele estava trabalhando. Estava muito feliz com esse emprego, com planos, fazendo alguns cursos, pretendendo estudar no ano que vem. Meu filho estava muito mudado”, relata.
Ricardo Ferreira Gama, funcionário da Unifesp morto em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Ricardo Ferreira Gama, funcionário da Unifesp
morto em Santos (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Versão da PM
Segundo o capitão Samuel Loureiro, da Polícia Militar, o auxiliar de limpeza foi abordado quando os policiais atendiam a uma ocorrência de tráfico de drogas na Rua Silva Jardim. De acordo com o capitão, Ricardo discutiu com os policiais e ele mesmo teria se machucado. “Nenhuma testemunha apresentou-se para a Polícia Militar para qualquer tipo de denúncia. Não recebemos nenhuma filmagem, não houve nenhum contato com a Corregedoria da PM, nenhuma informação por meio do Disque Denúncia nem da Ouvidoria das polícias. Os estudantes estão falando pela internet, mas não houve nenhuma comunicação com relação a isso. Nós temos a versão dos policiais e a versão dos estudantes, que por enquanto nos é anônima. Se eles estão com medo de fazer essa denúncia, podem pedir para o Ministério Público acompanhar essa investigação. Nós temos a lei de proteção à testemunha”, explica.

A investigação preliminar instaurada pelo Comando do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior já foi encerrada, porque os registros do GPS das viaturas da PM comprovaram que os policiais que participaram da abordagem estavam em outros locais no momento do homicídio.
A Reitoria da Unifesp, por meio de nota, informou que promoveu reuniões com os alunos e professores para discutir o caso. A universidade também afirmou que está em contato com o secretário de Segurança Pública do Estado e com o prefeito de Santos, para discutir o assassinato do funcionário e também os problemas de segurança na região.
Unifesp Campus Baixada Santista (Foto: Leandro Campos/G1)
 *coletivoDAR.org

quinta-feira, agosto 08, 2013

"REPUDIAMOS O TROTE MACHISTA DA FACULDADE MACKENZIE/SP "

SIMPLESMENTE ABOMINÁVEL..ATÉ QUANDO TANTO ÓDIO E DESRESPEITO COM AS MULHERES? A.Cotta
"REPUDIAMOS O TROTE MACHISTA DA FACULDADE MACKENZIE/SP "


A Faculdade de orientação PROTESTANTE E CALVINISTA PERMITE MISOGINIA DENTRO DE SEU CAMPUS?

Postamos uma imagem agora pouco de uma denuncia de trote na faculdade PRESBITERIANA MACKENZIE. Mas a denunciante foi coagida através de ameaça de processo pelo homem que aparece nas imagens.

O Trote quis mostrar as mulheres como "cadelas" colocaram coleiras nelas e fizeram elas andarem de 4 em publico.

Não elas não são culpadas disso,elas são mulheres oprimidas e estes homens usam de uma opressão histórica para submeter as mulheres.

Mesmo que os organizadores não obriguem ninguém a participar, o clima de entrada na universidade promove, muitas vezes, pressão sobre os calouros a realizarem algumas tarefas.

Há uma hierarquia entre veteranos e calouros em que o veterano fala e o calouro faz. Ele [calouro] quer ser aceito, fica esse terror de se você não participar do trote você não faz amigos, você é careta, o que é uma grande mentira.

Sobre a participação das próprias mulheres no trote : Elas não são culpadas pelo machismo, longe disso, mas acabam reproduzindo determinadas relações e não deixam de ser oprimidas por isso. Já ouvimos meninas dizerem que tem vergonha e medo de dizer que não querem participar.

O discurso do humor que justifica atividades “apenas brincadeiras” servem de disfarce para a discriminação “Falam que os protestos são politicamente corretos, mas na verdade estas pessoas reproduzem o discurso de objetificação da mulher, o discurso de violência. São pessoas que sabem o que fizeram de errado e não querem arcar com as consequências”

Vamos postar a imagem sem o rosto do fulano, mas ele sabe que trata se dele, e se não quer exposto é por que sabe que agiu errado.
*Feminismo sem demagogia

Charge foto e frase do dia



































Silêncio de duas crianças é vendido por 750 mil no “país da liberdade”


Justiça dos EUA proíbe crianças de falar sobre exploração de xisto por toda vida. Família da Pensilvânia alega ter sofrido problemas de saúde com extração mineral; acordo de sigilo com a empresa foi de US$ 750 mil Por decisão da Justiça norte-americana, duas crianças do estado da Pensilvânia (leste dos EUA) estão proibidas, pelo resto de suas vidas, de falarem a respeito de exploração de xisto. A determinação judicial ocorreu após um acordo sigiloso estabelecido entre a família Hallowich, que inclui as duas crianças e os pais Chris e Stephanie, e a empresa Range Resources.
xisto eua
Exploração de Xisto: silêncio de duas crianças é vendido por 750 mil no “país da liberdade” (Foto: Daily Mail)
Além de não poderem falar sobre extração do gás, a família toda está proibida de comentar a respeito da empresa Marcellus Shale, uma das líderes do setor de produção de xisto nos Estados Unidos. Em troca, os Hallowich receberam 750 mil dólares.
Os dois irmãos, um menino de doze anos e uma menina de nove, moravam em uma pequena propriedade rural de 40 hectares em Mount Pleasant, adjacente a um grande terreno de extração da rocha, que tem se tornado progressivamente uma alternativa energética nos EUA e importante fonte de renda para alguns estados produtores. O xisto é fonte de combustível – seja através de óleo ou gás natural – sempre procurado em períodos de alta do preço do petróleo.
O acordo judicial foi fechado em agosto de 2011, mas só divulgado na semana passada pelo jornal local Pittsburgh Post Gazette. O diário divulgou parte dos autos, que mostra uma transcrição dos diálogos entre a família, a empresa e o juiz. A íntegra pode ser vista nesse link. O jornal afirma que tenta há algum tempo liberar todo o conteúdo do caso, que contém cerca de 900 páginas. Isso significa que as crianças foram censuradas quando possuíam apenas nove e sete anos de idade.
*Pragmatismopolitico

LULA DEVE LANÇAR PADILHA AO GOVERNO PAULISTA NA SEXTA (09), EM BAURU

LULA DEVE LANÇAR PADILHA AO GOVERNO PAULISTA NA SEXTA (09), EM BAURU
Cristiane Agostine
Valor Econômico

SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve lançar nesta sexta-feira a pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), ao governo de São Paulo, em evento do partido na cidade de Bauru, no interior paulista. Segundo o presidente do diretório paulista do PT, deputado estadual Edinho Silva, a militância fará coro em torno do nome de Padilha nesse encontro.

“Será um evento para mobilizar a militância do PT para 2014”, disse Edinho ao Valor Pro, serviço em tempo real do Valor.

No encontro, que será realizado na sexta e no sábado, os petistas aprovarão um documento com as linhas de ação do partido para 2014. Participarão prefeitos, vice-prefeitos e dirigentes petistas de todo o Estado. Devem participar 500 delegados do PT.

As recentes denúncias contra o metrô e a CPTM do governo paulista, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), devem ter destaque nos discursos políticos dos petistas no evento.

Além do evento em Bauru, a pré-candidatura será reforçada em outro encontro do PT, na capital paulista, na próxima semana, nos dias 16 e 17.

O lançamento de Padilha para o governo de São Paulo já foi acertada dentro do partido, mas o ministro não oficializará sua pré-candidatura ao governo estadual neste momento. Antes de engajar-se na campanha eleitoral, Padilha quer consolidar o programa Mais Médicos, enviado pelo governo federal ao Congresso por meio de Medida Provisória.

O programa deve ser uma das bandeiras de Padilha na campanha eleitoral: o ministro dirá que enfrentou o lobby de entidades médicas e travou embates para levar profissionais às áreas mais carentes do país, sem assistência médica.

Articulador político do governo Lula e um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff em 2010, Padilha tem boa relação com dirigentes petistas e sempre foi o nome preferido de Lula para a disputa em 2014. Outros nomes cotados pela cúpula do PT paulista eram os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

Sem nunca ter eleito um governador em São Paulo, o PT tenta vencer as resistências do eleitorado do interior, principal reduto eleitoral do PSDB. Em Bauru, cidade que sediará o encontro deste fim de semana, o PT perdeu para o PSDB nas últimas eleições, tanto na disputa pelo governo do Estado quando pela Presidência da República.

Nas eleições de 2012, com a vitória do petista Fernando Haddad em São Paulo, o PT saiu reforçado das urnas para disputar o governo do Estado em 2014. O resultado foi o melhor da história do partido em São Paulo, que passou a governar 68 cidades, com 45,21% do eleitorado. O PSDB, mesmo com a derrota de José Serra na capital, manteve-se como a legenda com o maior número de prefeituras, com 176 e 19,39% dos eleitores. Os tucanos, porém, perderam 29 prefeituras.

No balanço do Estado, o PT cresceu no interior e no percentual do eleitorado governado. Em 2008, o partido havia eleito 63 prefeituras e governava 16,7% dos eleitores.

A vitória de Haddad na capital e o desempenho eleitoral de Marcio Pochmann (PT) em Campinas, apesar da derrota nas urnas, reforçaram a bandeira de renovação no diretório paulista para o lançamento de um nome novo para 2014.

O PSDB, que está em sua quinta gestão consecutiva à frente do governo paulista, registrou o menor número de prefeituras desde 2000. Naquele ano, detinha 178 prefeituras paulistas, chegou a alcançar 194 em 2004, 205 prefeituras em 2008 e recuou para 176 em 2012.

*FernandoH

Corrupção causa insegurança aos usuários do Metrô de São Paulo acusa o Sindicato

Corrupção causa insegurança aos usuários do Metrô de São Paulo

Vermelho.com - de São Paulo

metrô
O secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo, Simão Pedro, relaciona os fatos de corrupção que ocorrem no Metrô aos diversos problemas técnicos sofridos pela companhia no seu dia a dia
Conforme o esquema de corrupção foi aumentando entre as transnacionais e os sucessivos governos do PSDB nas licitações envolvendo o transporte público sobre trilhos de São Paulo, o risco de acidentes fatais passou a ser incontrolável. Tal afirmação parte de especialistas e metroviários que vivem o cotidiano do Metrô.
O motivo é que o novo sistema implantado na operação da companhia, bem como a reforma de trens, a aquisição de equipamentos e a manutenção são desenvolvidos por empresas que ganharam licitações por fazer parte do esquema de corrupção e não pela capacidade para efetivar tais serviços.
As oito novas composições de trens, entregues ao Metrô na atual gestão de Geraldo Alckmin, seriam um dos exemplos.
Segundo peritos no assunto, as composições não teriam especificidades de segurança para operar no modelo atual. Diante de uma falha técnica e uma possível paralisação dos trens, o ar condicionado é interrompido, podendo sufocar os milhares de passageiros que porventura estiverem a bordo dos vagões.
Além disso, o novo sistema implantado desde 2010 pela transnacional francesa Alstom na operação do Metrô tem contribuído para dificultar ainda mais a circulação dos trens. Em 2103, o Metrô registrou em média uma pane por semana.
O caso mais recente foi o descarrilamento do vagão de um trem da Linha 3-Vermelha no final da manhã de segunda-feira (5), entre as estações Marechal Deodoro e Barra Funda. Os usuários tiveram que ser retirados pelos metroviários pela passarela de emergência e os trens passaram a circular em via única entre as estações Barra Funda e Santa Cecília, afetando a operação das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. O problema ocorreu em um trem reformado pela empresa TTrans, envolvida no escândalo de corrupção das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Para o secretário-geral dos Sindicatos dos Metroviários de São Paulo, Paulo Pasim, a contratação dos serviços da Alstom pelo governo do estado é um exemplo clássico, dentre as empresas que fazem parte do esquema de propina acordado com o PSDB. “A Alstom não tem a mínima capacidade de pensar e gerar um sistema que vá resolver a problemática atual do Metrô, mas como está envolvida nas falcatruas, não perde licitação”, afirma.
Dessa forma, tanto a segurança dos usuários do Metrô quanto dos funcionários da companhia estaria relegada ao segundo plano.
“Aumenta a dificuldade para o metroviário trabalhar diante de um sistema que falha muito, diante da superlotação do Metrô que gera mais problemas, gera mais tempo de trabalho, gera mais estresse ao metroviário e, consequentemente, menos segurança aos passageiros. O dinheiro desviado para o esquema de corrupção poderia ser empregado para sanar essa problemática tranquilamente”, complementa Pasim.
Um dia de pane
- A sensação é de estar sufocada e o sofrimento e angústia aumentaram ainda mais por saber que realmente estava confinada, pensei que ia morrer amassada no meio de tanta gente sem poder respirar, sem poder me mover – relata Izaura Neves, que diariamente utiliza o Metrô de São Paulo para se locomover até o trabalho. A jovem passou por essa situação depois de uma pane na Linha Vermelha do Metrô, em março desse ano, onde ficou por vários minutos presa junto a uma multidão de pessoas num dos vagões da composição, que parou entre estações devido a uma falha técnica. “Muitas pessoas entraram em pânico e começaram a quebrar as janelas, vidros, portas. Aqueles que conseguiam sair, andavam pelos trilhos e pelas plataformas estreitas que têm no meio das estações”, conta.
Izaura estava justamente a bordo de um vagão dos novos trens. Ele possui o sistema de ar condicionado que, conforme a engenharia dos trens e o sistema do Metrô, ambos elaborados pela Alstom, quando a via perde energia devido a um problema, é desligado automaticamente deixando os usuários sem ventilação interna.
- Imagina um trem com duas mil pessoas, superlotado, dez pessoas por metro quadrado sem ar, obviamente não vão ficar presas e vão tentar escapar pelos trilhos, podendo ser atropeladas e mortas por trens que trafegam pela via ao contrário, por exemplo –  alerta Pasim.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo, preocupado com a situação, entregou há alguns anos ao Ministério Público paulista um documento elencando os principais riscos à vida dos passageiros do Metrô, com a instalação dos novos trens. Até o momento, o sindicato segue sem resposta do órgão público.
No entanto, as falhas recorrentes nas operações do Metrô dobraram nos últimos três anos. Em 2010, o sistema registrou 1,51 incidentes notáveis a cada milhão de quilômetros percorridos. Em 2012, a quantidade chegou a 3,31.
Conforme dados do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), os problemas variam da não abertura das portas dos vagões ao choque de trens por falta de freios, além do mau funcionamento no sistema de tração.
O secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo, Simão Pedro, relaciona os fatos de corrupção que ocorrem no Metrô aos diversos problemas técnicos sofridos pela companhia no seu dia a dia.
- O Metrô sofre esses impactos em função de grandes desvios de dinheiro, que passam pelo pagamento de propina e serviços não realizados, as cláusulas estão ali para enganar. É o privado controlando e gerenciando um sistema altamente lucrativo – acusa.
*CorreiodoBrasil