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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, agosto 11, 2013

A eterna blindagem de corruptos amigos pela Globo e companhia limitada vem despertando uma irritação crescente na sociedade que vem se voltando contra a grande imprensa em geral e que tem, inclusive, desencadeado violência, com depredação de unidades móveis de vários veículos e expulsão de repórteres da Globo das manifestações, além de depredação de imóveis da emissora.
Dessa maneira, a recente “imparcialidade” que a emissora abraçou pode derivar de medo de ter ultrapassado os limites após constatar a progressiva degradação de sua imagem, até por conta das denúncias de ter cometido crimes contra a ordem tributária que podem colocá-la, cedo ou tarde, no lugar em que o PSDB está hoje.
Recentemente, escrevi que a Ocultação dos escândalos Globo e PSDB-Siemens foi longe demais. Como se vê, a conversão global ao bom jornalismo das matérias acima – que talvez não seja tão bom, mas que é bem melhor do que a artilharia histérica que a emissora dispara todo dia contra o PT desde 1989 –, está longe de ser produto de mera crise de consciência.
Assista, abaixo, à reportagem do JN
 
*+Ajusticeiradeesquerda

Galvão Bueno na categoria dos pachecões, dos intere$$ado$ em preservar o produto futebol


GALVÃO BUENO É PACHECÃO, MERCENÁRIO OU AMBOS?

Tostão, de atuações inesquecíveis na campanha do tri, foi craque com  a bola e é craque com o teclado. Trata-se de um dos poucos comentaristas esportivos que compensa lermos, depois da morte do também ex-jogador Sócrates. 

Sua coluna deste domingo, 11 (vide íntegra aqui), é simplesmente brilhante. Vale a pena destacarmos dois parágrafos,"O baixo nível técnico do Brasileirão facilita para os que sabem jogar, veteranos ou não. Muitos discordam. Uns, por convicções técnicas, usam de argumentos, mesmo quando não existem, para dizer que está tudo bem. Há ainda os  pachecões, os Policarpos Quaresmas, que acham antipatriota criticar o que é nosso. Existem também os interesses econômicos, de que não se deve desvalorizar o produto futebol.
Durante e após os 8 a 0 [sapecados pelo Barcelona no Santos], muitos --não digo quem porque são inúmeros-- se concentraram nas críticas na falta de empenho dos jogadores e de planejamento da diretoria do Santos. Esqueceram do mais importante, a absurda diferença técnica entre os dois clubes. Mas isso é proibido falar, para não desvalorizar nosso futebol".
Só não sei se ele coloca Galvão Bueno na categoria dos  pachecões, dos intere$$ado$ em preservar o produto futebol, ou em ambas.. 
*Naufragodautopia

"Lula, os abutres da imprensa e seus abutres leitores"



Do Brasil 247 -
Lula foi o presidente e é certamente o político mais agredido pela imprensa de negócios privados e pelos pequenos mussolinis que infestam as redes sociais 
DAVIS SENA FILHO  Davis Sena Filho
"Abutres são abutres e nada mais". 
Lula teve câncer na laringe. A notícia correu pelo Brasil há alguns meses. 
Os jornalistas de oposição e os que apenas repercutem a agressividade de seus patrões e de seus leitores contra o político estadista se mobilizaram freneticamente e correram para o Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente mais popular da história do Brasil estava a fazer os exames e procedimentos normais, comuns aos que são vítimas dessa doença, com o propósito de combatê-la e vencê-la. 
Contudo, o que realmente me chamou a atenção naqueles dias foram alguns jornalistas pertencentes aos quadros da imprensa de mercado e de seus leitores, que se comportaram como abutres ou corvos, no sentido simbólico de se reportarem sem o mínimo de educação e decência e civilidade quando se trata de atacar àquele que eles consideram o inimigo a ser batido, mesmo quando esse “inimigo” político é vítima de câncer ao tempo que amado por milhões e milhões de brasileiros, ao ponto de sair da Presidência com índices gigantescos de aprovação ao seu Governo, que atingiram o patamar de 87%, a superar os índices de popularidade do mito Nelson Mandela quando o reconhecido político deixou a presidência da África do Sul. 
Lamentável e desumano o papel de certos jornalistas e de seus leitores abutres, que continuam a fazer campanhas nas redes sociais da maneira mais sórdida e infame possível, que afrontam a dignidade humana. 
Lúcia Hipólito, Ricardo Noblat, Arnaldo Jabor, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, dentre muitos outros bate-paus da imprensa burguesa, esmeraram-se em repercutir suas vilanias e a total falta de senso crítico e de respeito à ética jornalística e aos cidadãos, que ficaram e até hoje ficam a escutar comentários desrespeitosos, agressivos e levianos, sem conteúdo informativo e que distorcem a verdade e a realidade dos fatos. 
É o verdadeiro jornalismo de esgoto, praticado por essa imprensa em um tempo de 11 anos, desde que os governantes trabalhistas (Lula e Dilma) ascenderam ao poder. 
Atacam o estadista brasileiro da forma mais desrespeitosa possível. 
Lula foi o presidente e é certamente o político mais agredido pela imprensa de negócios privados e pelos pequenos mussolinis que infestam as redes sociais. 
A finalidade desses despropósitos é desqualificar um dos maiores e importantes presidentes que a República já teve juntamente com o grande estadista Getúlio Dornelles Vargas, também vítima de pequenos e grandes abutres ou corvos, como era o corvo-mor da elite brasileira, Carlos Lacerda, ídolo da direita política e empresarial e dos nossos pequenos burgueses carregadores de vassouras à moda Jânio Quadros, racistas e dedicados à causa deles, que é um dia enriquecer e impedir a ascensão social dos milhões de brasileiros que saíram da linha de pobreza no decorrer dos oito anos de Governo Lula. 
Uma classe média que também foi, e muito, beneficiada pelo governo trabalhista do petista. 
Entretanto, é necessário salientar que desta vez o que me chamou e me chama a atenção foi o comportamento dos leitores e ouvintes desses jornalistas, que se comportam como leões-de-chácara dos interesses dos barões da imprensa, do grande empresariado e da oposição partidária (PSDB-DEM-PPS) aos governos Lula e Dilma Rousseff. 
Por intermédio das redes sociais, realizaram uma campanha de conotação fascista, que pediu, de forma debochada e vil, para o político mais popular da história deste País tratar sua doença no SUS (rede pública de Saúde que o povo dos Estados Unidos não tem, e assunto da pauta política e governamental estadunidense, que causa até hoje transtornos a Obama), que, por sinal, ficou sem os R$ 40 bilhões da CPMF, criação dos tucanos, que, no decorrer do Governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, foram desviados ilegalmente para outros setores da administração pública. 
O mesmo governo neoliberal que vendeu o patrimônio público do Brasil e depois teve de ir pedir esmolas ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque, incompetente e irresponsável, quebrou o País três vezes. 
O jornalismo de meias verdades, manipulado, distorcido e muitas vezes baseado em mentiras, praticado pelos órgãos de comunicação privados e hegemônicos têm similares na sociedade globalizada, individualista e de consumo — a sua alma gêmea: os leitores, ouvintes e telespectadores coxinhas. 
Pessoas reacionárias, ideologicamente de direita e que ocupam as redes sociais para disseminar intolerância e preconceitos abissais, que diminuem a alma humana perante a vida. 
Eles formam uma coletividade de uma perversidade que impressiona por sua ausência de sentimentos nobres e humanos, mesmo quando o alvo, no caso o ex-presidente Lula, ter sido vítima de uma enfermidade grave, como o é a realidade do câncer. 
O líder trabalhista, que não os agrada, tanto no aspecto político, partidário e ideológico quanto no que concerne à sua origem social pobre e nordestina. E é por isto e por causa disto que nem na enfermidade, na doença lhe deram trégua, porque a direita sabe — até mesmo os coxinhas de classe média “apartidários” e “apolíticos” — que Lula, enquanto vivo e com saúde, será o peso que vai pender a balança de todas as eleições para um lado, o lado trabalhista, a parte da laranja que não é a deles. 
Os conservadores não se conformam. 
Todavia, não são apenas essas questões que incomodam os “fãs”, os consumidores (termo que os neoliberais adoram) da Veja, de O Globo, do Estadão, do Correio Braziliense, da Época, da Folha, das Organizações(?) Globo e do Zero Hora. 
O que incomoda mesmo é ter de ver o Lula ser tratado em um hospital onde os ricos, os brancos, os “bem” nascidos e os famosos são atendidos. 
O pior de tudo é que a imensa maioria desses pequenos abutres é de classe média, consumidores beneficiados por créditos (empréstimos, CDC, cheque especial, cartões especiais, consignados etc.) oferecidos democraticamente a todos os brasileiros pelos programas de governo dos trabalhistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. 
Esses fatores de ascensão social para classe média coxinha e mauricinha não são chamados de forma irônica e raivosa de “Bolsa Classe Média” ou “Bolsa Me Dei Bem” ou “Bolsa Desejo e Sonho Realizados”
Por seu turno, o Bolsa Família, que ajuda a desenvolver a economia brasileira, principalmente nas regiões mais pobres, como a Nordeste e Norte é criticado, de forma injusta, preconceituosa e cruel. 
São essas pessoas que agridem o Lula na internet as que mais usufruem do acesso ao crédito fácil, porque antes as diferentes classes médias e os pobres não tinham direito a nada, a não ser ver novelas e beber cerveja em um barzinho, porque até passagem de avião era difícil comprar.   Usufruíram tanto dessas facilidades bancárias que hoje têm carros, móveis, produtos eletroeletrônicos e da linha branca. Compraram imóveis, terrenos e viajaram e viajam muito, mas nada reconhecem, porque quando se é escorpião, você não vai deixar de ferroar também aquele o beneficiou. 
Afinal, ouvintes e leitores de Jabor e de Hipólito, de Azevedo e Nunes, da Globo e CBN não se preocupam com essas “irrelevâncias” e “pequenos” detalhes, não é? 
A pequena burguesia não quer saber de democracia política e econômica. 
Ela faz marchas e protestos contra a corrupção e nunca contra os corruptores (empresários e seus lobistas) e usa as vassouras janistas golpistas como armas. Não é assim? 
O pequeno burguês vive mentalmente em seu mundinho de playground, mesmo se ele viaja e conhece o mundo, porque para ele ser cosmopolita é usar roupas de grife, ter seu emprego garantido, estudar preferencialmente em universidade pública e ter ódio da ascensão social de milhões de brasileiros, que passaram também a ter o direito de ocupar os aeroportos e viajar de avião, o que faz com que as pessoas coxinhas de Arnaldo Jabor, Lúcia Hipólito, Boris Casoy e José Nêumanne Pinto, por exemplo, sintam-se enojadas com a presença da “plebe rude” audaciosa, que não retrata a massa “cheirosa” e “limpinha” dos tucanos, tão elogiada no tempo das eleições por Eliane Catanhêde, colunista coxinha da Folha de S. Paulo e que faz aparições rocambolescas na Globo News, canal que tem milhares de “especialistas” de prateleira e que o povo brasileiro não está nem aí para o que eles dizem ou afirmam ou pensam ou deixam de afirmar ou pensar. 
São esses mesmos cidadãos de classe média coxinha — “tão evoluídos, inteligentes e superiores” — que frequentam as redes sociais e os espaços dedicados às cartas e mensagens publicadas nos jornais e revistas, com a finalidade de irradiar ou disseminar seus preconceitos e desumanidades, que se transformam, irremediavelmente, em ódio racial e de classe social. 
E Lula, para essa gente, é a representação simbólica de tudo aquilo que não faz parte do conjunto de valores e princípios que a classe média conservadora aprendeu com os seus pais e avós. 
Novamente volto a citar o jornalista Joseph Pulitzer (1847/1911): “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”. É isso aí. 
do Blog ContrapontoPIG
*cutucandodeleve

O “lucro” da Rede Globo com o mensalão


Do blog Megacidadania


O “lucro” da Rede Globo com o mensalão
Merval Pereira se apresenta como um analista político, mas o distinto público brasileiro começa a ter confirmação do verdadeiro compromisso dele.
Ele é seletivo e/ou relativiza os temas que aborda e assim fica evidente seu comprometimento, nem sempre perceptível para a maioria de seus leitores.
NOTÍCIA IMPORTANTE- Joaquim Barbosa não é mais o relator do inquérito GAVETÃO número 2474. Estamos colhendo maiores detalhes , porem é de conhecimento de todos que JB deixou de ser relator do mensalão tucano/mineiro há muito tempo e no entanto somente agora é que ele deixou de ser relator do inquérito GAVETÃO 2474.
 FATOS INCONTESTES
1)      O então presidente do STF, ainda durante o julgamento da primeira fase da AP 470, prefacia livro do Merval;
2)      No caso do escândalo dos tucanos em SP com a SIEMENS, Merval clama pela “presunção de inocência” p/ os amigos tucanos Serra e Alkimin;
3)      No caso do escândalo da própria Rede Globo, que envolve os proprietários (a família Marinho) em sonegação bilionária e crimes contra o sistema financeiro, nada é mencionado por Merval.
Os blogs O Cafezinho e Tijolaço fizeram duas importantes postagens (ABAIXO DISPONIBILIZADAS) que auxiliam na compreensão do “lucro” que a Rede Globo teve com o mensalão.
Quanto ao Merval Pereira ... é um mequetrefe diante da conduta típica de mafiosos com que seus patrões estão sendo flagrantemente desnudados.
Obs.: Aguardem novas e bombásticas revelações que serão disponibilizadas, ATRAVÉS DE DOCUMENTOS, comprovando que a Rede Globo foi “ajudada” pela PGR/MPF e por Joaquim Barbosa para não ser incluída no julgamento do mensalão (a AP 470), pois ficaram guarnecidas no GAVETÃO do JB (o inquérito 2474).
ENTENDA COMO FUNCIONA O GAVETÃO DO JB
CONVERSA AFIADA: MATÉRIA PUBLICADA NO DIA 07/08/2013

AS MARACUTAIAS DA GLOBO OFFSHORE

Cafezinho e os mistérios da Globo no exterior

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Continuemos onde paramos no post anterior, intitulado “Pizzolato é inocente, já a Globo“. Eu divulguei o documento de criação da DTH, uma corporação na Flórida, controlada pela Globo. Apenas no documento de fundação encontramos a referência à Globo. Nos outros, porém, aparece o mesmo endereço da emissora carioca, rua Afrânio de Melo Franco 135. A mesma empresa é citada no processo de concordata requerida pelos credores contra Globo:

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Os documentos podem ser todos baixados neste site (clique aqui).
A princípio, não há nada demais em se criar uma corporação na Flórida ou Delaware. A Globo não é um ministro do STF, nem usou imóvel funcional como sede da empresa, como fez Joaquim Barbosa.
Meu interesse pelos negócios da Globo nos EUA é porque eles nos ajudarão a entender os motivos que poderiam levar a emissora a cometer um ato tão desesperado como mandar roubar o processo de sonegação na Receita Federal, onde constava uma dívida de R$ 615 milhões a ser paga em até 30 dias, conforme mostram os documentos que publicamos aqui.
Em 2004, o Supremo Tribunal Federal acatou (clique aqui) um pedido da Justiça suíça de enviar documentos relativos aos contratos da TV Globo e uma de suas empresas no exterior, a Globo Overseas Investments B.V. (citada no processo da Receita), com a firma suíça ISMM, posteriormente condenada duramente por corrupção e lavagem de dinheiro em negociatas dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
No documento do STF fala-se na intenção da Suiça de participar de interrogatórios conduzidos pelo Ministério Público com os senhores Marcelo Campos Pinto e Fernando Viegas Rodrigues Filho. O primeiro era diretor da TV Globo e, segundo a Veja, o todo-poderoso da emissora na área de esportes. O outro ainda não sei, mas suponho que seja também um executivo da Globo. Por que o Ministério Público investigava esses personagens? O que eles sabiam de tão importante a ponto de autoridades suíças gastarem dinheiro de seus contribuintes para se deslocarem até aqui, participar das audiências, com apoio de tradutores? Que documentos são esses, da Globo e Globo Oversears, que interessavam às autoridades suíças?
Na internet, encontro um livro de John Horne and Wolfram Manzenreiter, intitulado “The World Cup e television futball”, que traz algumas informações sobre o caso. Segundo os autores, a Fifa descobriu que US$ 60 milhões “supostamente pagos pela TV Globo pelos direitos da Copa de 2002 jamais puderam ser rastreados”.
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Como assim?
Mas cruzemos o oceano e voltemos aos Estados Unidos, onde a Globo enfrentava um problemaço por causa de uma dívida de US$ 1,18 bilhão. Um grupo de credores entrara com uma ação para exigir a concordata da Globo nos EUA, alegando que a emissora possuía, desde 1996, uma empresa instalada no país, a DTH Corp., criada na Florida. O documento de criação da DTH, assinado pelo executivo Roberto Pinheiro, representante da Globo, foi apresentado no post anterior, e pode ser baixado na íntegra aqui.
A Globo conseguiu, porém, uma liminar judicial para sustar o processo de concordata, que poderia gerar perda de patrimônio. As credoras apelaram novamente e conseguiram uma vitória que logo se tornou popular na literatura jurídica norte-americana.
Em 2004, o distrito sul da Justiça de Nova York cancelou a liminar da Globo e manteve o processo de concordata.
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Se eu estiver errado, algum entendido me corrija, mas tudo leva a crer que a Globo estava em dificuldades crescentes ao final de 2004. A dívida de US$ 1,2 bilhão vinha sendo cobrada judicialmente em NY.  Segundo notícia publicada na BBC Brasil, a dívida chegava a quase US$ 2 bilhões.  Pouco mais de um ano depois, uma de suas operações em paraíso fiscal é flagrada pela Receita Federal do Brasil, que lhe aplica uma senhora multa, totalizando uma dívida de R$ 615 milhões em 2006.
Ou seja, a Globo tinha motivos para ficar, no mínimo, nervosa. A crise do mensalão, porém, lhe permitiu respirar por alguns anos, porque qualquer atitude das autoridades, naquele tempo, seria considerada uma retaliação do governo. A partir daí, tem início uma operação de larga envergadora para transformar o mensalão no símbolo da corrupção nacional, desviando a atenção da sociedade para os verdadeiramente grandes escândalos: o Banestado; a privataria; a concentração da mídia em mãos de oligarcas corruptos de um lado, e empresas ligadas ao golpe de 64, de outro; e sobretudo, uma coisa que só agora descobrimos, a existência de fortunas de brasileiros, de mais de R$ 1 trilhão, em paraísos fiscais, boa parte provavelmente fruto de sonegação e lavagem de dinheiro.
Enquanto isso, vende-se aos brasileiros que a prisão de Genoíno, que não tem um centavo no bolso, e de Pizzolato, que vive de sua aposentadoria de funcionário do Banco do Brasil, representa um marco na história da luta contra a corrupção no Brasil. Manipula-se descaradamente a justa indignação dos brasileiros, acumulada durante séculos de opressão e roubalheira, para criar uma ficção mal ajambrada, cheia de buracos, baseada na denúncia de um mentiroso. Enquanto isso, os verdadeiros corruptos, conforme se vê no escândalo do metrô em São Paulo, apontando superfaturamentos milionários desde 1998, continuam impunes! Enquanto isso, o roubo do processo da Globo não é sequer investigado pelo Ministério Público!
Um dia, porém, serão desmascarados.
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CONVERSA AFIADA: MATÉRIA PUBLICADA NO DIA 08/08/2013

CADE VAI ATRÁS DA GLOBO NOS EUA ?

Tijolaço segue o Cafezinho e encontra a Globo do Ataulfo em Delaware.
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O PASSO A PASSO DA MARACUTAIA GLOBO-NET-SKY NOS EUA

O Miguel do Rosário, em seu blog O Cafezinho, topou com uma estranha empresa que pertenceria à Rede Globo, nos EUA, mencionada no processo de concordata que a empresa sofreu, no início da década passada, nos Estados Unidos.
Era a DTH Usa Inc, que é citada neste processo como “podendo valer milhões de dólares”.
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Ninguém fora da Globo sabia, até agora, desta DTH Usa, Inc.
Bem, DTH quer dizer “Diretc to Home”, nome usado para as operadoras de televisão via satélite, as mini-parabólicas que todo mundo conhece hoje.
Falando com Miguel, fui avançando na história desta empresa.
E o que obtive é – ou deveria ser -de grande interesse para o Cade, que aprovou a fusão entre a Sky e a DiretcTV no Brasil.
A DTH Usa Inc foi criada em setembro de 1996, sob as leis do estado americano de Delaware e registrada na Flórida, tendo como diretores os senhores Roberto Pinheiro e Emilio Pascual. O primeiro dá como endereço o centro administrativo da Globo, no Leblon;  o segundo o da Net-Sat, em Cerqueira César, São Paulo.
3
Trata-se, portanto, de um negócio das Organizações Globo, não um arranjo de esperteza medíocre como a empresa “fundada” pelo Ministro Joaquim Barbosa, para comprar um apartamento de  novo rico na cidade das celebridades, Miami.
Em novembro do mesmo ano, surge a Sky, operadora de DTH no Brasil, numa sociedade entre as  Organizações Globo, a British Sky Broadcasting, a News Corporation e a Liberty Media International.
Claro, mera coincidência.
No ano seguinte, segundo os registros feitos na Flórida, aparece a figura do sr. Paulo Mendes, diretor da NET Serviços de Comunicação S/A, que dá também o endereço da sede global localizada no Leblon.
Ele é registrado como vice-presidente da empresa offshore e oferece o mesmo endereço da Globo no Leblon nos documentos.
Hoje, é um dos principais dirigentes da emissora e nas horas vagas exerce o cargo de vice-presidente do Botafogo de Futebol e Regatas.
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E segue a saga da DTH Usa, Inc.
Em 1999, desaparece Emilio Pascual e ficam apenas Roberto e Paulo Mendes como presidente e vice-presidente da empresa.
Apenas dois dias depois do registro dessa nova composição diretiva, a secretária responsável pelos registros, a americana Cynthia Hicks, renuncia ao cargo na direção da empresa.
A empresa fica no “freezer” durante ao ano de 200o e ressurgiu em 2001, já agora “dirigida” pela advogada Valdenise Menezes, que trabalhou na Infoglobo e hoje é controller da Gol e por um até agora desconhecido Jorge Vieira de Souza.
5
O endereço de Valdenise é o da sede administrativa da Globopar e o de Jorge, o da Rua do Verbo Divino, 1356,  na Chácara Santo Antonio, São Paulo.
Jorge desaparece no ano seguinte, sendo substituído por Luiz Carlos de Souza Sá, que oferece como endereço a rua Professor Manoelito de Ornellas, 303, 8° andar, bem próximo à sede paulista da Net.
Em 2006, porém, tudo muda.
Saem os funcionários da Globo e entra Michael Hartman, vice presidente da Direct TV Latin America.
O documento é registrado em 3 de julho de 2006.
E ele fecha a DTH Usa, Inc.
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Mera coincidência?
O Cade havia aprovado, em 25 de maio, a fusão entre a Sky e a Directv, que passou a ser a controladora da emissora.
Em agosto de 2006 a Sky adquire juridicamente o status de controlada da Directv, que tem ligações completas com o grupo de Rupert Murdoch, da News Corporation.
Está evidente que a DTH Usa, Inc. desempenhava papel importante nos negócios da Sky, tanto que foi transferida quando a Globo deixou de ter o controle acionário da empresa de TV brasileira.
Qual era esse papel?
Isso está nas informações dadas ao Cade?
Os negócios feitos por ela relativos a atividades desenvolvidas no Brasil estão registrados na Receita Federal e pagaram impostos?
A empresa é registrada em Delaware não por acaso. O estado é um “paraíso fiscal” dentro dos EUA, onde são feitos milhares de negócios, desde grandes corporações até traficantes de armas russos e ladrões de todo tipo, como destaca o The New York Times.
A CT Corporation System, que serve de endereço e plataforma legal para a DTH Usa, Inc. é um grande galpão, da foto, em Willmington, que abriga, segundo o Times, nada menos que 285 mil empresas!
O endereço não podia ser mais irônico: Orange Street, 1209. Rua Laranja, 1209.
Porque a Globo escondia essa  empresa “de fachada”, colocando e retirando homens e mulheres de confiança da empresa como diretores “fantasmas”, já que era nas subsidiárias da Globopar que trabalhavam?
A DTH Usa Inc. fazia negócios aqui, através de outras empresas sediadas em Delaware. Em breve, o Cafezinho de Miguel do Rosário trará novas informações sobre isso.
Será que fraude no Brasil, usando empresas offshore não é crime?
Ou crime é só o que cometem funcionários de oitavo escalão, quando surrupiam processos de sonegação fiscal da Globo?
José Eduardo Cardoso, o ministro da Justiça,  que peitou Serra para garantir as investigações do Cade sobre o caso Siemens-Alstom, vai ter coragem de mandar o Cade apurar o que é a DTH Usa, Inc. parte do negócio de fusão que o órgão aprovou?
Por: Fernando Brito
Clique aqui para ler “As maracutaias da Globo offshore”.
Aqui para ler “Siemens denuncia Cerra. A casa caiu !”.
Aqui para ler “Tijolaço e a fraude da Globo: cadê o corruptor ?”.
aqui para votar na enquete “O que o Ataulfo não considera corrupção ‘nacional’?”.
POSTAGENS IMPORTANTES
1) Maria Inês Nassif demole o mensalão http://www.megacidadania.com.br/maria-ines-nassif/
2) O mensalão e seus bastidores http://www.megacidadania.com.br/o-cafezinho/
3) DOCUMENTOS COMPROVAM: A falsa tese do mensalão http://www.megacidadania.com.br/a-falsa-tese-do-mensalao/
5) VISANET JAMAIS FOI EMPRESA "pública" http://www.megacidadania.com.br/category/aulas/

"Borracha cega, mas não cala", diz fotógrafo atingido por PM


Sugerido por Assis Ribeiro
Do Brasil de Fato


Sérgio ficou cego do olho esquerdo enquanto cobria a manifestação do dia 13 de junho em SP; abaixo-assinado pede o fim das chamadas ‘armas menos letais’ 
09/08/2013
da Redação
O fotógrafo Sérgio Silva, de 31 anos, foi atingido por uma bala de borracha enquanto fazia a cobertura fotográfica da manifestação realizada no dia 13 de junho contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo. A repressão violenta da Polícia Militar cegou o olho esquerdo do fotógrafo.
Assim como Sérgio, em diversas cidades do Brasil, muitas têm sido as vítimas das chamadas ‘armas menos letais’, como a bala de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, durante protestos e manifestações.
Diante deste cenário de intensa repressão policial, um abaixo-assinado pelo fim da utilização destas armas contra os manifestantes está circulando na internet. (Para assinar, clique aqui)
O pedido é direcionado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, ao secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, e ao Comandante Geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito Roberto Meira. O objetivo é proibir que elas sejam utilizadas em manifestações políticas.
“O Estado deve formar policiais que tenham outras repostas para as manifestações que não seja a violência, e para que armas desse nível não sejam utilizadas no acompanhamento de manifestações, onde a sociedade busca defender seus direitos. É necessário repensar como a polícia deve agir. Dessa forma, defendo que a extinção dessas armas deve ser imediata”, afirma o fotógrafo Silva, no texto em que explica o propósito do abaixo-assinado. (com informações do Sindicato dos Químicos Unificados)
Confira a entrevista feita pelo Sindicato dos Químicos Unificados
*Nassif