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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, outubro 27, 2013
Filme sobre Yuriy Gagárin ganha legendas em português
CINEMA: Filme sobre Yuriy Gagárin ganha legendas em português
"Gagarin, perviy v kosmose" revela um dos maiores feitos da humanidade, seu primeiro voo espacial |
Há 52 anos atrás o cosmonauta soviético Yuriy Gagárin concluía um feito
almejado pela humanidade há mais de 2000 anos, isto é, a chegada até o
espaço. Gagárin era a prova viva de que era possível um ser humano
manter-se consciente sem a presença da gravidade terrestre, avistando o
nosso planeta Terra do espaço. Sua realização também demonstrava que um
país governado por trabalhadores poderia chegar a um nível tecnológico
superior ao dos países capitalistas. A história do herói comunista,
entretanto, nem sempre foi conhecida por todos.
O filme "Gagárin, perviy v kosmose"(Gagárin, o primeiro no espaço) foi
produzido por Oleg Kapanets. A decisão de produzi-lo surgiu quando
este, que então trabalhava nos Estados Unidos, percebeu um nível
intenso de ignorância dos americanos acerca do primeiro homem no
espaço, segundo ele "fora da Rússia, pelo menos nos Estados Unidos,
acredita-se que o primeiro homem enviado ao espaço foi um cidadão
norte-americano. É muito triste as pessoas não saberem a verdade e, por
isso, o nosso grande objetivo é restabelecer a verdade histórica,
fazendo justiça e prestando as devidas homenagens a Yuri Gagarin, o
autêntico pioneiro dos voos espaciais.”1
O filme sobre Gagárin levou mais de cinco anos para ficar pronto, tendo
sido lançado no Dia do Cosmonauta, comemorado na Rússia no dia 12 de
abril. Segundo Oleg Kapanets, “a autorização concedida pela viúva e
pelas filhas de Yuri Gagarin foi muito importante para nós, até porque,
antes elas haviam vetado diversas outras propostas de realização de
filmes sobre Yuri Gagarin. Discutimos com elas todo o roteiro e alguns
fragmentos que havíamos filmado previamente. A família de Yuri Gagarin
não queria nada de especial. A viúva e as filhas nos pediram apenas
para não deturparmos os fatos e revelarmos a verdade sobre aquele voo.
Toda a equipe de filmagens tinha o mesmo objetivo: ao invés de um
ícone, queríamos mostrar um ser humano que sabia sonhar, pensar e amar.
Assim, pode-se ver no filme um Yuri Gagarin rodeado de amigos e, ao
mesmo tempo, como um verdadeiro vencedor.”2
O então major Gagárin e a Rainha Elizabeth II no Reino Unido, onde recebeu honrarias, inclusive de sindicatos de operários que visitou. Ele fez questão de cumprimentar, sob chuva, a multidão |
O papel de Gagárin é representado por diferentes atores, uma vez que
são retratados diferentes momentos de sua vida, inclusive os tenebrosos
dias em que viveu em território ocupado pelos nazistas, tendo alguns de
seus irmãos raptados pelo fascismo alemão. Durante a maior parte do
filme, entretanto, ele é retratado pelo ator russo Yaroslav Jalnin,
escolhido por sua semelhança com Yuriy Gagárin, a despeito de ser 4
polegadas mais alto que ele. Jalnin e outros atores do filme passaram
pelos mesmos testes do programa espacial, inclusive a Centrífuga, onde
Jalnin suportou apenas 4G, contra os 10G ao qual eram submetidos os
cosmonautas.
Jalnin, em entrevista ao jornal Izvestiya, conta que foi escolhido em
parte por causa de sua forma de ser, que lembrava a idiossincrasia do
herói comunista. De fato, Yuriy Gagárin, como demonstrado em vários
vídeos documentados, era um homem carismático, sorria constantemente,
tinha um grande apreço por todos os povos e etnias, tendo inclusive
estado no Brasil, onde recebeu do então presidente Jânio Quadros a mais
alta honraria do país, a Ordem do Cruzeiro do Sul, e entregando ao
presidente brasileiro uma mensagem de Nikita Hruschov; atos que
enfureceram o público conservador do Brasil, o que seria ainda mais
intensificado, semanas depois, com a entrega da mesma honraria a
Ernesto Che Guevara, outro comunista igualmente famoso e carismático. A
visita de Gagárin a São Paulo despertou uma grande mobilização popular
para receber o herói soviético, lá ele provou a comida típica
brasileira, o café brasileiro. Também visitou a cidade de Brasília, da
qual teve boa impressão, mencionando que "pareceu ter chegado a outro
planeta", por causa de sua arquitetura, projetada também por um
comunista, o saudoso arquiteto Oscar Niemeyer.
Dois dos mais famosos comunistas dos anos 60, o já coronel Yuri Gagárin e Che Guevara |
Gagárin era tão bem preparado quanto os demais cosmonautas, também era
membro do partido como os demais, todavia o seu carisma foi fundamental
para a sua escolha, fato abordado no filme. Sendo o povo soviético
descrito no resto do mundo como um povo "sisudo", "muito sério" e o
próprio socialismo apresentado de forma vilanesca como um sistema de
"bárbaros malvados e barbudos", o sorriso de Yuriy Gagárin conquistava
a todos que o cercavam, inclusive seus inimigos, fazendo dele a escolha
perfeita para se tornar mais famoso comunista soviético de seu tempo.
O filme retrata também as relações entre Gagárin e seus companheiros do
programa espacial, especialmente Guermán Titov, o segundo homem no
espaço, e Grigoriy(Grisha) Nelyubov, procurando mostrar mais o homem em
si, com suas alegrias e tristezas, do que o "herói". Também são
retratados os riscos do programa espacial ao qual Gagárin se submeteu,
pois hoje se sabe que não havia garantia de seu retorno à Terra e mesmo
de que o Dispositivo do Motor de Parada(DMP) funcionaria para
reintroduzi-lo ao planeta. A família de Gagárin, sua esposa e suas duas
filhas, também é retratada. Importantes personagens da época também não
são deixados de lado, dentre os quais Sergey Korolyov, os
políticos(especialmente Hruschov e Mikoyan) que enxergavam no feito uma
boa peça de propaganda política, Nikolay Kamanin, um dos primeiros a
receber o título e a medalha de Herói da União Soviética, além dos
construtores do foguete e outros cosmonautas que mais tarde se
eternizariam. É feita uma referência ao "camarada Levitan", isto é,
Yuriy Levitan, famoso radialista soviético de origem judia que anunciou
alguns dos mais importantes eventos da URSS, dentre os quais o início
da Grande Guerra e seu fim.
Gagarin(Yaroslav Jalnin) e o construtor chefe S. Korolyov(Mihail Filippov) |
O personagem Sergey Korolyov, o construtor-geral do foguete de Gagárin,
demonstra um diretor preocupado com todos os aspectos do programa,
aspecto fundamental para que tudo desse certo e não houvesse perdas
humanas.
O filme retrata o drama vivido pelas esposas dos cosmonautas, que acreditavam que o voo espacial seria morte certa, destino que vitimou Vladimir Komarov, o primeiro a ir duas vezes ao espaço |
"Gagarin, o primeiro no espaço"(tradução optada pelo autor deste
artigo) é, além de um filme biográfico, uma perfeita refutação da ideia
de que "no socialismo não existe competitividade", retratando bem o
espírito de "emulação socialista" existente no grupo de cosmonautas. A
emulação socialista, como bem colocado por Lenin, era um princípio
socialista que substituía a "concorrência" do capitalismo. Ao passo que
na última há um forte estímulo ao progresso através da competitividade,
mas apenas um é beneficiado, na emulação socialista premia-se o
primeiro, mas todos são beneficiados. É estranho ao socialismo a ideia
de um "relaxamento generalizado" no trabalho. O filme também refuta a
ideia de que o Estado não pode trazer nada de bom em termos de
tecnologia, de que socialismo é atraso ou que num país onde os
trabalhadores detém o poder nada de bom pode ser efetuado. Ele
demonstra uma grande conquista num país que investiu pesado em
educação, saúde e tecnologia, que na época de Stalin avançou 100 anos
em 10, saindo do arado para entrar na era espacial.
Thomas Statford, astronauta americano, Elena Gagarina(filha de Yuri Gagarin) e Alexei Leonov, num encontro em homenagem aos 50 anos do primeiro homem no espaço, em Moscou |
O filme sobre o cosmonauta soviético reúne muitos elementos que fazem
valer a pena assisti-lo, longe de ser uma mera biografia, "Gagárin, o
primeiro no espaço" é um filme sobre o direito de ser o primeiro, de
ser o escolhido, ele também faz jus ao feito do primeiro cosmonauta,
geralmente relegado a uns três ou quatro verbetes em livros de história
com nítidas inclinações pró-americanas. É um filme para todas as
idades, seguindo os padrões soviéticos de "filme sem palavrão", sendo
sua classificação etária em 6 anos, recomendado para fãs de filmes
sobre o espaço, para quem quer história ou bons efeitos especiais, para
comunistas, saudosistas da URSS ou simplesmente para grupos em
treinamento, uma vez que expõe a importância da preparação psicológica
para ser o primeiro e o fardo da ganância e da soberba. Um filme para
todas as idades, para todos os tempos, sucesso de crítica, seguindo
outros dois grandes sucessos sobre heróis soviéticos, Legenda nº 17,
sobre um herói do hockey soviético, e Vysotskiy, sobre o famoso bardo e
músico soviético.
O filme russo sobre Gagárin não foi o primeiro sobre as conquistas espaciais soviéticas, ainda em 1959, uma famosa comédia chamada "O homem do Sputnik", que tinha no seu elenco Jô Soares, baseado no romance "O inspetor-geral", de Nikolay Gógol, dramatizou uma suposta queda do primeiro satélite artificial humano no Brasil, dando início a um jogo de espionagem para recuperar o artefato.
O filme russo sobre Gagárin não foi o primeiro sobre as conquistas espaciais soviéticas, ainda em 1959, uma famosa comédia chamada "O homem do Sputnik", que tinha no seu elenco Jô Soares, baseado no romance "O inspetor-geral", de Nikolay Gógol, dramatizou uma suposta queda do primeiro satélite artificial humano no Brasil, dando início a um jogo de espionagem para recuperar o artefato.
As legendas do filme Yuri Gagárin foram traduzidas direto do russo para
o português pelo autor de A Página Vermelha, Cristiano Alves.
Disponíveis no site "Opensubtitles".3
Trailer(legendado):
1- http://www.diariodarussia.com.br/cultura/noticias/2013/04/15/lancado-na-russia-o-filme-gagarin-o-pioneiro-do-espaco/
2- ibid.
3- http://www.opensubtitles.org/en/subtitles/5231887/gagarin-pervyy-v-kosmose-pb
*Se você gostou das legendas, não deixe de doar para o nosso Paypal: apaginavermelha@gmail.com
*Turquinho
"Todo mundo pode ser contra os black blocs. É absolutamente natural discordar das táticas adotadas"
"Todo mundo pode ser contra os black blocs. É absolutamente natural discordar das táticas adotadas".
Pedro Munhoz
Todo mundo pode ser contra os black blocs. É absolutamente natural discordar das táticas adotadas pelos grupos mascarados, bastante compreensível até.
O insuportável é quando o discurso de ataque aos black blocs assume as feições de complacência ou legitimação da violência policial. As manifestações, repito, deixaram claro o que muita gente já sabia: as polícias militares têm que deixar de existir. São instituições inaptas a lidarem com as garantias individuais, com os Direitos Humanos, com a democracia.
Cansamos de ver a polícia atropelando os direitos humanos e abusando de poder aqui no facebook, dia após dia, desde as manifestações de junho. Eu mesmo tive minha merecida cota de gás lacrimogênio, após cometer o delito de exercer o meu direito constitucional de me locomover em linha reta na Avenida Antônio Carlos.
Só o que vimos na grande mídia, porém, são lágrimas vertidas pelas vidraças de bancos quebradas e repetidas acusações de que sempre os mesmos "black blocs" deram ensejo a uma "reação" da polícia.
Contesto. São quase unânimes os relatos de que a polícia, via de regra, "reagia" antes mesmo de ocorrer qualquer tipo de ação por parte dos manifestantes. Mesmo se ela reagisse de fato, deveria reagir contra o grupo que delinquiu, de forma proporcional e pontual.
O costume das polícias de prender e arrebentar pessoas no atacado não pode ser visto por nós como algo natural, mas parece ser essa a tônica das forças policiais.
Por isso, sinto-me desconfortável de aparecer aqui e começar a escamar a galera que quebrou vidraças. A Folha, O Globo e as redes de televisão já fazem isso o tempo inteiro, esse pesoal não precisa da minha opinião.
Prefiro criticar a inépcia e a desonestidade dos braços armados dos governos que, devendo defender os direitos da população, passam por cima deles como se eles não fossem nada. Isso tem sido um tantinho mais raro nas redes sociais e creio ser mais enriquecedor do que repetir á exaustão que danificar patrimônio é crime.
*Mariadapenhaneles
A franquia "Black Bloc", o McDonald's do neofascismo com marketing de "anarquismo"
No Egito, Black Bloc fomentaram golpe e atacaram manifestantes contra militares
por Luiz Muller
Pescado do Ponto e Contra Ponto. A matéria lembra as ações do “Black Bloc” em vários lugares do mundo.
Após aparecer nos protestos do Occupy Wall Street, onde foram acusados
de tumultuar o protesto e justificar a repressão da polícia americana,
acabando com o Occupy, o coletivo sem rosto que se auto denomina Black
Bloc criou uma espécie de franquia mundo afora, sobretudo em países onde
a democracia é frágil e/ou muito jovem.
No Brasil, esses coletivos são formados com absoluta predominância de
jovens brancos de classe média que usam roupas de grife. A atuação dos
coletivos geram desconfianças de que o alegado apartidarismo não se
aplica na prática, como nos protestos contra o propinoduto tucano em que
eles iam direto para a Câmara dos vereadores da capital paulista,
quando o escândalo é do governo do estado de São Paulo. Dividiu os
manifestantes e o desgaste do governador com o prefeito. Foi
intencional?
Com o desconfiômetro sempre em alerta, resolvi fazer uma busca detalhada
na rede sobre como se portou o coletivo Black Bloc no Egito, antes e
depois do golpe. Pesquisei a ocorrência e frequência de matérias sobre
eles, os perfis nas redes sociais do coletivo, onde postam em
hieróglifos árabes, mas mesmo com essa dificuldade deu para perceber
duas coisas: maioria das fotos postadas são de amenidades, como se o
país não estivesse à beira de uma guerra civil e os vídeos postados,
feitos a distância, procuram mostrar manifestantes pró Morsi atirando
contra militares.
Foi difícil achar matérias sobre o Black Bloc egípcio pós golpe, a
maioria dos links apontavam para sua participação efetiva nos protestos
que lograram entregar o país de volta aos militares. Entre as que achei,
muitas se tratavam de opinião reacionária que não levei em
consideração, não há qualquer intenção de demonizar ninguém, apenas
trazer aos leitores como se portou e se porta o coletivo no Egito, que
enfrenta um golpe militar sangrento.
Líderes do movimento da Praça Tahir no Cairo, que levou a deposição do
presidente legalmente empossado, Mohamed Morsi, deram declarações
públicas afirmando que apoiavam a matança de manifestantes contra o
golpe e davam aval a atuação dos militares. Esses líderes estavam muito
próximos ao Black Bloc durante os protestos. Tudo estava se encaixando,
só faltava o batom na cueca.
Outro grupo sem rosto famoso da história
Foi aí que eu achei uma denúncia do grupo de direitos humanos “Eye on
Torture” (algo como de olho na tortura), que revela que o coletivo Black
Bloc admite participação no ataque de 26 de Julho, onde ocorreu
massacre de manifestantes contra o golpe. No ataque o coletivo preparou
uma espécie de emboscada para os manifestantes os deixando expostos,
nesse momento o Black Bloc foi protegido por militares atrás de tanques e
prédios, enquanto os manifestantes pela democracia eram fuzilados. Aqui
o link da matéria, está em inglês
http://www.ikhwanweb.com/article.php?id=31213
È ultrajante pessoal, eu que já vi tanta canalhice nessa vida fiquei
transtornado. Como pode alguém posar de anti establishment, usar símbolo
da anarquia e apoiar uma ditadura militar? Eu sou um velho punk, é como
uma “heresia” ver símbolos de um movimento que tentou mudar o mundo sem
violência, que me trazem de volta a juventude, serem usados por um
bando de fascistas movidos a interesses obscuros. Tira esse símbolo daí
posers, vocês não tem direito de usar, coloca a suástica no lugar.
Só uma última observação: coletivos sem rostos cabem qualquer coisa,
inclusive mercenários, tá na cara que se no Egito os Black Bloc são tudo
menos anarquistas, e qualquer grupo nazifascista pode vestir a fantasia
de anti-establishment para seduzir a juventude. Brasil, Turquia, Egito,
coincidentemente países com diplomacia não alinhada com interesses
americanos tiveram forte atuação dos Black Blocs recentemente. Tirem
suas próprias conclusões.
*Opensadordaaldeia
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