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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 04, 2014

PT nunca nos enganou, diz filha de Luiz Carlos Prestes



Foto: Anita Leocádia Prestes nasceu em 27 de novembro de 1936 na prisão de mulheres de Barnim-strasse, em Berlim, na Alemanha nazista de Adolf Hitler. Filha dos revolucionários comunistas Luiz Carlos Prestes e Olga Benário Prestes, a historiadora foi vítima de duas ditaduras: a do Estado Novo, instaurada por Getúlio Vargas em 1937, e a do regime nazista. No Brasil, foi a decisão do então ditador Getúlio Vargas, até então simpático ao fascismo do italiano Benito Mussolini, de entregar Olga, grávida de Anita, ao regime nazista. Com pouco mais de um ano, Anita foi entregue pelos alemães à avó, Leocádia Prestes. Quatro anos depois, Olga Benário era assassinada pelo regime de Hitler, responsável pelo assassinato de milhões de judeus, negros, ciganos, comunistas e tantos outros grupos.

Em conversa com o Jornal do Comércio por telefone, Anita Prestes, residente no Rio de Janeiro, falou da falta de representatividade de partidos que se autodenominam de esquerda, dos governos do PT, dos protestos de junho e da ditadura Vargas. Anita Prestes é historiadora, professora de História na UFRJ e preside o Instituto Luiz Carlos Prestes.  Em 2013, lançou o livro “Luiz Carlos Prestes: o combate por um partido revolucionário (1958-1990)”. O título faz uma análise sobre o PCB após o Stanilismo, a partir de 1956, bem como o protagonismo de Luiz Carlos Prestes nesse processo de identidade do “partidão”.

Recentemente, de forma simbólica, o Senado Federal promoveu uma homenagem para restituir o mandato do pai, Luiz Carlos Prestes (1898-1990). “É um absurdo, depois de tantos anos. É mais uma autopromoção desses políticos”, critica Anita. Luiz Carlos Prestes, uma das maiores lideranças comunistas do século XX, foi eleito senador em 1945. Com a cassação do registro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1948, Prestes e companheiros como Carlos Marighela, João Amazonas e Jorge Amado perderam os mandatos. Antes, a partir de 1924, Prestes coordenou uma coluna de militares que combatiam a República Velha e seus efeitos nefastos, como miséria e opressão ao povo de regiões remotas do País. Foram percorridos 25 mil quilômetros, entre o Brasil e Bolívia.

Jornal do Comércio – O ex-presidente Getulio Vargas é endeusado como o “pai dos pobres”. No entanto, a ditadura Vargas (1937-1945) foi tão sanguinária quanto o regime de 1964, guardados os dois contextos históricos. A ditadura Vargas, inclusive, era simpática à Itália fascista. Que leitura histórica a senhora faz desse líder político?

Anita Prestes - Getulio era um político esperto e habilidoso. Era um político que surfava na onda. Meu pai e os comunistas nunca apertaram a mão dele ou estiveram com ele quando ele decidiu, em 1942, apoiar os países aliados que combatiam os países do Eixo. Apenas apoiaram a decisão dele, porque achavam que o nazifascismo tinha que ser derrotado. 

JC – Como a senhora vê o papel de Getulio Vargas no assassinato da sua mãe, Olga Benário?

Anita – Foi Getulio quem entregou minha mãe aos nazistas. Ele foi o responsável direto pelo assassinato dela, pois sabia que a cabeça dela estava a prêmio na Alemanha. Ele era uma figura controversa. O meu pai só não foi torturado (durante a ditadura Vargas) porque era uma figura conhecida mundialmente. A prisão, a extradição e o assassinato da minha mãe foi uma vingança a Prestes praticada por Getulio, já que Prestes não se alinhou às oligarquias durante a revolução de 30.

JC – Que papel teve a Coluna Prestes (1924) para influenciar outros movimentos revolucionários em prol dos oprimidos pelo mundo?

Anita - Não sei dizer em que a Coluna Prestes influenciou movimentos socialistas no mundo. Mas meu pai sempre foi referência para o mundo. Dizem que a marcha de Mao Tsé-Tung (1936) teve inspiração na Coluna Prestes. Mas foi em um outro contexto, aquele movimento pretendia apenas ocupar um determinado território.

JC – Como vê o papel de Cuba na vanguarda revolucionária e de resistência às sanções impostas, há mais de 50 anos, pelos norte-americanos e aliados?

Anita - Estive em Cuba há dois anos. É uma sociedade igualitária. É um absurdo falarem de ditadura. Lá não existe nem rico, nem pobre e nem miserável. Todos estão no mesmo nível social. Não há mendigo nas ruas, e o povo cubano é muito entusiasmado. Agora, os próprios cubanos sabem que cometeram alguns erros e estão tentando consertar. Mas o grande problema são os embargos (econômicos dos EUA) ao governo socialista cubano. Lá, por exemplo, tem eleições democráticas e o povo vai às urnas.

JC – A criação do Partido dos Trabalhadores, na década de 1980, chegou com a esperança de ruptura, o que acabou não acontecendo.

Anita - Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, PT) nunca me enganou, nem a mim, nem ao meu pai. O PT nunca nos enganou, pois é um partido comprometido com a burguesia. O Lula não quis estudar, e se deixou levar pelos intelectuais burgueses. Os próprios governos Lula estiveram comprometidos com os setores dominantes, governando para a burguesia, garantindo os interesses do grande capital internacionalizado. Não houve ruptura. Na verdade, foi a continuidade do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O governo da presidente Dilma (Rousseff, PT) é a mesma coisa em um cenário econômico menos favorecido do que no período de Lula.

JC – E a representatividade da esquerda no Brasil?

Anita - É muito difícil falar em esquerda no Brasil. É muito cedo para identificar quem se denomina de esquerda e quem realmente o é. A prática é que vai revelar quem realmente é esquerda.

JC – Os protestos de junho, no Brasil, mostraram que é possível chegar a uma ruptura com o sistema estabelecido através das massas?

Anita - É importante quando o povo descontente sai às ruas para protestar por direitos. Mas, como foi de uma forma desorganizada, os resultados práticos acabaram sendo limitados. Os protestos de junho mostraram que o povo precisa de organização para mudar a situação atual.

FONTE: Jornal do Comércio - Porto Alegre, 2 de janeiro de 2014.
Anita Leocádia Prestes nasceu em 27 de novembro de 1936 na prisão de mulheres de Barnim-strasse, em Berlim, na Alemanha nazista de Adolf Hitler. Filha dos revolucionários comunistas Luiz Carlos Prestes e Olga Benário Prestes, a historiadora foi vítima de duas ditaduras: a do Estado Novo, instaurada por Getúlio Vargas em 1937, e a do regime nazista. No Brasil, foi a decisão do então ditador Getúlio Vargas, até então simpático ao fascismo do italiano Benito Mussolini, de entregar Olga, grávida de Anita, ao regime nazista. Com pouco mais de um ano, Anita foi entregue pelos alemães à avó, Leocádia Prestes. Quatro anos depois, Olga Benário era assassinada pelo regime de Hitler, responsável pelo assassinato de milhões de judeus, negros, ciganos, comunistas e tantos outros grupos.
Em conversa com o Jornal do Comércio por telefone, Anita Prestes, residente no Rio de Janeiro, falou da falta de representatividade de partidos que se autodenominam de esquerda, dos governos do PT, dos protestos de junho e da ditadura Vargas. Anita Prestes é historiadora, professora de História na UFRJ e preside o Instituto Luiz Carlos Prestes. Em 2013, lançou o livro “Luiz Carlos Prestes: o combate por um partido revolucionário (1958-1990)”. O título faz uma análise sobre o PCB após o Stanilismo, a partir de 1956, bem como o protagonismo de Luiz Carlos Prestes nesse processo de identidade do “partidão”.
Recentemente, de forma simbólica, o Senado Federal promoveu uma homenagem para restituir o mandato do pai, Luiz Carlos Prestes (1898-1990). “É um absurdo, depois de tantos anos. É mais uma autopromoção desses políticos”, critica Anita. Luiz Carlos Prestes, uma das maiores lideranças comunistas do século XX, foi eleito senador em 1945. Com a cassação do registro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1948, Prestes e companheiros como Carlos Marighela, João Amazonas e Jorge Amado perderam os mandatos. Antes, a partir de 1924, Prestes coordenou uma coluna de militares que combatiam a República Velha e seus efeitos nefastos, como miséria e opressão ao povo de regiões remotas do País. Foram percorridos 25 mil quilômetros, entre o Brasil e Bolívia.
Jornal do Comércio – O ex-presidente Getulio Vargas é endeusado como o “pai dos pobres”. No entanto, a ditadura Vargas (1937-1945) foi tão sanguinária quanto o regime de 1964, guardados os dois contextos históricos. A ditadura Vargas, inclusive, era simpática à Itália fascista. Que leitura histórica a senhora faz desse líder político?
Anita Prestes - Getulio era um político esperto e habilidoso. Era um político que surfava na onda. Meu pai e os comunistas nunca apertaram a mão dele ou estiveram com ele quando ele decidiu, em 1942, apoiar os países aliados que combatiam os países do Eixo. Apenas apoiaram a decisão dele, porque achavam que o nazifascismo tinha que ser derrotado.
JC – Como a senhora vê o papel de Getulio Vargas no assassinato da sua mãe, Olga Benário?
Anita – Foi Getulio quem entregou minha mãe aos nazistas. Ele foi o responsável direto pelo assassinato dela, pois sabia que a cabeça dela estava a prêmio na Alemanha. Ele era uma figura controversa. O meu pai só não foi torturado (durante a ditadura Vargas) porque era uma figura conhecida mundialmente. A prisão, a extradição e o assassinato da minha mãe foi uma vingança a Prestes praticada por Getulio, já que Prestes não se alinhou às oligarquias durante a revolução de 30.
JC – Que papel teve a Coluna Prestes (1924) para influenciar outros movimentos revolucionários em prol dos oprimidos pelo mundo?
Anita - Não sei dizer em que a Coluna Prestes influenciou movimentos socialistas no mundo. Mas meu pai sempre foi referência para o mundo. Dizem que a marcha de Mao Tsé-Tung (1936) teve inspiração na Coluna Prestes. Mas foi em um outro contexto, aquele movimento pretendia apenas ocupar um determinado território.
JC – Como vê o papel de Cuba na vanguarda revolucionária e de resistência às sanções impostas, há mais de 50 anos, pelos norte-americanos e aliados?
Anita - Estive em Cuba há dois anos. É uma sociedade igualitária. É um absurdo falarem de ditadura. Lá não existe nem rico, nem pobre e nem miserável. Todos estão no mesmo nível social. Não há mendigo nas ruas, e o povo cubano é muito entusiasmado. Agora, os próprios cubanos sabem que cometeram alguns erros e estão tentando consertar. Mas o grande problema são os embargos (econômicos dos EUA) ao governo socialista cubano. Lá, por exemplo, tem eleições democráticas e o povo vai às urnas.
JC – A criação do Partido dos Trabalhadores, na década de 1980, chegou com a esperança de ruptura, o que acabou não acontecendo.
Anita - Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, PT) nunca me enganou, nem a mim, nem ao meu pai. O PT nunca nos enganou, pois é um partido comprometido com a burguesia. O Lula não quis estudar, e se deixou levar pelos intelectuais burgueses. Os próprios governos Lula estiveram comprometidos com os setores dominantes, governando para a burguesia, garantindo os interesses do grande capital internacionalizado. Não houve ruptura. Na verdade, foi a continuidade do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O governo da presidente Dilma (Rousseff, PT) é a mesma coisa em um cenário econômico menos favorecido do que no período de Lula.
JC – E a representatividade da esquerda no Brasil?
Anita - É muito difícil falar em esquerda no Brasil. É muito cedo para identificar quem se denomina de esquerda e quem realmente o é. A prática é que vai revelar quem realmente é esquerda.
JC – Os protestos de junho, no Brasil, mostraram que é possível chegar a uma ruptura com o sistema estabelecido através das massas?
Anita - É importante quando o povo descontente sai às ruas para protestar por direitos. Mas, como foi de uma forma desorganizada, os resultados práticos acabaram sendo limitados. Os protestos de junho mostraram que o povo precisa de organização para mudar a situação atual.
FONTE: Jornal do Comércio - Porto Alegre, 2 de janeiro de 2014.
*GilsonSampaio

Haddad não pode, mas Alckmin cria 17 novas taxas e aumenta outras em até 233%



A Bancada do Partido dos Trabalhadores declarou seu voto contrário ao PL 916/13, de iniciativa do governador, que dispõe sobre o tratamento tributário relativo às taxas no âmbito do Poder Executivo Estadual.

O projeto, enviado neste final de ano à Assembleia Legislativa e aprovado às pressas com apoio da base governista, cria 10 novos serviços na Secretaria de Segurança Pública que serão cobrados. Entre eles estão a licença para queima de fogos ou espetáculo pirotécnico e emissão de certificado de registro de carro de passeio blindado. Isso significará um aumento de 195% nas taxas da Segurança Pública no Orçamento de 2014.

No Detran também serão criados 17 novos serviços que incidirão taxas. Outros serviços já taxados do órgão terão aumento muito acima da inflação, como é o caso da estadia de automóveis no pátio de recolhimento com aumento previsto de 29,09% e o reboque com elevação de 30,82%. No caso de veículos pesados, o aumento das taxas chega a ser abusivo: para recolhimento aumento de 233,64% e reboque, 213,82%.

Os serviços de emplacamento têm taxas que podem chegar a 133% de elevação. Somente com as novas taxas de emplacamento que o governador Alckmin pretende criar, o Estado arrecadaria R$ 336 milhões a mais por ano.

O aumento das taxas no caso da estadia dos pátios de recolhimento está diretamente ligado a Parceria Pública Privada (PPP) do Pátio Veicular Integral, onde o governo do Estado dá como garantia ao concessionário a utilização dos recursos provenientes das taxas de estadia e de remoção.

Em seu voto contrário, a Bancada do PT enfatiza que a receita de taxas cresceu 29% de 2010 até 2013, alcançando o valor de R$ 4,3 bilhões.

Para o líder da Bancada do PT, deputado Luiz Claudio Marcolino, o governo paulista vem aumentando a carga tributária frente ao PIB paulista. Em 2005, a carga tributária representava 7,85% do PIB paulista e, em 2012, chegou a 8,3%. O PIB paulista alcança mais de R$ 1,3 trilhão e esta elevação representa em valores quase R$ 6 bilhões. Os investimentos estranhamente caem nos últimos anos, ficando abaixo de 1%. Boa parte desta elevação se deve à substituição tributária e a elevação das taxas fará com que a carga tributária paulista cresça ainda mais.

“Esta elevação de pelo menos R$ 354 milhões por ano penaliza o cidadão paulista e se mostra abusiva, visto que as taxas já são atualizadas anualmente pelo IPC da Fipe e tiveram crescimento expressivos, chegando em alguns casos a 133%. Deste modo, a Bancada do PT se coloca frontalmente contra o mérito do referido projeto", declarou Marcolino.


 Fonte: Alesp

sexta-feira, janeiro 03, 2014

grupos são extremamente preparados, controlados de fora do país como o "Anonymous", formado pela CIA, pelo Mossad e pelo M-16, os serviços secretos de Israel e da Inglaterra.

A história e o fascínio do "feiceismo" do "anonymous"


A história e o fascínio do
A história e o fascínio do "feiceismo" do "anonymous", o novo partido único da direita, dirigido de Londres. História breve do Brasil, - da Ditadura ao "Feicismo" - ,  dedicada aos jovens que estão nas ruas fazendo o país avançar, mas que não querem ser usados pela CIA para fazer o Brasil voltar atrás.
Rogerio Mattos Costa, de Madrid
História breve do Brasil, - da Ditadura ao "Feicismo" - ,  dedicada aos jovens que estão nas ruas fazendo o país avançar, mas que não querem ser usados pela CIA para fazer o Brasil voltar atrás.
1. Nos anos 50, eles se agrupavam num partido chamado UDN, que defendia sempre os interesses dos Estados Unidos no Brasil, a ponto de seu presidente, o tristemente célebre deputado Mangabeira, quando na presidência do Congresso Nacional ter beijado a mão do General americano Dwight Eisenhouwer candidato a presidente daquele país, como se pode ver nessa foto.
2. Sempre derrotados pelos trabalhistas, chefiados primeiro por Vargas e depois por Brizola e Juscelino em 1959 eles chegam à conclusão que precisariam deixar de parecer partido das elites e tinham que conseguir um candidato que parecesse ser do povo se quisessem ganhar as eleições presidenciais.
3. Em 1960, finalmente, eles tinham vencido uma eleição para presidente, tendo como candidato Jânio Quadros, um candidato que, nos comícios, comia na frente do microfone um grande sanduiche de mortadela para parecer popular e usava uma vassoura na mão como símbolo de que iria acabar com a corrupção.
4. Mas seu presidente, Jânio Quadros, renunciou seis meses depois de tomar posse. Eles e os militares queriam impedir que o vice tomasse posse, que na época era eleito em separado, João Goulart, também um trabalhista.
5. Em 1962 e 1963 eles tentaram por três vezes, sem sucesso, aplicar um novo golpe de estado. Seu chefe era Carlos Lacerda, jornalista financiado pela Agencia Central de Inteligência, a CIA, que teve um papel chave na deposição e morte de Getúlio Vargas em 1954.
1. Aproveitando-se da grande religiosidade do povo, eles criaram programas religiosos nas principais rádios do Brasil, nos quais pretensos "padres americanos", na verdade agentes da CIA infiltrados na igreja católica, chefiados por Patrick Peiton, diziam que a "Virgem Maria os havia enviado ao Brasil para salvar o país de vocês do comunismo."
2. Finalmente, aliados a alguns generais brasileiros e chefiados por Lacerda, então governador da Guanabara e pelo embaixador americano Lincoln Gordon, em 1º de Abril de 1964, eles derrubaram, com o total apoio dos seus veículos de comunicação, não apenas o presidente trabalhista, João Goulart, mas o regime democrático.
3. Entre outros "crimes", eles acusavam Goulart de defender a reforma agrária e principalmente por ter aumentado em 100% o salário mínimo, congelado por oito anos, o que era um sinal de que o presidente eleito "queria implantar o comunismo no Brasil".
4. Com seus rádios e TVs, num mesmo dia, eles convocaram uma "Marcha com Deus pela Democracia", que levou às ruas dezenas de milhares de pessoas, principalmente da classe média, para "pedir a intervenção dos militares". Tal como ocorre hoje em dia no Egito, no Brasil, na Turquia, através do "Facebook".
5. Para dar o golpe, eles e os generais revoltosos cometeram vários crimes. Entre eles o principal, de traição de sua pátria, conspirando contra seu próprio governo, dentro da embaixada americana no Rio de Janeiro, planejando o golpe com a ajuda de generais estadunidenses, chefiados por Vernon Walters, que era da CIA.
6. Para perpetrar o golpe, eles contaram com a ajuda do porta-aviões, dos navios e dos bombardeiros da Sétima Frota da Marinha dos Estados Unidos, deslocada do Caribe para dar apoio militar aos generais que traíram seus próprios camaradas de armas, como provam estas gravações entre o presidente estadunidense Lyndon Johnson e seus auxiliares.
7. Caso o golpe não tivesse sucesso, o comando da Sétima Frota recebeu, dos generais brasileiros aliados dos golpistas, as informações precisas sobre onde atacar as tropas que permanecessem leais ao presidente eleito.
8. Por meio de mapas e fotos aéreas, os golpistas apontaram aos militares americanos, onde estavam os quartéis dos nossos soldados, nossas baterias anti-aéreas e de artilharia de costa, cometendo assim um autêntico ato de traição à pátria.
9. Eles apontaram ainda como alvos principais que precisavam ser destruídos para minar a resistência do governo, a Refinaria Duque de Caxias da Petrobrás, a Usina Siderúrgica Nacional e a Fábrica Nacional de Motores, empresas estatais contra cuja criação, seu partido, a UDN, sempre havia se oposto "para não fazer concorrência com as empresas privadas", a grande maioria estrangeiras.
10. Após consolidado o golpe, eles e os generais que com apoio entusiástico de seus jornais haviam roubado o poder para "defender a Democracia com a Ajuda de Deus", traíram suas promessas e nunca mais realizaram eleições diretas para presidente, governador e prefeitos das capitais.
11. Eles fecharam o congresso, cassaram mandatos, prenderam prefeitos, vereadores, parlamentares adversários. A alguns como o deputado comunista Gregório Bezerra amarraram na traseira de um Jeep do exército e arrastaram meio morto, algemado, pelas ruas de Recife.
12. Eles implantaram o regime de exceção, que governava por decretos e não por leis, que seus jornais, rádios e TVs aplaudiram e louvaram por 21 anos.
13. A ditadura que eles apoiaram proibiu a existência de partidos políticos, estabeleceu a censura a livros, revistas, músicas, poesias, rádios e jornais que deveria aprovar antes, qualquer coisa antes de ser publicada. Centenas de jornalistas foram presos, torturados, mortos ou processados naquela época.
14.   A ditadura que eles apoiaram, fechou milhares de sindicatos em todo o Brasil, cassou mandatos de senadores e deputados adversários, prendeu sem ordem judicial, sequestrou, torturou e matou seus opositores e qualquer pessoa que continuasse defendendo a democracia.
15.   Em 1968, devido a manifestações estudantis muito menores do que as atuais, que eles classificavam de "perigoso atentado terrorista", eles aplaudiram o fechamento do congresso e a cassação do deputado federal Márcio Alves.
16. Eles interviram no Supremo Tribunal Federal, colocando lá, advogados ambiciosos que prestavam serviços às suas empresas, que agradecidos pela fama e pelos salários, não se importaram nada com as violências contra as instituições democráticas e os direitos individuais.
17. Eles sempre quiseram interferir na memória da juventude, sempre jogaram muito na alienação dos estudantes, na sua cooptação para que se esquecessem do que haviam presenciado . E principalmente no repúdio e no esquecimento dos jovens quanto à nossa música, à nossa cultura.
18. E aqui começa algo que iria se repetir ao longo de mais de quarenta anos: a sucessiva troca de nome dos partidos usados por eles.
19. A coisa funcionava assim: na medida em que o povo, nas eleições, os derrotava seus partidos, pois identificava a sua sigla com os que atuaram sempre contra os trabalhadores e a favor dos interesses de empresas e do governo dos Estados Unidos, eles mudavam o nome dos seus partidos.
20.   UDN, ARENA, PDS, PFL, DEM, PSDB...Imagino que você já ouviu falar nesses nomes de partidos, é claro. Mas é sempre bom conhecer mais um pouco.
21. Uma vez que a UDN, seu primeiro partido, já tinha ficado conhecida pelo povo como partido que atentou contra a democracia e como partido dos golpistas, aliados das empresas americanas, eles trocaram seu nome e a velha UDN passou a chamar-se ARENA, ou "Aliança Renovadora Nacional".
22. Através de suas estações de televisão, eles promoveram uma verdadeira lavagem cerebral em massa, ganhando de uma só vez, centenas de concessões de rádio e TV, em todo o país, formando uma rede de veículos de comunicação.
23. Nos 21 anos que se seguiram, eles ganharam fortunas imensas, medidas em bilhões de dólares como pagamento da publicidade oficial que faziam dos governos da ditadura, sem qualquer tipo de licitação.
24. Através do emprego de equipamentos de televisão de ultima geração e do vídeo tape e com recursos quase ilimitados, eles passaram a produzir programas e telenovelas de qualidade muito elevada para a época, que passaram a hipnotizar a classe média.
25. Nas eleições eles sempre apoiaram descaradamente a ARENA, que era a antiga UDN. Faziam isso como hoje em dia, sem nenhuma preocupação em manter um mínimo de imparcialidade. Eles simplesmente ignoravam a existência do único partido de oposição que era permitido, que era o MDB.
26. Nas eleições para vereadores e deputados, as únicas permitidas, os candidatos ou qualquer um que criticasse o governo era simplesmente preso, torturados e vários simplesmente desapareceram. Muitos foram mortos sob tortura e seus corpos jogados do alto de aviões, sobre o mar.
27. Assim mesmo, a partir de 1974, a máscara começou a cair e a ARENA começou a ser reconhecida como o partido da ditadura e então para tentar enganar os eleitores eles mudaram seu nome, que já tinha sido UDN, agora para PDS ou "Partido Democrático Social".
28. Em 1978, quando através de greves e manifestações os trabalhadores protestaram contra o arrocho salarial, eles ficaram contra os trabalhadores e a favor da repressão aos operários. Suas emissoras de TV mostravam Lula e os trabalhadores em greve como terroristas, bandidos e arruaceiros e aplaudiram sua prisão e o fechamento dos sindicatos paulistas.
29. Em 1979, quando Lula propôs a criação de um partido da classe trabalhadora, eles com seus veículos de informação fizeram de tudo para impedir, ridicularizando a iniciativa e dizendo que nunca isso seria possível, já que seus membros seriam ignorantes, incultos e semi-analfabetos.
30. Quando em 1986, a população saiu às ruas em todo o país para exigir a realização de eleições diretas para presidente e governadores, eles simplesmente não transmitiam nenhuma imagem, nem noticiavam nenhuma manifestação.
31. Sabendo que não iriam poder manter aquela situação por mais tempo, e vendo que haveriam eleições diretas eles trocaram novamente o nome do seu partido, que de PDS, passou a chamar-se PFL - "Partido da Frente Liberal".
32. Para auxiliar o PFL, que já nasceu muito "manjado" como partido da ditadura, eles criaram outro partido, chamado PSDB, chefiado por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que também era financiado pela Agencia Central de Inteligência, como contou a escritora Francis Stonor Sauders em seus livro "Quem pagou a conta?"
33. Em 1989, eles criaram a figura de Fernando Collor como o Caçador de Marajás, apoiando sua campanha de forma descarada, pois ele mesmo era um membro de sua rede de TVs.
34. Quando Lula enfrentou Collor nas eleições em 1989 e chegou ao segundo turno, eles editaram o debate na TV, retirando partes onde Collor foi mal e retirando os momentos onde Lula foi bem.
35. Nas quatro eleições presidenciais em que Lula concorreu, eles ficaram abertamente a favor de Color, FHC e Serra. Na ultima eleição, eles ficaram contra Dilma, com todas as suas televisões apoiando Alkmin e foram mais uma vez derrotados.
36. O PFL, seu partido, ficou tão desmoralizado que só ganhou as eleições para governador em um único Estado. E de nada adiantou, mais uma vez, eles terem mudado seu nome para Democratas, ou DEM, pois o povo, com a ajuda da internet, começou a seguir seus passos nessa floresta de siglas e nomes de partidos que eles criaram para confundir o povo.
37. Mas eles nunca desistem. Derrotados nas urnas a cada dois anos desde 2002, com seus lideres e seus partidos totalmente desacreditados, eles tentam novamente, sempre contando com apoio decidido da Agencia Central de Inteligência e do Governo dos Estados Unidos.
38. O governo americano e suas empresas monopolistas não admitem que o Brasil tenha crescido do 10º para o 6º lugar entre as maiores economias do mundo, nem que sejamos os maiores produtores de vários produtos industriais e agrícolas do mundo. E nem que tenhamos um governo que não obedeça a tudo que eles mandam.
39 Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que um metalúrgico e uma ex-guerrilheira tenham colocado 1,5 milhão de jovens pobres nas universidades e construído 240 escolas técnicas federais, criando 18 milhões de empregos em dez anos.
40. Eles e seus patrões americanos não suportam a ideia de que apenas esses dois presidentes tenham tirado 28 milhões de pessoas da miséria absoluta com o Bolsa Familia e 31 milhões tenham passado da pobreza para a classe média.
41. Mas os tempos são outros. Agora, na era da informática e da internet, em todo o mundo, basta ver os telejornais para perceber que eles não usam apenas tanques de guerra, soldados, nem só jornais, rádios e TVs para derrubar governos.
42. Manejando programas de internet como "Facebook" desenvolvidos por encomenda do próprio governo dos Estados Unidos, eles tentam agora, derrubar a Presidenta Dilma.
43. Em vez de usar tanques de guerra e a sétima frota da Marinha Americana, eles agora tentam um golpe de tipo novo, com ajuda de programas que também são encontrados em versões comerciais, que simulam serem autênticos, mas que enviam de um único computador milhares de mensagens por minuto.
44. Percebendo que iriam perder as próximas eleições em 2014 eles pretendem tornar realidade mais uma vez, seu velho sonho: como seus partidos estão desmoralizados, querem acabar com os outros partidos políticos e implantar a sua ditadura mais uma vez.
45. E novamente, dar um golpe de estado, novamente com a ajuda da CIA, que criou o Facebook e os sistemas usados como ferramenta de controle e de mobilização de milhares de pessoas "adicionadas", que recebem mensagens de "seus amigos", sem saber que podem não ser verdadeiras, como denunciaram Julien Assenge e Edward Snowden.
46. No "Facebook" pessoas identificadas com eles dizem que querem acabar com os partidos políticos.
47. E que querem criar uma "Democracia Direta", que funcionaria pela internet, através do "Facebook". Eles querem que Dilma renuncie, que os partidos sejam fechados.
48. Em vez de eleições diretas, votação pela internet. Em vez de Congresso Nacional, votação pela internet.  Mas qual a garantia de segurança e autenticidade da votação?
49. Isso "eles" não explicam.
50. O único partido admitido seria o "Partido do Facebook", como se em qualquer lugar não se pudesse comprar e baixar programas que votam dezenas de vezes em qualquer "pesquisa", que enviam milhares de mensagens automáticas em nome de milhares de pessoas diferentes.
51. Eles querem que acreditemos que quem não defende o "Feicismo" é antiquado, "careta" e atrasado. Eles querem incentivar inúmeros conflitos no seio do povo, jogando jovens contra "velhos". Querem jogar evangélicos contra gays. Querem jogar os que são a favor do aborto contra os que são contra o aborto. Eles querem dividir o povo e desviar a atenção das verdadeiras questões.
52. Por exemplo, na questão do transporte coletivo, eles e seus meios de comunicação nem tocaram na questão do excessivo e abusivo lucro e sinais exteriores de riqueza das empresas que dominam, por meio de cartéis fechados, o negócio em cada capital do país.
53. Eles estimulam através do "Feice" e da televisão, cenas de violência, de preconceito, de intolerância. Enquanto isso tentam manipular e orientar as manifestações de rua através do "Anonymous", uma empresa privada, com sede em Londres, criada pela CIA para contratar jovens de classe média entusiasmados com computadores e jovens desempregados do terceiro mundo.
54. É preciso reagir a essa tentativa da inteligência militar norte-americana, inglesa e israelense de manipular os movimentos de rua, divulgando informações verdadeiras.
55.   Eles devotam um ódio irracional contra Lula por não poderem admitir que um operário tenha em oito anos, criado mais de 15 milhões de empregos, tirado 28 milhões de pessoas da faixa da miséria e passado 31 milhões de pessoas da pobreza para a classe média.
56. Eles estimulam o preconceito racial, o ódio religioso, o preconceito contra nordestinos e todo tipo de pensamento que seja mesquinho, egoísta, conservador e reacionário.
57. Eles pre elogiam e admiram nos americanos.
58. Eles estão agora no Brasil, atacando o Brasil através de agentes brasileiros contra as nossas conquistas, contra a democracia, contra qualquer coisa que seja brasileira, são contra qualquer política social compensatória como o Bolsa Família, que mantem as crianças nas escolas e vacinadas, propiciando mais dignidade a milhões de famílias, principalmente aquelas dirigidas por mulheres.
59. Eles são contra as cotas sociais e raciais nas universidades, que já permitiram que mais de um milhão e meio de jovens pobres e descendentes de vítimas da escravidão, tivessem condição de formar-se médicos, engenheiros, advogados, etc.
60. Aproveitando a lavagem cerebral promovida pela TV durante esses 50 últimos anos, bem como a falta de qualquer preocupação do governo e do PT em dar educação política ao povo, em ter qualquer meio de comunicação que não esteja sob o controle do capital americano, inglês ou israelense, eles querem culpar Lula, Dilma e o PT pelo enorme atraso do Brasil. Que por ironia, são exatamente aqueles que mais fizeram pela diminuição dessas desigualdades.
61. Trabalhando para eles, comandados por eles, vicejam dentro do "face" inúmeros agrupamentos que usam o "charme da clandestinidade" para atrair os incautos e os mais distanciados da realidade. Será que alguém ainda acredita que um grupo de valentes cidadãos anônimos teria tanto dinheiro e recursos para produzir centenas de vídeos contra o governo brasileiro como o tal "Anonimous"?
62. Alguns grupos são extremamente preparados, controlados de fora do país como o "Anonymous", formado pela CIA, pelo Mossad e pelo M-16, os serviços secretos de Israel e da Inglaterra.
63.   Usando jovens mascarados, são eles que tentam conduzir e direcionar as manifestações e com a ajuda da TV e de vídeos postados no Youtube, impor a elas suas palavras de ordem e as suas pautas, bem como sugerir seus trajetos, estimular os atos de violência.
64. Será que a essa altura, você já sabe quem são "eles"?
Parabéns!
Se souber, você já passou para o outro nível de nosso Curso Breve de História.
Agora é só aguardar.
*GilsonSampaio   

O novo prefeito de Nova York e sua opção pelos pobres

 
Por : Paulo Nogueira

Diz o NY Times: “Ele deu voz aos nova-iorquinos esquecidos – os 46% que vivem na pobreza ou perto dela, os 50 000 sem teto, os milhões que estão fora das áreas de segurança econômica e afluência aristocrática.”

O Times estava se referindo a Bill de Blasio, 52 anos, democrata que se elegeu espetacularmente prefeito de Nova York. Surgido do nada dentro do mundo político americano, Blasio venceu as eleições com 40 pontos de diferença sobre o candidato republicano. Não foi uma vitória, foi um esmagamento.
Blasio se elegeu com a seguinte plataforma: combater a desigualdade social, combater a desigualdade social e ainda combater a desigualdade social.
Para isso, em sua plataforma estavam coisas como o aumento dos impostos para os ricos.
Pausa para uma reflexão: você vê algum candidato à presidência no Brasil falando em aumentar imposto dos ricos?
Bem, Blasio foi duramente atacado pela plutocracia novaiorquina. Vasculharam seu passado e brandiram contra ele um passado ativista no qual ele se colocou a favor dos sandinistas na Nicarágua. Até sua lua de mel em Cuba foi usada contra Blasio.
Mas os novaiorquinos não ouviram a elite financeira. E abarrotaram Blasio de votos numa vitória que, para muitos, simboliza o retorno aos Estados Unidos de uma coisa chamada ‘esquerda’. Blasio se declara um “socialista democrático”.
Blasio é uma figuraça. Ele é casado com uma mulher negra que, antes do casamento, só tivera relacionamentos lésbicos. Os dois têm dois filhos adolescentes, um menino e uma menina.
O garoto tem um cabelo afro que acabou virando destaque na mídia americana. Um vídeo em que o menino fala do pai viralizou nos Estados Unidos.
Blasio, de origem italiana, teve uma infância conturbada. O pai perdeu uma perna numa guerra e mesmo assim, ao voltar, foi perseguido pelo Estado, sob a acusação de ser comunista.
O homem se perdeu: passou a beber, se divorciou e se afastou da família. Acabou por se matar com um tiro de rifle no peito. “Com ele aprendi o que não fazer”, diz Blasio. Ele tirou o sobrenome paterno em sua vida profissional e ficou com o da mãe.
Blasio conta que teve conversas interessantes com empresários que o viam com desconfiança. A um deles, cujo avô era um homem sem nada, ele lembrou que em outros tempos gente pobre tinha oportunidade de ascender. “O empresário, ao lembrar do avô, entendeu o meu ponto”, diz Blasio.
Obama, que apoiou Blasio, foi uma enorme decepção para os pobres americanos.
Blasio parece ser diferente. Tem mais conteúdo e foi eleito para mitigar a desigualdade social. Ele falou muito na parábola de Dickens de “duas cidades” dentro de uma só, uma riquíssima e outra miserável. (É uma imagem absolutamente adequada ao Brasil.)
Num gesto notável, estendeu a mão para a comunidade islâmica de Nova York, alvo de espionagem constante depois do Onze de Setembro. Disse que a perseguição e o preconceito vão acabar em sua gestão.
Os novaiorquinos deram uma chance à sorte ao escolhê-lo maciçamente e preterir o candidato republicano sob o qual as “duas cidades” permaneceriam e, com elas, a pobreza abandonada de milhões de pessoas.
Parabéns, mais que a Blasio, aos novaiorquinos.

 O Fim do Mundo Está Próximo, A ICAR (Igreja Católica) Quer Pagar as Próprias Contas!!!!

PAPA DOA R$ 11,7 MI PARA REDUZIR PREJUÍZO DA JMJ


    A luta da mídia corrupta contra o governo do PT ...




A luta da mídia corrupta contra o governo do PT com o passar do tempo se tornou a luta contra o povo brasileiro. Para a retomada do poder os donos da imprensa brasileira tentam envergonhar e destruir o país diuturnamente. É impossível achar uma única notícia a favor da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, a favor de todas as obras, estádios, melhoria da mobilidade urbana e, principalmente, a melhoria da nossa condição de vida, todos os dias somos bombardeados pela negatividade e pela corrupção dos jornais, revistas, Tv ou rádios que trazem o desânimo e a derrota para os nossos lares, tudo em nome da democracia, da liberdade de expressão e do direito à crítica. A imprensa apoia declaradamente a oposição o que é um direito seu, mas para isso comete crimes quando sonega informações apenas porque irão trazer a verdade sobre as inúmeras falcatruas do PSDB. Em uma eventual vitória o PSDB seria apenas um teleguiado da ‘elite’ para que tudo mude sem mudar nada e o seu domínio secular e escravocrata nos atinja ad eternum.

*APOSENTADO INVOCADO

    PGR PEDE A QUEBRA DOS SIGILOS DE ZEZÉ PERRELLA


 As derrotas da mídia na América Latina

Em 2013, a América Latina se manteve na vanguarda da luta pela regulação da mídia. A região conhece bem os estragos causados por uma mídia concentrada e manipuladora. Os golpes e ditaduras que infelicitaram o continente foram bancados pelos veículos de impressa. O neoliberalismo que dizimou a região também foi apoiado por este setor. Já os governos progressistas nascidos da luta contra as chagas neoliberais tiveram como principal opositor o “Partido da Imprensa Golpista (PIG)”. Nada mais natural, portanto, que a regulação se tornasse uma exigência democrática.

Ley de Medios da Argentina

A derrota mais sentida pelos barões da mídia no ano passado se deu na Argentina. Em outubro, finalmente a Suprema Corte do país declarou a constitucionalidade de quatro artigos da “Ley de Medios” que eram contestados pelo Grupo Clarín, principal império midiático da nação vizinha. Esta decisão histórica permitiu que o governo de Cristina Kirchner prosseguisse com a aplicação integral da nova legislação, considerada uma das mais avançadas do mundo no processo de desconcentração e democratização dos meios de comunicação.

Pelas regras agora em vigor, os grupos monopolistas tem um prazo definido para vender parte de seus ativos com o objetivo expresso de “evitar a concentração da mídia”. O Grupo Clarín, maior holding multimídia do país, terá de ceder, transferir ou vender de 150 a 200 outorgas de rádio e televisão, além dos edifícios e equipamentos onde estão as suas emissoras. A batalha pela constitucionalidade dos quatro artigos durou quatro anos e agitou a sociedade argentina. O Clarín – que fez fortuna durante a ditadura militar – agora não tem mais como apelar.

Aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional e sancionada por Cristina Kirchner em outubro de 2009, a nova lei substitui o decreto-lei da ditadura militar. Seu processo de elaboração envolveu vários setores da sociedade – academia, sindicatos, movimentos sociais e empresários. Após a primeira versão, ela recebeu mais de duzentas emendas parlamentares. No processo de debate que agitou a Argentina, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a sua aprovação. A passeata final em Buenos Aires contou com mais de 50 mil participantes.

Mesmo assim, os barões da mídia tentaram sabotá-la, apostando suas fichas na Suprema Corte da Argentina. Isto explica porque a sentença de outubro abalou tanto os impérios midiáticos da região, reunidos na Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Num discurso terrorista, eles afirmaram que a nova lei é autoritária. Mas até o Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, reconheceu que a Ley de Medios da Argentina – com seus 166 artigos – é uma das mais avançadas do planeta e visa garantir exatamente a verdadeira liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade dos monopólios midiáticos.

Equador e Uruguai dão exemplo


A Argentina não foi a única a avançar neste debate estratégico na região. Outros dois países deram passos significativos neste sentido em 2013. Em junho, o parlamento do Equador aprovou o projeto do governo de Rafael Correa que cria um órgão de regulação da mídia com poderes para sancionar econômica e administrativamente os veículos da imprensa e que definirá os critérios para as futuras concessões de rádio e televisão no país. O projeto tramitou por quatro anos na Assembleia Nacional e foi aprovado por folgada maioria – 108 a favor e 26 contra.

Além de criar a Superintendência de Informação e Comunicação, que terá o papel de “vigilância, auditoria, intervenção e controle”, a lei reserva 33% das futuras frequências de rádio e TV para a mídia estatal, 33% para emissoras privadas e 34% para os grupos indígenas e comunitários. Ela também garante amplo direito de resposta, contrapondo-se ao chamado “linchamento midiático”. Caso julgue que pessoa física ou jurídica foi “caluniada e desacreditada” pela mídia, a Superintendência pode obrigar o veículo responsável a divulgar um ou mais pedidos de desculpas.

Para o deputado Mauro Andino, relator do projeto, a nova lei com seus 119 artigos representa significativo avanço na democracia no Equador e na garantia da verdadeira liberdade de expressão. “Como cidadãos, queremos a liberdade de expressão com os limites dados pela Constituição e pelos instrumentos internacionais, além de uma liberdade de informação com responsabilidade... Propusemos uma lei que se constrói a partir de um enfoque de direitos para todos, não para um grupo de privilegiados”. Vale lembrar que a mídia equatoriana é controlada por banqueiros!

Para irritar ainda mais os barões da mídia do continente, em dezembro último a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a Lei dos Serviços de Comunicação Audiovisual, proposta pelo governo de José Pepe Mujica. Com 183 artigos, a nova “Ley de Meios” encara os meios de comunicação como um direito humano e define que “é dever do Estado assegurar o acesso universal aos mesmos, contribuindo desta forma com liberdade de informação, inclusão social, não-discriminação, promoção da diversidade cultural, educação e entretenimento”.

Em seu enunciado, a nova lei enfatiza que os monopólios dos meios de comunicação “conspiram contra a democracia ao restringir a pluralidade e a diversidade que asseguram o pleno exercício do direito à informação”. Visando corrigir esta distorção, o texto propõe “plena transparência no processo de concessão de autorizações e licenças para exerce a titularidade” nas emissoras de rádio e televisão. Ela também prevê a criação de um Conselho de Comunicação Audiovisual, com o intento de “implementar, monitorar e fiscalizar o cumprimento das políticas”.

A nova lei uruguaia ainda estabelece cotas mínimas de produção audiovisual nacional, institui o horário eleitoral gratuito nos canais e determina que as empresas telefônicas não poderão explorar concessões de rádio ou tevê. Ela também contempla a proteção à criança e ao adolescente, já que regula a veiculação de imagens com “violência excessiva”. Das 6h às 22h, esse tipo de conteúdo é proibido, com a exceção para “programas informativos, quando se tratar de situação de notório interesse público” e somente com aviso prévio explícito sobre a exposição dos menores.

A reação da máfia midiática da SIP

As recentes mudanças legais na Argentina, Equador e Uruguai se somam as que já estavam em vigor na Venezuela – o primeiro país da região a encarar este tema estratégico –, Bolívia e Nicarágua. Não é para menos que o rebelde continente latino-americano é hoje o maior entrave ao poder dos monopólios da mídia. Em outubro passado, durante a 69ª Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), os poderosos empresários do setor confessaram que estão perdendo a batalha de ideias na América Latina e decidiram reforçar sua postura oposicionista.

Na maior caradura, o presidente da SIP, Jaime Mantilla, disse que "os governos latino-americanos têm se dedicado a semear o ódio e o medo" contra os meios de comunicação. O objetivo da entidade, sediada em Miami, com famosos vínculos com a CIA e que sempre apoiou os golpes e as ditaduras, é evitar que as novas legislações sejam aplicadas em sua plenitude e que contagiem outros países da região. O Brasil inclusive foi citado como preocupação maior dos mafiosos da mídia do continente. Se depender da presidente Dilma Rousseff, porém, eles podem dormir tranquilamente.

* No próximo e último artigo da série, uma análise sobre o debate acerca da mídia no Brasil.

Altamiro Borges
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