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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, maio 25, 2014
COM LULA, DILMA PERDE POUCO NA TV SEM PMDB
Com os peemedebistas no palanque, a campanha da presidente Dilma
Rousseff pela reeleição teria 12 minutos de programa em cada bloco de 25
minutos de propaganda; sem a sigla, esse tempo só cairia para 11
minutos e 8 segundos, pois outros aliados já garantem mais exposição a
Dilma do que na campanha de 2010; sob a articulação do ex-presidente
Lula, nas últimas semanas o PT conseguiu fidelizar uma ampla coalização
de dez partidos, a maior desde sua primeira candidatura em 1989
247 –
Sob ameaça de dissidência do PMDB, maior partido da base aliada, o
tempo de exposição da campanha da presidente Dilma Rousseff na TV
sofreria, na realidade, pouco impacto sem o partido em seu palanque.
Em reunião da Executiva Nacional da legenda, no dia 14 de maio, um dos
líderes do partido, o deputado Eduardo Picciani (PMDB-RJ) colocou em
evidência o tempo de propaganda na TV como um dos principais trunfos da
sigla para pressionar o governo Dilma.
Na realidade, com o PMDB, Dilma teria 12 minutos de programa em cada
bloco de 25 minutos de propaganda. Sem os peemedebistas, esse tempo só
cairia para 11 minutos e 8 segundos, já que outros aliados garantem mais
exposição a Dilma do que na campanha de 2010.
Com o impulso da articulação do ex-presidente Lula, nas últimas semanas o
PT conseguiu fidelizar uma ampla coalização de dez partidos, a maior
desde sua primeira candidatura em 1989. Uma das conquistas foi o PTB e o
PP.
*AmoralNato
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