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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 11, 2014

 Luciano Huck, o retrato do consórcio Globo-CBF


aecio-neves-e-luciano-huck-comemoram-juntos
por Adilson Filho, especial para o Viomundo
Eu gostaria de falar só uma coisa aqui e essa é exclusiva pra quem já chutou, pelo menos, ‘uma laranja de fim de feira’ num golzinho de rua. Sete a um foi um placar mentiroso, isso mesmo, fictício, um sete um, pra inglês ver.
O jogo de ontem, se fosse levado ao “pé da chuteira” pelos alemães – que foram sim piedosos conosco – , teria um placar de 10, 11 a 0 (pelo menos).
Dos 35 min do primeiro tempo pra cima, o que aconteceu não foi um jogo de futebol de Copa do Mundo, mas uma concessão de um time de marmanjos a outro time ‘café com leite’ que até um 1 golzinho foi dado de lambuja.
HUMILHAÇÃO ABSOLUTA DO MAIS ALTO NÍVEL jamais vista!
Esse é um ponto, alguns outros:
1. Eu tenho análises sobre o trabalho de Felipão, desde 2001, quando assumiu e fez a pior preparação da história da seleção, inclusive de 2002, quando, numa Copa fácil pra gente, fez de tudo, mas de tudo, para que perdêssemos.
2. O vexame incomensurável do futebol brasileiro numa Copa do Mundo não se deu ontem, não. Para refrescar a nossa memória, isso aconteceu no baile do Zidane em 2006, naquele trem da alegria fajuto de Ronaldinho Gaúcho & cia, cheio de gente obesa, arrogante, de brinquinho, bandana, comandadas pelo maior engodo do futebol nacional: Carlos Alberto Parreira.
3. Em 2006, Dunga, um homem honrado, líder, capitão do tetracampeonato, um atleta nato, sério e honesto, chegou para dar uma cara ao que havia sobrado do nosso futebol…
Reuniu o que pode de uma geração acabada melancolicamente na birita, na lasanha e no sebo da vaidade , deu um padrão a equipe (goste-se ou não os saudosistas) e ganhou TUDO o que viu pela frente, espancando as grandes seleções como Portugal (6 a 2), Inglaterra, Itália duas vezes, Argentina toda hora e de goleada, Uruguai lá dentro depois de 30 anos.
Ainda ganhou ainda Copa América de forma inquestionável, Confederações idem, teve a melhor campanha do Brasil em eliminatórias com duas rodadas de antecedência (!) e que perdeu, sim (pois perder é do futebol), por um gol, num jogo para a seleção holandesa onde ainda abrimos o placar.  Seleção essa que hoje tá aí mostrando sua força e que venderia o título mundial pra Espanha caríssimo e no ‘último minuto’ da prorrogação…
4. Pois Dunga, por ter cometido o ‘pecado’ de barrar os privilégios daquela emissora do Jardim Botânico, foi tratado como um pária da nação, um lixo humano, tendo sua cabeça inclusive enterrada numa lixeira da Comlurb, ironicamente, na capa de um jornal imundo.
5. Pois bem, no dia seguinte à sua retirada a CBF vai ao “Bem amigos” (Ricardo Teixeira, que ainda podia circular livre por aí, na época), de corpo presente, e devolve a seleção brasileira para Rede Globo de Televisão.
Abreviando muito, o resultado está aí. Volta Parreira (aquele do vexame de 2006).  Volta Felipão, essa mesma mentalidade atrasada e bronca, mas alinhada ao consórcio Globo-CBF, onde Luciano Huck tem mais acesso com seu helicóptero aos jogadores da seleção do que jornalistas esportivos de outras emissoras e isso é inaceitabilíssimo!
6. Não custa lembrar que foi o menino dourado da Vênus Platinada — o organizador efusivo da campanha de Aécio Neves no Rio de Janeiro — que, durante a Copa do Mundo, incentivou as mulheres brasileiras a “se darem bem” e arranjarem seu gringo por aí.
Pois são essas e outras pessoas de mesmo naipe que obtiveram novamente os privilégios outrora negado quando Dunga era treinador.
7. Hoje, no meio a disso tudo que tá aí que já nem sei mais o nome, eu honro e louvo aqui o nome desses dois atletas dignos demonizados pela nação. Barbosa, nosso goleiro de 50, um sujeito simples que morreu quase literalmente de desgosto e injustiçado , e Dunga que nos deu um título mundial, que na Copa seguinte, em 98, foi lá e bateu de novo aquele pênalti, e que fez um trabalho digno e bem avaliado (por quem entende pelo menos) como treinador.
Ao mesmo tempo, eu mando, sim, para o quinto dos infernos toda essa corja sem vergonha, arrogante e perversa de cartolas corruptos, jornalistas indecentes e treinadores medíocres/prepotentes, que destruíram de forma muito competente, ao longo dos anos o futebol brasileiro, até chegar ao dia mais escroto (não tenho outra palavra) da história desse esporte que dificilmente será superado por outra seleção.
Vocês conseguiram esse feito inédito, mas pela linha torta que vocês escreveram o nome do nosso futebol na história, no dia de ontem, dois homens tiveram a sua honra lavada — um ainda está vivo, e volta a ter o seu lugar na galeria dos grandes, o outro já morreu, mas pode descansar a paz dos justos, que pra vocês, poderosos senhores da vaidade, nunca importou nada mesmo.
*viomundo

Processo que mostra sonegação da Globo vaza, na íntegra, para internet


Por Redação - do Rio de Janeiro

Fotos do processo que teria desaparecido na Receita Federal vazaram para blogs e sites da internet
Fotos do processo que teria desaparecido na Receita Federal vazaram para blogs e sites da internet
A íntegra do processo, o qual a Receita Federal alega ter desaparecido de seus arquivos, que contém detalhes sobre as possíveis sonegação e fraude contra o sistema financeiro nacional, promovidas pelas Organizações Globo, será divulgado, na íntegra, no próximo domingo, na página Mostra o Darf Rede Globo, mantida no Facebook. Segundo Alexandre Costa Teixeira, editor do blog Megacidadania, em entrevista ao Correio do Brasil, “foram feitas várias cópias de segurança, a partir do original, distribuídas aos principais blogs brasileiros”.
– Trata-se da prova que faltava para mostrar a imensa sonegação promovida pela Globo – afirmou ao CdB.
Ação bilionária
No ano passado, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) do Ministério da Fazenda publicou a decisão final da ação bilionária que a Rede Globo perdeu na Receita Federal. O processo, já em fase de execução, cobra da emissora impostos por operações feitas entre 2005 e 2008, que resultaram em um recolhimento menor de impostos. A autuação original, feita em 2009, era de cerca de R$ 700 milhões, mas com a correção monetária ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão. O processo tramitava há quatro anos e já não cabem mais recursos.
O fato chegou a público em Julho do ano passado, em reportagem do site Consultor Jurídico, assinada pelo jornalista Alessandro Cristo, que pode ser lida adiante:
“As Organizações Globo perderam recurso administrativo contra uma cobrança de R$ 713 milhões do Fisco federal. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda, que julga contestações a punições fiscais, rejeitou argumentos contra autuação da Receita Federal sobre aproveitamento de ágio formado em mudanças societárias entre as empresas do grupo.
“Em uma delas, a Globo Comunicação e Participações S.A. (Globopar) foi condenada por amortização indevida no cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A amortização dos tributos usou o chamado ágio, valor embutido no preço de uma companhia vendida equivalente à estimativa de sua rentabilidade futura. De acordo com a lei, a empresa que compra outra tem direito de abater da base de cálculo de seus tributos o valor que desembolsou a título de ágio. Mas a Receita Federal alega que o valor da Globopar é artificial. A empresa espera análise de Embargos interpostos e ainda pode recorrer à última instância do Carf.
“O desfecho do julgamento é esperado pela advocacia tributária por ser uma das primeiras vezes que o Carf se debruça sobre a existência de efeito fiscal do conceito contábil de patrimônio líquido negativo — origem da maior parte do ágio em discussão no processo da Globo. A autuação se refere aos anos de 2005 a 2008, nos quais a empresa usou o ágio para pagar menos tributos. A Receita Federal lavrou o auto de infração em dezembro de 2009, no valor de R$ 713.164.070,48.
“Foram os advogados Carlos Alberto Alvahydo de Ulhôa Canto e Christian Clarke de Ulhôa Canto, sócios do escritório Ulhôa Canto, Rezende e Guerra Advogados, os responsáveis por defender a transação. Na impugnação, eles destacaram o uso do patrimônio líquido negativo — chamado de ‘passivo a descoberto’ — na construção do ágio que gerou as deduções. Ou seja, a empresa compradora ‘adquiriu’ o prejuízo da comprada, assumindo sua dívida, e contabilizou essa aquisição como investimento. ‘Não há norma, de natureza fiscal ou contábil, que determine o expurgo do valor negativo do PL da investida na quantificação do ágio’, diz o recurso dos advogados.
Leia, a seguir, o texto publicado no blog Megacidadania:
O​ Núcleo Barão de Itararé RJ acaba de confirmar que a íntegra do processo “sumido” de dentro da Receita Federal será divulgado a partir deste domingo 13/07.
Apareceu a íntegra original do processo da Receita Federal que estava sumido. Com aproximadamente duas mil páginas ele contém documentos comprovando o envolvimento da própria família Marinho na fraude contra o sistema financeiro além da já conhecida sonegação bilionária.
O Núcleo Barão de Itararé RJ irá nesta sexta-feira, dia 11/07, ao Centro Aberto de Mídia do RJ distribuir informativo à imprensa internacional informando a existência deste explosivo material.
É importante destacar que no recente encontro nacional de blogueiros realizado em SP, mais de 500 participantes aprovaram a campanha MOSTRA O DARF REDE GLOBO
Já foram feitas diversas cópias do material que está sendo distribuído aos principais blogs brasileiros para divulgação ao distinto público a partir do fim da Copa.
No momento em que o tema corrupção é tratado como aspecto central para a eleição de outubro, fica evidente que a divulgação desta monumental documentação, com toda certeza, poderá ser um balizador para se entender como funciona e se sustenta o império Rede Globo e suas relações com a FIFA e o submundo do crime internacional.
FACEBOOK: https://www.facebook.com/pages/Mostra-o-Darf-Rede-Globo/250421645160657?fref=ts
BLOG: http://mostraodarfglobo.wordpress.com/
TWITTER: @Mostraodarf darf globo
Confirme seu interesse em auxiliar na ampla divulgação pelo e-mail mostraodarfglobo@gmail.com
Os blogs O Cafezinho, Megacidadania, Correio do Brasil e Tijolaço, que integram o Núcleo Barão de Itararé RJ, participam do esforço cívico de levar ao conhecimento do distinto público mais esta importante informação que é sonegada pela velha mídia empresarial.
ALEXANDRE Cesar Costa TEIXEIRA
http://www.megacidadania.com.br/
ATRIZ FERNANDA TORRES, DETONA QUEM QUER TIRAR PROVEITO POLÍTICO DA DERROTA DO BRASIL.

"A sociedade funcionou. Os aviões saíram na hora, não houve derramamento de sangue, arrastões ou grandes rebeliões. Fomos hospitaleiros e enérgicos na investigação da venda ilegal de ingressos. Exemplares.

O horror que todos achavam que aconteceria fora de campo se deu sobre o gramado, com a torcida canarinho de pé, aplaudindo o futebol do oponente."

Artigo na Folha de São Paulo :
http://dyga.me/zP




quinta-feira, julho 10, 2014

Emir Sader: É preciso abrir a caixa preta da CBF, clubes e federações


Marin e Ricardo Teixeira
Marin e Teixeira, atual e ex-presidente da CBF
Sobre como sacudir a poeira e dar a volta por cima
A vergonhosa derrota para a Alemanha dentro do campo pode servir para detonar um processo de democratização e de moralização do futebol brasileiro.
por Emir Sader, em seu blog, em 09/07/2014 às 08:29
O paradoxo é que na Copa do Mundo melhor organizada, a seleção brasileira sofre o maior vexame da sua história futebolística. Claro que não existe relação mecânica entre os dois planos.
As grandes seleções de 1958, 1962, 1970, para citar as melhores, não tiveram relação estreita com o desenvolvimento político do país, embora as duas primeiras faziam parte de um contexto de florescimento político e cultural, que elevava a identidade e a auto-estima dos brasileiros. (Foram concomitantes com um processo de democratização do país, com a bossa nova, com o cinema novo, com um novo teatro, entre outros fenômenos culturais extraordinários.)
Desta vez o Mundial encontra o Brasil em um dos melhores momentos da sua história, com um processo de democratização social como nunca o país havia vivido e com um governo com o apoio que lhe permite, pela primeira vez em democracia, governar o país por três mandatos – 12 anos – com grandes probabilidades de se estender por pelo menos mais 4 anos, com um ciclo impressionante de continuidade e estabilidade política.
Mas sabíamos que o futebol segue outro sendeiro. Entre as transformações regressivas que o neoliberalismo introduziu no país e que foram muito pouco superadas, está a mercantilização, o poder do dinheiro penetrando em todas as esferas sociais. O futebol não apenas não ficou infenso a isso, como é um campo privilegiado para a mercantilização.
Por obra de um brasileiro, João Havelange, o futebol se tornou, através da Fifa, um dos maiores negócios do mundo, estendendo-a a praticamente todos os países, incorporando a mais de 200 países, de todos os continentes, montando ao mesmo tempo um império financeiro global, fortalecido pela internacionalização da mídia. Tudo isso foi paralelo à globalização econômica e ideológica, que transforma tudo em mercadoria, para o que os jogadores futebol são mercadorias preciosas.
Enquanto o chamado processo de profissionalização dos clubes terminava com o incentivo a revelar jogadores – e a urbanização foi terminando com os campinhos de futebol de várzea, grande fonte de revelação de jovens craques -, os empresários passaram a ter o papel determinante no futebol. Compram precocemente passes de jogadores por preços irrisórios e os vendem no exterior, basta que alguns deem certo, para que os retornos econômicos sejam muito altos. Os outros podem circular por mercados futebolísticos periféricos, suficientes para pagar seus custos.
Os clubes foram as maiores vítimas, junto com os processos de formação de jogadores. Não vale a pena formá-los no clube, porque desde muito cedo os pais assinam contratos de bolso com empresários, que os levam para qualquer país, conforme os interesses e as possibilidades. O caso do Messi, que foi embora da Argentina aos 14 anos, se formou até mesmo futebolisticamente em Barcelona, é a ponta do iceberg de todo o fenômeno.
O futebol é talvez a atividade contemporânea mais mercantilizada, mais comandada pelas duras regras do custo e do benefício, da maximização dos lucros. O fato de que o Mundial seja da Fifa e não dos países organizadores, que fornecem as condições locais para que a Fifa realize seus eventos, é uma expressão disso.
Futebolisticamente o Brasil vive ainda a ressaca da derrota do belo futebol de 1982. Aquela derrota e a necessidade de voltar a ganhar, depois de 1970, impuseram o abandono do futebol arte que sempre nos havia caracterizado e nos havia levado a ser campeões, ate aquele momento, três vezes, pelo pragmatismo, para vencer. A própria mudança do Telê para o Parreira e o Felipão, representam essa mudança. E voltamos a ganhar, mudando para um estilo pragmático, abandonando o estilo que outros seguiram cultuando, como a Holanda e, mais recentemente, a Alemanha.
Vínhamos, agora, de uma entressafra, com o fim de carreira de jogadores como o Ronaldinho Gaúcho, o Kaká, o Robinho, entre outros e apenas começou a surgir uma nova e boa geração – Tiago Silva, David Luiz, Luis Gustavo, Marcelo, Hernane, Oscar, Lucas, Jeferson, Vitor, Ganso, Leandro Damião, entre outros. Ainda sem experiência suficiente, ainda mais para aguentar uma Copa em casa. O Mano Menezes poderia ter armado um bom time, mas perdeu inexplicavelmente dois anos com experiências intermináveis. E, nesse tempo, perdemos dois jogadores importantes: Ganso e Leandro Damião, por razões que não vem ao caso analisar aqui.
O Felipão nunca foi um grande estrategista. Ele é um treinador feijão com arroz, com boa capacidade de comando sobre os jogadores. (Mas já sabíamos que treinadores campeões que voltaram à seleção, como o Zagalo e o Parreira, nunca repetiram o feito.) A convocação dele foi bem aceita, mas não se atentou para a falta de pelo menos um meio campista – que só poderia ser o Ganso, o Ronaldinho Gaúcho não dava mais – e de um bom centroavante. (O Fred era uma interrogação e o Jô não é exatamente um centroavante.) Faltou também um reserva para o Neymar, mesmo sem pensar na sua perda por contusão grave (que poderia ser Philipe Coutinho ou outro atacante mais agressivo).
A falta do meio campista fez com que o Brasil nunca dominasse o meio campo, tivesse dificuldade de saída de bola da defesa e não tivesse ninguém para acalmar o time, recebendo a bola da defesa, matando-a no peito, distribuindo o jogo e, sobretudo, fazendo lançamentos, o que só foi feito, de longe pelos zagueiros. O fracasso do Fred foi dramático e não havia outro, melhor teria sido ter alguém como Alan Kardec do que o Jô, só pra tentar alternativa.
O time foi levando, a duras penas, jogando muito menos do que na Copa das Confederações (que confirmou sua maldição: quem ganha essa Copa, acha que está preparado pro Mundial e fracassa em seguida), mas dando a impressão de que em algum momento poderia deslanchar. Os primeiros tempos contra o Chile e contra a Colômbia foram os momentos de melhor apresentação da seleção, sem superar os problemas – saída longa da defesa ao ataque, falta do meio campista, Fred pífio, Oscar desaparecido.
A catástrofe com a Alemanha foi a exacerbação máxima dos erros acumulados, com a desaparição dos méritos.
Sem Tiago Silva – que mostrou ser muito mais importante, pela sua ausência –, sem Neymar – ninguém mais incomodou a defesa alemã – e com um conjunto de jogadores muito inexperientes – Fernandinho, Luis Gustavo, Dante, Bernard (que confirmou que não é um jogador que deu um salto de promessa a craque com personalidade) — em número excessivo para um jogo diante de um time experiente, treinando há seis anos. Enquanto que nós tínhamos treinado, no máximo, dois anos, com vários amistosos pífios, sem disputar a classificação, fomos vítimas passivas da máquina alemã, que jogou no estilo que nós jogávamos antes.
Ainda assim, nada justifica que, com dois a zero, o time não se reorganizasse, seja a defesa, em campo mesmo, e/ou com intervenção do Felipão, até mesmo fortalecendo a defesa (com Henrique, por exemplo) e com alguém mais contundente na frente (o Hernane, por exemplo). Ficar assistindo à debacle confirmou a impotência do Felipão como estrategista (e como o Parreira só servia lá para dar entrevistas).
Foi a derrota mais acachapante que o Brasil sofreu, ainda mais em Copa do Mundo e aqui em casa. Vai ser traumática. (Aliás, qual o papel da psicóloga?). Tomara que não se creia que se vá superar nos divãs de psicanalistas.
O país avançou muito, diminuiu substancialmente as desigualdades sociais, a pobreza e a miséria, recuperou seu prestígio em escala mundial, mostrou uma enorme capacidade para organizar a melhor das Copas. Mas esses avanços não chegaram, nem de longe ao futebol, o esporte mais popular, o que mais mexe com os sentimentos das pessoas.
Se afirmamos direitos sociais da grande massa secularmente excluída, restringindo uma parte dos efeitos negativos de concentração de renda e de exclusão social do império dos mercados e do dinheiro, o futebol não foi, em nada atingido por esse processo. Continua um império que se rege por suas próprias regras, com processos de corrupção evidentes – em clubes, nas federações e na CBF, da mesma forma que na Fifa.
Tendo as maiores torcidas do mundo, estas e os associados não são quem elege e decide os destinos dos clubes. Diretorias eleitas por exíguas minorias mandam e desmandam nos clubes, gastam o dinheiro como bem entendem, sem discussão pública, nem controle popular. Não há eleições diretas – como prevê um projeto de lei no Congresso – para democratizar a atividade mais popular no Brasil e para abrir as caixas pretas dos clubes, das federações e confederações, mediante um imenso processo de transparência pública.
E, principalmente, limitar o papel dos empresários, verdadeiros gângsters, que agem nos clubes, com anuência e complacências das diretorias, e fortalecer as escolas de futebol, recuperar os campinhos de várzea e de praia, que são os verdadeiros lugares de revelação de craques. Dar aos clubes condições de organizar essas escola,s manter os jovens jogando aqui (não perdoar as dívidas dos clubes sem esse tipo de contrapartida).
Apoiar o futebol feminino, seus campeonatos, as condições de trabalho e de aposentadoria, de uma atividade muito mais democratizadora do que o masculino – vejam o tipo de pessoas que tem praticado e ascendido pelo futebol feminino.
E abrir a caixa preta da CBF, impor condições de eleição democrática nos clubes, nas federações e nas confederações. Os clubes e as federações são cooptados pela CBF mediante favores e terminam reelegendo diretorias que publicamente são condenadas por ma’ administração e por sus peitas graves de corrupção.
Em suma, o futebol – e os esportes profissionalizados em geral – tem que fazer parte da pauta política de democratização do país. São atividades saudáveis, têm imensas torcidas que se apegam emocionalmente a seus times, são lazer de massas e são instâncias econômicas importantes. (Que tal revisar as vendas milionárias de jogadores ao exteriores, se os impostos foram pagos, se não se trata de lavagem de dinheiro de outras atividades, etc., como está sendo feito na Espanha, até mesmo com a venda do Neymar, portanto com ramificações aqui?)
A vergonhosa derrota dentro do campo pode servir para detonar um processo de democratização e de moralização do futebol que, por sua vez, possa fortalecer a revelação de novos craques, sua manutenção no Brasil por um tempo muito mais longo e fazer o futebol brasileiro retomar seu estilo bonito, que o levou a ganhar a três mais bonitas Copas que conquistamos.
A derrota de 16 de julho de 1950 foi mais traumática, porque em 45 minutos deixamos de ganhar a primeira Copa, para o qual bastava um empate e que viramos ganhando de 1 a 0, com 200 mil pessoas no Maracanã. Mas tiramos lições e 8 anos depois vencemos a primeira Copa que uma seleção ganhou fora do seu continente, abrindo o melhor ciclo da história do nosso futebol, que foi até a derrota – traumática, também – de 1982.
Essa própria geração de jogadores tem futuro, o Brasil é forte candidato a ganhar a próxima Copa, conseguindo recuperar o Ganso, ter atacantes ofensivos melhores, ter um bom técnico estrategista – que parece ser o Tite. Mas serão triunfos efêmeros – como foram os de 1994 e de 2002 -, se não democratizarmos, desmercantilizarmos, profundamente a própria estrutura do futebol brasileiro, com reflexos na revelação de novos craques, no fortalecimento – pela democratização – dos clubes.
 Leia também:
Adilson Filho: Luciano Huck ter mais acesso à seleção é o retrato do consórcio Globo-CBF

  1. Eu tenho receio daqueles que...
    Não se indignam com nada
    Medo dos indiferentes
    Desconfio dos que só elogiam
    Tenho vergonha dos que se omitem
    Dos oportunistas de situação

    Dos que só curtem os mais fortes
    Dos que esqueceram suas origens
    Medo de pobre com lombriga de rico
    De rico disfarçado de ovelha
    Dos que mudam de lado por interesse
    Trocando sua ideologia por dinheiro

    Dos que puxam o tapete sem escrúpulos
    Dos invejosos do brilho alheio
    Dos que beijam a face
    E apunhalam às costas

    Tenho medo dos falsos amigos
    Os que juram cumplicidade
    Dos que fingem fidelidade
    Para manipular e se dar bem

    Tenho medo dos que se utilizam de fake
    Para dizerem o que pensam
    Sem mostrar sua verdadeira face
    E fingem ser o que não são

    Tenho medo dos donos da verdade
    Tratorando a verdade de quem pensa diferente
    Tenho medo dos sociopatas de campanhas
    Dos lambe botas dos poderosos
    Dos que vendem a alma por 30 moedas.

    Goretti Vermelha Bussolo.

quarta-feira, julho 09, 2014

O atacante da Alemanha Lukas Podolski postou no seu Instagram uma mensagem em português para os brasileiros:


"Respeite a AMARELINHA com sua história e tradição, o mundo do futebol deve muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o país do futebol. 

A vitória é consequência do trabalho, viemos determinados, todos nós crescemos vendo o Brasil jogar, nossos heróis que nos inspiraram são todos daqui.

Brigas nas ruas, confusões, protestos não irão resolver nada ou mudar nada, quando a Copa acabar e nós formos embora, tudo voltará ao normal. Então, muita paz e amor para esse povo maravilhoso. Um povo humilde, batalhador e honesto. Um país que aprendi a amar".




Crescimento negativo: Um novo mundo sem a arrogância de Washington?


US drapeau aigle
Uma cifra definitiva para o real crescimento do PIB,  Produto Interno Bruto, dos Estados Unidos nos primeiros quatro mêses de 2014 foi apresentada hoje. A sifra não é a de 2.6% em taxa de crescimento, como previsto em janeiro desse ano pelos economistas que-não-sabem-de-nada. A sifra definitiva é de 2.9 % de declínio.
Essa taxa negativa é ela mesma insuficientemente avaliada. Essa sifra foi obtida através de uma deflação nominal do PIB, que avaliou a medida da inflação de maneira muito baixa, depreciando-a. Durante o período do governo de Clinton, a Comissão Boskin já tinha falsificado a medida da inflação para enganar as pessoas que recebiam fundos ds Segurança Social baseados nos ajustamentos dos custos de vida. Todos os que compram alimentos, gasolina, ou qualquer outra coisa, sabem muito bem que o nível da inflação é muito mais alto do que o oficialmente declarado.
É bem possível que a queda do PIB nos primeiros quatro mêses tenha sido três vêzes maior do que o dado oficialmente.
Independente disso, a diferença entre o previsto crescimento de + 2.6 % em janeiro e o real declínio de 2.9 % no final de março, é muito grande.
Qualquer um que seja realmente um economista e não pago pela Wall Street, pelo governo, ou pela classe dirigente, compreenderia que o previsto + 2.6 era fraudulento. Os salários, os ganhos ou rendimentos, do povo americano não foram aumentados e não cresceram, com exceção dos que fazem parte do 1 % da população. Nesse contexto tem-se que o único aumento de créditos que se deu foi o aumento do crédito dado a estudantes, uma vez que muitos dos que não conseguiram emprego se voltaram aos “estudos como uma solução.”
Numa economia baseada na procura dos consumidores, a ausência de crescimento em rendimentos, e crédito, significa ausência de desenvolvimento econômico positivo.
A economia dos Estados Unidos não pode crescer porque as empresas e corporações, que foram pressionadas pela Wall Street, já deslocaram a economia dos Estados Unidos para fora do país. A produção dos produtos manufaturados dos Estados Unidos é hoje em dia feita no estrangeiro.
Olhe nas etiquetas das suas roupas, sapatos, para os seus utensílios de cozinha, para os seus computadores, para tudo o mais. Os empregos dos profissionais liberais dos Estados Unidos, como os dos engenheiros de programas informáticos, também já foram deslocados para o exterior. Uma economia que tem sua economia no estrangeiro, não é uma economia real. Essa deslocação da produção dos Estados Unidos para o estrangeiro se deu abertamente, enquanto figuras bem-pagas a serviço do mercado livre declaravam que os americanos estariam beneficiando de quando dando os tradicionais empregos da classe média americana para a Índia e para a China.
Já a dez ou vinte anos que eu venho expondo essas mentiras, o que faz com que eu agora já não mais seja convidado para dar palestras nas universidades americanas, ou em associações americanas de economistas. Tem-se aqui que economistas adoram o dinheiro que ganham para contar mentiras. Um economista que fale a verdade é a última coisa que eles querem ter em sua companhia.
Um declínio oficial de 2.9 % no primeiro quartal implica, ou supõe, um declínio do PIB também no segundo quartal.
Imagine agora quais seriam as consequências de uma recessão. Isso implicaria que anos de “flexibilização quantitativa” [lê-se impressão de dinheiro], sem precedentes, teria fracassado em seu objetivo de reanimar a economia. Isso significaria também que anos de fiscal défices teriam também fracassado no intento de reanimar a economia. Se nem a política fiscal, nem a política monetária, deram os desejados efeitos, o que então poderia reanimar essa economia?
Nada, com exceção do exigir o retorno da economia, que as corporações anti-americanas deslocaram para o exterior. Isso requeriria um governo digno de crédito. Infelizmente o governo dos Estados Unidos vem perdendo sua credibilidade desde o segundo termo do regime Clinton, sendo que o governo agora já não tem mais nenhuma credibilidade.
Hoje em dia já ninguém em qualquer parte do mundo acredita no governo dos Estados Unidos, com exceção dos americanos com grave disfunção cerebral, que acreditem no que lêem ou vêem apresentado pela “mídia das vertentes principais.” Tem-se aqui que a propaganda de Washington domina as mentes dos americanos, mas levanta desprezo e risadas por todos os outros lados do mundo.
A pobre aparência da situação econômica dos Estados Unidos já fez com que dois grandes lobbies de negócios dos Estados Unidos, a Câmara do Comércio e a Associação Nacional dos Industriais (ou o que sobrou dos mesmos) entrassem em conflito com o regime de Obama por causa das ameaças de novas sanções contra a Rússia.
De acordo com Bloomberg News, começando amanhã (26 de junho), os grupos de comércio e negócios irão colocar anúncios no New York Times, Wall St Journal, e Washington Post, opondo-se a sanções adicionais contra a Russia. As organizações dos homens de negócios dos Estados Unidos dizem que as sanções irão prejudicar os seus lucros, o que resultaria em desemprego para os trabalhadores americanos.
Então, duas das maiores organizações de industriais e negociantes dos Estados Unidos, fontes importantes de contribuições para as campanhas políticas, acabaram juntando suas vozes as dos homens e mulheres de negócios da Alemanha, da França e da Itália.
Todo o mundo, com exceção do público americano, sabe que a “crise na Ucrânia” é inteiramente um trabalho feito por Washington. Os industriais e negociantes da Europa e dos Estados Unidos deverão estar a se perguntar: “porque teriam os nossos lucros e os nossos trabalhadores de sofrer para o bem da propaganda de Washington contra a Rússia?”
Obama não tem resposta. Talvez a escória neocon, Victoria Nuland, Samantha Powers, e Susan Rice possam vir com uma resposta a isso. Obama também poderia olhar para o New York Times, Washington Post, Wall Street Journal e Weekly Standard para explicar porque milhões de americanos e europeus teriam que sofrer para que o roubo da Ucrânia por Washington não caisse em perigo.
As mentiras de Washington estão a caminho de ajustar contas com Obama. A chancelér alemã Merkel já se encontra completamente abaixo dos caprichos de Washington, mas a indústria alemã também já está a dizer a ela que eles valorizam mais os  seus negócios com a Rússia, do que estão dispostos a sofrer, a bem de Washington, e seu império. Os industriais, comerciantes ehomens de negócios da França estão a perguntar a Hollande o que é que ele se propõe a fazer para os trabalhadores desempregados se ele, Hollande, continuar lado a lado com Washington. Os negociantes italianos também estão dizendo ao seu governo, na medida em que a Itália ainda possa se apresentar como tendo um, que os grosseiros americanos não tem bom gosto, e que sanções contra a Rússia significariam para a Itália um travão para o mais famoso e reconhecido sector econômico do país – produtos de luxo de alto estilo.
Dissidência com Washington e com as suas marionetes na Europa está se propagando. A última sondagem de pesquisas na Alemanha revelou que ¾ da população alemã rejeita a idéia de bases militares permanentes da OTAN na Polônia e nos países bálticos. A ex-Chekoslováquia, atualmente então Eslováquia e República Checa, apesar de agora serem membros da OTAN, recusaram-se a ter tropas americanas, ou da OTAN, em seus respectivos territórios. Foi dito por um ministro alemão recentemente que agradar a Washington requeria uma coisa equivalente a dar oral sexo por nada em retorno.
A tensão que idiotas em Washington estão levantando na OTAN pode muito bem fazer com que essa organização se desmembre. Reze para que isso aconteça. O pretexto para a existência dessa organização desapareceu conjuntamente com o colápso da UNião Soviética, a 23 anos atrás. No entanto, Washington esteve aumentando essa organização para muito além das fronteiras da mesma. A OTAN agora vai do Báltico a Ásia Central. Para dar uma razão de ser para as contínuas e caras operações da OTAN, Washington teve que fazer da Rússia um inimigo.
A Rússia não tem a menor intenção de ser um inimigo de Washington, ou da OTAN, tendo feito isso perfeitamente claro. Mas o complexo de segurança/militar de Washington, o qual absorve cerca de $ 1 trilhão de dólares anualmente, vindos do dinheiro dos altamente pressionados contribuintes, precisa de uma desculpa para manter os seus dividendos em estado fluido.
Infelizmente os idiotas em Washington escolheram para tanto um inimigo perigoso. A Rússia é um poder nuclear, um país de enormes dimensões, e estratégicamente aliada a China.
Só um governo afogando-se em arrogante orgulho, em hybris, ou um governo administrado por psicopatas e sociopatas, iria escolher um tal inimigo.
O presidente Vladimir Putin da Rússia já mostrou à Europa que as diretivas políticas de Washington no Oriente Médio e na Líbia não só foram fracassos totais, como também prejudicaram e continuam prejudicando tanto a Rússia como a Europa. Os tolos em Washington removeram nessas regiões governos que mantinham os extremistas islâmicos, os jihadistas, controlados. Agora os violentos extremistas estão a solta. No Médio Oriente eles estão demarcando novas fronteiras, redesenhando as fronteiras artificiais estabelecidas pelos inglêses e franceses, logo após a primeira guerra mundial.
A Europa, a Rússia e a China tem populações islâmicas. Esses países agora tem que se preocupar com a possibilidade de que a violência que Washington deslanchou possa ter efeitos destabilizadores em suas próprias regiões.
Em nenhum lugar do mundo alguém teria motivos para gostar de Washington. Menos que todos os próprios americanos, que estão sendo desprovidos de tudo, para que Washington possa mostrar sua força militar através do mundo. Os índices de aprovação de Obama estão num deprimente nível de 41 %, e muitos poucos desejariam que Obama se mantivesse em ofício depois do fim do seu segundo termo. Em comparação, e em contraste, 2/3 da população russa gostaria que Putin se mantivesse como presidente depois de 2018.
Em março a agência de pesquisas de sondagens “Public Opinion Research Center” apresentou um relatório onde se mostrava que o índice de aprovação para a política do presidente Putin estava a 76 %, apesar da agitação feita contra ele pelas Organizações Não Governamentais, NGOs, localizadas na Rússia, mas financiadas pelos Estados Unidos. Trata-se aqui de centenas de instituições agindo como quinta-colunas. Essas instituições foram estabelecidas na Rússia por Washington, nas duas últimas décadas.
Acima de todas as dificuldades políticas de Washington, tem-se que o dólar também está dando distúrbios e problemas. O dólar está sendo mantido a tona por mercados financeiros adulterados, e por pressões de Washington sobre países e estados em situação de vássalos, obrigando-os a apoiar o valor do dólar através de impressão de suas próprias moedas e depois então da compra de dólares. Para que o dólar se mantenha a tona, e não se afunde, uma grande parte do mundo está sendo economicamente inflado. Quando finalmente as pessoas se aperceberem de tudo e correr para o ouro, perceberão então que os chineses o possuem, em sua totalidade.
Sergey Glazyev, um consultor do Presidente Putin, disse ao presidente russo que só uma aliança anti-dólar, capaz de fazer falir o mesmo, seria capaz de deter a marcha das agressões de Washington. Essa tem sido minha opinião já faz um bom tempo. Não se terá paz enquanto Washington puder imprimir mais dólares, com os quais poderá então financiar mais guerras.
Como foi dito pelo governo da China, já está na hora para uma “des-americanização do mundo.” A liderança do mundo por Washington já fracassou completamente. Essa liderança produz nada mais que mentiras, violência, mortes, e promessas de mais violência. América é excepcional só no sentido de que Washington, utan remorso, já destruiu em sua totalidade, ou em parte, sete países nesse novo século [o que significaria então 13 anos]. A menos que Washington tenha sua liderança substituida por uma mais humana, a vida na terra não terá nenhum futuro.
Paul Craig Roberts

Artigo original em inglês :
Negative Economic Growth in America: A New Recession and a New World Devoid of Washington’s Arrogance?26 de junco de 2014
Traduzido por Anna Malm, artigospoliticos.wordpress.com, para Mondialisation.ca

Deleite - Operário em construção de Vinícius de Morais

Até quando teremos nojo da imprensa brasileira e os jornalòes

VIADUTO DE BELO HORIZONTE -A VERDADE APARECEU ENFIM.




A Prefeitura de Belo Horizonte lançou nota oficial falando sobre o viaduto de Belo Horizonte que caiu,o secretário de Obras da prefeitura de Belo Horizonte, Lauro Nogueira, esclareceu a questão da responsabilidade pelo desabamento do viaduto e assegurou que não se tratava de uma “obra da Copa”.Nogueira disse que houve falha na fiscalização e que a culpa é mesmo da prefeitura.

“É uma questão de responsabilidade solidária, tem o concurso da prefeitura e da Sudecap [órgão municipal], especialmente nos serviços de fiscalização, que são complexos”, admitiu.
Vocês lembram das manchetes de ontem, não é?

Os jornalões que integram o “núcleo duro” da oposição midiática, Folha, Globo e Estadão, publicaram praticamente a mesma manchete (imagem no início do post): “Obra inacabada da Copa desaba e mata 1 em BH”.
Pois é, tanto Nogueira quanto a própria prefeitura, que soltou nota oficial, deram ênfase num ponto: o viaduto não era uma “obra da Copa”.

Leia mais :
http://dyga.me/xF Entrevista com o secretário de Obras, sobre o acidente.

http://dyga.me/xD Nota da Prefeitura.

http://dyga.me/xJ Como a Mídia mentiu sobre o episódio.