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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 28, 2014

Discurso de Hassan Rouhani Presidente da República Islâmica do Irã na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU

25/9/2014
Tradução não oficial realizada pelo pessoal da Vila Vudu

Hassan Rouhani na ONU em 25/7/2014
Senhor Presidente,
Excelências,
Senhoras e Senhores,

Graças a Deus, o Senhor dos Dois Mundos e Pregador, e que a paz esteja com nosso Profeta Maomé, sua família e seus companheiros.

De início, quero estender minhas sinceras congratulações por sua muito merecida eleição à presidência dessa 69ª Sessão da Assembleia Geral. E meus cumprimentos também a Sua Excia. Sr. Ban Ki-moon, por seus esforços.

É minha esperança sincera que a Sessão dessa Assembleia Geral desse ano leve o mundo, na sua situação atual crítica, um passo mais próximo da segurança e da tranquilidade para os seres humanos – que é, claro, um dos objetivos fundamentais da ONU.

Sr. Presidente,

Venho de uma região do mundo cujas muitas partes ardem hoje no fogo do extremismo e dos excessos. A Leste e a Oeste do meu país, extremistas ameaçam nossos vizinhos, recorrem à violência e derramam sangue. Não falam todos, é claro, uma mesma língua; não têm todos a mesma cor de pele, nem a mesma nacionalidade; e chegaram àquela parte do mundo, o Oriente Médio, provenientes de todo o mundo. Mas, sim, eles têm uma mesma ideologia: “violência e extremismo”. E têm todos, também, um único objetivo: “a destruição da civilização, gerando a islamofobia e criando campo fértil para mais intervenções de exércitos estrangeiros em nossa região”.

Lamento profundamente ter de dizer que o terrorismo é hoje globalizado: “De New York a Mosul, de Damasco a Bagdá, do mais extremo oriente ao mais extremo ocidente do mundo, da Al-Qaeda ao Daesh”. Os extremistas do mundo se encontraram uns os outros e conclamam: “extremistas de todo mundo uni-vos”. Mas e nós? Estamos unidos contra os extremistas?!

O extremismo não é questão regional com a qual só as nações de nossa região tenham de lidar: o extremismo é uma questão global.

Alguns estados ajudaram a criar o extremismo e hoje já não conseguem enfrentá-lo ou controlá-lo. E atualmente os nossos povos estão pagando o preço.

O antiocidentalismo de hoje é fruto do colonialismo de ontem.

O antiocidentalismo de hoje é reação contra o racismo de ontem.

Algumas agências de inteligência puseram punhais nas mãos de possessos que hoje já não poupam ninguém. Todos os que tiveram qualquer função na criação desses grupos terroristas e no apoio que deram a eles devem reconhecer os próprios erros que levaram ao extremismo. Têm de pedir desculpas não só à geração passada, mas também à geração futura.

Para combater as causas subjacentes do terrorismo, é preciso conhecer suas raízes e fazer secar suas fontes. O terrorismo germina onde reine a miséria, o desemprego, a discriminação, a humilhação e a injustiça. E cresce com a cultura da violência. Para erradicar o extremismo é preciso distribuir desenvolvimento e justiça e corrigir as distorções dos ensinamentos divinos postos hoje para justificar brutalidade e crueldade. A dor é aumentada quando esses terroristas espalham sangue e morte em nome da religião, ou degolam em nome do Islã.

O que querem é manter ocultada a incontroversa verdade da história que se baseia nos ensinamentos de todos os profetas divinos, de Abraão e Moisés e Jesus a Maomé (que a Paz esteja com Ele), para os quais tirar uma única vida inocente equivale a assassinar toda a humanidade.

Espanta-me imensamente que esses grupos de assassinos se declarem grupo islâmico. E mais ainda me surpreende que a imprensa-empresa ocidental, alinhada com aqueles assassinos, repita essa mentira, repetição que provoca a ira de todos os muçulmanos.

O povo muçulmano que todos os dias relembra Deus como o Mais Generoso e o Mais Compassivo, e que tantas lições de bondade e empatia aprendeu de seu Profeta, toma essa difamação diária como parte de um projeto para disseminar a islamofobia.

Os fracassos e erros estratégicos do Ocidente no Oriente Médio, Ásia Central e Cáucasos converteram essas partes do mundo em abrigo seguro para terroristas e extremistas.

A agressão militar contra o Afeganistão e contra o Iraque e a interferência imprópria e indevida nos desenvolvimentos na Síria são exemplos claros da abordagem estratégica errada no Oriente Médio.

Como abordagem não pacífica, a agressão e a ocupação atacam a vida e os espaços de moradia e sobrevivência de pessoas comuns; a agressão e a ocupação resultam em consequências comportamentais e psicológicas de aversão, que hoje se manifestam sob a forma de violência e morte no Oriente Médio e no Norte da África, a ponto, mesmo, de atrair para lá cidadãos de outras partes do mundo. A violência atualmente se difunde para todos os cantos do mundo, como doença contagiosa.

Nós sempre acreditamos que a democracia não pode ser transplantada de terras distantes; democracia é resultado de desenvolvimento e crescimento; não é resultado de guerra e agressão. Democracia não é item de exportação que possa ser comercialmente exportado do ocidente para o oriente. Numa sociedade subdesenvolvida, democracia importada só gera governos fracos e vulneráveis.

Quando generais põem os coturnos numa região, que não esperem ser recebidos com afeto pelos diplomatas: quando a guerra começa, a diplomacia tende a parar. Quando a atmosfera no Oriente Médio for de confiança e segurança, a resposta será, também de confiança e segurança. Mas se se impõem sanções, começa simultaneamente a implantar-se uma ira profunda contra os sancionadores.

Os interesses dos países ocidentais em nossa região estão associados ao reconhecimento de nossas crenças, por aqueles países; e ao reconhecimento por eles, também, de que nosso povo deseja governo democrático na região.

A experiência de criação da Al-Qaeda, dos Talibã, dos modernos grupos extremistas demonstrou que é possível servir-se de grupos extremistas como instrumento contra estado não amistoso e, ao mesmo tempo, fingir que não se veem as consequências de um extremismo sempre crescente. Causa grande perplexidade que se repitam os mesmos erros, apesar das muitas dolorosas experiências.

Relembremos que o Irã convidou todos para um “diálogo” antes dos atos criminosos de 11 de setembro; e que também clamamos por “um mundo contra a violência e o extremismo” antes que eclodissem as atuais atrocidades. Talvez, no passado, pouca gente fosse capaz de prever o incêndio que arde hoje. Mas agora o extremismo e a violência absolutamente fora de controle são ameaça iminente para o mundo.

É autoevidente que sem compreensão acurada de como se geraram as condições que há hoje, jamais encontraremos as solução certas. Hoje, mais uma vez, tenho de alertar contra a disseminação do extremismo e o perigo imposto pela compreensão inadequada e por qualquer abordagem errada desse fenômeno.

O Oriente Médio anseia por desenvolvimento e está farto de guerras. É direito natural dos povos das terras férteis do Oriente Médio viver em paz e prosperidade.

No passado, o colonialismo negou esse direito a eles e, hoje, a sombra da guerra e da violência ameaça a segurança daqueles mesmos povos.

Em nossa região há políticos moderados e elites que gozam da confiança do povo. Não são nem anti-Ocidente nem pró-Ocidente. Embora não esqueçam o papel que teve o colonialismo no atrasamento de suas nações, não esquecem que suas próprias nações são capazes de, elas mesmas, alcançar o desenvolvimento pelo qual anseiam.

Não que absolvam o ocidente pelos seus muitos erros e malfeitos, mas sabem ver também os próprios fracassos. Esses homens e mulheres podem assumir posições de liderança ativa e reunir à volta deles a confiança de suas respectivas sociedades, e estabelecer as mais potentes coalizões nacionais e internacionais contra a violência.

As vozes desses homens e mulheres são as verdadeiras vozes da moderação no mundo islâmico; a fala familiar de um afegão farto de guerras; de um iraquiano vítima do extremismo; de um sírio horrorizado com a ação de terroristas; de um libanês que é atormentado pela violência e pelo sectarismo.

Entendo que há erro estratégico, se países de longe da região se autoproclamem líderes de uma ou outra coalizão, exclusivamente para tentar proteger a própria hegemonia na região.

Obviamente, porque a dor é velha conhecida dos povos do Oriente, não dos que chegam de longe, a melhor coalizão possível será a que se forme na própria região, e que assuma sobre os próprios ombros a responsabilidade por liderar a luta contra a violência e o terrorismo. E se outras nações do mundo tiverem real desejo e interesse legítimo em agir contra o terrorismo, sempre poderão acorrer e apoiar a coalizão local.

Advirto que, se não soubermos aliar nossas forças contra o extremismo e a violência hoje, e se fracassarmos no trabalho de alistar os povos da região para que resistam contra o extremismo, amanhã o mundo já não será seguro para ninguém.

Sr. Presidente,

Ano passado, tentei cumprir o papel do meu país na realização da paz nos dois níveis, regional e internacional, e ofereci uma proposta sobre “um mundo contra a Violência e o Extremismo” – que mereceu apoio geral.

Na tumultuada, caótica região que é o Oriente Médio, o Irã é uma das nações mais tranquilas, seguras e estáveis. Mas todas as nações da região têm de manter em mente que estamos no mesmo barco. Assim, precisamos de ampla cooperação para tudo que tenha a ver com nossa vida social e política, e com questões de segurança e defesa, com vistas a alcançar compreensão durável e comum a nós todos.

Se já houvesse maior cooperação e melhor coordenação no Oriente Médio, milhares de palestinos inocentes não teriam tombado em Gaza, vítimas da agressão pelo regime sionista. Entendemos que a interação e a construção de confiança entre os estados da região é fundamentalmente essencial para a resolução de conflitos. Apoiamos qualquer medida que promova cooperação entre nações islâmicas para combater o extremismo, as ameaças e a agressão e, nesse campo, estamos preparados para cumprir nosso papel construtivo e positivo permanente.

Sr. Presidente,

As opressivas sanções impostas ao Irã prosseguem, na sequência de erro estratégico contra nação independente e moderada, considerado o delicado quadro geral em nossa região. Durante o ano passado, nos engajamos no diálogo mais transparente, para construir confiança em torno do programa nuclear iraniano para finalidades pacíficas. Abrimos agenda para negociações sérias e honestas, não como resultado de sanções ou efeito de ameaças, mas porque era desejo do povo do Irã que seu governo negociasse.

Somos de opinião que a questão nuclear só pode ser resolvida mediante negociação, e quem considere qualquer outra via comete erro grave. Qualquer demora que adie um acordo final só faz aumentar os custos; não só para prejuízo do Irã, mas também para prejuízo da economia de outras partes envolvidas e das possibilidades de desenvolvimento e segurança em nossa região. Ninguém deve duvidar de que concessões e acordos, nessa questão, sempre serão feitos com vistas ao melhor interesse de todos, sobretudo das nações da região.

As negociações nucleares entre o Irã e o Grupo 5+1 prosseguiram, ano passado, com seriedade e otimismo de ambas as partes. Segundo todos os observadores internacionais, a República Islâmica do Irã cumpriu, de boa fé, todos os compromissos que assumiu. Apesar disso, algumas das observações e ações de nossos contrapartes criaram algumas dúvidas sobre a determinação deles e o realismo da posição deles. Mesmo assim esperamos ainda que as negociações em andamento levem a um acordo final, no curto período de tempo que resta para negociar.

Estamos comprometidos a perseverar em nosso programa nuclear para finalidades pacíficas, inclusive com enriquecimento de urânio, e a usufruir plenamente todos os direitos nucleares que são nossos em território iraniano, nos termos prescritos pela lei internacional.

Estamos decididos a continuar as negociações com nossos interlocutores em honestidade e boa fé, baseados no respeito e na confiança mútuos, na remoção de todas as preocupações de ambos os lados, em pés de igualdade e reconhecidos todas as normas e princípios internacionais. Creio que os dois lados devem manter-se aderidos à estrita implementação dos compromissos. Evitar demandas excessivas nas negociações, por nossos contrapartes, é pré-requisito para o sucesso das negociações. Um acordo final sobre o programa nuclear para finalidades pacíficas do Irã pode servir como primeiro movimento de uma colaboração multilateral para promover segurança, paz e desenvolvimento em nossa região e além dela.

O povo do Irã, que tem sido submetido a pressões, especialmente nos últimos três anos, como efeito de continuadas sanções, não pode confiar em nenhuma cooperação de segurança entre seu próprio governo e os que impuseram aquelas sanções e criaram tantos obstáculos contra a satisfação das mais básicas necessidades do povo do Irã, como comida e remédios. As sanções criarão impedimentos ainda adicionais, no caminho de qualquer cooperação futura de longo prazo.

O povo do Irã é devotado a alguns princípios e valores no topo dos quais estão a independência, o desenvolvimento e o orgulho nacional. Nosso povo avalia o comportamento de seu governo pelos mesmos critérios. Se esse óbvio fato nacional não é compreendidos pelos nossos parceiros negociadores e eles cometem erros ofensas graves no processo, uma oportunidade histórica e excepcional será desperdiçada.

Como os senhores sabem, durante as negociações nucleares que estão em negociação nesse ano, o governo iraniano tomou algumas iniciativas que criaram novas condições favoráveis, que resultara, naquela fase, no Plano Conjunto de Ação de Genebra. Estamos determinados a continuar na nossa abordagem de construir confiança e oferecer máxima transparência nesse processo. Se nossos interlocutores estão igualmente motivados e são igualmente flexíveis, podemos superar o problema e alcançar acordo duradouro, mesmo no curto tempo que nos resta. Nesse caso, emergirá um ambiente inteiramente novo, para cooperação nos planos regional e internacional, permitindo maior foco em algumas questões regionais muito importantes como combater a violência e o extremismo na região.

Chegar a um acordo nuclear final e compreensivo com o Irã será oportunidade histórica para que o ocidente mostre que não se opõe ao avanço e ao desenvolvimento de outros países e não discrimina no que tenha a ver com respeitar leis e regulações internacionais. Esse acordo pode levar mensagem de paz e segurança, indicando que o modo pelo qual alcançar a resolução dos conflitos é a negociação e o respeito, nunca o conflito e a sanção.

Sr. Presidente, Senhoras e senhores,

Ano passado a grande nação do Irã participou de amplas, calmas, importantes eleições presidenciais, e endossou o discurso de “Antevisão, Esperança e Moderação Prudente”. Depois das eleições, o povo do Irã apoia o seu governo eleito nos esforços para construir o país. Enquanto alguns dos países em torno do Irã caíram presa da guerra e dos tumultos, o Irã permanece em segurança, estável e calmo.

A política baseada em princípios de meu governo existe para trabalhar na direção de interações construtivas com nossos vizinhos, baseada em mútuo respeito e com ênfase em interesses comuns. A noção de que o Irã buscaria controlar outros países na região é mito reposto em circulação em anos recentes, no contexto de um projeto iranofóbico. Os que dizem que o Irã buscaria controlar outros países carecem de inimigos imaginados, para manter vivas as tensões e semear divisões e conflitos e, assim, vão trabalhando para que os recursos nacionais não sejam aplicados no desenvolvimento do nosso país. Nós trabalhamos para pôr fim a essa iranofobia delirante, preparando as condições para construir parcerias estratégicas com nossos vizinhos.

Concluindo, ano passado alertei contra a expansão da violência e do extremismo. Esse ano volto a alertar: se a abordagem correta não for adotada para enfrentar as questões que se veem à nossa volta, nos aproximamos ainda mais de ter região turbulenta e tumultuada, o que terá repercussões em todo o mundo. A solução correta para as dificuldades que há nasce dentro da região e provê regionalmente as soluções necessárias; com o apoio internacional, sim, mas não vinda de fora da região.

Deus Todo Poderoso prometeu aos que creem e cumprem bem os próprios deveres, que Ele lhes garantiria a sucessão na autoridade sobre a terra, e que todos os medos dos homens e mulheres seriam convertidos em paz e segurança.

Minha mais sincera esperança é que nossa geração cumpra o seu dever e deixe um planeta mais seguro e desenvolvido, como legado dela à próxima geração. Desejo sucesso a todos.

Obrigado.

Cuba: EEUU y OTAN con armas intentan repartirse el mundo

Via Hispan
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de Cuba, Bruno Rodríguez, ante el pleno del 69 periodo de sesiones de la Asamblea General de Naciones Unidas (AGNU), advirtió el sábado que EE.UU. y la OTAN intentan hacer un nuevo reparto del mundo por la fuerza de las armas que, a su juicio, conducirá a la ingobernabilidad, entre otras graves consecuencias.
Rechazó también la intervención extranjera en Siria, mediante el financiamiento y entrega de armas a grupos terroristas, así como los bombardeos unilaterales del Pentágono en Irak y Siria, "sin respetar fronteras ni Estados soberanos, aunque las disimule con dudosas coaliciones".
Sobre Palestina, defendió su derecho a convertirse en miembro pleno de las Naciones Unidas, con un Estado establecido dentro de las fronteras de 1967 y con Al-Quds (Jerusalén) como su capital.
El jefe de la Diplomacia cubana señaló que las leyes estadounidenses fuera de sus fronteras se han convertido en "una herramienta de política externa de castigo, amenaza y obtención espuria de recursos financieros".
Al respecto, especificó el caso contra el banco francés BNP Paribas. El pasado julio, una corte estadounidense sentenció a este banco al pago de una multa de 8900 millones de dólares por haber violado el embargo estadounidense a transacciones financieras con Sudán, Cuba e Irán.
Rodríguez también condenó el bloqueo de Estados Unidos contra Cuba y el hecho de mantenerla en la lista "unilateral y arbitraria" de países "patrocinadores de terrorismo".
ncl/ktg/nal

*GilsonSampaio

Álvaro Dias é expulso por estudantes de universidade do PR após palestra sobre ética; assista ao vídeo


Álvaro Dias teve que empreender fuga ontem (4) à noite depois de palestra sobre "ética" na Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava, a 250 km de Curitiba; senador atribuiu protesto a "grupelhos do PCdoB e PT despreparados para o debate de ideias afrontaram a democracia"; acadêmicos devolveram acusando o parlamentar de ser uma espécie de Demóstenes Torres (falso moralista) do Paraná; "Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!", gritavam os estudantes, em referência ao confronto da PM com professores em 1988, quando o tucano era governador do Paraná; assista ao vídeo com as vaias, a fuga e todo o quiproquó.
Álvaro Dias teve que empreender fuga ontem (4) à noite depois de palestra sobre “ética” na Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava, a 250 km de Curitiba; senador atribuiu protesto a “grupelhos do PCdoB e PT despreparados para o debate de ideias afrontaram a democracia”; acadêmicos devolveram acusando o parlamentar de ser uma espécie de Demóstenes Torres (falso moralista) do Paraná; “Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!”, gritavam os estudantes, em referência ao confronto da PM com professores em 1988, quando o tucano era governador do Paraná; assista ao vídeo com as vaias, a fuga e todo o quiproquó.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi literalmente expulso ontem à noite da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), no município de Guarapuava, a 250 km de Curitiba, na região Centro do Paraná. O tucano falou à comunidade acadêmica sobre “Ética na vida pública”.
“Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!”, gritavam os estudantes nos corredores da Unicentro em perseguição à comitiva do senador Álvaro Dias, que teve de deixar às pressas o prédio da Universidade, após a conferência. As vaias e o quiproquó todo foram registrados em vídeo (assista logo abaixo).
Em 30 de agosto de 1988, quando Álvaro era governo do Paraná Batalhão de Choque e Cavalaria da PM foram utilizados para dispersar professores em greve que protestavam em frente ao Palácio Iguaçu (sede do governo estadual). A partir desse confronto, todos os anos, profissionais da educação fazem eventos para relembrar o “massacre” atribuído ao tucano.
Em seu perfil no Facebook (clique aqui), o senador acusou “grupelhos do PCdoB e PT” de tumultuar o evento de ontem na Unicentro. Segundo ele, “despreparados para o debate de ideias afrontaram a democracia”.
“Revelaram o medo que começa a ganhar corpo, de que os detentores do poder, estão em fim de festa com a aproximação das eleições”, observou o parlamentar do PSDB.
Não foi somente Álvaro Dias que teve problemas com estudantes no dia de ontem (4). Em Umuarama, na região Noroeste do estado, a 563 km da capital paranaense, o governador Beto Richa (PSDB) bateu boca com o estudante de agronomia Luan Ferro, do campus da UEM, cujo vídeo do entrevero foi mostrado neste blog em primeira mão (clique aqui).
Assista ao vídeo com as vaias contra Álvaro:
Clique aqui para fazer o download do vídeo.
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Deleite - Dilma Lá

Material pró-Marina chama Dilma e LGBTs de "anticristo"

Deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) denuncia a distribuição de material de campanha criminoso na periferia do Rio. Marina Silva publica nota de repúdio a panfletos
por Jean Wyllys — 
Campanha
Capa e contracapa do material distribuído no Rio de Janeiro.
Atualização às 9h20 de 15 de setembro. A candidata Marina Silva divulgou uma nota de repúdio ao material distribuído em seu nome, que pode ser lida no final do texto.
Assustador! O esgoto eleitoreiro já começa a vazar na reta final de campanha. Na zona oeste do Rio de Janeiro, um exército de fiéis recrutados como voluntários por igrejas evangélicas fundamentalistas está distribuindo um material de campanha bizarro criminoso assinado pelas campanhas de Marina Silva para presidenta, Ezequiel Teixeira para deputado federal e Édino Fonseca para deputado estadual. São milhares de revistas de 24 páginas em cores acompanhadas de um DVD com mentiras acerca de LGBTs, estimulando o ódio e a violência contra estes, além de trazer deturpações sobre as pautas dos movimentos feministas e negro para prejudicar a candidatura da presidenta Dilma. Fonseca é quem se responsabiliza formalmente pelo material, assinando-o com seu CNPJ eleitoral: 20583168000184.
Para quem está duvidando dessa sujeira, ele pode ser baixado na íntegra (o link está no final deste artigo). É o mesmo material que usarei como prova para acionar a justiça eleitoral no intuito de que essa porcaria seja apreendida e seus responsáveis sancionados de acordo com a lei.
Na capa, a revista com Fonseca, Teixeira e Marina anuncia: "Veja os planos do anticristo: nova ordem mundial contra a família e a igreja" (a palavra "Veja" é escrita com a mesma tipografia usada pela revista da editora Abril), e depois enumera: "eutanásia, mercado do feto, prostituição de menores, carícias de homossexuais em lugares sagrados...", etc.
O panfleto mistura um discurso religioso da época da Inquisição (com repetidas alusões ao "anticristo") e uma linha argumentativa que lembra a propaganda nazista contra os judeus. No caso, contudo, em vez dos judeus, o "inimigo" apontado é composto por homossexuais, prostitutas, ateus, comunistas, "abortistas", usuários de drogas e o governo Dilma. A partir dessa premissa, a publicação descreve uma conspiração satânica internacional para a criação de uma "nova ordem mundial" que pretende "se rebelar contra Deus" e "dominar a mente do povo com a legalização das drogas", acusa o governo do PT de querer legalizar a eutanásia para "matar os mais velhos" e o aborto para provocar um "extermínio" e comercializar os órgãos dos fetos abortados.
O delírio é tal que a revista traz uma tabela de preços do "mercado do feto" e diz que a legalização do aborto provocará um aumento da pedofilia, porque as meninas estupradas serão obrigadas a abortar para esconder o crime.
Nas páginas seguintes, a revista ataca a regulamentação da prostituição, relacionando-a também, com extremo cinismo e má fé, à pedofilia (como se o abuso sexual de crianças pudesse ser equiparado à prostituição exercida por pessoas adultas); diz que a criminalização da homofobia permitirá que os gays pratiquem sexo dentro das igrejas; refere-se a gays, lésbicas e transexuais como doentes mentais; ataca com argumentos igualmente toscos a proposta de legalização da maconha e até diz que existe um plano do "anticristo" para dominar a água e os alimentos.
Quase todas as páginas da publicação são dedicadas a atacar meus projetos e os de outros parlamentares progressistas e comprometidos com os direitos humanos, embora não nos mencione expressamente. O principal alvo da publicação é o governo Dilma, que seria, de acordo com a publicação, o principal representante no Brasil da “rebelião mundial comandada por Satanás”.
A publicação faz uma relação direta entre o "plano do anticristo" e as eleições de 5 de outubro: para impedir a vitória do Demônio, os eleitores deveriam votar em Marina Silva para presidenta e em Teixeira e Fonseca para os parlamentos federal e estadual. Na última página, a publicação traz uma foto em cores dos três candidatos, com a logo da campanha de Marina destacada no centro.
A pergunta é: quem pagou por tudo isso?
Eu gostaria de saber se Marina Silva sabe que seu nome está sendo usado nessa campanha suja. Fonseca é candidato pelo PEN, uma legenda de aluguel de ultra-direita que faz parte da coligação de Aécio Neves, da mesma forma que o partido Solidariedade, formado por parlamentares que decidiram sair das legendas pelas quais se elegeram, entre eles Teixeira. Ambos fazem parte, também, da coligação estadual que apoia o governador Pezão, que por sua vez é do PMDB, aliado à presidenta Dilma, mas que também faz campanha por Aécio. Contudo, Fonseca e Teixeira fazem campanha por Marina — e juntos, apesar de suas candidaturas proporcionais não estarem coligadas.
Além de ser incompreensível e causar confusão a qualquer eleitor, essa esquizofrenia eleitoral também é ilegal, já que um candidato proporcional (ou seja, a deputado federal ou estadual) não pode citar em seus materiais de campanha o nome de um candidato majoritário (ou seja, presidente ou governador) que não seja o de seu partido ou coligação. Porém, para as gangues da velha política corrupta do nosso querido país, vale tudo.
Será que Marina, ou sua coordenação de campanha, concordaram com essa sujeira e "deixaram" que ela fosse feita porque, na reta final, tudo o que servir para somar votos é bem-vindo, mesmo que provenha do esgoto político?
Ou será que Fonseca e Teixeira estão usando o nome de Marina sem a anuência dela porque acham que a figura da candidata do PSB pode ser mais atraente para o eleitorado evangélico fundamentalista que pretendem conquistar que o do liberal Aécio?
Seja como for, Marina deveria se perguntar por que o nome dela é associado a esse discurso fascista. Será por que seu discurso, em vez de questionar, à esquerda, as falências do governo Dilma, como muitos dos seus eleitores progressistas de 2010 esperavam, é cada dia mais reacionário, aproximando-a da linha discursiva da revista Veja (que essa semana saiu em defesa dela), do Círculo Militar (que se declarou esperançoso com a sua candidatura), dos pastores que pregam discurso de ódio contra a população LGBT e dos setores mais conservadores da sociedade, que podem se sentir representados pela propaganda de Fonseca e Teixeira?
Marina deveria preparar um café, sentar no sofá e, com calma, refletir sobre o que está fazendo ou sobre o que estão fazendo com o nome dela. E você, eleitor, eleitora, deveria pensar com qual Brasil você sonha. O fundamentalismo está aí, virando a esquina, e dá medo.
Marina Silva repudia material. A candidata do PSB à presidência chamou o material de "criminoso" e acusou de usar de forma indevida a imagem de Marina. A campanha da candidata soltou uma nota de repúdio aos panfletos que afirmou ter "cunho homofóbico e amplamente discriminatório". A campanha ainda afirma que vai entrar na justiça para que o material seja apreendido.
O candidato a deputado Jean Wyllys parabenizou Marina Silva e sua campanha pela atitude de repudiar a ação dos dois candidatos no Rio de Janeiro. Leia abaixo a nota na íntegra:
A Coligação Unidos pelo Brasil vem a público repudiar de forma veemente o uso criminoso e indevido da imagem de Marina Silva em panfletos de cunho homofóbico e amplamente discriminatório, assinados com o CNPJ da campanha de Édino Fonseca, candidato a deputado estadual pelo partido PEN/RJ, que cita também Ezequiel Teixeira, candidato a deputado federal pelo Solidariedade/RJ. 

A Coligação vai acionar a Justiça para a busca e apreensão, bem como proibição de distribuição do material, que estimula o ódio e a violência contra pautas diferenciadas dos movimentos feminista e negro.

O programa de governo da candidata à Presidência Marina Silva não deixa dúvidas quanto à cultura de paz e de garantia ampla dos direitos humanos: “Não podemos mais permitir que a dignidade das minorias sexuais continue sendo violada em nome do preconceito. É preciso olhar com respeito os grupos hoje discriminados.” O programa aponta como fundamentais políticas, leis e programas destinados a reparar injustiças históricas e a aproximar, cada vez mais, a cidadania cotidiana da definida como ideal pela sociedade em sua lei maior.
*CArtaCapital

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Maior cientista brasileiro declara voto em Dilma

Maior cientista brasileiro declara voto em Dilma

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O maior cientista brasileiro vivo, Miguel Nicolelis, considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo, segundo a revista “Scientific American”, abriu seu coração nas redes sociais.
Numa série de mensagens postadas em sua conta de twitter, Nicolelis explica a sua grande emoção de votar, pela primeira vez em sua vida, para presidente da república.
Lembra de parentes, que sonhavam com a democracia mas morreram ANTES de verem o sonho virar realidade.
Entretanto, Nicolelis não se emociona apenas com o direito formal de votar.
Ele se emociona, sobretudo, com o resgate da dignidade do povo brasileiro.
Ver uma liderança política, como fez Marina Silva, chorar lágrimas de crocodilo, tentando se vitimizar e enganar o povo, é uma lástima.
Ver um grande cientista, um homem que passou a vida usando apenas o cérebro, e cuja vida, aliás, foi dedicada ao estudo do cérebro humano, ver um homem assim chorar de emoção ao declarar um voto, é outra coisa.
Ver um cientista emocionar-se, de alegria, ao declarar, com altivez, coragem e orgulho, a sua opção política, é a melhor resposta que podemos dar à violência antidemocrática dos setores golpistas da nossa mídia e da nossa elite.
Mas deixemos o próprio dizer com suas próprias palavras.
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Imprensa francesa desmascara Marina: ela é a direita


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Um internauta atento nos repassa a informação de que o L’Humanité – um dos principais jornais da esquerda francesa, fundado em 1904, com papel importante no apoio à Resistência contra o nazismo, durante a II Guerra – publicou uma reportagem especial sobre a campanha eleitoral brasileira.
O gancho principal da matéria é Marina Silva. O jornal francês já entendeu o que ela significa, por isso o título (foto acima) deixa bem claro:
Marina,  a nova direita brasileira.
E a direita, no Brasil, não pode nem ser confundida com o conservadorismo austero porém nacionalista da direita europeia ou norte-americana.
A direita brasileira é a pior direita do mundo, porque além de ser antipovo, é também entreguista, antinacional, antidemocrática e golpista.
Na chamada de capa, o L’Humanité acusa Marina de ser uma “criação de Washington para derrubar Dilma Rousseff”.
ScreenHunter_4923 Sep. 27 08.26
 *Tijolaço