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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, novembro 01, 2014
Juiz coxinha dá um show de coxinhice e nós pagamos a conta
Sanguessugado do Tijolaço
Um juiz precisa comprar ternos em Miami, Excelência?
Fernando Brito
Não o publiquei porque, pensando bem, não quis fazer da atitude – que supus isolada – de um juiz algo genérico e desmerecedor de uma categoria profissional essencial para a sociedade.
Mas hoje, diante do vídeo publicado no Diário do Centro do Mundo, onde o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, defende o “auxílio-moradia” como uma burla “legítima” para aumentar os vencimentos dos magistrados (e, de quebra, um aumento imune a imposto, porque verba de natureza indenizatória), resolvi fazê-lo.
É inadmissível que um juiz, um desembargador, defenda um expediente ilegal, um arranjo obscuro, uma maracutaia para beneficiar a si mesmo.
E que use um “não dá para ir toda hora a Miami comprar terno” como explicação para a “penúria” em que vivem Suas Excelências.
É demais.
O “escravo” de R$ 30 mil por mês e a pobreza mental de nossa elite
É direito de cada uma e de qualquer pessoa desejar ganhar muito dinheiro , por meios lícitos e sem que isso prejudique a coletividade.
Mas é também dever de qualquer um que se dedique ao serviço público entender que sua remuneração provêm do povo e que, portanto, recai sobre ele o dever de comedimento em suas ambições, por mais que as considere justas.
A reportagem de hoje, no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, porém, retrata a insensibilidade que tomou conta da parcela menos sacrificada do funcionalismo: o Poder Judiciário.
Não falo de seus servidores, a maioria remunerada modestamente.
Mas dos juízes que recebem hoje, segundo a tabela do Conselho Nacional de Justiça, mais de R$ 25 mil, além dos R$ 4,3 mil de “auxílio-moradia”.
Quase R$ 30 mil por mês, portanto.
Pois um deles, despachou, em um processo, que estava sustando sua tramitação por falta de um juiz-substituto que dele cuidasse e que se o analisasse estaria fazendo “trabalho escravo”, tudo porque não foi estendida aos magistrados uma gratificação que o Ministério Público paga aos seus integrantes que acumulam varas: mais R$ 5 mil.
Não discuto mérito nem valores pagos aos magistrados – mas a necessária ponderação de seus atos.
Mesmo tratando dos juízes federais – que não estão nas farras remuneratórias que marcam muitos judiciários estaduais e que a gente volta e meia vê nos jornais – uma remuneração total na faixa de 12 mil dólares mensais, ou US$ 150 mil anuais, sem contar 13° salário – está na mesma faixa dos juízes de Nova York, segundo matéria do NYTimes.
Para que não fiquem palavras ao vento, no final do post coloco o resultado deuma pesquisa de remuneração de magistrados norte-americanos e uma das páginas, sem os nomes, com os vencimentos recebidos por desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Quando um juiz coloca sua reivindicação salarial nos autos de um processo e por elas decide sua sustação está desmerecendo a isenção de seu proceder, onde nada deve haver que não seja o próprio mérito da causa que julga.
Um juiz federal ganha aproximadamente o mesmo de um parlamentar, de um Ministro de Estado ou do Presidente da República.
Por mais capacidade que todos reconheçamos nos juízes, é preciso que eles se entendam como servidores públicos e que, no serviço público, não é compatível ganhar o que se ganha nos pomposos escritórios de advocacia e consultoria empresarial .
A elite do funcionalismo público procura na elite capitalista e não no povo a que serve seus padrões de referência e, então, pratica estes desatinos.
Agir desta forma é se expor, perante a população, à pecha de indiferentes à realidade social, onde um professor muitas vezes não ganha sequer R$ 1,5 mil.
A elite do funcionalismo público, que tem suas posições conquistadas por saber do qual não se duvida, tem que ser mais lúcida que a elite econômica à qual tantas vezes se alinha em opinião e entender que este é um país carente, arrochado por um brutal garrote financeiro e que os recursos que faltam ao Judiciário mais ainda faltam à saúde, à educação, à assistência social…
Decoro não é uma palavra vazia ou comportamento formal.
É uma atitude moral, a que todos na vida pública e, ainda que fora dela, mas na política, estamos obrigados.
Aliás, decoro é, pela Lei Orgânica da Magistratura, dever legal para o exercício do cargos.
Mas talvez tenham se esquecido.
Esse magistrado merece o título de Meritíssimo
Casta judiciária pede aumento de 22% e o senado de patifes concede o aumento
POSTADO POR GILSONSAMPAIO
sexta-feira, outubro 31, 2014
Brasileiros preferem caças suecos a franceses
Além disso, o Brasil pediu à Suécia para construir para a sua marinha a versão naval do Sea Gripen. Tenciona-se equipar com eles o porta-aviões São Paulo. Mas a parte do negócio mais atraente para o Brasil é o compromisso da Suécia de transmitir a tecnologia de produção de caças.
Durante 10 anos, especialistas suecos e brasileiros irão fabricar no território do Brasil aviões de guerra modernos. A Argentina também está interessada nesse projeto. Segundo o portal de informação Defence Aerospace, Agustin Rossi, ministro da Defesa da Argentina, deu indicação de começar conversações com o Brasil sobre a aquisição de 24 Gripen de montagem brasileira.
Peritos da prestigiosa edição britânica Jane’s, que se especializa em temas militares, consideram que, agora, os suecos podem dar início à luta pelo mercado de armamentos da Índia. E tentarão convencer a direção militar da Índia da superioridade dos seus Gripen em comparação com os franceses Rafale.
A simplicidade e facilidade de manutenção dos seus caças é o mais forte argumento dos suecos. Segundo dados de peritos independentes, o avião sueco exige de 3 a 5 horas de trabalho de manutenção por cada hora de VOO. Isso significa que 6-10 técnicos precisarão apenas de meia hora para preparar o caça para um novo voo. Segundo esses indicadores, o Gripen fica significativamente à frente dos seus concorrentes europeus. Por exemplo, depois de uma hora de voo, a manutenção do francês Rafale exige 15 horas de trabalho. O americano Lightening II quer 30-35. Em conformidade com os cálculos da Jane's, o valor operacional do Gripen é de 4 700 dólares por hora, enquanto que o do Rafale é de 15 mil dólares.
O modelo naval Sea Gripen é também bastante atraente. O comando militar indiano planeia que o porta-aviões INS Vikrant, que está a ser construído, terá, além dos Mig-29 que já estão ao serviço da Marinha da Índia, caças leves de bordo Naval Tejas. Mas os peritos duvidam que esses aviões estejam prontos até 2018, quando o porta-aviões passar a fazer parte da Marinha de Guerra do país. Por isso existe a probabilidade de, no lugar dos Tejas, a Marinha indiana possa adquirir um análogo; o caça leve de bordo Gripen.
Segundo o perito Manoj Joshi da Observer Research Foundation (ORF), “o melhor para o projeto Tejas poderão ser os sistemas de bordo fabricados para o Gripen. A guerra aérea moderna não são manobras com contato visual. Hoje, tudo é decidido pela velocidade de tratamento de dados, equipamentos de rede a bordo do avião, aparelhos e equipamentos na cabine do piloto. Esta é precisamente a parte forte da Saab”.
Peritos militares de muitos países do mundo têm essa opinião favorável sobre os caças suecos. Em 2011, o governo da Suíça escolheu o Gripen, preferindo-o ao francês Rafale e ao europeu Eurofighter Typhoon. Os aviões Gripen equipam não só a Força Aérea da Suécia, mas também da República Checa, Hungria, África do Sul e Tailândia. O mesmo acontece com o Centro de Preparação de Pilotos de Caça do Reino Unido.
Embaixador de Israel retirado da Suécia após Estocolmo reconhecer Palestina
Até o presente momento, o Estado da Palestina é reconhecido por 135 países.
Há dois anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas concedeu aos palestinos por maioria de votos o estatuto de "Estado observador" junto da ONU, reafirmando o seu direito à autodeterminação dentro dos limites dos territórios ocupados por Israel em 1967.
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