Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 01, 2014

Charge foto e frase do dia




























































































































































Juiz coxinha dá um show de coxinhice e nós pagamos a conta

Sanguessugado do Tijolaço
Um juiz precisa comprar ternos em Miami, Excelência?
Fernando Brito
Mens2013Suiting_1
O texto abaixo foi escrito no dia 11 de outubro.
Não o publiquei porque, pensando bem, não quis fazer da atitude – que supus isolada –  de um juiz algo genérico e desmerecedor de uma categoria profissional essencial para a sociedade.
Mas hoje, diante do vídeo publicado no Diário do Centro do Mundo, onde o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, defende o “auxílio-moradia” como uma burla “legítima” para aumentar os vencimentos dos magistrados (e, de quebra, um aumento imune a imposto, porque verba de natureza indenizatória), resolvi fazê-lo.
É inadmissível que um juiz, um desembargador, defenda um expediente ilegal, um arranjo obscuro, uma maracutaia para beneficiar a si mesmo.
E que use um “não dá para ir toda hora a Miami comprar terno” como explicação para a “penúria” em que vivem Suas Excelências.
É demais.

O “escravo” de R$ 30 mil por mês e a pobreza mental de nossa elite

É direito de cada uma e de qualquer pessoa desejar ganhar muito dinheiro, por meios lícitos e sem que isso prejudique a coletividade.
Mas é também dever de qualquer um que se dedique ao serviço público entender que sua remuneração provêm do povo e que, portanto, recai sobre ele o dever de comedimento em suas ambições, por mais que as considere justas.
A reportagem de hoje, no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, porém, retrata a insensibilidade que tomou conta da parcela menos sacrificada do funcionalismo: o Poder Judiciário.
Não falo de seus servidores, a maioria remunerada modestamente.
Mas dos juízes que recebem hoje, segundo a tabela do Conselho Nacional de Justiça, mais de R$ 25 mil, além dos R$ 4,3 mil de “auxílio-moradia”.
Quase R$ 30 mil por mês, portanto.
Pois um deles, despachou, em um processo, que estava sustando sua tramitação por falta de um juiz-substituto que dele cuidasse e que se o analisasse estaria fazendo “trabalho escravo”, tudo porque não foi estendida aos magistrados uma gratificação que o Ministério Público paga aos seus integrantes que acumulam varas: mais R$ 5 mil.
Não discuto mérito nem valores pagos aos magistrados – mas a necessária ponderação de seus atos.
Mesmo tratando dos juízes federais – que não estão nas farras remuneratórias que marcam muitos judiciários estaduais e que a gente volta e meia vê nos jornais – uma remuneração total na faixa de 12 mil dólares mensais, ou US$ 150 mil anuais, sem contar 13° salário – está na mesma faixa dos juízes de Nova York, segundo matéria do NYTimes.
Para que não fiquem palavras ao vento, no final do post coloco o resultado deuma pesquisa de remuneração de magistrados norte-americanos e uma das páginas, sem os nomes, com os vencimentos recebidos por desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Quando um juiz coloca sua reivindicação salarial nos autos de um processo e por elas decide sua sustação está desmerecendo a isenção de seu proceder, onde nada deve haver que não seja o próprio mérito da causa que julga.
Um  juiz federal ganha aproximadamente o mesmo de um parlamentar, de um Ministro de Estado ou do Presidente da República.
Por mais capacidade que todos reconheçamos nos juízes, é preciso que eles se entendam como servidores públicos e que, no serviço público, não é compatível ganhar o que se ganha nos pomposos escritórios de advocacia e consultoria empresarial.
A elite do funcionalismo público procura na elite capitalista e não no povo a que serve seus padrões de referência e, então, pratica estes desatinos.
Agir desta forma é se expor, perante a população, à pecha de indiferentes à realidade social, onde um professor muitas vezes não ganha sequer R$ 1,5 mil.
A elite do funcionalismo público, que tem suas posições conquistadas por saber do qual não se duvida, tem que ser mais lúcida que a elite econômica à qual tantas vezes se alinha em opinião e entender que este é um país carente, arrochado por um brutal garrote financeiro e  que os recursos que faltam ao Judiciário mais ainda faltam à saúde, à educação, à assistência social…
Decoro não é uma palavra vazia ou comportamento formal.
É uma atitude moral, a que todos na vida pública e, ainda que fora dela, mas na política, estamos obrigados.
Aliás, decoro é, pela Lei Orgânica da Magistratura, dever legal para o exercício do cargos.
Mas talvez tenham se esquecido.

Esse magistrado merece o título de Meritíssimo
Casta judiciária pede aumento de 22% e o senado de patifes concede o aumento
judges
juizes

Deleite - Messias Indeciso Raul toca Raul

Deleite - RAUL SEIXAS - Canto para minha morte (1984)

Deleite - Som Brasil - Emicida - Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores de Geraldo Vandré

batata do alckimin




sexta-feira, outubro 31, 2014

Brasileiros preferem caças suecos a franceses

Gripen, avião, Força Aerea, Suecia, França, Brasil
Foto de arquivo. Caça sueco Gripen

Os caças suecos Gripen mostraram ser melhores do que os franceses Rafale e do que os americanos F/A-18 Super Hornet. Esta foi a conclusão a que as autoridades do Brasil chegaram, tendo assinado um acordo de aquisição de 36 caças com o consórcio sueco Saab. O valor do contrato foi de 5,4 bilhões de dólares.

Além disso, o Brasil pediu à Suécia para construir para a sua marinha a versão naval do Sea Gripen. Tenciona-se equipar com eles o porta-aviões São Paulo. Mas a parte do negócio mais atraente para o Brasil é o compromisso da Suécia de transmitir a tecnologia de produção de caças.
Durante 10 anos, especialistas suecos e brasileiros irão fabricar no território do Brasil aviões de guerra modernos. A Argentina também está interessada nesse projeto. Segundo o portal de informação Defence Aerospace, Agustin Rossi, ministro da Defesa da Argentina, deu indicação de começar conversações com o Brasil sobre a aquisição de 24 Gripen de montagem brasileira.
Peritos da prestigiosa edição britânica Jane’s, que se especializa em temas militares, consideram que, agora, os suecos podem dar início à luta pelo mercado de armamentos da Índia. E tentarão convencer a direção militar da Índia da superioridade dos seus Gripen em comparação com os franceses Rafale.
A simplicidade e facilidade de manutenção dos seus caças é o mais forte argumento dos suecos. Segundo dados de peritos independentes, o avião sueco exige de 3 a 5 horas de trabalho de manutenção por cada hora de VOO. Isso significa que 6-10 técnicos precisarão apenas de meia hora para preparar o caça para um novo voo. Segundo esses indicadores, o Gripen fica significativamente à frente dos seus concorrentes europeus. Por exemplo, depois de uma hora de voo, a manutenção do francês Rafale exige 15 horas de trabalho. O americano Lightening II quer 30-35. Em conformidade com os cálculos da Jane's, o valor operacional do Gripen é de 4 700 dólares por hora, enquanto que o do Rafale é de 15 mil dólares.
O modelo naval Sea Gripen é também bastante atraente. O comando militar indiano planeia que o porta-aviões INS Vikrant, que está a ser construído, terá, além dos Mig-29 que já estão ao serviço da Marinha da Índia, caças leves de bordo Naval Tejas. Mas os peritos duvidam que esses aviões estejam prontos até 2018, quando o porta-aviões passar a fazer parte da Marinha de Guerra do país. Por isso existe a probabilidade de, no lugar dos Tejas, a Marinha indiana possa adquirir um análogo; o caça leve de bordo Gripen.
Segundo o perito Manoj Joshi da Observer Research Foundation (ORF), “o melhor para o projeto Tejas poderão ser os sistemas de bordo fabricados para o Gripen. A guerra aérea moderna não são manobras com contato visual. Hoje, tudo é decidido pela velocidade de tratamento de dados, equipamentos de rede a bordo do avião, aparelhos e equipamentos na cabine do piloto. Esta é precisamente a parte forte da Saab”.
Peritos militares de muitos países do mundo têm essa opinião favorável sobre os caças suecos. Em 2011, o governo da Suíça escolheu o Gripen, preferindo-o ao francês Rafale e ao europeu Eurofighter Typhoon. Os aviões Gripen equipam não só a Força Aérea da Suécia, mas também da República Checa, Hungria, África do Sul e Tailândia. O mesmo acontece com o Centro de Preparação de Pilotos de Caça do Reino Unido.

Embaixador de Israel retirado da Suécia após Estocolmo reconhecer Palestina

Embaixador de Israel retirado da Suécia após Estocolmo reconhecer Palestina

Israel decidiu retirar o seu embaixador da Suécia depois de o governo do país escandinavo anunciar nesta quinta-feira que reconhece o Estado da Palestina, segundo noticia a mídia com referência a um representante das autoridades locais.

Até o presente momento, o Estado da Palestina é reconhecido por 135 países.
Há dois anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas concedeu aos palestinos por maioria de votos o estatuto de "Estado observador" junto da ONU, reafirmando o seu direito à autodeterminação dentro dos limites dos territórios ocupados por Israel em 1967.