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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 07, 2015

O entreguista Serra não perde tempo e bombardeia o pré-sal!

SERRA DEFENDE ENTREGA DO PRÉ-SAL AO CAPITAL


Ele não tem nenhum mancômetro… Não foi ele que o Wikileaks flagrou?

O senador José Serra (PSDB-SP), em entrevista publicada nesta quinta-feira (5) no Estadão, afirma que a Petrobras tem “excesso” de diversificação e defende a venda de ativos que, segundo ele, dão prejuízo, como por exemplo, o pré-sal.
 

O entreguista Serra não perde tempo e bombardeia o pré-sal!


Senador tucano diz que Petrobras deve somente “explorar e produzir petróleo”Senador tucano diz que Petrobras deve somente “explorar e produzir petróleo” Serra afirma que a estatal deve se resumir em “explorar e produzir petróleo”. “Hoje, ela atua na distribuição de combustíveis no varejo, nas áreas de petroquímica, fertilizante, refinaria, meteu-se em ser sócia de empresa para fabricar plataformas e investiu até em etanol, justamente quando a política de contenção de preços da gasolina arruinava o setor. O que dá prejuízo precisa ser enxugado”, disse ele. Quando o repórter pediu para que ele definisse esse “enxugado”, Serra revela seu verdadeiro interesse: “Vendido, concedido ou extinto”.
O senador ignora o fato de que sem a atuação da Petrobras nenhum destes setores teria se desenvolvimento, já que a iniciativa privada, principalmente os cartéis internacionais do petróleo, não se interessa no avanço dessas plataformas. Além disso, as ações estratégicas da Petrobras tem efeito multiplicador gerando uma política de conteúdo nacional, milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia.
Primeiro passo tucano: pré-sal
Segundo o senador tucano, a primeira tarefa é revisar o modelo do pré-sal. “Tem que começar pela revisão do modelo do pré-sal: retirar a obrigatoriedade de a empresa estar presente em todos os poços, ser a operadora única dos consórcios e ter que suportar os custos mais altos da política de conteúdo nacional”.
Cobiçada há anos pelos cartéis internacionais do petróleo, a Petrobras é a maior empresa da América Latina, inclusive a de maior lucro, com mais de U$ 10 bilhões. A estatal foi a maior produtora de petróleo do mundo, ultrapassando a norte-americana Exxon. E a extração de petróleo do pré-sal, que Serra quer entregar, já passa de 500 mil barris por dia.

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Parecer que defende impeachment foi encomendado por advogado de FHC





O parecer jurídico elaborado por Ives Gandra da Silva Martins e que defende a hipótese de impeachment de Dilma Rousseff foi encomendado por um advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que integra o conselho do Instituto FHC. As informações são da Folha de S. Paulo.
O documento, escrito por Ives Gandra, foi solicitado por José de Oliveira Costa, que confirmou à Folha que trabalha para FHC: “sou advogado dele”. No entanto, ele nega que o documento tenha caráter político: “Não tenho ligação nenhuma com o PSDB. Nem sei onde fica o diretório.”
Martins nega que a peça tenha pretensões políticas e destacou que o documento é “absolutamente técnico”. ‘Para mim, é indiferente se o cliente é o Fernando Henrique Cardoso ou uma empreiteira’.
O jurista disse que cobrou pela peça, mas não informou o valor. Já advogados ouvidos pela Folha dizem que a peça pode custar entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Vale ressaltar que, em artigo publicado no último domingo (1), Fernando Henrique incita juízes, procuradores e a mídia a ir até as últimas consequências na apuração dos desvios da Petrobras. Questiona pela Folha, FHC disse que soube na última terça que Costa encomendara o parecer. Para FHC, “neste momento”, o impeachment “não é uma matéria de interesse político”.
*DCM

fome matava 300 crianças POR DIA no Brasil.

Castro J Joao compartilhou o vídeo de Jandira Feghali.
14 min · 
Assistam a reportagem! Em 2001, no fim da Era FHC, a fome matava 300 crianças POR DIA no Brasil. A tristeza que assolava milhões de mães nos rincões de nosso país deu lugar à esperança através de um projeto progressista, com visão social. Um projeto iniciado pelo grande Lula e defendido hoje por Dilma Rousseff!
Retroceder à opção tucana é voltar a um Brasil falido, fracassado e que via seus filhos serem enterrados com apenas 7 dias de vida.
82.347 visualizações
Jandira Feghali carregou um novo vídeo: FOME ASSASSINA DO GOVERNO PSDB.
Assistam a reportagem! Em 2001, no fim da Era FHC, a fome matava 300 crianças POR DIA no Brasil. A tristeza que assolava milhões de mã...
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O Estado não pode ser visto como algo externo aos cidadãos.

A TRAMA IMUNDA DO IMPEACHMENT DE DILMA

O povo brasileiro não vai permitir que FHC e sua corja tulmultuem a ordem democrática deste país


Vou repetir o que tenho dito em artigos anteriores: é chegada a hora de a sociedade brasileira escancarar os olhos; ler nas entrelinhas; não acreditar piamente nas manchetes dos grandes jornais; desconfiar da unanimidade de certas figuras que sempre defenderam os interesses das elites deste país.

O momento é de participação, fiscalização e busca de informações por iniciativa própria. Replicar apenas o que nos chega pelas redes sociais não é papel de cidadãos politicamente responsáveis. É necessário questionar que interesses se encontram infiltrados nos debates dos grandes temas nacionais.

Nunca antes na história brasileira houve tanta liberdade como agora: temos liberdade política, religiosa, pessoal. Podemos nos expressar, votar e ter a orientação sexual que nos agrade.

Mesmo assim muitas pessoas olham a política com desinteresse ou preconceito e algumas estão agora enojadas com a descoberta da corrupção no Legislativo, nas estatais, e no meio empresarial.

Não entendem que esta descoberta acontece exatamente porque vivemos numa democracia. No decorrer de nossas vidas passamos por bons e maus momentos. Na história isso se repete.

O que importa é o que estes momentos nos ensinam e pra onde nos levam.O que não podemos é relegar o exercício pleno da cidadania ao último plano em nossas vidas, sob o pretexto de que não gostamos da política ou dos políticos.

Não devemos terceirizar essa função. Deixar que outros decidam por nós, sem a nossa participação. Quando agimos assim estamos permitindo que o espaço que é nosso por direito, seja ocupado, talvez, por falastrões, bandidos, canalhas profissionais.

Estes tem sempre uma versão da história, não necessariamente a verdadeira. Buscam alianças estratégicas, as vezes momentâneas e oportunistas para alcançarem seus objetivos. É necessário observar atentamente para entender.

Uma das maiores tramas armadas neste momento, para a qual venho chamando a atenção desde o ano passado é a tentativa de se criar um clima propício e de apoio popular e jurídico para o impeachment da presidenta Dilma.

Estão se unindo nesta missão todos aqueles que não queriam sua reeleição e que agora não se conformam com a derrota, como o PSDB, e os que vislumbram uma possibilidade de, tirando Dilma da presidência, derrotar de vez as possibilidades do PT para 2018.

Senão vejamos: depois de lançada pelo corvo traidor dos trabalhadores, o ex comunista Alberto Goldman, a idéia de que Dilma não resistirá à pressão nos próximos quatro anos, a tese é replicada pelo senador José Serra ao garantir que ela não concluirá o mandato. Serão eles videntes, contratados por uma mesma empresa?

Logo em seguida, o eterno inconformado com a derrota, senador Aécio Neves, cuja especialidade é desrespeitar mulheres e a autoridade da presidenta deste país, deixa claro que sua estratégia para tirar Dilma do Planalto se apoia na defesa de abertura de uma nova CPI da Petrobras.

A mais gritante e suja parte desta trama se deu nos últimos dias com a atuação de ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que no artigo "Chegou a hora", publicado pelo Estadão, no domingo, e replicado por inúmeros blogs, prevê a derrubada da presidenta através de uma ação da Justiça, porque, segundo ele cinicamente afirmou, um golpe militar "não é desejável".

Ele prega que a Justiça (juízes, procuradores e delegados) e a mídia devem ter a "ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas", o que para bom entendedor significa Dilma e Lula.

Em ação claramente orquestrada, dois dias depois, um parecer do conhecido jurista ultra conservador, expoente da Opus Dei no Brasil, Ives Gandra Martins, sustenta que a corrupção na Petrobras pode ser a base para o impeachment de Dilma Rousseff, sob a alegação de que ela presidiu o conselho de administração da empresa.

Ele lembra, no entanto, que a decisão será mais política do que técnica, mas deixa claro que no que depender de uma tese jurídica para tal, esta ele já assinou. Gandra defende que, em razão das denúncias de corrupção que afloram na Operação Lava Jato, Dilma poderia ser responsabilizada diretamente por negligência e omissão.

Gandra é tributarista e conhecido por cobrar não exatamente preços razoáveis de seus clientes preocupados com o fisco. Quem teria pago a ele para a realização do parecer ? Há controvérsias sobre a origem dos fundos, se originários de empreiteiras ou do instituto de FHC, mas afinal que diferença faz, jogam do mesmo lado.

FHC tenta inutilmente se colocar como figura imparcial convocando políticos governistas e oposicionistas a não deixarem a Justiça agir só, ou seja, sua estratégia é mais do que cristalina: no parecer encomendado a Gandra ele quer dar o pontapé para que a questão comece a ser colocada em pauta com bases jurídicas. O nome de seu artigo Chegou a Hora deixa claro suas reais intenções.

O que nos resta então fazer com as denúncias de corrupção? Olhar para elas como se fôssemos impotentes? Ou pelo outro extremo, como se fossem razão para abalarmos o país, tumultuando o processo democrático? Claro que não.

Como indivíduos devemos olhar pra ela como combustível, traçando metas para transformar a impotência em potência, em favor de uma política justa. Os eleitores devem ser os responsáveis pelo Estado, ou seja, pelo governo que eles mesmos elegeram.

O Estado não pode ser visto como algo externo aos cidadãos. Nossa não participação na política pública no dia a dia facilita a delinquência estatal. Sentir-se vivo é sentir-se também participante, e é nesse sentido que a política tem que fazer parte das nossas vidas.

Temos que ser protagonistas da política e não antagonistas, uma vez que a política está ligada à nossa felicidade e aos destinos da Nação. Conclamo a todos os brasileiros brasileiras para que saiam às ruas e se manifestem pelo apoio à ordem democrática e aos resultados incontesti das últimas eleições. 
PlantaoBrasil

Lúcia Vânia chora, diz que foi massacrada por Aécio e vai deixar o PSDB

"Ele não tinha o direito de fazer isso". Após ser enquadrada por Aécio Neves, senadora tucana anuncia que deixará o partido. Lúcia Vânia entrou no PSDB há 20 anos

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Depois de ser enquadrada por Aécio Neves, senadora Lúcia Vânia anuncia saída do PSDB (Imagem: Pragmatismo Político)
Após disputar internamente no PSDB um cargo na Mesa Diretora do Senado, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) anunciou nesta quarta-feira que deixará seu partido.
Lúcia Vânia subiu à tribuna do Senado para declarar que votou em Luiz Henrique, conforme determinou seu partido e, em discurso bastante emocionado, afirmou que sente “profunda tristeza” pelo episódio. A senadora se disse “massacrada” por integrantes da própria legenda.
O desabafo da tucana ocorre um dia depois de o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reunir a bancada do partido no Senado e desautorizar Vânia a disputar uma vaga na Mesa Diretora da Casa. No lugar dela, foi indicado o senador Paulo Bauer (PSDB-SC).
A senadora contava com o apoio do presidente reeleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a vaga da primeira-secretaria, órgão administrativo da Casa. Esse apoio levantou suspeita sobre o voto dado por ela na disputa pela presidência do Senado, realizada no último domingo. Na ocasião, o PSDB fechou questão em torno da candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC), derrotado por Renan.
“Querem desacreditar minha atitude pondo em suspeição meu voto para presidente dessa Casa”, reclamou a senadora durante discurso na tribuna do Senado. “Não posso de forma nenhuma aceitar a ação sutil, rasteira e muito cruel que fizeram comigo durante essa semana”, completou.
“Fui submetida sem aviso prévio a uma situação vexatória. Expuseram-se impiedosamente a toda a bancada do PSDB, da imprensa, do meu estado e dessa Casa. Descredenciando a minha palavra, o desprestígio da minha credibilidade”, afirmou a senadora.
“Eu vou tomar ainda algumas providencias que precisam ser tomadas em relação a consulta no Supremo. O que posso dizer é que não tenho mais motivação para ficar no PSDB”, afirmou Lúcia Vânia após desabafar em discurso realizado no plenário.
“Me massacraram quando o Renan impôs a minha candidatura como primeira-secretária. Ele jogou a isca e o Aécio mordeu o anzol. Na verdade Aécio Neves podia ter dito: agradeço a indicação, reconheço o valor da senadora, mas vamos discutir internamente na bancada e não levantar suspeita sobre o meu voto”, acrescentou.
Segundo alguns senadores, o episódio desta terça chegou a levar a senadora às lágrimas. Com o tom de voz embargado e expressão chorosa, ela lembrou que ingressou no partido em 1995. “Ele não tinha o direito de fazer isso”, afirmou. Caso consiga o aval jurídico para deixar a legenda, Lúcia Vânia pretende ficar sem partido.
*Pragmatismopolitico

Petrobrás valia U$ 15,4 bilhões em 2003. Hoje vale R$ 214 bilhões. O que a imprensa noticia?

Apesar da perda de valor, empresa cresceu 300% de 2003 até 2013. Manchetes não mostraram crescimento.


A Petrobrás teve em 2013 um dos melhores anos de sua história. A produção aumentou consideravelmente (em média 3% ao mês) e Libra foi concessionada por quase 1 trilhão de reais.

No entanto a imprensa mostra o oposto. As manchetes, há anos, são:

"Petrobrás perde valor de mercado"

"Petrobrás é a empresa com maior perda de valor de mercado no Brasil"

No Facebook, páginas financiadas pela oposição compartilham mais desinformação: dizem que a culpa é do PT e que a Petrobrás está falida. Pura mentira.

Neste link, de um dos blogs oficiais da Petrobrás, você encontra o valor de mercado da empresa em 2002: U$ 15,4 bilhões.

Você pode confirmar a informação nesta matéria da Folha de SP.


No final do 2002, a Petrobras tinha um valor de mercado de US$ 15,4 bilhões


No dia 30 de dezembro a Globo noticiou por meio de seu portal, o G1: Petrobras é a empresa com maior queda de valor de mercado em 2013.

Note para a informação: O valor de mercado atual da companhia é R$ 214,69 bilhões.

Em nenhum momento a Globo faz uma comparação entre os 15 bilhões de antes e os 214 de agora. A mesma notícia foi dada na Exame, Veja, Época, Folha e Estado.

O fato é que a companhia ganhou bilhões em investimento no governo Lula e em 2007 anunciou o Pré-sal. Seu valor de mercado, que já era quatro vezes maior do que em 2002, disparou.


Em 2008 a empresa perdeu esse valor extra, recuperou parte em 2009 mas voltou a perder valor de mercado com a crise mundial.

No entanto, a produção de petróleo aumentou e o lucro líquido da companhia cresceu 29% de janeiro a setembro de 2013 com relação ao mesmo período de 2012.

A imprensa golpista não se cansa de mentir. Mas a gente está aqui para desmascarar. 
*PlantaoBrasil

Mujica classifica Globo como “tubarão” estrangeiro


Mujica classifica Globo como “tubarão” estrangeiro

No mesmo dia em que começou a ser debatida a lei de regulamentação de mídia no Uruguai, o presidente José “Pepe” Mujica afirmou que não quer o monopólio estrangeiro nas comunicações do país: “Deixando claro, não quero que o Clarín ou a Globo se achem donos das comunicações no Uruguai”
Por Redação
Nesta terça-feira (16), começou a ser debatida a Lei de Mídia na Câmara dos Senadores do Uruguai. Em seus últimos meses como presidente, José “Pepe” Mujica foi direto sobre o assunto: não quer que grandes conglomerados estrangeiros de comunicação tomem conta do setor no país.
“[Deixando] mais claro: eu não quero nem que o Clarín ou a Globo se tornem donos das comunicações no Uruguai”, afirmou Mujica. Embora tenha confessado ainda não estar totalmente interado sobre o projeto, deixou claro que, por ora, concorda em “linhas gerais” com o que está sendo proposto.
O mandatário disse ainda que parece “que qualquer coisa [mercado] que se queira regular é um pecado mortal”. Ao demonstrar que pensa exatamente o contrário, o presidente classificou as gigantes da Argentina e do Brasil como “tubarões de fora”: “Tudo bem que tem de ter liberdade de imprensa, mas o que menos deve ter é o monopólio de uma coisa que vem de fora”.
Mujica fica no poder até 1° de março de 2015, quando “devolve” a faixa da presidência uruguaia para Tabaré Vásquez.
Foto de Capa: Reprodução
*revista forum



CUBA mais de 90% dos trabalhadores cubanos são membros de sindicatos. Em comparação com os Estados Unidos, onde em 2013, segundo as Estatísticas Laborais, só 11,3% dos trabalhadores eram membros de sindicatos.

A verdade sobre os sindicatos de Cuba



Por Cheryl LaBash

A nova "amizade" entre os EUA e Cuba é semelhante à velha inimizade. A classe dominante dos Estados Unidos conseguiu que o Congresso colocasse 11 milhões na criação de um programa para a promoção da "liberdade de organizar sindicatos" em Cuba. Nos EUA essa liberdade é de tal ordem que a percentagem de trabalhadores sindicalizados não atinge os 12%.

O presidente Barack Obama afirmou na sua declaração de 17 de Dezembro sobre as "mudanças de política" em relação a Cuba: "Achamos que os trabalhadores cubanos devem ter a liberdade de formar sindicatos".

Que quer ele dizer? Já mais de 90% dos trabalhadores cubanos são membros de sindicatos. Em comparação com os Estados Unidos, onde em 2013, segundo as Estatísticas Laborais, só 11,3% dos trabalhadores eram membros de sindicatos. Não serão os americanos que precisam de liberdade para filiação nos sindicatos?


Logo a 22 de Dezembro, o Departamento de Estado dos Estados Unidos ofereceu 13 milhões de dólares dos impostos pagos pelos americanos para financiarem programas que possam fomentar "os direitos civis, políticos e laborais em Cuba". O quê? O orçamento dos Estados Unidos conta com 11 milhões para gastar em "direitos laborais" em Cuba, quando mais de 50% das famílias das crianças norte-americanas em escolas públicas são tão pobres que são elegíveis para almoços escolares gratuitos ou a preço reduzido? (Nova Iorque, 16 de Janeiro).

Afinal o que se passa?

A revolução cubana de 1959 derrubou aí o sistema econômico capitalista. Mas a unificação dos sindicatos cubanos na Central de Trabalhadores de Cuba, CTC, remonta a 1939, 20 anos antes do triunfo da revolução. Os sindicatos são organizações independentes, voluntárias e autofinanciadas.

As quotas de 1% dos salários recolhem-se diretamente no local de trabalho, não através de deduções.

Demonstração de democracia aberta

Cuba é um estado trabalhador que está a forjar o socialismo. A riqueza criada através da produção de bens e serviços utiliza-se para melhorar a vida de todo o povo, não para beneficiar uns poucos. Os seus sindicatos estão diretamente implicados na solução dos muitos desafios que a sociedade cubana enfrenta — que incluem o peso do bloqueio econômico, financeiro e comercial unilateral dos Estados Unidos, acrescido das centenas de anos de subdesenvolvimento colonial.

Propostas para iniciar ou mudar leis discutem-se em cada local de trabalho, nas assembleias de bairro e nas organizações de massas como a Federação de Mulheres Cubanas. As emendas e observações realizadas registam-se, são consideradas e alteram o resultado final. Os Esboços Econômicos, adaptados no VI Congresso do Partido Comunista de Cuba foram forjados através de uma ampla consulta com o povo cubano — não só com os membros do partido. Mais de oito milhões de pessoas (9,9) discutiram-nas em 163.000 reuniões. A população total de Cuba é de cerca de 11 milhões.

As decisões econômicas nos Estados Unidos são feitas pelos patrões, os banqueiros e pala classe capitalista insaciável para maximizar os seus lucros. Estas decisões aumentam a desigualdade social e a insegurança econômica para a classe trabalhadora, enquanto enriquecem a décima parte do 1% mais rico.

Os sindicatos podem lutar por uma melhoria do sistema econômico de lucros, mas nesta época de capitalismo num beco sem saída, é frequentemente uma batalha perdida. Os saltos na produtividade, em lugar de aliviar a carga da classe trabalhadora, resultam em desemprego, cidades em bancarrota e uma desigualdade crescente de rendimento. São os "especialistas" treinados por bancos e corporações, nunca os trabalhadores ou sindicatos, que escrevem as leis sobre assuntos econômicos para que os legisladores as aprovem sem problemas.

Os trabalhadores cubanos são a força principal na construção do socialismo e em garantir que as necessidades básicas para uma vida digna estejam disponíveis para todos. Isso inclui a atenção gratuita e a qualidade da saúde e educação, além do acesso à cultura e ao desporto. No centro de convenções na cidade de Holguin há um mural que anuncia "300 milhões de crianças dormem na rua todas as noites, nenhuma delas é cubana". Isso é resultado da sua economia socialista.

No dia 15 de Janeiro, a Agência Nacional de informação (AIN) anunciou algo muito fora da experiência dos trabalhadores dos Estados Unidos. A CTC, equivalente em Cuba à AFL-CIO, pediu aos trabalhadores que realizassem assembleias nos centros de trabalho para que os administradores pudessem informá-los sobre o plano econômico adaptado e o orçamento anual. Disseram "não é possível cumprir um plano de produção sem a participação ativa dos coletivos laborais que têm a capacidade de utilizar o seu potencial em termos de eficiência que nós como sindicatos sabemos que têm.

No encerramento do quarto período de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, o presidente cubano Raul Castro Ruiz explicou: "Não é segredo para ninguém que no nosso sistema social os sindicatos defendem os direitos dos trabalhadores e para o conseguir efetivamente devem ser os primeiros a velar não pelo interesse de um coletivo laboral determinado, mas também pelos interesses de toda a classe trabalhadora, que são essencialmente os mesmos que garantem toda a nação.

Não podemos deixar espaço a que se desenvolva e fortaleça o egoísmo e a cobiça entre os nossos trabalhadores. Todos queremos e necessitamos de melhores salários, mas antes há que criar a riqueza para depois a distribuir de acordo com a capacidade de cada um". (granma.cu).

Mas, que se passa com os trabalhadores dos Estados Unidos quando aumenta a produtividade? O Departamento de Trabalho informou em 9 de Janeiro que os salários tinham diminuído em dezembro apesar do emprego oficial ter melhorado um pouco. A economista de Wall Street, Diane Swonk explica assim:

"Isto continua a ser um mercado de compradores em termos de mão-de-obra. Com todas as boas notícias sobre o desemprego e o número de postos de trabalho que criamos, se acreditarmos nestas cifras salariais, os empregadores ainda podem selecionar" (Nova Iorque, 10 de Janeiro).

Isso explica porque a classe dominante dos Estados Unidos conseguiu que o Congresso colocasse 11 milhões na criação de um programa falso para poder cravar as suas garras em Cuba a coberto da promoção da "liberdade de organizar sindicatos". O que os patrões realmente querem aqui é ter uma seleção de escravos assalariados que devem vender a sua força de trabalho no mercado "livre" em vez de os trabalhadores serem os agentes de planificação que podem decidir o seu destino socialista.

Fonte: Diário.

Tradução: Manuela Antunes.
ericDiário Liberdade - Alguns livros de Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século XX, estão disponível para serem baixados ou lidos em PDF na internet.

Atualmente o leitor pode fazer download de forma grátis dos seguintes livros:
Nações e nacionalismo desde 1780
Ecos da Marselhesa
A era das revoluções
A era do capital
Era dos extremos
Era dos impérios
Eric Hobsbawm nasceu no Egito sob domínio britânico, por isso passou a ter nacionalidade britânica. Militante político do Partido Comunista da Grã-Bretanha até a década de 90, também fez parte de uma corrente de historiadores ingleses que renovaria a escrita da história e o próprio marxismo. Faleceu em outubro de 2012.
Com informações da História Lecionada.
*diariodaliberdade