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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 14, 2015

O Instituto FHC


EM 2004, EMPREITEIRAS (ALGUMAS ENVOLVIDAS NA LAVA JATO), BANQUEIROS E MEGAEMPRESÁRIOS "PAGAVAM" FHC POR "SERVIÇOS PRESTADOS"... POIS, SEGUNDO A REVISTA ÉPOCA, "BOA PARTE DELES" TERMINOU "A ERA FHC MELHOR DO QUE COMEÇOU"...
O GRUPO ERA CHAMADO DE "CLUBE DOS EMPRESÁRIOS AMIGOS".
SERÁ QUE TEM A VER COM O "CLUBE" QUE ROUBOU DA PETROBRAS?
‪#‎INVESTIGUEMOPSDBJÁ‬
FHC passa o chapéu
Presidente reúne empresários e levanta R$ 7 milhões para ONG que bancará palestras e viagens ao Exterior em sua aposentadoria
Gerson Camarotti
Foi uma noite de gala. Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack - ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis, em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou. Entre outros, estavam lá Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), David Feffer (Suzano), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Luiz Nascimento (Camargo Corrêa), Pedro Piva (Klabin), Lázaro Brandão e Márcio Cypriano (Bradesco), Benjamin Steinbruch (CSN), Kati de Almeida Braga (Icatu), Ricardo do Espírito Santo (grupo Espírito Santo). Em troca da doação, cada um dos convidados terá o título de co-fundador do IFHC.
Antes do jantar, as doações foram tratadas de forma tão sigilosa que vários dos empresários presentes só ficaram conhecendo todos os integrantes do seleto grupo de co-fundadores do IFHC naquela noite. Juntos, eles já haviam colaborado antes com R$ 1,2 milhão para a aquisição do imóvel onde será instalada a sede da ONG, um andar inteiro do Edifício Esplanada, no Centro de São Paulo. Com área de 1.600 metros quadrados, o local abriga há cinco décadas a sede do Automóvel Clube de São Paulo.
O jantar, iniciado às 20 horas, foi dividido em dois momentos. Um mais descontraído, em que Fernando Henrique relatou aos convidados detalhes da transição com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda parte, o assunto foi mais privado. Fernando Henrique fez questão de explicar como funcionará seu instituto. Segundo o presidente, o IFHC terá um conselho deliberativo e o fundo servirá para a administração das finanças. Além das atividades como palestras e eventos, o presidente explicou que o instituto vai abrigar todo o arquivo e a memória dos oito anos de sua passagem pela Presidência.
A iniciativa de propor a doação partiu do fazendeiro Jovelino Mineiro. Ele sugeriu a criação de um fundo de R$ 5 milhões. Só para a reforma do local, explicou Jovelino, será necessário pelo menos R$ 1,5 milhão. A concordância com o valor foi quase unânime. A exceção foi Kati de Almeida Braga, conhecida como a mais tucana dos banqueiros quando era dona do Icatu. Ela queria aumentar o valor da ajuda a FHC. Amiga do marqueiteiro Nizan Guanaes, Kati participou da coleta de fundos para a campanha da reeleição de FHC em 1998 - ela própria contribuiu com R$ 518 mil. "Esse valor é baixo. O fundo poderia ser de R$ 10 milhões", propôs Kati, para espanto de alguns dos presentes. Depois de uma discreta reação, os convidados bateram o martelo na criação de fundo de R$ 7 milhões, o que levará cada empresário a desembolsar R$ 500 mil. Para aliviar as despesas, Jovelino ainda sugeriu que cada um dos 12 presentes convidasse mais dois parceiros para a divisão dos custos, o que pode elevar para 36 empresários o número total de empreendedores no IFHC.
Diante de uma platéia tão requintada, FHC tratou de exercitar seus melhores dotes de encantador de serpentes. "O presidente estava numa noite inspirada. Extremamente sedutor", observou um dos presentes. Outro empresário percebeu a euforia com que Fernando Henrique se referia ao presidente eleito, Lula da Silva. "Só citou Serra uma única vez. Mas falou tanto em Lula que deu a impressão de que votou no petista", comentou o convidado. O presidente exagerou nos elogios a Lula da Silva. Revelou que deixaria a Granja do Torto à disposição do presidente eleito. "Ele merece", justificou. "A transição no Brasil é um exemplo para o mundo." Em seguida, contou um episódio ocorrido há quatro anos, quando recebeu Lula no Alvorada, depois de derrotá-lo na eleição de 1998. O presidente disse que na ocasião levou Lula para uma visita aos aposentos presidenciais, inclusive ao banheiro, e comentou com o petista: "Um dia você ainda vai morar aqui".
Na conversa, Fernando Henrique ainda relatou que vai tentar influir na nomeação de alguns embaixadores, em especial na do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, para a ONU. Antes de terminar o jantar, o presidente disse que passaria três meses no Exterior e só voltaria para o Brasil em abril. Também revelou que pretende ter uma base em Paris. "Nada mal!", exclamou. Ao acabar a sobremesa, um dos convidados perguntou se ele seria candidato em 2006. FHC não respondeu. Mas deu boas risadas. Para todos os presentes, ficou a certeza de que o tucano deseja voltar a morar no Alvorada, projeto que FHC desmente em conversas mais formais.
Embora a convocação de empresários para doar dinheiro a uma ONG pessoal possa levantar dúvidas do ponto de vista ético, a iniciativa do presidente não caracteriza uma infração legal. "Fernando Henrique está tratando de seu futuro, e não de seu presente", diz o procurador da República Rodrigo Janot. "O problema seria se o presidente tivesse chamado empresários ao Palácio da Alvorada para pedir doações em troca de favores e benefícios concedidos pelo atual governo."
O IFHC não será o primeiro no país a se dedicar à memória de um ex-presidente. O senador José Sarney (PMDB-AP) criou a Fundação Memória Republicana para abrigar os arquivos dos cinco anos de seu governo. Conhecida hoje como Memorial José Sarney, a entidade está sediada no Convento das Mercês, um edifício do século XVII, em São Luís, no Maranhão. Pelo estatuto, é uma fundação cultural, sem fins lucrativos. Mas também já foi alvo de muita polêmica. Em 1992, Sarney aprovou no Congresso uma emenda ao Orçamento que destinou o equivalente a US$ 153 mil para seu memorial. Do total, o ex-presidente conseguiu liberar cerca de US$ 55 mil.
CLUBE DOS EMPRESÁRIOS AMIGOS
Doadores formam elite empresarial
Benjamin Steinbruch
Um dos donos da CSN
Lázaro Brandão
Homem forte do Bradesco
Emílio Odebrecht
Controlador do grupo Odebrecht
Pedro Piva
Senador e sócio do grupo Klabin 

*BrasilMaior

#‎tvCarta‬ A crise da água no estado de São Paulo e a (não) reação da população é o tema da conversa entre o diretor de redação, Mino Carta, e o editor do site, Lino Bochini ............................ Emoticon smile
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‪#‎tvCarta‬ A crise da água no estado de São Paulo e a (não) reação da população é o tema da conversa entre o diretor de redação, Mino Carta, e o editor do site, Lino Bocchini.

Morgan Freeman - “Não aceito religiões que prometem o paraíso após a morte.”

Morgan Freeman - Não sou um Homem de Deus
Falou o ator que apresenta uma das séries mais fantásticas sobre Ciência: Through the Wormhole With Morgan Freeman.
“Não aceito religiões que prometem o paraíso após a morte.”

Vc que pede a volta do Regime Militar, aqui está a maior herança dessa época.


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 ossadas, enterradas há 23 anos na vala clandestina do cemitério de Perus, foram negligenciadas, guardadas em sacos abertos e expostas a inundações. Agora, fungos devoram os ossos e pode não haver mais DNA para identificá-los.

*Zilda Pavao

Cuba no carnaval de Porto Alegre



Camisa da escola
A Imperatriz Dona Leopoldina, escola do bairro Rubem Berta, zona norte de Porto Alegre, trará um pouco de Cuba para a avenida no carnaval gaúcho 2015. Com o enredo intitulado “Tenho Samba Com Rumba! Sou Imperatriz y soy Cuba!”, a escola, dará sua contribuição na aproximação das culturas cubana e brasileira. 

Tendo o apoio da Associação Cultural José Martí do Rio Grande do Sul, referência em assuntos culturais que envolvem Cuba, a Imperatriz Dona Leopoldina vai desfilar com quatro carros alegóricos e 1.500 componentes divididos em 21 alas. Aspectos que aproximam Cuba do Brasil serão abordados. O abre-alas lembrará a capital Havana e o bairro boêmio da Lapa, no Rio de Janeiro. Canaviais e a integração Brasil-Cuba também estarão presentes. A revolução Cubana de 1959 será abordada em duas alas. 

Além de Cuba, a agremiação abordará temas de cunho religioso, cultural, educacional e esportivo. “Aqui, a cana vira cachaça. Lá, vira rum. O atletismo e o vôlei, populares por lá, também são praticados aqui. Procuraremos estabelecer relações”, explica a presidente da escola, Juciane Afrasino. 


O samba-enredo


Letra:

Tenho Samba Com Rumba! Sou Imperatriz y soy Cuba!

Venha cantar com a Leopoldina
Revolução, comunidade
Cubana, laranja, latina
E caribenha a preferida da cidade

Aos olhos de um pescador
Que leva a vida tecida na rede
A água abençoou
Banhou de fé a alma dessa gente
Mãe negra do Rio de cá
E Índia do mar de lá
Senhora Aparecida
“la Virgen de Caridad”
Duas terras, uma origem
No destino, um só clamor
E os tambpres da Negra Imperatriz
Rompem os grilhões da dor

“Soy batuquero en la Santería”
Sou batuqueiro no Candomblé
“Mi Madre Rumba” na Leopoldina
Dona do Samba, “muy caliente” é…
Na Liberdade, hei de acreditar
“Tener” bravura, revolucionar
“Arriba, pero sin” perder ternura
A esperança desse povo a imperar
Toque o tambor, traz a cachaça
E uma dose de rum…
“Yo me voy” com a Imperatriz
A bailar na multidão
Sou um eterno devoto do meu pavilhão
(Minha cubana Imperatriz)

Autores: Vinicius Maroni, Vinicius Brito, Saimon, Tom Astral e Arilson Trindade.

A escola 

A Imperatriz Dona Leopoldina de Porto Alegre foi fundada em cinco de janeiro de 1981 e foi nomeada em homenagem a escola de samba Imperatriz Leopoldinense do Rio de Janeiro, e, portanto, em homenagem a Imperatriz do Brasil Dona Leopoldina Von Habsburg, a primeira esposa de Dom Pedro I. 

Em 2010 fazendo uma homenagem a cantora Beth Carvalho a escola venceu pela primeira vez o Grupo Especial. 

No ano passado, nos 90 anos da Coluna Prestes, a escola homenageou o líder comunista Luis Carlos Prestes com o enredo “A Marcha da Imperatriz Prestes a Encontrar Luís”. Além disso, Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e um dos principais líderes da esquerda na segunda metade do século XX, e a luta da União Nacional dos Estudantes (UNE) no “Foro Collor”, em 1992, foram temas durante esses 20 anos de escola. 

Vitória cubana 

Em 2011 a escola União da Ilha da Magia de Florianópolis também levou Cuba para a avenida. Tendo a médica e revolucionária cubana Aleida Guevara na passarela e o apoio da Associação Cultura José Martí se Santa Catarina (ACJM-SC) a escola acabou se sagrando campeã com enredo "Cuba sim! Em nome da verdade"

 Com informações do Diário Gaúcho Consulado de Cuba em São Paulo.

Os autômatos que fazem o porcalismo da Globo

Os autômatos que fazem o porcalismo da Globo estão proibidos de relacionar "FHC e PSDB" à Operação Lava-jato. Então inventaram uma maneira patética e sutil pra se referir aos tunganos: "Período anterior ao governo petista".

Impeachment: fantasia política sem base jurídica

DALMOdallari
Desde a reeleição da Presidente Dilma Rousseff, em outubro de 2014, quando ela recebeu do povo brasileiro, por meio de votação livre e rigorosamente democrática, 54 milhões de votos para exercer um segundo mandato na Presidência da República, começaram a aparecer na imprensa declarações de dirigentes e militantes do PSDB, partido derrotado, sugerindo e ameaçando a adoção de medidas antidemocráticas visando tirá-la da Presidência e partir para uma aventura, sem qualquer consideração pelos interesses do Brasil e de seu povo.
Dando sequência a essas manifestações dos perdedores inconformados, a imprensa vem divulgando nos últimos dias, com injustificável evidência, a informação de que, aproveitando as revelações sobre a prática de corrupção na Petrobras, envolvendo quantias muito elevadas, está sendo cogitada uma proposta de  impeachment da Presidente Dilma.
E foi dada publicidade a um parecer que fora encomendado ao prestigioso jurista Ives Gandra Martins, para apoiar a tese segundo a qual o fato de que ela era Presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando, em 2006, foi decidida a compra da refinaria de petróleo de Pasadena, nos Estados Unidos, por preço exorbitante e favorecendo ilegalmente alguns altos funcionários da Petrobras que foram intermediários da compra, esse fato de 2006 daria o fundamento jurídico para o impeachment.
Um dado expressivo é que os que fazem essa acusação admitem que ela não praticou qualquer ato de má-fé naquela oportunidade, apoiando conscientemente um mau negócio ou acobertando a ação corrupta dos funcionários que participaram da realização do negócio, mas dizem que foi culpada por omissão, não impedindo aquelas irregularidades. E aí estaria o fundamento para o pedido de destituição de Dilma Rousseff da Presidência da República.
Por Dalmo de Abreu Dallari, do Jornal do Brasil 
Para que se compreenda o significado dessa ameaça à Presidente da República e para que mesmo os leigos em matéria jurídica possam entender e avaliar o significado de tal ameaça, inclusive recebendo esclarecimentos sobre a real possibilidade jurídica de sua utilização, é oportuna a divulgação de uma análise, ainda que sucinta, do enquadramento jurídico dessa questão, pois isso interessa a todo o povo brasileiro. Evidentemente, forçar a Presidente da República a deixar o cargo antes do prazo de vencimento do mandato recebido do povo é ato de extrema gravidade, que, mesmo quando praticado com rigorosa obediência aos preceitos constitucionais e legais, acarreta grave perturbação na vida do País. E se a deposição da Presidente ocorrer por um ato de força, mesmo que com aparente base jurídica, estará sendo dado um golpe de Estado, que poderá ser muito conveniente para um pequeno grupo de golpistas mas será extremamente danoso para todo o povo, significando a implantação de uma ditadura, com suas inevitáveis mazelas.
O primeiro ponto que deve ser esclarecido é que nem na Constituição nem nas leis brasileiras aparece a palavra impeachment. Essa palavra, de origem inglesa, quando aplicada para determinar a retirada, com o caráter de punição, de um governante ou administrador público de seu  cargo, tem o significado de « destituição » ou « impedimento ». E é isto que se está pretendendo pedir agora. A possibilidade jurídica de pedir a destituição do Presidente da República está expressamente prevista na Constituição, no artigo 85, segundo o qual « são crimes de responsabilidade, cuja prática dará fundamento para afastá-lo do cargo, os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e especialmente contra :…V. a probidade na administração ».
O que se tem aí é o enunciado genérico dos crimes de responsabilidade. Se o Presidente da República cometer algum desses crimes poderá ser destituído por decisão do Congresso Nacional, obedecidos os procedimentos que a própria Constituição estabelece.  E no parágrafo único desse mesmo artigo  dispõe-se, expressa e claramente : « Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento ». A lei especial aí referida, que trata especificamente dos crimes de responsabilidade, é a Lei Federal n° 1079, de 10 de Abril de 1950, que, segundo opinião unânime dos juristas, foi recepcionada pela Constituição de 1988.
Quanto à definição dos crimes, que lhe cabe por disposição constitucional, dispõe a Lei 1079, no artigo 1°, que «são crimes de responsabilidade os que esta lei especifica », fazendo em seguida, em vários incisos, a enumeração das espécies de crimes, dispondo o inciso V sobre os que atentam contra « a probidade na administração ». E quanto a estes, no artigo 9°, que completa os dados necessários para esta breve análise, estabelece a lei que « são crimes de responsabilidade contra a probidade na administração :…3. não tornar efetiva a responsabilidade « dos seus subordinados » (obviamente, subordinados do Presidente da República, que é o objeto exclusivo da lei).
Sintetizando o que acaba de ser exposto, há dois requisitos fundamentais que devem ser observados para dar consistência jurídica a um pedido de destituição do Presidente da República por ter praticado um crime de responsabilidade, como prevê o artigo 85 da Constituição: o primeiro ponto é que a base fática indispensável para tornar viável um pedido dessa natureza é que se apontem, como fundamento, « atos do Presidente da República ». Isso está expresso na Constituição e seria evidentemente inconstitucional um processo de  impeachment que se fundamentasse em atos ou omissões ocorridos quando, anos atrás, Dilma Rousseff  ocupava um cargo na direção da Petrobras.
Outro ponto é que por disposição expressa da Lei 1079, que define os crimes de responsabilidade, outra hipótese de configuração da prática de crime de responsabilidade é o fato de não tornar efetiva a responsabilidade de seus subordinados, ou seja, dos subordinados da Presidência da República. Como é público e notório, a Presidente Dilma Rousseff, tão logo informada das acusações de corrupção na Petrobras, determinou  que fossem adotadas providências rigorosas visando esclarecer os fatos e punir os eventuais culpados. Basta a consideração desses dois pontos para que se entenda minha respeitosa discordância do parecer do ilustre colega Ives Gandra Martins, acima referido.
Para finalizar, é importante que se saiba que desde a posse da Presidente Dilma Rousseff para exercer o primeiro mandato presidencial até agora já foram protocolados na Câmara dos Deputados, que é por onde deve começar o processo, doze pedidos de  impeachment. Em todos esses casos os pedidos foram examinados por uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados, como previsto em seu regimento, tendo sido proposto por ela e decidido pelo plenário o arquivamento de todos eles, por absoluta falta de fundamento legal.
Se agora for apresentado um novo pedido, como tem sido ansiosamente sugerido por altos dirigentes do PSDB, e se esse pedido tiver a pretensão de se basear na fundamentação jurídica acima referida, certamente haverá mais um arquivamento, em obediência às disposições constitucionais e para preservação da ordem jurídica democrática no Brasil. Assim, pois, a ameaça de pedido de  impeachment  não deve ser levada a sério, não merecendo ser tratada como possibilidade real, mas sim como simples desabafo de maus perdedores tentando manter-se em evidência.


* Geledés 

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Estados Unidos (EUA) (USA) realmente é, um País que utiliza todos os meios, legais mas sobretudo ilegais, para impor o seu próprio domínio no resto do mundo.

9/11: Putin ameaça apresentar as provas

Os especialistas norte-americanos acreditam que, apesar das relações entre Estados Unidos e Rússia terem atingido o ponto mais baixo desde a Guerra Fria, até agora Putin "entregou" a Obama apenas problemas menores.

Seria uma espécie de "calma antes da tempestade". Por enquanto, o Presidente russo encaixa uma vitória acerca da Ucrânia. Dum lado ameaças de guerra, do outro o apelo para o diálogo. E Putin consegue anunciar uma inesperada trégua.

Mas o problema de fundo permanece, então eis que Vladimir Putin prepara uma nova arma: que tal a publicação de provas sobre o envolvimento do governo dos EUA, e dos relativos serviços secretos, nos ataques de 11 de Setembro. Uma série de provas com tanto de imagens satelitares.

O material, a ser publicado, iria provar a cumplicidade do governo dos EUA nos ataques de 9/11 e a posterior manipulação da opinião pública. Demonstraria que o ataque foi planeado pelo Governo dos Estados Unidos, mas foi realizado por meio de terceiros, para que aos olhos do povo americano parecesse uma agressão levada a cabo por organizações terroristas internacionais.

As razões do engano e do assassinato dos seus próprios cidadãos serviria os interesses petrolíferos dos EUA e das corporações no Oriente Médio.

Segundo quanto reportado pelo diário Pravda,  as provas apresentadas seriam muito convincentes e desmantelariam por completo a versão oficial do 11 de Setembro, aquela apoiada pelo Governo dos Estados Unidos.

A intenção da Rússia é mostrar que os EUA têm usado o terrorismo false flag (as acções de"falsa bandeira) contra seus próprios cidadãos para criar o pretexto que justificasse intervenções militares no estrangeiro. No caso do 9/11, as provas conclusivas seria fornecida pelas imagens dos satélites.

Só duas coisas...

Que pensar? Justo um par de coisas.

Certas notícias da Pravda não saem por acaso (e o mesmo acontece com os diários ocidentais, que fique claro): fazem parte da troca de acusações e ameaças que os dois Países utilizam para manter alta a tensão e, no caso da Rússia, para deixar antever quais as possíveis consequências dum conflito generalizado.

Nesta óptica, difícil estar perante um bluff e a razão é simples: se as alegações fossem falsas, seriam absolutamente inúteis. Não teriam nenhum tipo de efeito sobre a Administração de Washington, como é óbvio, mas, o que mais conta, nem sobre a opinião pública ocidental, dado que a notícia não foi realçada por nenhum órgão de comunicação (como era amplamente previsível).

No máximo, estas coisas afectam uma porção do pequeno mundo da informação alternativa (com impacto zero). Portanto, se este for um bluff é sem dúvida um das mais idiotas que poderiam ter sido imaginados.

Aliás, já o facto desta notícia ter sido totalmente "esquecida" no Ocidente pode representar um bom indício: qual melhor ocasião para demonstrar a inconsistência e a falsidade do "inimigo "russo?

Mas tudo isso tem profundas implicações.

Uma revelação destas teria um efeito demolidor sobre toda a actual política americana no exterior: Washington perderia o papel de Defensor da Democracia e da Liberdade para tornar-se o que realmente é, um País que utiliza todos os meios, legais mas sobretudo ilegais, para impor o seu próprio domínio no resto do mundo.

Atenção, pois aqui não está em jogo apenas uma questão ideológica ou partidária (o facto de ser "pró" ou "anti-americano"). Pensamos, por exemplo, no Estado Islâmico, o ISIS: este ganharia de repente plena legitimidade. Todas as organizações terroristas actualmente empenhadas contra os EUA ficariam, dum dia para outro, revestidas com o rótulo de "resistentes" perante o Estado mais terrorista do planeta. Alguém tem a capacidade de antever as consequências?

Depois: a ser confirmada pelo factos, esta notícia mostra que existem lugares no mundo onde são guardadas provas que podem fazer luz acerca de eventos historicamente marcantes. E nós não temos direito de acesso. No máximo, podemos esperar que se aproxime uma Terceira Guerra Mundial para que pequenos vislumbres sejam-nos atirados, como sobras do jantar para o cão (já agora: algo acerca do voo da Malaysia?).

Não seria lícito esperar que a verdade estivesse sempre ao alcance do público? A resposta, mais uma vez, parece ser "não". O que não deixa de ser extremamente interessante, sobretudo porque a Rússia faz parte daquele "novo que avança" que inclui China, Índia e Brasil. Isso deveria dizer algo aos Leitores acerca deste "novo", não é?


Ipse dixit.

Fonte: Pravda


quinta-feira, fevereiro 12, 2015

JN esconde nome de Eduardo Cunha da Lava Jato





Reportagem da Rede TV! com a contadora de Alberto Yousseff revela a amizade de Ari Ariza - que trabalhava com o doleiro - com o presidente da Câmara Eduardo Cunha. No depoimento, ela revela a existência de uma nota fiscal no valor de um milhão de reais emitida.
O Jornal Nacional escondeu a informação 
 
 
Ex-contadora de Youssef revela possível envolvimento de Eduardo Cunha
 
Meire Poza era contadora do doleiro Alberto Youssef, preso pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo ela, "Ari (Ari Ariza, agente autônomo de investimento que trabalhava com Alberto Youssef) sempre disse que ele e o deputado Eduardo Cunha são bons amigos". "Foi emitida uma nota no valor de mais de um milhão. O Ari dizia que qualquer problema com a nota ele falaria com o Eduardo Cunha", disse. Meire afirmou que Ari sempre disse ser amigo do deputado e presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB): "Existe essa amizade dele com o deputado Eduardo Cunha".
Ela afirma que, depois de ter sido deflagrada a operação Lava Jato, esteve com o Ari, porque ele tinha preocupação com a nota emitida. 'Se você precisar de alguma coisa, eu posso falar com o Eduardo Cunha', afirmou Ari à Meire, segundo entrevista exclusiva à RedeTV!.
*CGN