Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 22, 2015

Não há mais formação de consciência crítica – e aí o pessoal vai no emocional

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O CARA QUE (AINDA) FAZ A CABEÇA DE LULA: A VOCAÇÃO POLITICO–LITERÁRIA DE FREI BETTO


FREI BETTO,

 É A LENDA VIVA QUE ABRE A BOCA E ACENDE MENTES



Conhecido por sua atuação política contra o regime militar, o autor de "Batismo de sangue" 
fala de literatura, política e critica os desvios de rota do PT.


Manuel da Costa Pinto
  Prestes a completar 71 anos e com sessenta livros publicados, Frei Betto descobriu o amor pela escrita muito cedo, quando suas redações escolares (ou composições, como se dizia à época) fizeram os professores identificarem seu talento – mas só se tornou um autor “graças aos generais brasileiros”. Integrante da Ação Católica, grupo que se opunha ao regime militar, Carlos Alberto Libânio Christo foi preso duas vezes: em 1964 e no período 1969-1973, quando estava no Rio Grande do Sul e participava de uma rede clandestina formada pelos dominicanos para apoiar os insurgentes. Dessa segunda experiência, resultaram dois livros de cartas, atualmente reunidas num único volume intitulado Cartas da prisão. Começava a se desenhar aí o perfil do religioso e militante que publicou vários títulos de caráter memorialístico – entre eles, Batismo de sangue, que narra os episódios que levaram ao assassinato do ativista Carlos Marighella e que daria origem ao filme homônimo de Helvécio Ratton.
O cruzamento de atuação política com religião aproximaram Frei Betto do cristianismo progressista dos dominicanos e da teologia da libertação, mas jamais sufocaram sua verdadeira vocação – a literatura. Vocação que foi alimentada pela mãe, Maria Stella Libânio Christo, cristã progressista e autora de livros sobre culinária (entre eles, o clássico Fogão de lenha), e pelo pai, Antônio Carlos Vieira Christo, advogado, cronista e ferrenho anticlerical, que chorou copiosamente quando soube que o filho ia ingressar na ordem dos dominicanos, mas que mais tarde se tornaria “fã da teologia da libertação, de D. Pedro Casaldáliga”, segundo Frei Betto. Na entrevista a seguir, concedida no convento dos dominicanos, no bairro paulistano de Perdizes, o autor de Minas do ouro fala da preocupação de dissociar a ficção das questões ideológicas – que continuaram presentes em suas intervenções públicas, levando-o a participar do programa Fome Zero, durante o governo Lula, mas não o impedindo de ser um crítico dos desvios de rota do PT e da timidez da esquerda.


CULT – Quando a literatura e a escrita aparecem na sua vida? 
FREI BETTO: Comecei a escrever muito cedo. Sempre conto que, aos oito anos, quando estava no grupo escolar, minha professora, Dercy Passos, entrou na sala com um maço de composições (belo nome que se usava então para as redações) e, ao fazer a correção, deixou a minha por último. No fim, disse à classe: “Vocês deveriam fazer como Carlos Alberto; ele escreve as próprias composições, não pede para os pais fazerem por ele”. Aí meu ego bateu lá em cima… E mais tarde, no primeiro ano de ginásio, no Colégio Marista, meu professor de português me chamou e disse: “Você só não será escritor se não quiser”. Só que, para mim, ser escritor era coisa de outro mundo, para gente muito erudita. Foi daí que me meti no jornalismo. Comecei, em 1966, por onde muitos almejavam concluir carreira: a revistaRealidade.
Mas só me tornei autor graças aos generais brasileiros, ao escrever Cartas da prisão – que foram publicadas primeiramente no exterior [com outros títulos e em volumes separados], primeiro na Itália, em 1971, em seguida na França e em outros países. Depois, em 1977, saíram no Brasil.
 
CULT A experiência política marcou muito sua literatura. Em que momento surge uma ficção “pura”, sem essa preocupação? 
FREI BETTO: A militância me dificultou muito na ficção, que é o que mais gosto de fazer. Tive de lutar para me desfazer dessa camisa de força. Meu primeiro romance foi O dia de Ângelo, onde ainda havia essa camisa de força, tinha um pouco das minhas experiências em celas solitárias. Depois vieram Hotel Brasil e Minas do ouro – em que me soltei mais. 
CULT Essa mudança coincide com o período posterior à queda do muro de Berlim, quando as grandes questões ideológicas declinam. É só depois disso, por exemplo, que você escreve Hotel Brasil, um romance policial. Há alguma relação? 
FREI BETTO: Até onde consigo enxergar conscientemente, queria enfrentar o desafio de fazer um policial – duplo desafio de criar a ficção e o mistério, conduzir o leitor até o fim sem que ele descubra quem é o assassino. Foi isso que passou na minha cabeça. Não tive a consciência de que, com a crise das ideologias, iria fazer literatura “pura”.
Reservo 120 dias do ano só para escrever. Não são dias seguidos, mas são sagrados. E muitas vezes estou fazendo ficção e fico árido; daí, inevitavelmente, leio Machado de Assis. Ele me reaquece, provoca minha inventividade. Fui um leitor voraz de Jorge Amado e Erico Verissimo, de quem era amigo e que me ajudou a montar uma biblioteca na penitenciária em que estive preso – e fui muito marcado pela literatura francesa, Camus, o Sartre do teatro e de A náusea.
 
CULT Falando em Jorge Amado e Sartre, que eram escritores muito engajados, como você avalia a esquerda de hoje? 
FREI BETTO: A esquerda hoje é uma raridade. Conheci muito intimamente o mundo socialista, na Nicarágua, depois em Cuba, onde durante dez anos, entre 1981 e 1991, fiz um trabalho institucional de reaproximação entre Igreja e Estado. Com a queda do muro de Berlim, a esquerda acadêmica, que nunca teve um trabalho popular, foi cooptada pelo neoliberalismo, a ponto de hoje acontecer uma enorme crise econômica na Europa Ocidental e não haver qualquer proposta de esquerda.
O principal problema filosófico hoje é a desistoricização do tempo. Isso se reflete na esquerda mundial, que está perdendo o horizonte histórico (não tem utopia, não tem projeto), e também no plano pessoal – a dificuldade de se ter projeto pessoal na vida profissional, artística, afetiva (todos ficam vulneráveis a qualquer dificuldade na relação conjugal).
Isso está nos levando à falta de esperança, e faz com que a discussão política desça do racional ao emocional. Sempre participei de discussões políticas e nunca vi nível de animosidade tão forte como agora, porque se apagou o horizonte histórico.
Não é fácil ser de esquerda em um mundo tão sedutor quanto o do capitalismo neoliberal. Daí o problema do PT, que foi perdendo o horizonte histórico de um projeto Brasil e trocando-o pelo horizonte imediato de um projeto de poder.
 

 Frei Betto, em frente ao Palácio do Planalto: “Não há caldo de cultura para impeachment ou golpe militar” Créditos: Foto José Cruz/ Agência Brasil.
 


CULT Quando percebeu que o PT abandonou seu projeto inicial? 
FREI BETTO: Isso desaparece na campanha de 2002, quando o PT faz a opção de assegurar a governabilidade pelo mercado e pelo Congresso – daí as alianças e a “Carta aos Brasileiros”, que na verdade é a “carta aos banqueiros”. Ali, o PT abandona sua matéria-prima, que são os movimentos sociais pelos quais deveria ter assegurado a governabilidade, como fez Evo Morales na Bolívia, que não tinha apoio no congresso, se apoiou nos movimentos sociais e, através deles, conseguiu mudar o perfil do congresso. Hoje, ele tem apoio dos dois, é o presidente mais consolidado de toda essa safra progressista. O PT optou pelo mercado e pelo Congresso. Agora, está refém dos dois e pagando um preço muito alto. Tanto que chamou um homem do mercado para ver se melhora a economia e entregou a parte política para o PMDB. 
CULT Se você já havia se decepcionado desde a “Carta aos Brasileiros”, por que participou do programa Fome Zero, do governo Lula? 
FREI BETTO: Achei que a “Carta aos Brasileiros” fosse uma coisa tática, que, uma vez eleito, o PT faria reformas estruturais, tributária, agrária, algum tipo de reforma. Estava altamente entusiasmado. Sempre fui convidado para trabalhar em administração, mas nunca quis trabalhar nem para a iniciativa privada nem para governos. Gosto dessa vida cigana, solta. Quando Lula foi eleito e me convidou para o Fome Zero, achei que trabalhar com os mais pobres entre os pobres – os famintos – se enquadrava em minha perspectiva pastoral e tive todo apoio de meus superiores dominicanos e até de Roma.
Fiquei dois anos e, de repente, o governo matou o Fome Zero para substituí-lo pelo Bolsa Família. Tive então a certeza de que essa opção contrariava a tudo aquilo que o PT vinha pregando desde a fundação. O Fome Zero era um programa emancipador, o Bolsa Família é compensatório. O Fome Zero ia mexer na estrutura do país e por isso foi boicotado pelos prefeitos. Era coordenado por comitês gestores municipais, não passava pelos prefeitos, não havia como usar os recursos para fazer jogo eleitoreiro, então os prefeitos se rebelaram, pressionaram a Casa Civil, que pressionou Lula. No fim, Lula cedeu e eu caí fora.
 
CULT Você chegou a escrever que o PT faz “populismo cosmético”. 
FREI BETTO: O erro do Lula foi ter facilitado o acesso do povo a bens pessoais, e não a bens sociais – o contrário do que fez a Europa no começo do século 20, que primeiro deu acesso a educação, moradia, transporte e saúde, para então as pessoas chegarem aos bens pessoais. Aqui, não. Você vai a uma favela e as pessoas têm TV a cores, fogão, geladeira, microondas (graças à desoneração da linha branca), celular, computador e até um carrinho no pé do morro, mas estão morando na favela, não têm saneamento, educação de qualidade. É um governo que fez a inclusão econômica na base do consumismo e não fez inclusão política. As pessoas estavam consumindo, o dinheiro rolando e a inflação sob controle, mas não se criou sustentabilidade para isso. Agora a farra acabou, está na hora de pagar a conta e chama-se o Joaquim Levy [ministro da Fazenda]. 
CULT Os católicos de esquerda foram preteridos pelo PT por conta dos compromissos com os evangélicos? 
FREI BETTO: Lula sempre reconheceu que as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) tiveram mais importância na capilaridade do PT pelo território brasileiro do que o sindicalismo. Nos anos 80, havia núcleos do PT no fundo do Maranhão ou do Amazonas graças a essas comunidades. Enquanto foram atuantes, não havia evasão de fiéis para as igrejas pentecostais. Foi o fato de o Pontificado de João Paulo 2º reprimir as CEBs que fez com que os bispos já não as patrocinassem e que muitas pessoas bandeassem para as igrejas evangélicas.
Nas CEBs, o pobre se sente à vontade. Mas numa igreja, não. Você vai à paróquia e só tem classe média, tem a patroa, tudo é centrado no padre – não há convivência como numa comunidade. Ainda existem as CEBs, mas não com aquela força de antes.
As CEBs produziram muitos militantes, como Erundina, Vicentinho, Chico Alencar. As figuras éticas [do PT] têm uma tradição de igreja. O PT é formado por três segmentos: o pessoal da Igreja, o do sindicalismo e o da esquerda – remanescentes da esquerda da época da ditadura (Zé Dirceu, Paulo Vannuchi etc.). O pessoal das CEBs, por formação pessoal, nunca teve muita gana de poder. Aos poucos, ficaram em segundo plano.
Por outro lado, os evangélicos estão armando uma grande estratégia de domínio da política brasileira, que se resume ao seguinte: “Nossos princípios religiosos exigem determinadas atitudes morais e nós só podemos impor isso de duas maneiras: convertendo toda a nação (o que é impossível) ou tendo o poder de fazer a lei civil obrigar as pessoas a agirem como nós queremos (já que a lei é universal)”. Se você tem a caneta, você transforma seu princípio religioso em lei.
 

 Frei Fernando, Frei Betto, Frei Ivo e Frei Tito (da esquerda para a direita), durante julgamento dos dominicanos em 1971 
 
CULT Você vê sinceridade religiosa nessas posturas ou é manipulação de sentimentos reativos dos fiéis? 
FREI BETTO: As duas coisas. Há os fundamentalistas e há os que são meramente oportunistas. Estes perceberam que aquilo é um manancial de votos. O pastor diz claramente: “o candidato é esse”. Isso não acontece na Igreja Católica – aconteceu lá nos anos 30, com a LEC (Liga Eleitoral Católica), em que o bispo dizia “isso sim, isso não”. Nas igrejas evangélicas, há hoje um direcionamento muito explícito. Muitos políticos estão ali por fundamentalismo, muitos por oportunismo. 
CULT Qual sua posição sobre a liberação do aborto? 
FREI BETTO: Defendo o modelo francês. Tudo deve ser feito pelo Estado para convencer a mulher a não abortar, mas a decisão final é dela. Esse modelo, em primeiro lugar, fez com que acabasse o aborto clandestino e, portanto, diminuísse o índice de mortes. Em segundo lugar, o fato de o médico e o ministro da confissão religiosa da mulher induzirem-na a não abortar aumentou o índice de mulheres que foram à procura do aborto, mas decidiram assumir o filho. Eu mesmo tenho experiência pessoal disso. Já recebi vários adolescentes nessa situação e sempre disse o seguinte: “Tenha o filho e deixe aqui que eu crio, pode deixar na porta do convento”. Nunca ninguém trouxe e hoje tenho uma porção de apadrinhados… Tenho uma posição aberta, acho que aborto em última instância é um direito da mulher e não pode ser criminalizado de jeito nenhum. 
CULT Mas isso não vai contra os dogmas da Igreja? 
FREI BETTO: Não é dogma. Se fosse, a Igreja também teria de ser contra a guerra, não haveria capelão militar e, nos EUA, seria contra pena de morte. Na verdade, há uma ambiguidade na teologia. São Tomás de Aquino aceitava o aborto até quarenta dias após a fecundação, porque ainda não haveria ali, propriamente, uma pessoa – e ele é a doutrina oficial da Igreja. A discussão teológica não está fechada. Tanto que escrevi um texto sobre isso em 1988, que circulou na CNBB, e nunca recebi advertência. Aliás, nesse texto digo que “se homem parisse, aborto seria um sacramento”… 
CULT E em relação ao casamento homossexual? 
FREI BETTO: O fundamento da relação de qualquer ser humano é o amor – e, se há amor, há Deus. O tema da sexualidade e da família está congelado na Igreja Católica desde o século 16. Tentou-se várias vezes abrir esse tema nos concílios, mas ele foi podado. Acho que o papa Francisco, muito inteligentemente, está conseguindo quebrar esse preconceito. Em vez de falar “vamos aceitar o casamento homoafetivo”, ele fala “esses casais têm filhos, as crianças não têm direito à catequese?”. Com isso, já abriu o caminho. Ele acaba de receber no Vaticano um transexual espanhol que foi discriminado pelos bispos e que agora vai casar. Foi um escândalo na Espanha, tanto que dizem que a direita de lá reza assim para o papa: “Senhor, iluminai-o ou eliminai-o”. 
CULT Outro tema atual que divide a opinião pública é a redução da maioridade penal. Qual sua posição? 
FREI BETTO: Criminalizar a juventude é uma maneira cômoda de se omitir naquilo que deveria ser feito para evitar a criminalidade juvenil: dar educação. É o caso das UPPs do Rio: a polícia sobe à favela, mas não sobem escola, teatro, cinema, esporte, música – e o traficante não quer que seu filho seja bandido, quer que ele seja doutor. Uma geração já poderia ter sido salva no Rio se os equipamentos sociais também tivessem subido às favelas. 
CULT Como militante e ex-preso político, como vê o clamor pelo impeachment da presidente e pela volta da ditadura? 
FREI BETTO: Não me preocupam ameaças de impeachment ou golpe. Não há caldo de cultura. Os militares nem saem de farda na rua. Militar, no Brasil, antes andava orgulhosamente de farda, até para arrumar namorada…
 

''O que me preocupa é a despolitização da juventude brasileira''. Os segmentos de esquerda deveriam estar preocupados com a politização, como houve imensamente nos anos 70 e 80. Não há mais formação de consciência crítica – e aí o pessoal vai no emocional, no oba-oba da volta dos militares, sem ter ideia do que foi a ditadura, que pode parecer que foi tranquila, mas é porque havia uma censura brutal. Estamos voltando a esse nível de desinformação, a esse horror à política.

Os BRICS, que correspondem à aliança do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, unem os principais países emergentes e é uma resposta aos países hegemônicos

Os BRICS não são de brincadeira

Via GGN
Emanuel Cancella e Francisco Soriano*
Os BRICS, que correspondem à aliança do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, unem os principais países emergentes e é uma resposta aos países hegemônicos, formados principalmente pelos EUA e Europa, que só se referem aos países pobres como colônias.
Com exceção do presidente Barack Obama, representante dos americanos que respeitamos, principalmente pelas políticas como o fim do bloqueio a Cuba, o início do desmonte da prisão de Guantánamo, as negociações com o Irã (ou seja, a prática de se valer menos da força do que do diálogo na política internacional), a sensibilidade com os problemas sociais e a defesa dos americanos pobres, negros, imigrantes latinos, nos permite dizer que Obama é indiscutivelmente melhor do que os dois presidentes Bush (pai e filho) ou seus demais antecessores, já que todos imprimiram uma política de império do norte em relação a todos os países latino- americanos, que sempre foram tratados como quintal dos Estados Unidos.
Foi no governo Lula, com o Partido dos Trabalhadores à frente, que se formaram os BRICS e o Mercosul, o que fortalece Lula, mais uma vez, como um estadista com visão internacional. Houve muito temor de que Dilma não se reelegesse, pois representaria o fim dessas alianças dos BRICS com o Mercosul.
A boa nova vem da China com um pacote de investimentos da ordem de U$ 50 BI em nosso país, priorizando a construção da ferrovia Transamazônica que vai unir os oceanos Atlântico e Pacifico, passando pelo Brasil, o que levará uma explosão comercial do MERCOSUL com o resto do mundo; acabará o isolamento do Brasil no oceano Pacífico e a Venezuela sairá do isolamento!
Enfim, a América do Sul está se levantando, político e economicamente.
A grande mídia, como não poderia deixar de ser, pois sempre se coloca contra o Brasil, deu o informe da reunião de Dilma com o ministro chinês, Li Keqiang, que resultou no pacote bilionário de investimento, como o anúncio de um velório.
Lembrando que a China é o principal parceiro comercial do Brasil e com no Peru e Chile está em segundo lugar..
Os chineses, apesar do olho pequeno, mostraram sua imensurável visão global que além de despertar entre as nações os sentimentos de liberdade, igualdade e fraternidade, aciona o círculo virtuoso da economia, o que vai gerar investimentos, arrecadação de impostos, empregos e oportunidades para todos, inclusive para os próprios chineses que dão mostras de arrefecimento em sua capacidade de crescimento interno e se abrem para o mundo.
A China, desde o ano 2000, tem conquistado o maior crescimento econômico do mundo, com uma taxa anual de 10% e terá ultrapassado a economia da União Européia, tornando-se o segundo maior mercado de exportação da América Latina, segundo estudos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (ECLAC), da ONU.
Todavia, precisamos estar atentos para o fato de que nossos principais itens de exportação para os chineses se constituem de matérias primas (ferro, soja e petróleo), enquanto que os deles são de manufaturas (televisões, telefones, telas de LCD). Se não pudermos inverter esta situação, pelo menos devemos procurar o equilíbrio.
Acreditamos que essa é a melhor resposta da reeleita presidente Dilma com a qual, enquanto sindicalista temos relação de independência, poderia dar àqueles que, ao que parece, só sabem bater panela.        
Honra ao mérito ao grande nacionalista e economista José Carlos de Assis, articulista do pacote chinês no Brasil, junto ao governo, realizando debates sobre o tema no Clube de Engenharia, nas principais centrais sindicais, nos movimentos sociais e sindicatos.  
*Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
*Francisco Soriano é graduado em ciências econômicas, DIRETOR DA TV Comunitária do Rio de Janeiro e autor do Livro “A Grande Partida: Anos de Chumbo”.
Rio de Janeiro, 20 de maio de 2015
*GilsonSampaio

Dá para fazer o ajuste taxando apenas heranças e grandes fortunas


marinho
Eles podem pagar mais?

por Róber Iturriet Avila

Por um ajuste fiscal via reestruturação tributária

Estudo mostra que a criação de uma nova faixa de imposto de renda sobre o trabalho (salários acima de R$ 67 mil) e a cobrança de impostos sobre dividendos teriam impactos fiscais e sociais melhores do que as escolhas do ministro Joaquim Levy


O Brasil Debate tem abordado a relação entre a necessidade de um ajuste, a estruturação tributária brasileira e seu papel nos níveis de concentração de riqueza. Em que pesem as controvérsias acerca do nível da carga tributária no Brasil e o tamanho do Estado, há consenso entre os diversos matizes que os impostos no Brasil devem ser simplificados. Contudo, um tema mais candente é quem contribui mais ao erário.
Para além de financiar os serviços públicos, a arrecadação de impostos tem o papel de rearranjar as dotações dos agentes no mercado, uma vez que há assimetria de condições e a dinâmica da economia pode proporcionar disparidades.
A arrecadação dos tributos no Brasil está centrada no consumo e na folha de salários. Como os dados tributários mais recentes ainda não foram sistematizados, é aqui analisada a estruturação de 2013. No referido ano, 51,28% dos impostos recolhidos nas três esferas tiveram origem no consumo de bens e serviços, 24,98% na folha de salários, 18,10% na renda e 3,93% na propriedade.
Face à necessidade de ajuste das contas públicas, algumas reformas poderiam ser implementadas com potencial de dar sequência às políticas inclusivas.
Castro (2014) efetuou um exercício com três hipóteses de alteração de impostos, quais sejam: i) tributação sobre a distribuição de lucros em 15% e em 20% – o Brasil é um dos poucos países que não tributa dividendos; ii) criação de novas alíquotas de Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF): 35% e/ou 40% e; iii) extinção de deduções de imposto de renda.
Os dados utilizados são da Receita Federal do Brasil, de acesso restrito. As informações públicas mais recentes são de 2012. Por esse motivo, a análise fica restrita a esse ano, podendo apenas os valores monetários serem atualizados pelo IPCA.
O autor demonstra que, caso fosse criada uma tributação de 15% sobre a repartição de lucros, haveria uma elevação de 175,33% do IRPF Capital, o que representa uma elevação total de 24,63% na arrecadação de IRPF. Em 2012, isso representaria R$ 31 bilhões a mais, R$ 36,5 bilhões a preços de maio de 2015.
A segunda hipótese do autor é uma alíquota de 20% sobre os dividendos. Nesse caso, a arrecadação aumentaria R$ 41,5 bilhões em 2012, R$ 48,9 bilhões a preços de maio de 2015. Uma elevação de 233,80% do IRPF capital e 32,84% de arrecadação total do IRPF.
Caso a tributação sobre os lucros fosse idêntica ao imposto sobre rendimento do trabalho, incluindo faixa de isenção e progressividade, a arrecadação ampliaria R$ 50 bilhões em 2012, R$ 58,9 bilhões a preços correntes. O que representa uma ampliação de 282,14% em IRPF Capital e 39,64% em IRPF total.
Com uma nova alíquota de 35% sobre o rendimento do trabalho, a nova faixa seria para renda a partir de R$ 59.100,00 anuais em 2012 e, aproximadamente, R$ 67.439,00 em 2015, dado o reajuste da tabela ocorrido. Nessa situação, a arrecadação de IRPF sobre o trabalho obteria incremento de 17,15%, 14,67% de IRPF total, equivalendo a R$ 18,5 bilhões, em 2012 e R$ 21,8 bilhões a preços atuais.
A quinta hipótese do autor é a constituição de duas alíquotas de imposto de renda sobre o trabalho: 35% e 40%. A alíquota de 40% seria a partir de R$ 69.200,00, em 2012, e, aproximadamente, R$ 78.964,12, em 2015. Essa situação elevaria em 26,79% o IRPF sobre o trabalho, 22,98% sobre o IRPF total e R$ 29 bilhões, em 2012, R$ 34,2 bilhões a preços correntes.
Nesse sentido, o maior potencial arrecadatório e distributivo seria a implementação de impostos sobre os dividendos. De acordo com o autor, os três primeiros tipos de alteração reduziriam em torno de 10% o índice de Gini.
Há, entretanto, a opção de criar um imposto sobre dividendos e ampliar o imposto sobre a renda do trabalho. Ou seja, a terceira e a quinta hipótese não são autoexclusivas, o que abriria uma possibilidade de arrecadar R$ 93,1 bilhões a preços de 2015. Essa situação abriria espaço para redução de impostos sobre consumo, mitigando, nesse caso, a regressividade tributária brasileira. Essa transformação, potencialmente, ampliaria o acesso a bens e dinamizaria a economia.
Além da simplificação de tributos, a criação de uma nova faixa de imposto de renda sobre o trabalho e a implementação de impostos sobre os dividendos teriam impactos fiscais e sociais melhores do que as escolhas do ministro Joaquim Levy. Esse preferiu elevar PIS/COFINS e a CIDE. Outra opção aventada é a criação de um imposto federal sobre herança e a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas. Cabe relembrar que o Brasil figura dentre os países com menores impostos sobre heranças.
A tributação sobre dividendos corrigiria uma distorção que ocorreu com a lei que isentou esse rendimento (9.249/95). Desde então, houve expressiva migração de profissionais liberais para inscrição como pessoa jurídica, com o objetivo de reduzir a contribuição ao fisco. A isenção de impostos sobre dividendos se justificaria para evitar a bitributação. Entretanto, na maior parte dos países há bitributação.
É preciso ponderar que aumento de imposto tem efeitos sobre a renda agregada, sobretudo se o governo não utilizar o recurso para ativar a economia. A redução da demanda total deprime a arrecadação. Tal consideração limita a previsibilidade da capacidade arrecadatória. De toda forma, ampliar impostos sobre os mais ricos e reduzir aos mais pobres pode ter um efeito positivo sobre a demanda, já que os primeiros têm propensão marginal a consumir menos.
Algumas das alterações tributárias nesse início de 2015 reforçam o quadro atual, indicando que caminhamos de encontro aos países que estão em patamares de desenvolvimento mais elevado. Aprofundar e clarificar essa temática não apenas informa o cidadão como instrumentaliza a pauta da justiça social.
Referências
BRASIL. Receita Federal do Brasil. Carga Tributária no Brasil: análise por tributos e bases de incidência.Disponível AQUI. Acesso em 15 de maio de 2015.
CASTRO, Fábio Avila.  Imposto de renda da pessoa física: comparações internacionais, medidas de progressividade e redistribuição. 2014.115f. Dissertação (Mestrado) ― Departamento de Economia, Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

quinta-feira, maio 21, 2015

Infelizmente, por vezes a ignorância geral transforma-se em Verdade Universal! É a chamada ignorância pluralística

ignorância pluralística
Prepare-se para conhecer um conceito psicológico que pode fazer muito por você. Quer dizer, conheceeeeer, conheceeer, você provavelmente já conhece e talvez já tenha sido até alvo dessa técnica.
É a chamada ignorância pluralística, que garante que as pessoas sigam uma determinada ideia sem que necessariamente estejam de acordo com ela.

Oi?

Isso mesmo. É o popular movimento do “Maria-vai-com-as-outras”.
Uma percentagem surpreendente de tempo, as pessoas (e aqui incluo eu, você e a torcida do Corinthians) se juntam a um fluxo relacionado com determinadas ideias, mesmo achando que essas ideias não sejam as melhores, mais legais e mais corretas do mundo. Há casos em que fazemos isso porque estamos com medo de represálias de alguma autoridade, mas também há momentos em que simplesmente não queremos admitir que somos a única pessoa que não concorda com a multidão.
Ser diferente é legal, mas fugir do senso comum exige uma certa quantidade de coragem.
As coisas ficam ainda mais bizarras quando nem mesmo a multidão quer ir junto com a multidão.
O caso mais famoso desse tipo aconteceu na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, em 1990. O consumo de álcool entre os estudantes estava realmente alto. Tinha gente vomitando por todo lado. E os funcionários do campus não precisaram de um grande esforço para perceber o problema e levá-lo para a reitoria. A solução que os diretores encontraram foi envolver os psicólogos Deborah Prentice e Dale Miller na questão. Eles, então, conversaram com os adolescentes e descobriram que, individualmente, os alunos concordavam com as autoridades. Eles concordavam que o consumo de álcool estava mesmo abusivo. O problema era que a maioria deles pensou que todo mundo achava que o nível de consumo de álcool estava normal, e não queriam se opor a esse “senso coletivo”.

Essa é a tal da ignorância pluralística

Todo mundo tem seus próprios conceitos, mas todo mundo também está convencido de que é o único a pensar daquela maneira – provavelmente porque, em algum momento, surgiu um ideia não dita do que é coletivamente mais aceita.
Mistérios da humanidade.

Como não ser um “maria-vai-com-as-outras”?

Se você acha que você está sendo vítima de uma situação assim, existem algumas soluções alternativas.
Por exemplo, você pode ir até algumas pessoas individualmente e perguntar, DA MANEIRA MAIS NEUTRA POSSÍVEL, se eles concordam ou não com a opinião popular. Assim, de um em um, você pode tranquilamente acabar formando um movimento.

Mas e se eu não quiser eliminar a ignorância pluralística?

Sim, talvez você queira utilizar esse movimento a seu favor. Se esse for o seu caso, aqui está o que você tem a fazer:
  • Primeiro, você tem que fazer seu argumento soar como um fato bem estabelecido entre o grupo de pessoas que você quer manipular;
  • Uma vez que seu conceito é estabelecido, faça tudo que puder para combater conversas paralelas. Certifique-se de que, se as pessoas discutirem a sua ideia, façam isso em grupos grandes o suficiente para inibi-los;
  • Por fim, certifique-se de incluir todos. Dessa forma, você não apenas tira proveito da ignorância das pessoas, como também muda seus padrões.
Os psicólogos de Princeton, Prentice e Miller, descobriram que, ao longo do tempo, os estudantes homens começaram a aceitar cada vez mais como normal a enorme quantidade de álcool que rolava no campus da Universidade. Por outro lado, as estudantes mulheres ficaram mais alienadas e ressentidas. A conclusão que chegaram foi que as mulheres entendiam que beber era um tipo de atividade masculina. E os estudantes do sexo masculino que bebiam eram vistos como machos alfa. Assim, se tornaram grandes bebedores. Já as mulheres, não.
Então, se você quer promover um conceito de alguma coisa que ninguém gosta, certifique-se de proporcionar a todos um sentimento de grandeza por fazer parte desse grupo. [io9]
Autor: Gabriela Mateos
é publicitária e não passou sequer um dia de seus 25 anos sem procurar alguma coisa nova para fazer.
Quer copiar nosso texto? Siga estas simples instruções e evite transtornos.

2 Comentários

  1. Infelizmente, por vezes a ignorância geral transforma-se em Verdade Universal!
    Tal como o Andrew também costumo ser do contra. :)
*HypeCiencie

Brasil e China quebram o
monopólio do Canal do Panamá

Não é só ligar à China, mas a toda a Ásia !

Olha lá: o FHC daria o dedo mindinho da m


O PiG deve estar paralisado entre a perplexidade e o ressentimento, com o sucessoretumbante  da visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

O PiG foi apanhado de calças curtas em seu sentimento neo-colonial e, tivesse lido os jornais e agências chinesas, desde sábado, saberia que o Governo chinês não vinha ao Brasil cumprir uma formalidade diplomática.

O PiG joga o jogo da Copa: não vai ter Copa !

Ele torce pelo fracasso.

E teve China.

O anuncio da ferrovia Transcontinental, que vai levar o Brasil e a China ao Peru pelo interior do Brasil – ou seja, carregar grãos e manufaturas nas composições – é de superior importância estratégica.

Que os colonistas neo-coloniais, desses que vão à festa do Man of the Year não conseguem captar.

Por que ?

Porque a Transcontinental vai tirar o monopólio do Canal do Panamá !

Há cem anos, o presidente americano Woodrow Wilson realizou a o sonho de Theodore Roosevelt e chegou ao Pacífico sem precisar vir ao Rio e a Buenos Aires.

Ir de Nova York à Califórnia sem vir ao Rio …

(O que foi uma tragédia para o Rio…)

Cem anos depois, Brasil e China resolvem ligar o Atlântico à Ásia em cima de trilhos e com comida em cima !

Não só à China, mas, vejam bem ! – a toda a Ásia !

É uma revolução !

Ah !, não vai ficar pronto, dirão o dos chapéus e a Urubóloga.

Claro, não vai ficar pronto como a reforma do Maracanã, como Itaipu, a ferrovia Norte-Sul e Belo Monte  !

Ah !, dirão os céticos, mas a China tenta rasgar o território da Nicarágua e construir lá em cima, nas barbas dos americanos, uma alternativa ao Canal do Panamá.

Sim, mas qual a segurança institucional que a Nicarágua pode oferecer, ali, na marca do penalty dos americanos ?

Aqui, não. 

Aqui tem Supremo, Moro, Vara de Guantánamo, Executivo, Legislativo, Cunha e PiG 100% contra !

E o Brasil sobrevive, institucionalmente !

Além disso, é bom ressaltar que a Caixa e o Banco Industrial e Comercial da China tem um prazo de 60 dias para definir empreendimentos de infra-estrutura que serão financiados ou dinamizados a partir de um capital conjunto de US$ 50 bilhões.

É mais do que dinheiro para investimento direto e, sim, recursos que podem ser uma alavanca para levantar recursos.

Outro ponto estratégico central nesse conjunto de acordos foi um up-grade na operação para ao lançamento de satélites.

O empreendimento começa a sair da troca de Ciência e Tecnologia para a fase propriamente comercial.

Os dois países passarão, breve, a  vender satélites e a tecnologia para lançá-los.

O PiG vai se armar para anunciar amanhã, quarta-feira 20/5, que “não vai ter Copa”.

“Os chineses prometem, mas não entregam.”

“Mas, quanto é que os chineses vão despejar aqui ?”

“Com números ?”

O briefing realizado pelo Itamaraty e transmitido pela NBR não foi suficientemente claro para explicar o óbvio:

1) não tem um numero que some tudo;

2) não tem um numero que reúna tudo porque são acordos que estão por se definir e que podem mobilizar mais recursos do que os previstos agora;

3) como chegar a um número se não se sabe quais são as parcelas ?

4) quanto vai custar a Ferrovia Transoceânica ? Nem a Urubóloga e sua furiosa equipe produtora de gráficos mortíferos seria capaz de calcular.

Portanto, virem-se, podia dizer o embaixador Graça Lima !

Os colonos não mudam.

Os colonistas são contra o Brasil !

Simples !

E, no Brasil, os colonistas e os jornalistas são piores que os patrões – diz o Mino carta.

Não aceitam que o Canal do Panamá venha a perder o monopólio.

Porque, para eles, o que interessa é vestir smoking para ver o Príncipe da Privataria falar em pseudo-inglês e defender os interesses americanos, no Waldorf-Astoria.

Nem a embaixada americana leva mais eles a sério.

É a turma que acha que os irmãos Wright é que inventaram o avião.

Inclusive o jatinho do João Dória .

Paulo Henrique Amorim

BETTI: “FHC PENSA QUE SOMOS BOBOS.QUANTO MAIS O CONHEÇO,MAIS ME DECEPCIONO”

BR29
Betti200515
O ator global Paulo Betti deixou, em sua rede social, uma breve “opinião” sobre o programa partidário do PSDB exibido na noite de ontem.
“FHC pensa que somos bobos, o jornalista e escritor Paulo Francis (jovens pesquisem) denunciou a corrupção na Petrobras, no governo de FHC, foi processado pela empresa, o que o levou a morte,lutar contra um gigante pode ser mortal. E agora vem dizer que tudo começou com Lula? Cada vez que conheço mais FHC mais me decepciono.”
Betti200515b
assista um trecho do vídeo em que Paulo Francis denuncia as falcatruas na Petrobras (ano de 1996)