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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 22, 2015

Boeschferatu e Má Lacraia



Eu fico pasmado com a credulidade das pessoas em geral, à direita e à esquerda.

Basta uma denúncia caluniosa, sem provas, contra o petista da vez para que todos os dedos se apontem acusadores. É a direita sôfrega pra nos por numa máquina do tempo em direção à idade média.

Mas a esquerda também decepciona.

Basta vir o papagaio do patrão, cacatua da crista rala do Boechato polemizando barato com o Malacraia (só os dois ganham com isso) pra petralhada obtusa sair viralizando a palhaçada, e enchendo a já obesa bola do orelhudo de Niterói.

Esquecem a campanha cretina da Band(idagem) contra Haddad, encabeçada pelo Boeschferatu em suas sessões de tatibitate da 3ª idade nas manhãs .

O descapiloso jornalista diz que o Mala Craia enriquece enganando os fiéis.

Dizem por aí que o Boechato ganha em torno de R$ 400.000,00, pra repetir o que mandam os Saad.

Ele é a voz de Saad.

Quando Haddad quis reformar o IPTU paulistano de forma que quem tem menos paga menos, quem tem mais paga mais e quem tem imóvel fechado paga de forma crescente, pra obrigar o fdp a botar o imóvel no mercado, esse Escroto fez tanto terror e desinformação, que gente pobre que teria  o IPTU ZERADO foi pra rua protestar contra Haddad.

A reforma foi pras picas por conta do MP estadual, tukanu até o talo.

É o sujo falando do mal lavado.

Vai procurar um ralo Boechato.

Oliver Stone: La historia no contada de Estados Unidos (Documental completo en Español)

por Ateus de Esquerda.   

Oliver Stone y el profesor Peter Kuznick nos presentan la historia secreta de Estados Unidos, una historia enterrada...
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Mais de 1/4 de Milhão de pessoas pedem o fim da Austeridade econômica na Inglaterra, Alemanha, Escócia e França

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Over a Quarter Million People Demand an End to Austerity
Massive protests under the banner ‪#‎EndAusterityNow‬ were held in England, Germany, Scotland and France drawing well over a quarter of a million people, united for the same cause.
Amazing overhead video o0f the march in London by Sky News

Mais de 1/4 de Milhão de pessoas pedem o fim da Austeridade econômica na Inglaterra, Alemanha, Escócia e França mediante a crise econômica que massacra os trabalhadores na Europa

Adultos maiores comem comem alimento para cães nos EUA

Adultos mayores comen alimento para perros en EEUU

Federica Wilson, denunció ante la Cámara de Representantes de Estado Unidos que en su distrito las personas adultas mayores “comen comida para perros cuando sus cupones de alimentos se acaban”.

FEDERICA WILSON, DENUNCIÓ ANTE LA CÁMARA DE REPRESENTANTES DE ESTADO UNIDOS QUE EN SU DISTRITO LAS PERSONAS ADULTAS MAYORES “COMEN COMIDA PARA PERROS CUANDO SUS CUPONES DE ALIMENTOS SE ACABAN”.

Credito: DifundeLaVerdad

17 junio 2015 - La representante demócrata para el estado de Florida, Federica Wilson, denunció ante la Cámara de Representantes de Estado Unidos que en su distrito las personas adultas mayores “comen comida para perros cuando sus cupones de alimentos se acaban”.

Luego de expresar horror la política norteamericana instó a la Cámara de Representantes mantener los beneficios del Programa de Asistencia de Nutrición Suplementaria en la Ley Agrícola.

“Estaba horrorizada y fui a verlo por mí misma, y me quedé sin habla”, comentó Wilson, al tiempo que añadió, “Estoy segura de que en algún lugar de Estados Unidos actualmente alguna pobre alma depende de comida para perros para mantenerse durante el mes”.

La Cámara de Representantes aprobó la Ley Agrícola con 216 votos a favor y 208 en contra, en la que eliminó el programa de cupones de alimentos.

La Casa Blanca expresó su intensión de vetar esta ley diciendo en un comunicado, “El Programa de Asistencia de Nutrición Suplementaria es una piedra angular de nuestra red de seguridad de asistencia alimentaria de nuestro país, y no debería ser dejado atrás como el resto de los avances de la Ley Agrícola”.
*http://www.aporrea.org/tiburon/n272389.html

Sérgio Moro, um juiz a serviço da TV Globo e do PSDB


Sergio_Moro26_Globo
Moro, ao lado de outros globais, recebe prêmio da emissora dos Marinho.
Os principais interessados na Operação Lava-Jato são o PSDB e as multinacionais do petróleo. Ambos clientes da esposa de Sérgio Moro.
Emanuel Cancella, via Carta Maior em 
A esposa do juiz Sérgio Moro, que está à frente da Operação Lava-Jato, advoga para o PSDB do Paraná e para multinacionais de petróleo. A denúncia foi publicada no WikiLeaks.
O fato já seria suficiente para inviabilizar a participação do juiz Moro no processo que apura a corrupção na Petrobras (Operação Lava-Jato). O Código de Processo Civil, em seu artigo 134, manda arguir o impedimento e a suspeição do juiz: “IV – Quando nele estiver como advogado da parte o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta: ou na linha colateral até o segundo grau”.
Mais claro impossível. Ora, quem são os principais interessados na Operação Lava-Jato, que afeta diretamente a Petrobras? O PSDB e as multinacionais do petróleo, clientes da mulher de Moro! São eles os grandes beneficiados com essa Operação.
Na véspera da eleição presidencial, a revista Veja estampou uma foto da então candidata Dilma, afirmando: “Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras”. A TV Globo repercutiu no Jornal Nacional.
A capa da Veja – um panfleto pró-Aécio – e o noticiário da emissora de maior audiência (ainda que decadente) manipularam até o final e certamente conseguiram arrancar alguns milhões de votos da presidenta, embora não o suficiente para derrotá-la.
Depois do estrago causado, a farsa montada pela Veja e pela Globo foi desmentida. O próprio advogado do doleiro Alberto Youssef (suposto delator) assegurou que “o seu cliente não fez declaração alguma envolvendo os nomes de Lula e Dilma”. Quem provavelmente “sabia” da manipulação montada, era o juiz Sérgio Moro.
Parcialidade e blindagens se revelam como um novo escândaloA sociedade não deve nenhum respeito a um juiz que extrapola suas funções e, sem nenhuma base jurídica, destrata a autoridade máxima do país. É o que aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, quando foram veiculadas as acusações – depois desmentidas. Por esse fato, o juiz Sérgio Moro deveria se desculpar publicamente.
Por mais que os brasileiros queiram ver na cadeia corruptos e corruptores – também me incluo entre os indignados – não é possível aceitar que a Justiça tenha dois pesos e duas medidas. O juiz Sérgio Moro mantém preso o tesoureiro do PT, mas não mandou prender os tesoureiros dos demais partidos citados em delação premiada, dentro da mesma operação, dentre os quais havia políticos do PSDB, PMDB, PP e outros. O tesoureiro do PSDB, Márcio Fortes, que foi tesoureiro de campanha de FHC e de José Serra, além do envolvido com o PSDB na Lava-Jato é titular de conta para lavagem de dinheiro no HSBC da Suíça. Mas continua solto.
A parcialidade de muitos juízes se revela como um novo escândalo, tão grande quanto aqueles que apuram. Pior é a blindagem de personagens, como o atual presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha. Será ele refém ou artífice de um projeto conservador em andamento que pratica uma verdadeira devassa, derrubando conquistas históricas da sociedade civil e dos trabalhadores?
Por que não são investigados e punidos os empresários de comunicação que falam e escrevem o que bem entendem, contra tudo e contra todos, sem nenhuma regulamentação?
Por que esses escândalos não têm a mesma repercussão na mídia? O que se diz é que órgãos de comunicação também estariam envolvidos, em escândalos bilionários, como o suiçalão, Zelotes e trensalão.
A lei determina que todos os envolvidos em corrupção, corruptos e corruptores, depois da ampla defesa e, se condenados, sejam presos e os bens adquiridos por meio da corrupção sejam ressarcidos. Mas a regra deveria valer para todos os partidos!
A TV Globo deu ao juiz Sérgio Moro o título de personalidade do ano. A TV Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura, foi contra as eleições diretas e, no governo de FHC, na década de 1990, fez campanha pela privatização da Petrobras, comparando a estatal a um paquiderme e chamando os petroleiros de marajás.
A Globo e o PSDB sempre defenderam a privatização da Petrobras. O seu projeto de país tem sido derrotado nas urnas. Mas, por vias transversas, está sendo retomado. É o que aponta o projeto do senador do José Serra que retira a Petrobras como operadora única do pré-sal e acaba com o regime de partilha, retornando ao pior modelo, que é o de concessão, instituído em 1997 pelo entreguista FHC.
Como funcionário da Petrobras e brasileiro não posso aceitar calado essa tramoia contra a empresa que é o maior patrimônio da nação e a única que pode pagar a dívida social que temos com nosso povo. A sociedade não pode permitir que a Globo e o PSDB destruam a Petrobras.
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro/RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
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domingo, junho 21, 2015


Segundo o jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (13). Os delegados federais responsáveis pela Operação Lava-Jato compunham uma espécie de comitê informal do candidato Aécio Neves à Presidência da República enquanto vazavam seletivamente para a imprensa dados do inquérito”.

A revelação expõe a contaminação de toda uma superintendência regional da Polícia Federal por interesses externos ao da atividade policial, o que coloca em dúvida a qualificação de seus agentes para conduzir essa investigação, e, por consequência, de todo o noticiário que se seguiu”.

Segundo o renomado jornalista e escritor Luciano Martins Costa, “os Policiais Federais responsáveis pela Operação Lava Jato, ao mesmo tempo que exaltavam o ex candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, atacavam o PT, em especial, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff nas redes sociais, é um escândalo dentro do escândalo da Petrobras”, desabafa.

Segundo ele, “não há nada mais interessante” nos jornais de hoje do que essa revelação. Nos posts, os policiais à frente da investigação chegaram a chamar à presidente Dilma de “anta”, além de “xingamentos vulgares”. Já para Aécio, derrotado nas eleições presidenciais, postaram “esse é o cara” em uma foto em que o tucano estava cercado de mulheres.
Pescado do Jornal I9

THIETRE - RJ


sábado, junho 20, 2015

Mais do que patetice, Aécio sabota R$ 14 bilhões em vendas brasileiras para Venezuela

Conflito diplomático criado por grupo liderado por senador tucano ignora importância do comércio entre Brasil e o país vizinho, que no ano passado importou R$ 14 bilhões dos brasileiros

MARCOS OLIVEIRA/ AGÊNCIA SENADO
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Aécio: tentativa de desestabilizar relações com o país que é o nono maior importador de bens e serviços brasileiros
Se já é irritante ver senadores brasileiros, liderados por Aécio Neves (PSDB-MG), gastarem dinheiro público requisitando um jatinho da FAB para ir à Venezuela fazer intrigas e dar um vexame, em cima de assuntos completamente alheios aos interesses do povo brasileiro, pior é sabotar a economia brasileira criando arruaças diplomáticas completamente desnecessárias e impróprias com o país que foi o nono maior importador de bens e serviços brasileiros no ano passado.
Em 2104, a Venezuela importou cerca de R$ 14 bilhões do Brasil (US$ 4,6 bilhões), gerando um saldo positivo na balança comercial de R$ 13,4 bilhões. Isto em um ano que o país vizinho enfrenta uma crise econômica, sobretudo pela queda do preço do petróleo, responsável por cerca de um terço do PIB deles.
As ações do Aécio de hoje são tão desastradas que desmentem e rasgam seu próprio discurso da campanha eleitoral. Há nove meses o tucano falava na televisão para todo mundo ouvir que, se vencesse, sua política externa seria "comércio", pragmática, defendendo o interesse comercial acima de ideologias.
Pois olhando hoje, Aécio só não mentiu se ele estivesse se referindo a defender o interesse comercial de outros países que concorrem com o Brasil no comércio mundial.
Sabotar R$ 14 bilhões em vendas de empresas e produtores brasileiros a um país estrangeiro, além de lesar a macroeconomia nacional, sabota também milhares de empregos e a renda de trabalhadores e produtores daqui.
A Venezuela tem seus problemas internos, tem um ambiente político radicalizado, mas é uma democracia inquestionável, com eleições livres, disputadas pela oposição com regras iguais, que tem parlamentares eleitos, que governa alguns estados e municípios. É uma democracia com plena liberdade de expressão, de manifestação, de organização partidária plural e a imprensa é livre, sem nenhuma censura. Os poderes Legislativo e Judiciário funcionam plenamente de acordo com a Constituição que foi inclusive referendada pelo voto popular, coisa que a nossa democracia não fez.
A defesa dos três líderes da oposição venezuelana que respondem a ações judiciais pode argumentar que as prisões tenham conotação política, mas o fato é que eles são acusados pelo Ministério Público não por emitirem opiniões, nem por atividades partidárias, nem por ativismo pacífico, mas por promoverem  manifestações violentas que levaram à morte e lesões de civis e policiais, e ao incêndio de prédios públicos. São acusados também de atentados contra a Constituição na forma de golpe de estado. Violência contra a vida e a integridade física das pessoas, destruição de prédios em país com liberdades democráticas são crimes comuns e não políticos. Golpe de estado também é crime em qualquer país que tenha uma Constituição democrática. O Ministério Público de lá os responsabiliza de incitarem e promoverem propositalmente a violência de forma premeditada. Cabe aos advogados de defesa rebaterem a acusação, seja provando a inocência ou a ausência de provas de dolo, apesar de discursos gravados daqueles líderes pesarem contra a defesa. Todos os outros líderes políticos venezuelanos de oposição, que não são acusados de crimes comuns e disputam suas ideias nas urnas não sofrem qualquer perseguição.
A política externa do Brasil, e não é só nos governos petistas, tem tradição clara de defesa dos direitos humanos universais desde a redemocratização, como tem posição muito clara de respeito à autodeterminação dos povos, não ingerindo na política interna dos países. Nas questões de direitos humanos, o Brasil exerce esta defesa nos órgãos multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros. Em geral, só países imperialistas interferem diretamente na política interna de outras nações soberanas.
Entre as nações que mais violam os direitos humanos e liberdades fundamentais, a Venezuela passa longe; nem por isso, o Brasil interfere na política interna dos outros países bem mais problemáticos. Também é curioso o senador tucano nunca se preocupar com violações de direitos e liberdades em outros países.
Aécio, como qualquer pessoa, pode ter seu juízo de valor sobre os políticos venezuelanos presos, se tem ou não responsabilidade pelos crimes comuns. Pode se posicionar como político, mas o assunto está mais na sua esfera da política partidária e de grupos de interesse do que do interesse geral da nação brasileira. Por isso, é questionável o uso de recursos públicos brasileiros, como o avião da FAB, para fazer atividades que têm mais a ver com atividade política privada.
Para a visita perder o caráter de ingerência na política partidária de outros países, inclusive flertando com golpistas de estado, a comitiva de senadores deveria oferecer um papel de mediação, com uma agenda mais ampla, dialogando com os dois lados das forças políticas e com amplos setores da sociedade venezuelana.
Em vez disso, Aécio já criou confusão antes mesmo da viagem ao acusar, três dias antes, de um veto ao voo da FAB que não houve. Emitiu declarações belicosas contra o governo venezuelano e contra a maioria do povo daquele país que fez suas escolhas nas urnas. Flertou com golpistas de estado e agiu como lobista de uma geopolítica imperialista com histórico de saquear a riqueza do povo venezuelano.
Daí, se Aécio foi convidado a fazer uma visita de apoio à oposição venezuelana, e quisesse fazer nesta condição, deveria ser representando o PSDB, ou a Chevron ou sabe-se lá mais quem, contanto que não envolvesse as instituições de Estado brasileiras.
Se o tucano foi a convite da oposição venezuelana, não é o povo brasileiro quem deveria pagar sua viagem, e sim quem o convidou. Ou o senador que pagasse de seu próprio bolso para saciar seus interesses políticos e midiáticos pessoais.
Como se não bastasse, o tucano deu o vexame de mal passar seis horas em território venezuelano. No primeiro engarrafamento que encontrou ao sair do aeroporto, aproveitado por um pequeno grupo de manifestantes populares para protestarem contra sua comitiva, o fez bater em retirada sem cumprir a missão a que se propôs.
Poderia persistir, até mesmo reclamar junto às autoridades venezuelanas, à embaixada brasileira, à oposição venezuelana, alugar ou pedir um helicóptero à elite de extrema-direita de lá, para seu deslocamento. Preferiu voltar sem cumprir o que propôs. Talvez acreditando que uns gatos pingados de manifestantes inofensivos que deram alguns tapas no ônibus – coisa que não deveriam fazer, mas também não chegaram a representar ameaça – era o factoide suficiente para não esticar o vexame. A bolinha de papel de José Serra (PSDB-SP) em 2010 faz escola.
Mas se a despesa com avião da FAB, com a mobilização de funcionários do Itamaraty e do Senado, só para fazer intrigas já é tudo o que o cidadão não quer como atuação de seus parlamentares, muito pior é a sabotagem contra a economia brasileira no valor de R$ 14 bilhões ao ano.
*RBA

Vice-presidente da Venezuela diz que Aécio precisa procurar trabalhar no Senado brasileiro

Comitiva de senadores brasileiros na Venezuela

Jorge Arreaza, vice-presidente da Venezuela, enviou para o celular de Lilian Tintori, mulher do líder oposicionista Leopoldo López, uma debochada mensagem sobre os senadores brasileiros em missão oficial na Venezuela

Por Redação

"Se os senadores estão aqui, é porque não têm muito trabalho por lá [no Brasil]. Assim, umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo", diz o texto enviado a Tintori, cujo marido seria o primeiro que a comitiva tentaria visitar.

O texto dá a entender que o bloqueio da estrada que leva do aeroporto à capital venezuelana foi, como suspeitam os senadores, iniciativa do governo.

Na volta ao Brasil, os senadores pretendem cobrar do governo brasileiro que "faça valer a cláusula democrática que consta dos acordos do Mercosul, da Organização dos Estados Americanos e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas)", disse à Folha o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e integrante do grupo de senadores.

Segundo Aloysio, o chanceler Mauro Vieira telefonou para ele e se comprometeu a fazer gestões junto à Chancelaria venezuelana, o que foi também tentado, inutilmente, pelo embaixador Ruy Pereira, que recebeu os senadores em Caracas.

Veja vídeo



Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/06/vice-presidente-da-venezuela-diz-que.html#ixzz3dc878F00

Por que o assassinato de 9 negros não é considerado um ato de terrorismo?

Por que se um branco mata 9 negros ele é considerado 'doente mental', e não 'terrorista'? Isso mostra o racismo estrutural dos Estados Unidos

Amy Goodman - Democracy Now
reprodução
Porque tantos políticos e grande parcela da mídia teme chamar o tiroteio ocorrido na Carolina do Sul de um ato de terrorismo? Discutimos os padrões na cobertura de tiroteios realizados por agressores brancos com dois convidados: Anthea Butler, professora de religião e estudos africanos da Universidade da Pensilvânia; e Raphael Warnock, pastor sênior da Igreja Batista Ebenezer, em Atlanta, Georgia; que foi o lar espiritual de Martin Luther King Jr. 
 
Amy Goodman: Professora Butler acaba de escrever um artigo publicado pelo The Washington Post; seu cabeçalho: "Atiradores negros são chamados 'terroristas' e 'bandidos'. Por que atiradores brancos são chamados de doentes mentais?" Anthea Butler, você poderia continuar a partir desse ponto? Fale sobre a questão de quem chamamos de terrorista e quem não chamamos. 
 
Anthea Butler: A razão pela qual eu acredito que brancos são sempre - e atiradores brancos, especialmente homens brancos - são sempre chamados de "doentes mentais" é que isso é uma leve parte do racismo estrutural nos Estados Unidos. Sempre que se ouve falar que um mulçumano fez ou é suspeito de fazer alguma coisa, ou um homem negro ou uma mulher negra, eles são sempre 'terroristas'; é 'atividade terrorista'; há palavras pejorativas que são usadas para descreve-los; eles são desumanizados. Quando alguém branco faz alguma coisa no seu país, eles são absolvidos. Quando é a juventude branca, que é composta de homens como Dylann Roof, são chamados de "garotos". Eles são infantilizados. Um homem jovem como Trayvon Martin é chamado de "jovem pesadão". É um claro sinal da infra-estrutura racista sob esse país, e parte disso teve a ver com a mídia, com esses retratos e a repetição constante de todos estes esteriótipos raciais e religiosos que prejudicaram esse país.  
 
 
Juan G.: No caso de Dylann Roof, isso tem sido particular. (...) você vê uma situação em que ele está algemado, mas também tem um colete à prova de bala, do qual eu não me lembro ser a situação, por exemplo, do jovem responsável pelo bombardeio da maratona de Boston ou muitos outros incidentes que tivemos. Até mesmo a imagem dos acusados que a mídia tem permissão pra ver é diferente.  
 
 
Anthea Butler: Colocar o colete nele o fez parecer um tanto frágil, quando essa foi a mesma pessoa que estava num estudo bíblico por uma hora e depois fez aqueles disparos. Não há nada frágil no seu ato terrorista e no racismo cometido. (...) Está enraizado. É uma prática dos aplicadores da lei e da mídia nesse país. E o que está acontecendo agora, e eu acho que isso é realmente importante enfatizar, é que o impacto da democratização, das pessoas terem mídia social, câmera no celular, sendo capazes de mostrar essas discrepâncias e as coisas de uma forma profundamente diferente, mudou a percepção no país, e as pessoas  estão começando a ver a verdade.
 
Amy Goodman: Na quinta, o apresentador da Fox News, Steve Doocy expressou incredibilidade de que o tiroteio em Charleston teria sido um crime de ódio. Ele, e seu convidado, pastor E.W. Jackson sugeriram que o atirador atacou a histórica igreja negra e suas visões bíblicas, não devido ao racismo:  
 
E.W. JACKSON: Estou profundamente preocupado com o fato deste atirador ter escolhido ir à uma Igreja, porque isso passa a impressão de que existe um aumento da hostilidade contra os cristãos no país.
STEVE DOOCY: Mm-hmm.
E.W. JACKSON: — Por conta das nossas visões bilblicas.
STEVE DOOCY: (...) é porque era um garoto branco, aparentemente, em uma Igreja negra. Mas você tocou num ponto interessante sobre a hostilidade aos cristãos. (...) 
E.W. JACKSON: Sim, sim. Eu não sei se a maioria das pessoas chega a esta conclusão sobre a questão racial. Eu espero pelo dia onde não teremos mais isso no nosso país. Mas nós não sabemos o porque ele foi à Igreja. Mas é fato que ele não escolheu um bar, ou uma quadra de basquete. Ele escolheu uma Igreja. 
 
AMY GOODMAN: Essa é a Fox. Dr. Raphael Warnock, essa questão do terrorismo doméstico e dos crimes de ódio - imediatamente o Prefeito e o chefe da política de Charleston, ambos brancos, disseram que havia sido um crime de ódio. Mas a verdade é que a Carolina do Sul é um dos cinco estados, junto com a Georgia, Wyoming e Indiana, que não possui leis específicas sobre crimes de ódio. Você pode nos falar sobre o que seria estes crimes de ódio, e se você os enxerga como terrorismo, e o que isso significaria caso assim chamássemos?  
 
REV. RAPHAEL WARNOCK: Isso é claramente um crime de ódio. O próprio criminoso assim o definiu. Ele demonstrou. Nós vimos fotos dele no Facebook onde ele ostentava a bandeira de Rhodesia, hoje Zimbabwe, nos dias em que este era um Estado de supremacia branca, o velho apartheid sul-africano. Então nós sabemos algo sobre a ideologia deste homem. 
 
Mas isso foi também um ato de terror, e que é conectado historicamente com o longo reinado de terror perpetrado contra as comunidades Afro-Americanas. Ele disse à um dos sobreviventes, "Sim, eu vou deixar você sobreviver para então você contar a história." Ora, temos que nos perguntar: o que esta história produz? Não sou um advogado. Mas será interessante ver como os advogados lidarão com o caso, como discutirão as questões técnicas sobre isso, mas é claro que ninguém está se preocupando com isso, me parece, que isso é um ato de terror, cometido não porque estas pessoas eram cristãs, mas porque eram afro-americanos.
 
E ele ainda disse: "você está estuprando nossas mulheres, e está tomando o país." Devemos nos perguntar de onde ele tirou esta ideia de "estarem tomando o país"? 
 
E a Fox News tem grande responsabilidade neste tipo de informação e discurso. Eles tem disseminado esta ideia de que "nós temos que tomar nosso país de volta". Este jovem de 21 anos, nascido no final dos anos 1990, me faz lembrar do meu sobrinho. Alguém, no entanto, o ensinou à odiar. 
 
E por isso temos que condenar os crimes de ódio, condenar este ato de terror, mas temos também que condenar este discurso que usualmente sugere que o nosso atual presidente é de algum lugar outro lugar que não o nosso país, que ele não seria um de "nós". 
*CartaMaior