por Lula (Remover)
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, junho 24, 2015
São João
Poesia matuta*
Emoticon heart
Ocê foi chegano,
Ficano
E eu gostano,
Quereno,
Ficano
E eu gostano,
Quereno,
S’apaixonano,
Amano.
Assim,
Fui esqueceno
Amano.
Assim,
Fui esqueceno
De esquecê ocê.
E fui m’apaixonano,
Apaixonano…
M’esqueceno deu.
E fui m’apaixonano,
Apaixonano…
M’esqueceno deu.
E ocê e eu
Fomo amano,
Ficano…
Sonhano…
Fomo amano,
Ficano…
Sonhano…
Coração bateno,
Foguêra queimano…
A vida ficô linda
E nós amano…
Foguêra queimano…
A vida ficô linda
E nós amano…
Viva São João!!!!!
(Ednar Andrade)
terça-feira, junho 23, 2015
PSDB torrou 8,1 BILHÕES na "despoluição" e a situação está assim.
PSDB torrou 8,1 BILHÕES na "despoluição" e a situação está assim.
Link: Despoluição do Tietê já custou R$ 8,1 bilhões e está longe de acabar
http://oglobo.globo.com/…/despoluicao-do-tiete-ja-custou-81…
...Ver maishttp://oglobo.globo.com/…/despoluicao-do-tiete-ja-custou-81…
A espuma da poluição do rio Tietê avança, desde a segunda-feira (22), sobre
áreas urbanas de Pirapora do Bom Jesus (54 km de São Paulo). O tráfego de...
NOTICIAS.UOL.COM.BR
*obviamente
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Espuma de poluição do rio Tietê invade ruas de Pirapora do Bom Jesus (SP)http://bit.ly/1e1ThR2
Lula: 'Democracia é bom na casa do outro. Aqui nem direito de resposta temos'
Toda vez que você fala em regulação dos meios de comunicação vem bordoada, diz Lula, lembrando que atual regulação é de 1962. Para ex-presidente, desconstruir a política fragiliza a democracia
por Redação RBA
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RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
São Paulo – Em discurso dirigido ao ex-presidente da Espanha Felipe González, na Conferência “Novos desafios da democracia”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exortou o partido hoje (22) a repensar sua prática, voltar a dialogar com a juventude e falou “da necessidade de rediscutir as utopias, para que a gente possa fazer essa meninada sonhar ou aprender com eles como fazer a gente voltar a ter sonhos”.
Lula também criticou o partido e o governo. “Não sei se o defeito é nosso, se é do governo. Eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Hoje a gente só pensa em cargo, em emprego, em ser eleito, ninguém hoje trabalha mais de graça.” Mas o ex-presidente disse também que o PT é "o mais importante partido de esquerda na América Latina".
Sem se excluir, ele reconheceu as dificuldades que as antigas lideranças têm no atual processo político brasileiro. “Eu tô falando as mesmas coisas que eu falava em 1980. Eu penso se não está na hora de a gente fazer uma revolução nesse partido, uma revolução interna e colocar gente nova, que pensa diferente, mais ousada, com mais coragem do que a gente. Temos que definir se queremos salvar a nossa pele e nossos cargos ou salvar o nosso projeto.” Segundo ele, é preciso “criar um novo projeto de organização partidária neste país”.
E citou partidos como o Podemos (Espanha) e outras iniciativas populares no Brasil e no mundo, como experiências a serem observadas e valorizadas. Mas alertou: "Dos movimentos de hoje, que surja um partido melhor que o PT, mas que surja. Porque quando se nega a política, o que vem é muito pior". O ex-presidente enalteceu a vitória do Podemos na Espanha e disse que “é mais ou menos como o quando PT ganhou Diadema em 1982”, observando considerar fundamental, no Brasil, não apenas a esquerda repensar seu papel. “Que surja no Brasil um partido melhor do que o PT, mas que surja”, disse, reiterando que não acredita em soluções fora da política – num ambiente em que os meios de comunicação apostam na desqualificação da política como meio de desestimular as pessoas a se interessar e participar dela.
Lula considera que a desconstrução da política seria um retrocesso em relação a um dos principais avanços alcançados nos últimos 12 anos. "Nunca antes na história do Brasil o povo exerceu tanto a democracia e participou das decisões do governo como no governo do PT (...) Se perguntarem qual foi meu maior legado, foi o exercício de democracia que praticamos no governo", afirmou.
Ele também não deixou de falar no papel da imprensa brasileira e dos oligopólios dos meios de comunicação. “A regulação da mídia (no Brasil) é de 1962, no tempo em que ligar do Rio Grande do Sul para Brasília, segundo o Brizola, demorava seis horas. Ainda tem nove famílias que controlam praticamente todos os meios de comunicação no país. Toda vez que você fala em regulação dos meios de comunicação vem bordoada de todo lado. Democracia é muito importante na casa do outro. Aqui no Brasil nem direito de resposta temos mais”, ironizou.
Como sua fala foi direcionada a Felipe González, o ex-presidente brasileiro usou em diversos momentos exemplos passados ou presentes da Europa para ilustrar seu discurso.
Para Lula, a crise financeira mundial iniciada em 2008 “se transformou numa crise muito mais política sobretudo por falta de lideranças políticas”. O mesmo problema vivido pela esquerda brasileira, de modo geral, ou pelo PT, em particular. “Vejo a esquerda europeia ter imensa dificuldade de discutir a imigração, e a direita deita e rola, porque para a direita é fácil: é ser contra. A gente deveria assumir a postura de querer a imigração. Os ricos não vêm de barco.”
Sobre política econômica, o ex-presidente metalúrgico não falou diretamente do governo Dilma Rousseff, mas mencionou a Grécia e os países europeu que adotaram soluções de ajustes neoliberais para combater a crise. “O ajuste só fez com que a dívida bruta e a líquida crescesse.”
Numa análise retrospectiva sobre as crises vividas pela democracia no mundo, Lula lembrou o processo iniciado com a Primavera Árabe, mais um golpe nas utopias. “Quanta gente não ficou maravilhada quando começou a Primavera Árabe? E agora quem está governando? Os militares outra vez.”
Ele criticou os assassinatos dos líderes árabes iraquiano Saddam Hussein (em 2006) e líbio Muamar Kadafi (2011) e afirmou que eles prejudicam a democracia mundial. “A morte do Kadafi não tem explicação para a democracia. Porque a Líbia estava quieta, não incomodava ninguém. De repente resolveram transformar a Líbia em inimiga da humanidade, destruíram, e colocaram uma coisa mil vezes pior do que tinha. E ninguém responde por essa responsabilidade.” Segundo Lula, a democracia “nunca correu tanto risco como corre agora”.
Ouça a íntegra, divulgada pelo Instituto Lula
Pré Sal e maioridade penal
9
Parece que a sina tucana pelo entreguismo não tem fim. Vender o patrimônio do povo brasileiro para exploração de empresas estrangeiras é ruir com a soberania nacional. Nossa querida Dilma Rousseff avisou. Vejam!
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Um recado duro de Jandira para a bancada da bala durante as últimas discussões da Câmara sobre a redução da maioridade penal. Veja!
MP investiga “Gladiadores do Altar” por homofobia e ofensa à religião afro. Limites da liberdade religiosa
MP investiga “Gladiadores do Altar” por homofobia e ofensa à religião afro. Limites da liberdade religiosa
Corumbá (MS). A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos da comarca de Campo Grande por meio da promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, da 67ª Promotoria de Justiça, começou uma investigação de nº 18/2015 para apurar eventual ofensa à liberdade religiosa e suposta prática de homofobia e discriminação contra a população LGBT econtra as religiões de matrizes africanas de Campo Grande decorrente de publicações na página da rede social Facebook denominada “Gladiadores do Altar.
Vinculados a Igreja Universal do Reino de Deus que tem quase 8 milhões de membros, os “Gladiadores do Altar” foi criado em alguma das Igrejas da Universal e tem provocado polêmica por seu caráter militar. Fardamento, palavras de ordem, marcha ao estilo parada militar e coturnos são apresentados nos cultos e vídeos. Chamados de “Exército de Deus”, tem causado polêmica e alvo de diversas investigações por parte do Ministério Público Federal e Estadual em outros Estados.
Há uma página da rede social facebook denominada Gladiadores do Altar, inclusive com símbolo e uma espada atravessando o símbolo escrito GA. É possível verificar nesta página do facebook diversas mensagens referente a Igreja Universal contra as drogas. Também há divulgação de atividades e eventos da Igreja. Na data de hoje, 18, verificando a linha do tempo da página Gladiadores do Altar, não foi visto postagens ofensivas de caráter homofóbico ou contra igrejas de matrizes africanas. A notícia da investigação do MP saiu hoje, 18, no Diário Oficial do MP-MS e não foi divulgado da data da supostas ofensas que seriam sido praticadas na página do facebook.
Recentemente a Justiça Federal do Estado de São Paulo condenou a Rede Record e a extinta Rede Mulher, hoje, Record News, por ofenderem as religiões em programas exibido pelas emissoras. A decisão do juiz Djalma Moreiro Gomes, da 25º Vara Federal de São Paulo, e divulgada no mês de maio deste ano. Pela decisão, a Rede Record deveria dar direito de resposta ao Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira ( Intecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (CEERT).
O movimento “Gladiadores do Altar” foi criado em janeiro deste ano e é alvo de constantes questionamentos pela forma militarizada, inclusive com uso de crianças e adolescentes no método militar, com marcha militar e palavras de ordem defendendo a crença, mas que pode alimentar intolerância, na visão de alguns.
Corumbá (MS). A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos da comarca de Campo Grande por meio da promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, da 67ª Promotoria de Justiça, começou uma investigação de nº 18/2015 para apurar eventual ofensa à liberdade religiosa e suposta prática de homofobia e discriminação contra a população LGBT econtra as religiões de matrizes africanas de Campo Grande decorrente de publicações na página da rede social Facebook denominada “Gladiadores do Altar.
Vinculados a Igreja Universal do Reino de Deus que tem quase 8 milhões de membros, os “Gladiadores do Altar” foi criado em alguma das Igrejas da Universal e tem provocado polêmica por seu caráter militar. Fardamento, palavras de ordem, marcha ao estilo parada militar e coturnos são apresentados nos cultos e vídeos. Chamados de “Exército de Deus”, tem causado polêmica e alvo de diversas investigações por parte do Ministério Público Federal e Estadual em outros Estados.
Há uma página da rede social facebook denominada Gladiadores do Altar, inclusive com símbolo e uma espada atravessando o símbolo escrito GA. É possível verificar nesta página do facebook diversas mensagens referente a Igreja Universal contra as drogas. Também há divulgação de atividades e eventos da Igreja. Na data de hoje, 18, verificando a linha do tempo da página Gladiadores do Altar, não foi visto postagens ofensivas de caráter homofóbico ou contra igrejas de matrizes africanas. A notícia da investigação do MP saiu hoje, 18, no Diário Oficial do MP-MS e não foi divulgado da data da supostas ofensas que seriam sido praticadas na página do facebook.
Recentemente a Justiça Federal do Estado de São Paulo condenou a Rede Record e a extinta Rede Mulher, hoje, Record News, por ofenderem as religiões em programas exibido pelas emissoras. A decisão do juiz Djalma Moreiro Gomes, da 25º Vara Federal de São Paulo, e divulgada no mês de maio deste ano. Pela decisão, a Rede Record deveria dar direito de resposta ao Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira ( Intecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (CEERT).
O movimento “Gladiadores do Altar” foi criado em janeiro deste ano e é alvo de constantes questionamentos pela forma militarizada, inclusive com uso de crianças e adolescentes no método militar, com marcha militar e palavras de ordem defendendo a crença, mas que pode alimentar intolerância, na visão de alguns.
Rússia e Venezuela assinam plano estratégico
Rússia e Venezuela assinam plano estratégico
Os cães ladram, ladram, ladram.
As caravanas passam, passam, passam.
Enquanto as conspirações avançam, tentando derrubar governos populares, a China vem ao Brasil, alocando mais de R$ 200 bilhões, para financiar projetos de infra-estrutura, e a Rússia fecha acordo estratégico com a Venezuela para aumentar e aprimorar a exploração de petróleo.
Os Brics se aproximam uns dos outros, defendendo-se contra os insidiosos ataques dos falsos liberais.
***
Venezuela e Rússia assinam plano estratégico de investimento em petróleo e gás
De Caracas, da Agência Lusa (via EBC)
As companhias estatais Petróleos da Venezuela (Pdvsa) e Rosneft de Rússia chegaram a um acordo para criar uma empresa para o desenvolvimento de infraestruturas para os setores do petróleo e gás, anunciou hoje (22) a venezuelana Pdvsa.
“O presidente da Pdvsa, Eulógio Del Pino, e o presidente da Rosneft, Igor Sechin, assinaram diversos acordos, entre os quais um Plano Estratégico de Investimentos em Petróleo e Gás que estabelece os princípios para a constituição de uma empresa dedicada à construção e operação de infraestruturas para a produção de gás natural”, diz um comunicado da Pdvsa.
O documento explica que ambas vão “desenvolver uma nova infraestrutura para o melhoramento” de empresas da Faixa Petrolífera de Orinoco e executar um projeto de expansão para produzir 145 mil barris diários de petróleo extrapesado.
O projeto deverá estar concluído até ao primeiro trimestre de 2016 e ambas vão perfurar conjuntamente jazidas de petróleo e oferecer serviços petrolíferos e de engenharia para outras empresas do setor.
Segundo a Pdvsa, os acordos foram assinados em São Petersburgo, na quinta-feira passada. O documento não cita os valores do investimento.
*Ocafezinho
Jornalista americano alerta que governo dos EUA estão agindo para derrubar Dilma
Jornalista americano conta como os norte-americanos agem para derrubar a presidente Dilma e buscam seus interesses perdidos após a Era FHC; intitulado de "um por todos e todos pelo Pré Sal" jornalista explica que o governo norte-americano tenta de tudo para conseguir a presidente fora do comando do governo
Por Redação
William alerta que o governo dos Estados Unidos estão agindo para derrubar a presidente Dilma Rousseff e conta como estão fazendo para tal.
Ele também conta que Washington apoiou até o ultimo minuto, o PSDB nas eleições de 2014. Confira o texto do jornalista norte americano traduzido pelo Portal Metrópole.
Um por todos, e todos pelo Pré-Sal
Entenda como o governo dos Estados Unidos quer reconquistar seus direitos no Brasil, perdidos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores e hoje age para derrubar a presidente reeleita.
Por William Engdahl
Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente "socialmente propensa" do Brasil é uma prioridade máxima para deter o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington.
A razão por que Washington quer se livrar de Rousseff é clara. Como presidente, ela é uma das cinco cabeças do BRICS que assinaram a formação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares. Ela também apoia uma nova Moeda de Reserva Internacional para complementar e eventualmente substituir o dólar. No Brasil, ela é apoiada por milhões de brasileiros mais pobres, que foram tirados da pobreza por seus vários programas, especialmente o Bolsa Família, um programa de subsídio econômico para mães e famílias da baixa renda. O Bolsa Família tirou uma população estimada de 36 milhões de famílias da pobreza através das políticas econômicas de Rousseff e de seu partido, algo que incita verdadeiras apoplexias em Wall Street e em Washington.
Apoiado pelos Estados Unidos, seu rival na campanha, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), serve aos interesses dos magnatas e de seus aliados de Washington.
O principal assessor econômico de Neves, que se tornaria Ministro da Fazenda no caso de uma presidência de Neves, era Armínio Fraga Neto, [cidadão norte-americano e brasileiro] amigo íntimo e ex-sócio de Soros e seu fundo hedge "Quantum". O principal conselheiro de Neves, e provavelmente seu Ministro das Relações Exteriores, tivesse ele ganhado as eleições, era Rubens Antônio Barbosa, ex-embaixador em Washington e hoje Diretor da ASG em São Paulo.
A ASG é o grupo de consultores de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado norte-americana durante o bombardeio da Iugoslávia em 1999. Albright, dirigente do principal grupo de reflexão dos Estados Unidos, o "Conselho sobre Relações Exteriores", também é presidente da primeira ONG da “Revolução Colorida” financiada pelo governo dos Estados Unidos, o "Instituto Democrático Nacional" (NDI). Não é de surpreender que Barbosa tenha conclamado, numa campanha recente, o fortalecimento das relações Brasil-Estados Unidos e a degradação dos fortes laços Brasil-China, desenvolvidos por Rousseff na esteira das revelações sobre a espionagem norte-americana da Agência de Segurança Nacional (NSA) contra Rousseff e o seu governo.
Surgimento de escândalo de corrupção
Durante a áspera campanha eleitoral entre Rousseff e Neves, a oposição de Neves começou a espalhar rumores de que Rousseff, que até então jamais fora ligada à corrupção tão comum na política brasileira, estaria implicada num escândalo envolvendo a gigante estatal do petróleo, a Petrobras. Em setembro, um ex-diretor da Petrobras alegou que membros do governo Rousseff tinham recebido comissões em contratos assinados com a gigante do petróleo, comissões essas que depois teriam sido empregadas para comprar apoio congressional. Rousseff foi membro do conselho de diretores da companhia até 2010.
Agora, em 2 de novembro de 2014, apenas alguns dias depois da vitória arduamente conquistada por Rousseff, a maior firma de auditoria financeira dos Estados Unidos, a "Price Waterhouse Coopers" se recusou a assinar os demonstrativos financeiros do terceiro trimestre da Petrobras. A PWC exigiu uma investigação mais ampla do escândalo envolvendo a companhia petrolífera dirigida pelo Estado.
A Price Waterhouse Coopers é uma das firmas de auditoria, consultoria tributária e societária e de negócios mais eivadas de escândalos nos Estados Unidos. Ela foi implicada em 14 anos de encobrimento de uma fraude no grupo de seguros AIG, o qual estava no coração da crise financeira norte-americana de 2008. E a Câmara dos Lordes britânica criticou a PWC por não chamar atenção para os riscos do modelo de negócios adotado pelo banco "Northern Rock", causador de um desastre de grandes proporções na crise imobiliária de 2008 na Grã-Bretanha, cliente que teve que ser resgatado pelo governo do Reino Unido.
Intensificam-se os ataques contra Rousseff, disso podemos ter certeza.
A estratégia global de Rousseff
Não foi apenas a aliança de Rousseff com os países dos BRICS que fez dela um alvo principal da política de desestabilização de Washington. Sob seu mandato, o Brasil está agindo com rapidez para baldar a vulnerabilidade à vigilância eletrônica norte-americana da NSA.
Dias após a sua reeleição, a companhia estatal Telebras anunciou planos para a construção de um cabo submarino de telecomunicações por fibra ótica com Portugal através do Atlântico. O planejado cabo da Telebras se estenderá por 5.600 quilômetros, da cidade brasileira de Fortaleza até Portugal. Ele representa uma ruptura maior no âmbito das comunicações transatlânticas sob domínio da tecnologia norte-americana. Notadamente, o presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, disse numa entrevista que o projeto do cabo será desenvolvido e construído sem a participação de nenhuma companhia estadunidense.
As revelações de Snowden sobre a NSA em 2013 elucidaram, entre outras coisas, os vínculos íntimos existentes entre empresas estratégicas chave de tecnologia da informática, como a "Cisco Systems", a "Microsoft" e outras, e a comunidade norte-americana de inteligência. Ele declarou que:
"A questão da integridade e vulnerabilidade de dados é sempre uma preocupação para todas as companhias de telecomunicações".
O Brasil reagiu aos vazamentos da NSA periciando todos os equipamentos de fabricação estrangeira em seu uso, a fim de obstar vulnerabilidades de segurança e acelerar a evolução do país rumo à autossuficiência tecnológica, segundo o dirigente da Telebras.
Até agora, virtualmente todo tráfego transatlântico de TI encaminhado via costa leste dos Estados Unidos para a Europa e a África representou uma vantagem importante para espionagem de Washington.
Se verdadeiro ou ainda incerto, o fato é que sob Rousseff e seu partido o Brasil está trabalhando para fazer o que ela considera ser o melhor para interesse nacional do Brasil.
A geopolítica do petróleo também é chave
O Brasil também está se livrando do domínio anglo-americano sobre sua exploração de petróleo e de gás. No final de 2007, a Petrobras descobriu o que considerou ser uma nova e enorme bacia de petróleo de alta qualidade na plataforma continental no mar territorial brasileiro da Bacia de Santos. Desde então, a Petrobras perfurou 11 poços de petróleo nessa bacia, todos bem-sucedidos. Somente em Tupi e em Iara, a Petrobras estima que haja entre 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, o que pode quase dobrar as reservas brasileiras atuais de petróleo. No total, a plataforma continental do Brasil pode conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo, transformando o país numa potência de petróleo e gás de primeira grandeza, algo que a Exxon e a Chevron, as gigantes do petróleo norte-americano, se esforçaram arduamente para controlar.
Em 2009, segundo cabogramas diplomáticos norte-americanos vazados e publicados pelo Wikileaks, a Exxon e a Chevron foram assinaladas pelo consulado estadunidense no Rio de Janeiro por estarem tentando, em vão, alterar a lei proposta pelo mentor e predecessor de Rousseff em seu Partido dos Trabalhadores, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou Lula, como ele é chamado.[Foi revelado pelo Wikileaks que José Serra, o então candidato do PSDB que competia contra Dilma pela presidência, prometera confidencialmente à Chevron que, se eleito, afastaria a Petrobras do pré-sal para dar espaço às petroleiras estadunidenses].
Essa lei de 2009 tornava a estatal Petrobras operadora-chefe de todos os blocos no mar territorial. Washington e as gigantes estadunidenses do petróleo ficaram furiosos ao perderem controles-chave sobre a descoberta da potencialmente maior jazida individual de petróleo em décadas.
Para tornar as coisas piores aos olhos de Washington, Lula não apenas afastou a Exxon Mobil e a Chevron de suas posições de controle em favor da estatal Petrobras, como também abriu a exploração do petróleo brasileiro aos chineses. Em dezembro de 2010, num dos seus últimos atos como presidente, ele supervisionou a assinatura de um acordo entre a companhia energética hispano-brasileira Repsol e a estatal chinesa Sinopec. A Sinopec formou uma joint venture, a Repsol Sinopec Brasil, investindo mais de 7,1 bilhões de dólares na Repsol Brasil. Já em 2005, Lula havia aprovado a formação da Sinopec International Petroleum Service of Brazil Ltd, como parte de uma nova aliança estratégica entre a China e o Brasil, precursora da atual organização do BRICS.
Washington não gostou
Em 2012, uma perfuração conjunta, da Repsol Sinopec Brazil, Norway’s Stateoil e Petrobras, fez uma descoberta de importância maior em Pão de Açúcar, a terceira no bloco BM-C-33, o qual inclui Seat e Gávea, esta última uma das 10 maiores descobertas do mundo em 2011. As maiores [empresas] do petróleo estadunidenses e britânicas absolutamente sequer estavam presentes.
Com o aprofundamento das relações entre o governo Rousseff e a China, bem como com a Rússia e com outros parceiros do BRICS, em maio de 2013, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio ao Brasil com sua agenda focada no desenvolvimento de gás e petróleo. Ele se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff, que havia sucedido ao seu mentor Lula em 2011. Biden também se encontrou com as principais companhias energéticas no Brasil, inclusive a Petrobrás.
Embora pouca coisa tenha sido dita publicamente, Rousseff se recusou a reverter a lei do petróleo de 2009 de maneira a adequá-la aos interesses de Biden e de Washington. Dias depois da visita de Biden, surgiram as revelações de Snowden sobre a NSA, de que os Estados Unidos também estavam espionando Rousseff e os funcionários de alto escalão da Petrobras. Ela ficou furiosa e, naquele mês de setembro, denunciou a administração Obama diante da Assembleia Geral da ONU por violação da lei internacional. Em protesto, ela cancelou uma visita programada a Washington. Depois disso, as relações Estados Unidos-Brasil sofreram grave resfriamento.
Antes da visita de Biden em maio de 2013, Dilma Rousseff tinha uma taxa de popularidade de 70 por cento. Menos de duas semanas depois da visita de Biden ao Brasil, protestos em escala nacional convocados por um grupo bem organizado chamado "Movimento Passe Livre", relativos a um aumento nominal de 10 por cento nas passagens de ônibus, levaram o país virtualmente a uma paralisação e se tornaram muito violentos. Os protestos ostentavam a marca de uma típica “Revolução Colorida”, ou desestabilização via Twitter, que parece seguir Biden por onde quer que ele se apresente. Em semanas, a popularidade de Rousseff caiu para 30 por cento.
Entenda como o governo dos Estados Unidos quer reconquistar seus direitos no Brasil, perdidos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores e hoje age para derrubar a presidente reeleita.
Por William Engdahl
Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente "socialmente propensa" do Brasil é uma prioridade máxima para deter o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington.
A razão por que Washington quer se livrar de Rousseff é clara. Como presidente, ela é uma das cinco cabeças do BRICS que assinaram a formação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares. Ela também apoia uma nova Moeda de Reserva Internacional para complementar e eventualmente substituir o dólar. No Brasil, ela é apoiada por milhões de brasileiros mais pobres, que foram tirados da pobreza por seus vários programas, especialmente o Bolsa Família, um programa de subsídio econômico para mães e famílias da baixa renda. O Bolsa Família tirou uma população estimada de 36 milhões de famílias da pobreza através das políticas econômicas de Rousseff e de seu partido, algo que incita verdadeiras apoplexias em Wall Street e em Washington.
Apoiado pelos Estados Unidos, seu rival na campanha, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), serve aos interesses dos magnatas e de seus aliados de Washington.
O principal assessor econômico de Neves, que se tornaria Ministro da Fazenda no caso de uma presidência de Neves, era Armínio Fraga Neto, [cidadão norte-americano e brasileiro] amigo íntimo e ex-sócio de Soros e seu fundo hedge "Quantum". O principal conselheiro de Neves, e provavelmente seu Ministro das Relações Exteriores, tivesse ele ganhado as eleições, era Rubens Antônio Barbosa, ex-embaixador em Washington e hoje Diretor da ASG em São Paulo.
A ASG é o grupo de consultores de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado norte-americana durante o bombardeio da Iugoslávia em 1999. Albright, dirigente do principal grupo de reflexão dos Estados Unidos, o "Conselho sobre Relações Exteriores", também é presidente da primeira ONG da “Revolução Colorida” financiada pelo governo dos Estados Unidos, o "Instituto Democrático Nacional" (NDI). Não é de surpreender que Barbosa tenha conclamado, numa campanha recente, o fortalecimento das relações Brasil-Estados Unidos e a degradação dos fortes laços Brasil-China, desenvolvidos por Rousseff na esteira das revelações sobre a espionagem norte-americana da Agência de Segurança Nacional (NSA) contra Rousseff e o seu governo.
Surgimento de escândalo de corrupção
Durante a áspera campanha eleitoral entre Rousseff e Neves, a oposição de Neves começou a espalhar rumores de que Rousseff, que até então jamais fora ligada à corrupção tão comum na política brasileira, estaria implicada num escândalo envolvendo a gigante estatal do petróleo, a Petrobras. Em setembro, um ex-diretor da Petrobras alegou que membros do governo Rousseff tinham recebido comissões em contratos assinados com a gigante do petróleo, comissões essas que depois teriam sido empregadas para comprar apoio congressional. Rousseff foi membro do conselho de diretores da companhia até 2010.
Agora, em 2 de novembro de 2014, apenas alguns dias depois da vitória arduamente conquistada por Rousseff, a maior firma de auditoria financeira dos Estados Unidos, a "Price Waterhouse Coopers" se recusou a assinar os demonstrativos financeiros do terceiro trimestre da Petrobras. A PWC exigiu uma investigação mais ampla do escândalo envolvendo a companhia petrolífera dirigida pelo Estado.
A Price Waterhouse Coopers é uma das firmas de auditoria, consultoria tributária e societária e de negócios mais eivadas de escândalos nos Estados Unidos. Ela foi implicada em 14 anos de encobrimento de uma fraude no grupo de seguros AIG, o qual estava no coração da crise financeira norte-americana de 2008. E a Câmara dos Lordes britânica criticou a PWC por não chamar atenção para os riscos do modelo de negócios adotado pelo banco "Northern Rock", causador de um desastre de grandes proporções na crise imobiliária de 2008 na Grã-Bretanha, cliente que teve que ser resgatado pelo governo do Reino Unido.
Intensificam-se os ataques contra Rousseff, disso podemos ter certeza.
A estratégia global de Rousseff
Não foi apenas a aliança de Rousseff com os países dos BRICS que fez dela um alvo principal da política de desestabilização de Washington. Sob seu mandato, o Brasil está agindo com rapidez para baldar a vulnerabilidade à vigilância eletrônica norte-americana da NSA.
Dias após a sua reeleição, a companhia estatal Telebras anunciou planos para a construção de um cabo submarino de telecomunicações por fibra ótica com Portugal através do Atlântico. O planejado cabo da Telebras se estenderá por 5.600 quilômetros, da cidade brasileira de Fortaleza até Portugal. Ele representa uma ruptura maior no âmbito das comunicações transatlânticas sob domínio da tecnologia norte-americana. Notadamente, o presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, disse numa entrevista que o projeto do cabo será desenvolvido e construído sem a participação de nenhuma companhia estadunidense.
As revelações de Snowden sobre a NSA em 2013 elucidaram, entre outras coisas, os vínculos íntimos existentes entre empresas estratégicas chave de tecnologia da informática, como a "Cisco Systems", a "Microsoft" e outras, e a comunidade norte-americana de inteligência. Ele declarou que:
"A questão da integridade e vulnerabilidade de dados é sempre uma preocupação para todas as companhias de telecomunicações".
O Brasil reagiu aos vazamentos da NSA periciando todos os equipamentos de fabricação estrangeira em seu uso, a fim de obstar vulnerabilidades de segurança e acelerar a evolução do país rumo à autossuficiência tecnológica, segundo o dirigente da Telebras.
Até agora, virtualmente todo tráfego transatlântico de TI encaminhado via costa leste dos Estados Unidos para a Europa e a África representou uma vantagem importante para espionagem de Washington.
Se verdadeiro ou ainda incerto, o fato é que sob Rousseff e seu partido o Brasil está trabalhando para fazer o que ela considera ser o melhor para interesse nacional do Brasil.
A geopolítica do petróleo também é chave
O Brasil também está se livrando do domínio anglo-americano sobre sua exploração de petróleo e de gás. No final de 2007, a Petrobras descobriu o que considerou ser uma nova e enorme bacia de petróleo de alta qualidade na plataforma continental no mar territorial brasileiro da Bacia de Santos. Desde então, a Petrobras perfurou 11 poços de petróleo nessa bacia, todos bem-sucedidos. Somente em Tupi e em Iara, a Petrobras estima que haja entre 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, o que pode quase dobrar as reservas brasileiras atuais de petróleo. No total, a plataforma continental do Brasil pode conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo, transformando o país numa potência de petróleo e gás de primeira grandeza, algo que a Exxon e a Chevron, as gigantes do petróleo norte-americano, se esforçaram arduamente para controlar.
Em 2009, segundo cabogramas diplomáticos norte-americanos vazados e publicados pelo Wikileaks, a Exxon e a Chevron foram assinaladas pelo consulado estadunidense no Rio de Janeiro por estarem tentando, em vão, alterar a lei proposta pelo mentor e predecessor de Rousseff em seu Partido dos Trabalhadores, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou Lula, como ele é chamado.[Foi revelado pelo Wikileaks que José Serra, o então candidato do PSDB que competia contra Dilma pela presidência, prometera confidencialmente à Chevron que, se eleito, afastaria a Petrobras do pré-sal para dar espaço às petroleiras estadunidenses].
Essa lei de 2009 tornava a estatal Petrobras operadora-chefe de todos os blocos no mar territorial. Washington e as gigantes estadunidenses do petróleo ficaram furiosos ao perderem controles-chave sobre a descoberta da potencialmente maior jazida individual de petróleo em décadas.
Para tornar as coisas piores aos olhos de Washington, Lula não apenas afastou a Exxon Mobil e a Chevron de suas posições de controle em favor da estatal Petrobras, como também abriu a exploração do petróleo brasileiro aos chineses. Em dezembro de 2010, num dos seus últimos atos como presidente, ele supervisionou a assinatura de um acordo entre a companhia energética hispano-brasileira Repsol e a estatal chinesa Sinopec. A Sinopec formou uma joint venture, a Repsol Sinopec Brasil, investindo mais de 7,1 bilhões de dólares na Repsol Brasil. Já em 2005, Lula havia aprovado a formação da Sinopec International Petroleum Service of Brazil Ltd, como parte de uma nova aliança estratégica entre a China e o Brasil, precursora da atual organização do BRICS.
Washington não gostou
Em 2012, uma perfuração conjunta, da Repsol Sinopec Brazil, Norway’s Stateoil e Petrobras, fez uma descoberta de importância maior em Pão de Açúcar, a terceira no bloco BM-C-33, o qual inclui Seat e Gávea, esta última uma das 10 maiores descobertas do mundo em 2011. As maiores [empresas] do petróleo estadunidenses e britânicas absolutamente sequer estavam presentes.
Com o aprofundamento das relações entre o governo Rousseff e a China, bem como com a Rússia e com outros parceiros do BRICS, em maio de 2013, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio ao Brasil com sua agenda focada no desenvolvimento de gás e petróleo. Ele se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff, que havia sucedido ao seu mentor Lula em 2011. Biden também se encontrou com as principais companhias energéticas no Brasil, inclusive a Petrobrás.
Embora pouca coisa tenha sido dita publicamente, Rousseff se recusou a reverter a lei do petróleo de 2009 de maneira a adequá-la aos interesses de Biden e de Washington. Dias depois da visita de Biden, surgiram as revelações de Snowden sobre a NSA, de que os Estados Unidos também estavam espionando Rousseff e os funcionários de alto escalão da Petrobras. Ela ficou furiosa e, naquele mês de setembro, denunciou a administração Obama diante da Assembleia Geral da ONU por violação da lei internacional. Em protesto, ela cancelou uma visita programada a Washington. Depois disso, as relações Estados Unidos-Brasil sofreram grave resfriamento.
Antes da visita de Biden em maio de 2013, Dilma Rousseff tinha uma taxa de popularidade de 70 por cento. Menos de duas semanas depois da visita de Biden ao Brasil, protestos em escala nacional convocados por um grupo bem organizado chamado "Movimento Passe Livre", relativos a um aumento nominal de 10 por cento nas passagens de ônibus, levaram o país virtualmente a uma paralisação e se tornaram muito violentos. Os protestos ostentavam a marca de uma típica “Revolução Colorida”, ou desestabilização via Twitter, que parece seguir Biden por onde quer que ele se apresente. Em semanas, a popularidade de Rousseff caiu para 30 por cento.
Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/03/jornalista-americano-alerta-que-governo.html#ixzz3drBpgZtu
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