Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 03, 2015

cUNHA DESMORALIZA O PROCESSO DE impitimam

{"uid":4,"hostPeerName":"http://www.brasil247.com","initialGeometry":"{\"windowCoords_t\":108,\"windowCoords_r\":1175,\"windowCoords_b\":540,\"windowCoords_l\":6,\"frameCoords_t\":1112,\"frameCoords_r\":742,\"frameCoords_b\":1392,\"frameCoords_l\":406,\"styleZIndex\":\"auto\",\"allowedExpansion_t\":0,\"allowedExpansion_r\":0,\"allowedExpansion_b\":0,\"allowedExpansion_l\":0,\"xInView\":0,\"yInView\":0}","permissions":"{\"expandByOverlay\":false,\"expandByPush\":false,\"readCookie\":false,\"writeCookie\":false}","metadata":"{\"shared\":{\"sf_ver\":\"1-0-2\",\"ck_on\":1,\"flash_ver\":\"17.0.0\"}}","reportCreativeGeometry":false}" scrolling="no" marginwidth="0" marginheight="0" width="336" height="280" data-is-safeframe="true" style="margin: 0px; padding: 0px; border-width: 0px; border-style: initial; outline: 0px; vertical-align: bottom; background-image: initial; background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: initial; background-repeat: initial;">
Renato Rovai, do Portal Fórum -Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidenta Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo.
A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse.
Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar.
E isso não é pouco.
Não vira o jogo por si só, mas coloca novos atores em campo.
Muita gente que poderia torcer para Dilma cair, agora começará a pensar se apoiar um processo desses não é um risco para o país.
Em relação à disputa no Congresso, não se pode dizer que Cunha ainda não tem uma certa força. Mas ela é muito menor do que quando assumiu a presidência da Casa.
Seria interessante ver Cunha desfilando por aí com a bandeira do Brasil e defendendo o que quer que seja.
Cunha é hoje mais rejeitado do que Dilma.
E o fato de ter sido ele o homem que assinou a abertura do processo do impeachment vai permitir a articulação de um bloco popular do outro lado.
Não vai ser mais um jogo de um lado só.
Não vai ter só gente na rua pedindo fora Dilma.
Mas e se tudo der errado para o governo e para Dilma?
Aí restará a dignidade de não ter feito um acordo espúrio e o discurso do golpe.
Porque será exatamente o nome a ser dado para um processo de impeachment que é assinado no dia em que o partido do governo decidiu não aceitar a chantagem de um presidente da Câmara que é acusado, com provas substanciais, de ter movimentado milhões de recursos provenientes de corrupção em diversas contas na Suíça.
E um golpe do que há de pior na política.
Da turma mais incrivelmente cara de pau e canalha.
E a prova mais cabal disso é a declaração de Cunha ao anunciar seu aceite. Ele disse que a sua decisão foi técnica e não política.
O mais incrível é que ainda há colegas jornalistas que reproduzem essa informação sem um parenteses ao lado (neste momento eu ri alto). Porque ao menos com essa explicação ele não teria que fazer de conta que a objetividade jornalística é algo sério.
Porque ser objetivo é fazer o leitor entender o que está acontecendo.
E o resumo dessa história é: como a chantagem não deu certo, Cunha foi ao golpe.
*247


quarta-feira, dezembro 02, 2015

♫ OCUPAMANIA ♬

compartilhou o vídeo de UBES Educação.
1 h
1:38/1:38
34.465 visualizações
UBES Educação carregou um novo vídeo.
♫ OCUPAMANIA ♬
Cante com a gente....
"Já fiz muita ocupação...
Ver mais
mpartilhou a publicação de Maria Carolina Trevisan.
1 h
Maria Carolina Trevisan
12 hSão PauloEditado
Menina corajosa. Negociou com a PM. Não perdeu a calma nem por um segundo. Conversou com o comandante, que pediu que os estudantes liberassem a via dos ônibus, caso contrário, seriam retirados à força. Ela foi falar com colegas. Decidiram, em assembleia, resistir. A PM cumpriu sua palavra e seguiu as orientações da Secretaria de Educação, que sugeriu estratégias "de guerra" contra os estudantes em luta.
A menina, uma adolescente, foi apreendida e levada ao 78DP, junto com um colega que aparentava ainda mais novo. Corajosa. Sabe-se que é batalhão violento.
Coração de mãe, mesmo que jornalista, aperta, sim. Mas essa foto, a maneira como a estudante reage presa, emociona. Dá força e esperança.
Contra a covardia e a violência. Pelo direito à escola pública de qualidade.
Foto do lindo Fernando Sato, especial para Jornalistas Livres

terça-feira, dezembro 01, 2015

Globo pressão em FHC tramóia da VALE

FHC confessa pressão da Globo em 1996 para privatizar a Vale

size_590_ex-presidente-fhc-nova
por Tarso Cabral Violin, no Blog do Tarso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acabou de lançar o livro “Diários da Presidência, 1995-1996”, Volume 1, pela Companhia das Letras. Nessa obra FHC confessa que no início de seu governo, em 1995, ele não estava totalmente convencido de que privatizaria a empresa estatal Companhia Vale do Rio Doce, “não que tenha alguma reação antiprivatista, mas porque ela é um instrumento muito grande de coordenação de políticas econômicas” (p. 78).
Informa que os ex-presidentes Geisel (p. 102), Itamar Franco (p. 451 e 534) e José Sarney (p. 388 e 799) eram contrários à privatização. Sarney chegou a tentar aprovar no Senado uma norma de que o próprio Senadora poderia proibir privatizações de determinadas empresas estatais (p. 801).
Confessa que toda a sua equipe econômica queria a privatização: José Serra, Pedro Malan, Banco Central e Pérsio Arida (p. 388).
Mesmo sendo algo totalmente imoral e patrimonialista, FHC diz com naturalidade que conversava e aconselhava vários grandes empresários sobre como comprar a Vale. Fez isso com Antônio Ermírio de Morais (p. 752) e outros empresários (p. 852).
Após pressão do jornal O Globo em 1996, por meio de editorial (p. 527), FHC decidiu vender a empresa estratégica.
A Vale acabou sendo privatizada em maio de 1997 por apenas R$ 3,3 bilhões para o consórcio Brasil liderado pela CSN de Benjamin Steinbruch, fundos de pensão como a Previ, Petros, Funcef e Funcesp, o banco Opportunity e o fundo Nations Bank. O dinheiro foi para o superávit primário e dar uma folga no orçamento, antes das eleições para prefeito de 1996.
Essas informações são essenciais em tempos do maiordesastre ambiental de todos os tempos no Brasil, provocado pela Vale, privatizada em tempos de FHC.
*OCafezinho

segunda-feira, novembro 30, 2015

O CRIMINOSO CARTEL INTERNACIONAL DO CÃMBIO

O ESCÂNDALO DO SÉCULO!: O CRIMINOSO CARTEL INTERNACIONAL DO CÃMBIO


A onda de desestabilização política, a sabotagem à governabilidade seguido da tentativa de engessamento ou paralisação do poder executivo no Brasil, é um golpe fértil que favorece através de desvalorização artificial do câmbio, um universo de especuladores e manipuladores oportunistas nacionais internacionais, que se beneficiam financeiramente com a baderna calculada.  


Um escândalo de proporções internacionais coloca frente a frente o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) e o Banco Central, em torno de um cartel internacional especializado em manipular cotações de moedas.
O caso foi descoberto nos Estados Unidos e envolve grandes bancos internacionais com atuação no 
mercado brasileiro.
 
Por volta de julho passado, os primeiros acusados assinaram um acordo de leniência com autoridades 
norte-americanas. Trinta dias após as autoridades norte-americanas anunciarem os acordos, foi 
assinado o acordo de leniência com o primeiro banco disposto a receber os benefícios da delação 
premiada.
Como o cartel atuava em âmbito internacional, é comum que as empresas negociem 
concomitantemente acordos de leniência com as autoridades de cada país onde se deu o crime.
No Brasil, só a primeira empresa a aderir tem os benefícios integrais do acordo - caso entregue 
informações relevantes sobre a atuação do cartel. Quem vier depois, terá direito apenas à redução de 
multas, no caso de apresentarem provas consistentes sobre as operações.
***
Feito o acordo, juntaram-se os especialistas do CADE e do Bacen para apurar a natureza do crime.
Os dados levantados até agora dizem respeito à conduta praticada lá fora, nos chamados mercados 
offshore, tanto à vista como nos mercados futuros. Mas há indícios eloquentes de prejuízos a clientes 
brasileiros.
***
Os indícios iniciais apontam que havia conluio tanto para fixar spreads (a parcela do banco em cada 
operação) quanto manipular índices de referência - fundamentalmente o índice Reuters, o do Banco 
Central Europeu e a nossa PTAX (o dólar de referência para as operações de mercado). Investiga-se 
se essas manipulações responderam pela apreciação artificial do real no mercado de câmbio.
Se comprovada, abre espaço para ações gigantescas de indenização. Mas, por enquanto, não existem 
evidências a esse respeito.
Em relação à PTAX, o BC diz que seria difícil manipular o índice internamente, já que ele se baseia 
em consulta a um universo maior de operadores. Mas apenas as investigações dirão.
***
O cartel atuava com clientes de várias nacionalidades, incluindo brasileiros - o que justifica a entrada 
do CADE e do BC nas investigações. Dificultava a entrada de novos participantes e a soma das 
operações dos seus bancos era majoritária nos mercados internacionais.
Causa espécie que o BC jamais tenha identificado esses prejuízos, mostrando que o consumidor – 
Pessoa Física ou mesmo grandes Pessoas Jurídicas – jamais esteve no centro de sua atuação.
***
O episódio reacendeu uma velha disputa de competência entre CADE e BC. Cabe ao CADE analisar 
tudo o que se relacione com condutas anticompetitivas, principalmente nas operações de fusão e 
incorporação. O BC não concordava e, pelos idos de 2009, houve um acordo em torno de um Projeto 
de Lei definindo o papel de cada um: inicialmente, o BC analisaria o impacto de fusões e 
incorporações sobre o mercado bancário; aprovando a operação, caberia ao CADE analisar as 
implicações sobre a concorrência
Foi só surgir o caso do cartel do câmbio, para Alexandre Tombini se mover rapidamente, 
pretendendo que a presidente Dilma Rousseff assine uma Medida Provisória afastando totalmente o 
CADE da qualquer análise sobre o sistema financeiro, inclusive sobre práticas anticoncorrenciais.
Como uma agência capturada pelo sistema financeiro, em que pese a qualidade da supervisão 
bancária, não seria prudente conferir ao Bacen o monopólio da fiscalização de práticas do sistema 
financeiro.

domingo, novembro 29, 2015

“Eu tenho pé de maconha em casa. Por que não me prendem?”

Gregório Duvivier: “Eu tenho pé de maconha em casa. Por que não me prendem?”


Gregório Duvivier: “Eu tenho pé de maconha em casa. Por que não me prendem?”

Em sua fala durante debate com o coletivo antiproibicionista “Quebrando o Tabu”, o humorista ironizou o fato de que há mais de um ano afirma que cultiva maconha em casa e que até agora a polícia não bateu em sua porta; “É porque sou branco, rico e moro no Rio de Janeiro (…) O crime no Brasil é ser pobre”. Assista
Por Redação
Foi realizado na última terça-feira (24), em São Paulo, o primeiro debate “Quebrando o Tabu”, do coletivo antiproibicionista que leva o mesmo nome. Divulgada a íntegra do vídeo da discussão, a fala de um dos participantes – o humorista e ator Gregório Duvivier – ganhou repercussão pela sinceridade e ironia. Em um dado momento, Duvivier assume que planta maconha em casa e ironiza o fato de a polícia até hoje não ter o prendido, tendo em vista que ele já havia tornado a informação pública em outras ocasiões.
“Eu tenho pé de maconha em casa. Eu falo isso todos os dias. Estou falando isso há um ano e estou esperando a polícia bater na minha casa e não bate. Inclusive, eu tenho dois pés de maconha já. Quem quiser e estiver no Rio, eu moro no Jardim Botânico”, confessou, explicando ainda, de forma bem humorada, que suas plantas são fruto de um cruzamento e que “dá uns camarões”.
Arrancando risadas dos presentes, o humorista continuou, explicando que não o prenderam até agora pois, no país, a criminalização que impera não é exatamente a da maconha, mas a da pobreza.
“A polícia não bate na minha casa. Já falei isso mil vezes. Por favor, me prendam. Não é proibido isso? Por que não me prendem? É porque sou branco, rico e moro no Rio de Janeiro (…) O debate é financeiro. Existe a criminalização da pobreza. Não é da maconha, não é do aborto. O crime no Brasil é ser pobre”, pontuou.
Além de Duvivier, participaram do debate ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado federal Jean Wyllys, o médico Drauzio Varella e o político e médico Eduardo Jorge.
Assista abaixo o trecho do debate em que o humorista faz a declaração:

Comentários

10