Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 01, 2010

Protógenes fortalece aliança com Dilma Rousseff

O candidato a Deputado Federal Protógenes Queiroz(6588) participará de um grande comício nesta quinta-feira(02) na cidade de Santos, juntamente com a candidata a Presidência da República pelo PT Dilma Rousseff(13) e o seu vice Michel Temer.

Local: Mendes Convention Center. Av. Gen. Francisco Glicério, n. 206 - Santos/SP.


*Protógenes

Leonardo Boff : A Pirâmide Brasileira








Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT

Leonardo Boff *, no Adital

Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico, a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, “capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.

Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: “façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.

Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. O “Fome Zero”, depois o “Bolsa Família”, o “Crédito Consignado”, o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, minha Vida, o “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas Profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.

Mas essa derrota infligida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.

Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.

Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.

Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Celso Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): “Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-Nação” (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.

[Autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes (2000)].

* Teólogo, filósofo e escritor

*Viomundo

Boicote Israel






Rabino israelense confirma: Sionismo é Nazismo



Declarações do Rabino Ovadia Yosef, líder espiritual do partido de extrema-direita Shas, sobre os Palestinos e o destino que deseja para eles:
"Abu Mazen e todas essas pessoas malignas deveriam desaparecer da terra"
"Deus deveria atacá-los e a esses palestinos - malvados que odeiam Israel - com a praga"
"Abu Mazen (nom de guerre for Abbas) and all these evil people should perish from this world,"

"God should strike them with a plague, them and these Palestinians,"

Qualquer semelhança com qualquer discurso de Hitler, não é mera coincidência.

E, aliás, o Rabino é reincidente. Em 2001 ele deu declarações semelhantes.
"É proibido ser misericordioso com eles. Você deve enviar mísseis para eles e aniquilá-los. Eles são maus e condenáveis",
"O senhor deve devolver as ações dos Árabes sobre suas próprias cabeças, destruir suas sementes e exterminá-los, devastar-los banir-los deste mundo ",
"It is forbidden to be merciful to them. You must send missiles to them and annihilate them. They are evil and damnable,"
"The Lord shall return the Arabs' deeds on their own heads, waste their seed and exterminate them, devastate them and vanish them from this world,"
Este é o pensamento Israelense, apenas nazismo.
Vale à pena ler:

Sionismo e Nazismo: A legitimação do Genocídio

Sionismo e Nazismo: A legitimação do Genocídio [2]

O antissemitismo (sic) como legitimador de Israel

Dúvidas: Este vídeo, postado pelo McShuíbhne responde. Se ainda restar algo, a entrevista do Diário Liberdade com Ralph Schoeman é a solução.

Quebrar Tabú






Brasil

Felipe Carvalho
Netinho na Cohab 2

Netinho na Cohab onde viveu boa parte da vida.



Assim como Lula, Netinho luta pra vencer o preconceito nas urnas

Por oito horas o Vermelho acompanhou um dia de campanha do candidato do PCdoB ao Senado por São Paulo, Netinho de Paula. Conversamos com moradores de sua cidade, comerciantes da região, seus cabos eleitorais, sua equipe de campanha e, é claro, com o próprio Netinho. O resultado você confere na reportagem de Carla Santos.

São Paulo, 29 de agosto, 6h da manhã de domingo. Acordo com a missão de acompanhar um dia de campanha do único candidato negro ao Senado por São Paulo, Netinho de Paula. Os 22 quilômetros que separam a capital até Carapicuíba, cidade natal do candidato, passam rápido e às 9h, em ponto, chego lá.

Desço da estação e caio no meio de um vale de montanhas, repleto de casinhas erguidas sobre um labirinto de asfalto. Com quase 400 mil habitantes, o município que conseguiu sua independência de Barueri em 1964, segue em ritmo lento. No terminal, ao lado da estação Carapicuíba, nenhum sinal do ônibus para a Cidade Ariston III. Escuto a batida do rap pelas esquinas, me animo. Mas olho no relógio, preciso chegar rápido. Há pouca gente na rua. Seu Ivan, taxista simpático explica, “isso aqui é uma cidade dormitório, todo mundo trabalha longe daqui”.

Por volta das 9h15 chego na rua Rafard, local marcado para a concentração de uma caminhada com carreata. Pelas ruas estreitas e sem calçadas, carros e pessoas se misturam. No trio elétrico ou no chão, bandeiras balançam ao som do jingle, inspirado no sucesso Cohab City, “esta é a grande festa da democracia, muitos sonharam com isso! Vamos Mercandante (governador) e Netinho (senador)! Tô chegando no Senado pra ajudar minha galera...”.

Todo mundo erra

“Você é o Alessandro?”, pergunto, “Sou eu sim”, responde ele. O “Alê” (foto abaixo), como é chamado pela turma, é responsável pela campanha de rua. Coordena cerca de 100 pessoas e as equipes de som. Trabalha entre 12 a 14 horas por dia. Sempre produziu shows. É a primeira vez que ele faz uma campanha eleitoral. Você deve estar pensando: “que chato”. Nada disso, o Alê garante: “a gente faz a campanha com muita alegria”.

Qual a diferença entre fazer shows e fazer a campanha eleitoral? “A diferença só é que tem que votar”, explica Alê. O jovem é parceiro de Netinho de longa data, “desde 1990, época da montagem do Negritude Junior”, conta. Para ele, a entrada de Netinho no PCdoB é motivo de orgulho. “Ele é gente da gente, gente do povo, pode defender as nossas origens.”

Mas e essa história da agressão à ex-mulher? “Isso é passado. Todo mundo erra. Ele (Netinho) já pediu desculpas publicamente a todos”, responde. Apesar disso, ainda há quem se ampare no fato para atacar o candidato. Para estas pessoas, todo mundo pode mudar, menos aqueles que vêm da periferia, os negros e, no caso, um comunista. Parecem esquecer que erros também geram mudanças e acumulam experiência de vida.

Elite não engole Lula

Por volta das 10h, começa a caminhada com carreata pela Cidade Ariston III. Sérgio Ribeiro, prefeito de Carapicuíba, é quem puxa a frente. Ao lado dele estão candidatos e colegas de PT. O prefeito popularmente chamado de “Serjão”, devido ao seu grande porte, passa cumprimentando pelo nome os moradores. “Daqui a pouco o Netinho vai estar aqui com a gente. Essa é a turma do Lula! Essa é a turma da Dilma!”, avisa ele.

A sua relação com Netinho começou há mais de 25 anos. “Eu conheço o Neto quando nem grupo de pagode ele tinha.” Para Serjão, “há uma certa elite brasileira que não aceita que gente pobre da periferia possa chegar à posição social que ele (Neto) chegou”, e emenda, “eles não aceitam gente do povo, como não engolem o Lula”. No carro de som, o prefeito pedia: “vamos lá minha gente, vamos eleger o primeiro senador negro de São Paulo”.

Muito à vontade, Serjão pergunta à moradora, encostada no tanque de um barraco, pelo marido dela. Ela acena, diz que ele está pela rua. “E não ajudou a senhora a lavar a roupa? Tem que pôr esse homem pra lavar roupa também!” Envergonhada, ela sorri enquanto que as demais mulheres da caminhada aplaudem a fala do prefeito, eleito em primeiro turno com 54,22% dos votos válidos.

Netinho e PCdoB, tudo a ver

Quando Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, sobe no carro de som, Serjão lhe faz um pedido. “Renato, eu quero que você agradeça em meu nome e em nome de toda a população de Carapicuíba ao ministro do Esporte, Orlando Silva. Graças ao Orlando, Carapicuíba vai ganhar um Parque da Juventude. Você não pode imaginar o quanto isso vai mudar a vida da gente.”

O PCdoB de Netinho e Orlando é hoje um partido em crescimento. Saltou de 187.247 filiados em 2006 para 268.924 em 2010, um crescimento de 69%. Ainda pode eleger três senadores no Brasil e aumentar a bancada de deputados federais e estaduais nestas eleições de 2010.

Diante deste crescimento, alguns setores da mídia se apressam a chamar o PCdoB de “neocomunista das celebridades”. O que você pensa disso? “Isso é uma interpretação deles”, responde Renato. “O PCdoB está com lideranças do povo. Isso é uma grande conquista. Agora, o partido nunca abandonou seus fundamentos. Eles imaginam um PCdoB isolado, cheio de preconceitos. O que incomoda é que partido está crescendo, essa que é a questão.”

Medida do voto é a sola do sapato

Por volta do meio-dia, sol a pino, Netinho de Paula chega na caminhada. Ele não consegue andar. Pessoas se amontoam ao seu redor. Crianças gritam. Algumas mulheres choram de emoção. Homens também tentam segurá-lo. Todos querem um aceno, um olhar. Depois de algum esforço, a equipe de campanha consegue fazer um cordão de segurança. Volta e meia alguém o rompe para dar um beijo no candidato.

“Negão, deixa eu ver a sola do seu sapato?”, fala Serjão a Netinho, “Olha, tá fininha.É isso aí, na campanha a gente não pode parar”, aconselha o prefeito. “Eu quero agradecer de coração a todos vocês que vieram aqui”, diz Netinho, “agora eu peço que todos também olhem a sola do seu sapato, se não estiver fina é sinal de que agente tem que trabalhar mais”.

O pedido não é em vão. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no dia anterior (28/08), Netinho cresceu sete pontos, está com 24% de intenção de voto, e em empate técnico com o segundo colocado, Orestes Quércia (PMDB), que tem 26%. Na liderança para o Senado, Marta Suplicy (PT) segue em primeiro lugar com 32%. Um pouco mais e a chapa de Dilma pode fazer dois senadores em São Paulo.

“Ele vai ajudar muita gente”

Enquanto Netinho almoça frango com pão no Clube Vasquinho, um prédio simples de dois andares na esquina do morro, falo com seus cabos eleitorais. “Sou Eliane da Silva (foto ao lado).” Apesar de ser beneficiada pelo programa Bolsa Família, que já atende 12,6 milhões de famílias, ela diz que ainda não sabe em quem vai votar para presidente. Já para o Senado, não tem dúvida: “Mesmo que não trabalhasse para ele, votaria no Netinho. Ele vai ajudar a mudar a vida da gente.”

As mulheres são a maioria de seus cabos eleitorais e dão o tom da campanha nas ruas. Anitta Araújo (foto do centro) diz que acorda todos os dias às cinco horas da manhã. “Dou de mamar ao meu filho (que tem quatro meses), tomo café, e vou trabalhar.” E como é o seu trabalho? “Entrego papéis.” O que você acha do Netinho? “Ele é muito legal como pessoa. Espero que tire as crianças da rua.” Vai votar em quem para presidente? “Ah, eu voto na Dilma.”

As crianças também são fãs do candidato. “Esse aí adora o Netinho”, explica dona Ana dos Santos (foto abaixo) sobre o neto, Paulo, de três anos. Adesivado e com panfletos na mão, basta Paulo ouvir o nome do candidato para fazer festa. “Eu espero que como senador ele ajude os deficientes. Tenho um filho que precisa de ajuda. Lá em casa, todo mundo é Netinho”, empolga-se. Percebo um homem observando meu trabalho. Pergunto a ele, o que você está achando? “Muito barulho”, responde Gaspar Souza, jornaleiro do bairro.

Luta contra o preconceito

Depois do almoço, pego uma carona com Felipe, fotógrafo e amigo de longa data do candidato, até o Parque do Planalto, local de onde partirá a próxima carreata. Pergunto a ele o que achou da decisão do parceiro de se filiar a um partido. “O Netinho sempre foi envolvido com projetos sociais. Para mim é natural que ele se filasse a um partido.” Segundo Felipe, as críticas à candidatura são fruto de preconceitos.

A presidente do PCdoB de São Paulo, Nádia Campeão, concorda. “O Netinho é um nome novo na política do estado. O que existe é uma dose grande de preconceito de certos setores políticos e até do eleitorado. Na verdade, esse mesmo preconceito também se tinha com o Lula e o Lula mostrou que foi o melhor presidente da República que o Brasil já teve.Tenho certeza de que o Netinho vai ser um grande senador.”

Já no Parque do Planalto, assim como Nádia, o Dudu, um dos coordenadores da campanha, afirma: “O que existe é um preconceito contra todas essas pessoas que saíram das camadas mais pobres da população e ingressaram na política. Esse preconceito o Lula também já sofreu e, certamente, outros operários como ele, que disputaram e venceram eleições, também já sofreram.”

Uma história de superação

Por volta das quatro da tarde, a carreata sai do Parque do Planalto para a Praça da Árvore, na Cohab (Conjunto Habitacional Presidente Castelo Branco), o lugar onde tudo começou para Netinho. Dezenas de mãos surgem de pequenas janelinhas. Todos querem dar um “oi” para o candidato. O clima é de confraternização pelas ruas. No carro de som alguém lembra: “Pessoal, nesta eleição a gente vota em dois candidatos para o Senado, é Netinho e Marta”.

Consigo me aproximar de Netinho. Como você vê os que desqualificam sua candidatura? “Quando eu vendia doce bem aqui (aponta para a estação de trem Miguel Costa), para eles eu era ‘trombadinha’. Quando eu montei meu grupo de pagode, não era música, era lixo cultural. Quando eu fui para a televisão, não era um programa de ajuda, eu era assistencialista. E político, para eles eu não sou político, eu sou oportunista. Eu desisti de tentar me explicar para estas pessoas. Eu prefiro falar para estes que estão aqui.”

Em frente à lanchonete, local onde se reunia o Negritude Junior, o carro de som para. Netinho está entre amigos, gente de casa. O sol vai se pondo entre os prédios da Cohab. Ele lembra histórias de fome da infância difícil. “Estou vendo várias mães que cuidaram de mim quando a minha mãe faleceu”, diz Netinho, segurando o choro. “Saibam que se eu me eleger não vou decepcionar vocês”. Em cima e embaixo do carro de som todos se abraçam. Ainda faltam 30 dias para Netinho selar mais um capítulo de sua história.


Foto de Felipe Carvalho do início da caminhada em Carapicuíba.

*Vermelho

Michael Moore ruptura já.






Aumentam os lucros da General Motors Mas continuais desempregados

Via O Diario.info

Michael Moore*


[image[3].png]

Apesar do exemplo tolo (apresentar Portugal como país que prepara o futuro!…), este texto de Michael Moore, em linguagem simples e despretensiosa, mostra-nos como a classe trabalhadora e a restante população não monopolista nada pode esperar das medidas que o poder impõe aos governos para a saída da crise.


Eis a General Motors (GM) agora de novo com milhares de milhões de dólares de lucros. Se aprendemos alguma coisa com o passado, sabemos o que é que isso quer dizer: chegou a hora dos despedimentos.

Ou talvez não. Nas décadas de 1980 e 1990, quando a GM apresentava consistentemente gigantescos lucros, simultaneamente despedia dezenas de milhares de operários na minha cidade natal, Flint, e no resto de Michigan. Neste momento parece que a única pessoa que vão despedir é o Director Geral, Edward Whitecare. (Embora há uma semana Whitecare dissesse que, de momento, não tinha planos de sair – é uma ironia que o ex-presidente dos Boy Scouts dos Estados Unidos não esteja Sempre Preparado.)

Mas se não estão a despedir pessoas também não estão a contratar.

Durante a primeira de 2010, a GM teve lucros de 2.200 milhões de dólares, no entanto, segundo The Wall Street Journal, so recrutaram 2.000 empregos em toda a América do Norte, com o que aumentaram a sua força de trabalho de 113.000 para 115.000 trabalhadores.

E o que é bom para a Genaral Motors é bom para os Estados Unidos. O gioverno apareceu com milhares de milhões de dólares em dinheiro e garantias para impedir que as corporações norte-americanas falissem devido á sua própria estupidez, miopia e avareza. E funcionou – para as corporações norte-americanas. Pode ser que o leitor não se tenha apercebido por lhe estarem a executar uma hipoteca, mas os lucros dos 500 mais ricos da revista Fortune já quase são normais. Aumentaram para 391.000 milhões em 2009, um incremento de 335 por cento em relação a 2008. E as 500 maiores empresas não financeiras estão agora sentadas em 1,8 mil milhões em dinheiro, mais do que em qualquer outro momento dos últimos 50 anos. (Isto é o que a imprensa de negócios diz sempre, que estão «sentadas» no dinheiro embora, pelo que sei, isso não seja literalmente verdade).

Mas é o que devemos reter quando falamos da GM e de outras empresas que aceitaram a dádiva gratuita. Não se trata do permanente baralhar dos brancos de fato completo. O que é que significa que o novo Director Geral da General Motors seja Daniel F. Akerson, um director executivo do Grupo Carlyle? Provavelmente que a GM vai ser dirigida por alguns dos que nos agarraram pelas partes e que não lhes importa desdenhar da lei e da decência básica norte-americana.

Para compreender o que está a acontecer temos de dirigir o olhar aos aspectos essenciais, tal como eles fazem. E a essência diz-nos que todo o mundo dos negócios imaginou uma forma de ganhar uma enorme pipa de massa sem nos empregar para trabalharmos para eles. Não vejo como a longo prazo essas empresas beneficiam coma medida. Será que os mesmos robots que agora fabricam a maioria das coisas também estão programados para as comprar?

O resultado final é o seguinte: temos de nos confrontar com o facto da maioria dos directores gerais dos Estados Unidos não desejarem que a economia «melhore». Porque para eles não pode estar melhor – os lucros tiram-nos detrás da orelha, enquanto com 9,5% de desemprego toda a força de trabalho tem demasiado medo em pedir um aumento de 25 centavos por hora. Já ficariam contentes se as coisas ficassem como estão. Para sempre.

Apesar do mau que é a má notícia, a boa notícia ainda é melhor. Milhões de pessoas dão-se agora conta que necessitamos de um Novo Contrato. Temos de fazer a reengenharia da civilização norte-americana, e para isso vai faltar muita gente.

Sabem que agora Portugal obtém 45 por cento da sua electricidade a partir de fontes renováveis – um aumento de 28 por cento em relação há cinco anos atrás? Ou que o Scientific American descobriu que poderíamos eliminar todo o uso de combustível fóssil em 2030? Ou que o vento nas grandes altitudes, só por si, podia fornecer 100 vezes a quantidade de energia que o actualmente o mundo inteiro necessita? E melhor ainda, podemos dar-nos ao luxo de fazer esta mudança – porque somos ricos! Ainda se recordam daqueles 1,8 mil milhões de dólares das contas bancárias das nossas empresas? Enquanto o resto do mundo se dirige para o futuro, nós estamos aqui sentados. A única coisa que funcionará para chegarmos ali é o que funcionou anteriormente: tal como fizemos na década de 1930 e 1960, temos que perder o medo aos 1% mais ricos e fazer com que eles nos temam. É a única forma de nos largarem o pescoço, é o suficiente que permite que nos salvemos a nós próprios e os salvemos também a eles.

Uma coisa é certa: obama não vai fazer isso por nós. O Congresso? Esqueçam.

Se queremos para nós e para os nossos filhos uma vida que valha a pena teremos que procurá-la nós próprios. Não podemos continuar á espera que chegue a cavalaria. Isso, porque nós é que somos a cavalaria.

E do último andar da torre da GM no centro de Detriot devíamos fazer com que ouçam o troar das patas dos nossos cavalos.

* Michael Moore, cineasta norte-americano de prestígio mundial

Este texto foi publicado em: http://progreso-semanal.com/4/index.php?option=com_content&view=article&id=2514:iaumentan-las-ganancias-de-gm-y-ustedes-siguen-desempleados&catid=3:en-los-estados-unidos&Itemid=4

Tradução de José Paulo Gascão

*GilsonSampaio
Postado por GilsonSampaio

ss Erra vai mentir assim lá na terra dos sem dono que não é aqui.






Recordar é viver

Uma noiva de poder
Filha do ministro José Serra, Verônica Serra casa-se com Alexandre Bourgeois em três dias de festa
IstoÉ Gente Online 30/04/2001
Luciana Franca
Foi numa sala de aula em Harvard, nos Estados Unidos, que Verônica Serra, 31 anos, mudou sua vida. Aluna do Master of Business Administration (MBA) da Harvard Business School entre 1995 e 1997, ela estudou para tornar-se, no Brasil, um dos nomes mais bem-sucedidos do mercado de internet. Foi também lá que a filha mais velha do ministro José Serra conheceu Alexandre Bourgeois, 32 anos, com quem casou-se no religioso na quinta-feira 19 e no civil na sexta-feira 20, em São Paulo. No sábado, o casal recebeu 350 amigos num jantar no São Francisco Golf Club.

Comentário: Dizem que a anuidade em Harvard é cerca de US$300.000,00. Quem será que pagou?
O Zé é tão pobre que não tem onde morar, vive de favor numa mansão da filha prodígio.
A filha prodígio ficou rica DEPOIS de estudar na escola mais cara do mundo.
O salário do Zé na época não pagaria nem a estada da filha nos EUA. Difícil imaginar que ele tivesse uma IMENSA poupança já que nunca ocupou algum cargo que deixasse alguém rico.
O pai dele era quitandeiro, não é?

Factóide tucanalha morre no ninho

Receita diz que acesso a dados de Verônica Serra se deu através de procuração registrada em cartório
GILBERTO NASCIMENTO

A Receita Federal afirmou na noite desta terça-feira (31) que o acesso aos dados do imposto de renda de Veronica Serra, filha do candidato do PSDB à presidência, teria sido acessado a pedido da própria contribuinte. De acordo com a Receita, o acesso aos dados de Veronica foi motivado por uma procuração assinada por Veronica, com firma reconhecida em cartório de São Paulo.

Para a Receita, a apresentação da procuração descaracteriza a quebra de sigilo. Para a Receita, a analista tributária Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, que atendeu ao pedido, não teria cometido qualquer irregularidade. Quem procurou a Receita no posto de Santo André, na região do ABC paulista, foi um homem.

A Receita diz que ele não pode ser identificado, em razão do sigilo. Ele solicitou os dados fiscais de Veronica, com a procuração assinada e reconhecida em cartório, no dia 29 de setembro de 2009. Essa pessoa recolheu as cópias das declarações de renda da filha do tucano entre os anos de 2007 e 2009.

Se a assinatura, eventualmente, for falsa, nesse caso terá havido um crime e a investigação caberá à Polícia Federal.

*esquerdopata

A filha do Serra pediu ou não pediu
para rever a declaração ?


Na foto, a skyline da Brickell Av, em Miami. Imponente, não, amigo navegante ?


A Folha (*) publica na página A4 a entrevista com funcionária da Receita que diz ter o documento que comprova o pedido de revisão da declaração feita pela filha do Serra.

A filha do Serra, como não se cansa de demonstrar esse Conversa Afiada, foi sócia da irmã de Daniel Dantas em Miami (em Miami!) – clique aqui para ver os documentos do Governo da Florida.

O jenio disse ao portal Terra que a sócia da irmã de Dantas não pediu para rever a sua declaração.

Rever a declaração é um direito de todo contribuinte.

O que há de errado nisso tudo é a construção de uma máfia para comercializar declarações de Imposto de Renda.

Aparentemente, foram violadas 300 declarações, entre elas uma linha de ataque de personagens indissoluvelmente ligados à carreira política de José Serra: Preciado, Ricardo Sérgio e Eduardo Jorge.

Eduardo Jorge trabalhou na sala ao lado do presidente Fernando Henrique Cardoso, da qual deu algumas dezenas de telefonemas ao Juiz Lalau.

Também não há nada de errado um pai tentar proteger a filha depois de uma informação – essa entrevista da Folha (*) – que atenua a gravidade do crime cometido.

Pai é pai.

O que há de errado nesta questão é a tentativa desesperada de José Serra de criminalizar a sua adversária política, Dilma Rousseff, e atribuir a ela, como fez ontem no jornal da globo, um crime seguido de fraude eleitoral.

Ao longo desta campanha, José Serra já foi vítima de várias processos judiciais, um deles iniciado pelo Cloaca News, que quer saber quem são aqueles que o jenio chama de “blogs sujos” e que recebem grana do Lula.

O que há de patético nesta história é o jenio agarrar-se ao Eduardo Jorge e agora à filha, com a colaboração do Gilmar Dantas (**) e um guru indiano, para concorrer à eleição de forma minimamente competitiva.

O PiG (***) de hoje fornece novas informações que caracterizam o vazamento do sigilo fiscal como uma operação típica de uma máfia sem objetivos políticos.

O jenio, Gilmar e o FHC tomam da UDN a bandeira da corrupção sem o brilho, o talento e o poder destrutivo do Carlos Lacerda.

Porque, como disse o Brizola Neto, quem nasce para José Serra não chega a Carlos Lacerda.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
*ConversaAfiada

MERCADANTE SÃO PAULO MUITO MELHOR






Vamos para o 2º turno em São Paulo Uma chapa muito boa encabeçada pelo Aloizio Mercadante...
Image
Mercadante
Uma chapa muito boa encabeçada pelo Aloizio Mercadante para governador e a Marta Suplicy para senadora, uma coligação forte que mantém coesos o PT e nada menos que outros nove partidos, uma campanha que já motiva a militância e as propostas dos nossos candidatos reforçam cada vez mais a minha convicção de que vamos para o 2º turno na eleição em São Paulo.

Uma crença, aliás, que as pesquisas, como vocês acompanham, atesta: Mercadante cresce nos levantamentos de opinião pública e o adversário tucano Geraldo Alckmin não se mantém no mesmo patamar a cada rodada. São dados que somados dão razão à confiança que temos de que vamos manter e superar, no 1º turno, os mais de 30% que tradicionalmente o PT obtém em eleição majoritária no Estado - como candidatos a governador, Mercadante teve 32% em 2006 e José Genoíno 33% em 2002.

Vejam, reunido em almoço do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) com um grupo que representa 44% do PIB privado no Brasil, Mercadante detalhou suas propostas de desoneração fiscal em diversos setores, entre estes os de internet, tecnologia, remédios - genéricos, inclusive - como caminho para fomentar o desenvolvimento no Estado.

Assumiu o compromisso, também, de uma vez eleito investir em transportes público e de massa, reafirmou sua intenção de criar um banco estadual de fomento (nos moldes do BNDES) e de promover a interiorização do desenvolvimento. "O Oeste do Estado só recebeu presídio, pedágio e carga tributária. Vamos estimular a competitividade, reduzir a carga tributária", reiterou nosso candidato.

Mercadante também defendeu a construção de um novo aeroporto para a Grande São Paulo lembrando: "Londres tem 14 aeroportos, por que não podemos ter mais um?" Comparada à inexistência de programa de governo do adversário Alckmin - que só sugere mais do mesmo - estas propostas do Mercadante são o roteiro ideal para dar um impulso e tirar São Paulo desse marasmo administrativo e econômico em que os tucanos mantêm o Estado nestes 16 anos em que o governam. São o passaporte, também, que nos levará ao 2º turno.

*Briguilino