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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 30, 2010

Sonhando com o impossível

Sonhando com o impossível

O maior cientista brasileiro, Miguel Nicolelis
O neurocientista Miguel Nicolelis, em aula inaugural do segundo semestre de 2009 na Universidade de Brasília (UnB), quebra o protocolo, e em sua surpreendente Aula da Inquietação é ovacionado por um público emocionado.
"Vocês, principalmente os que estudam em universidades públicas, representam os sonhos de realização de milhões de pessoas que jamais poderão vir para cá. São brasileiros que diariamente levantam da cama para trabalhar em empregos que muitos de nós jamais teríamos a coragem de enfrentar no nosso dia-a-dia, para que vocês possam estar aqui.
O sonho que não se converte em realidade inibe o indivíduo que perde a autoconfiança e o pior, causa a inibição coletiva do entorno que vê um sonhador derrotado. Quando um sonhador delirante é derrotado, a mediocridade triunfa e isso é terrível.
Vocês não foram postos aqui pelo resto do Brasil para fazer algo medíocre. Vocês foram postos aqui, receberam esse privilégio de toda a sociedade brasileira, para construir uma nação, e uma nação só se constrói se sonhando com o impossível, sem se esquecer do próximo.
Eu sou de uma geração que tentou fazer o que vocês têm a chance de fazer e fracassou. Nós não conseguimos construir o Brasil que nós queríamos, mas temos agora a oportunidade de testemunhar a tentativa de vôo de vocês.
Na história inteira deste país, vocês são primeira geração que tem verdadeiramente a chance de transformar este país num exemplo para a humanidade toda.
Não existe uma expressão que eu abomine mais quando eu venho para o Brasil, quando alguém vira para mim e fala: Nossa, as coisas que fazem lá, no seu laboratório, é coisa de primeiro mundo. Eu paro pra pensar e digo: "Mas que primeiro mundo é esse? De onde vem isso?" Ou então quando ocorre alguma coisa negativa na nossa vida cotidiana e alguém fala: "Isso só acontece no Brasil".
Eu tenho uma boa e uma má notícia para aqueles que usam essa expressão e gostam do primeiro mundo: O primeiro mundo faliu, em todos os sentidos; faliu financeiramente, faliu moralmente, faliu eticamente... E agora vem a boa notícia: O primeiro mundo agora é aqui.
E foi por isso que nos fomos para Natal a seis anos atrás, para tentar realizar um outro sonho impossível, criar um instituto de ponta de neurociência comprometido com a transformação da realidade social daquela região, Hoje ela tem a maior escola de educação cientifica infanto juvenil do Brasil, para 1000 crianças da rede publica de Natal, que são hoje os primeiros brasileiros a terem uma educação publica em tempo integral.
Elas eram esquecidas, elas faziam parte do pior distrito escolar do país, de acordo com as estatísticas do MEC. As quatro piores escolas do país estavam nessa região, e foi ali que nos selecionamos 1000 crianças da escola publica e trouxemos elas para aprender ciência de ponta. Essas crianças, de 10 a 16 anos, se transformaram em protagonistas do próprio ensino, elas não têm aula teórica, elas freqüentam os melhores laboratórios de ciência e tecnologia que existem no Brasil para crianças, construídos para crianças, e elas hoje dão banho em qualquer criança de qualquer escola privada do estado de São Paulo, e elas se orgulham de serem descendentes dos índios potiguares, os únicos índios tupi guarani que resistiram à colonização portuguesa.
E sabe onde vocês vão encontrar cada um desses 1000 alunos, que vão virar 5000, e que graças a um decreto que vai ser assinado pelo ministro da educação e pelo presidente da republica, vão se transformar um milhão de crianças pelo Brasil afora, daqui a alguns anos? Aqui na UNB, na USP, na Unicamp, elas vão se transformar em agentes de transformação social, de baixo para cima, não de cima para baixo.
E quando elas chegarem lá, podem acreditar, o prédio ao lado (Senado) vai ser ocupado por outro tipo de gente."
 




*comtextolivre

Dilma ganhou SS erra jogou a toalha



O debate da Globo acabou sendo o que teve mais propostas, mostrando que o interesse da população é por problemas reais, bem diferente da agenda do PIG.

Dilma ganhou, porque o formato e as perguntas não deixaram muito espaço para as baixarias, o campo preferido de José Serra.

Com perguntas que exigiam propostas, Dilma mostrou mais conhecimento e mais compromisso. Em vez de promessas ao vento, respondeu com políticas realistas sobre segurança pública, saúde e educação. Dilma mostrou mais conhecimento do Brasil real, dos problemas que afligem o cidadão comum, desde o emprego, a microempresa, a agricultura familiar, o crédito, os impostos, a qualidade dos serviços públicos. As propostas da Dilma foram mais realistas, convenceram mais. Dilma só não foi melhor quando o tempo foi curto para o tema.

Serra também não foi tão mal, o formato do debate ajudou ele a não ir mal, mas foi pior, porque as respostas dele soavam como promessas de políticos. Respostas genéricas, mal informado, distante dos problemas do cidadão. Demonstrou desconhecimento em vários assuntos, como não saber do cadastro nacional de segurança pública, não saber que as taxas de juros para financiar a agricultura familiar é extremamente baixa, mostrou pouco conhecimento do programa empreendedor individual. Enrolou em muitos assuntos e desviou da pergunta em outros.

Resultado: Dilma saiu com a imagem de melhor preparada, mais séria, mas firme.

Resumindo: Dilma precisava apenas do empate e saiu no lucro. Serra precisava da vitória, e saiu no prejuízo.

A impressão que ficou é que Serra jogou a toalha. Ele não tentou aquele algo mais que precisaria para tentar reverter sua desvantagem.
*amigosdopresidenteLula

Banespa: mais um documento assinado por Serra que foi para o lixo

Banespa: mais um documento assinado por Serra que foi para o lixo



Que Serra é mitômano já está mais do que demonstrado pelo festival de mentiras que ele promoveu.
Serra assinou um compromisso de cumprir o mandato de prefeito até o final. Atirou o compromisso rasgado no lixo.
Para encerrar o festival de mentiras com chave de ouro mais um compromisso assinado é atirado no lixo. Trata-se da edificante, educadora e maravilhosa história da privatização do Banespa.
Memória: Serra assinou carta afirmando que PSDB não venderia Banespa
São Paulo – O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, assinou carta em 1990 afirmando que seu partido não venderia o Banespa, hoje controlado pelos espanhóis do Santander.
A promessa, feita durante campanha a deputado federal, está registrada em documento firmado também pelo então candidato a governador, Mário Covas, e pelo candidato a senador Franco Montoro.
No texto, os políticos lembram que o então Banco do Estado de São Paulo tinha importante papel na história e que sua atuação se revestia de importância ainda maior num momento decisivo para o Brasil. “Para o PSDB, o Banespa deve prosseguir em sua missão de agente oficial do desenvolvimento. Com força total (…) Os candidatos do PSDB opõem-se a qualquer investida sobre o Banespa movida por interesses alheios a esse desafio. Na nossa administração, o Banespa que permanecerá como o banco público do Estado de São Paulo, ganhará novo impulso, podendo competir em pé de igualdade na área comercial e voltando ao pleno exercício de suas funções sociais.” A carta indicava ainda que o PSDB valorizaria os funcionários do banco e terminava com a mensagem “Seja tucano de corpo e alma no nosso Banespa.”
À ocasião, Covas e Montoro sairiam derrotados. Quatro anos mais tarde, Serra venceria as eleições para senador, Covas passaria a ser governador de São Paulo e Montoro iria para a Câmara dos Deputados. Já na primeira gestão de Covas foi montado o Programa Estadual de Desestatização (PED), que consistiu na venda das empresas públicas paulistas. Em 2000, o Banespa foi vendido por R$ 7 bilhões, valor considerado como um “marco na história do nosso país” pelos governos federal e estadual do PSDB.
Para que se tenha uma ideia, somente em 2009, em meio à crise financeira internacional, o Santander obteve lucro líquido de R$ 5,508 bilhões em suas operações no Brasil. A arrecadação foi de R$ 13,2 bilhões. Como lembrou à época da venda Armínio Fraga, presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso, os espanhóis levaram “a jóia da coroa”.
Naquela época, quando perguntado sobre a venda do Banco do Brasil, Fraga fingiu que não havia ouvido a pergunta e fez uma careta. "A privatização deixa clara a separação entre o negócio privado e uma política pública", disse, segundo notícia do Portal Terra. Documento revelado este ano pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra que já havia estudo para venda do BB e da Caixa Econômica Federal. Além disso, a ideia era deixar de lado o BNDES como banco de fomento.
O mesmo texto registra ainda a posição do então presidente do Banespa, Eduardo Guimarães, para quem "o Santander acaba de comprar um excelente banco com um corpo de funcionários invejável e que tem todas a condições para despontar como um dos líderes do sistema financeiro". Hoje, não se tem dúvida disso. A dúvida que importa, por outro lado, é saber: se estava tão bom, por que foi vendido?


http://www.conversaafiada.com.br/wp-content/uploads/2010/10/solasapatoFHC.jpg

sexta-feira, outubro 29, 2010

De que lado...





*comtextolivre

Aposentados com Dilma






*amigosdopresidenteLula

Isto É depena tucanos

Isto É depena tucanos


A Isto É prestou um excelente serviço ao eleitores ao publicar na edição que vai às bancas hoje e que já está disponível eletronicamente a comparação entre os oito anos do governo Lula/Dilma com o mesmo período de Fernando Henrique Cardoso/Serra.
A revista procura ser elegante, afirmando que os dois presidentes estão na lista dos mais importantes do Brasil e que ambos tiveram erros e acertos. Mas ao recorrer aos indicadores de cada gestão, a superioridade do governo Lula é avassaladora.
Chega a ser covardia os resultados que Lula tem a apresentar em termos sociais e econômicos e não há um indicadorzinho sequer que salve os tucanos.
Com Lula o país cresceu mais, a renda per capita disparou, muito mais empregos foram gerados, a produção industrial subiu, a inflação caiu e ficou totalmente sob controle e o país alcançou um novo patamar de desenvolvimento. O melhor mesmo é clicar e ampliar os indicadores acima, que falam por si.
*Tijolaço

Petrobrás ileiros de LULA E DILMA para o POVO BRASILEIRO

Petrobrás de Lula dobra o pré-sal





    Os tucanos amargarão 12 anos de ostracismo
    Esta eleição é sobre a Petrobrás.

    É a vitória da Petrobrás sobre a Petrobrax.

    A privatização do governo FHC/Serra e a tentativa de criar a Petrobrax custarão aos conservadores brasileiros, no mínimo, 12 anos de ostracismo: oito de Lula e quatro de Dilma, pelo menos.

    FHC e Serra preferiram compartilhar a riqueza de petróleo do Brasil com aqueles que se beneficiavam com o regime de “concessão”.

    Lula e Sérgio Gabrielli, com Dilma na presidência do Conselho de Administração da Petrobrás garantiram que a Petrobrás vai explorar o pré-sal e o lucro será aplicado em educação, saúde, ciência e tecnologia.

    Serra se escondeu embaixo da batina do Papa para esconder o essencial: o eleitor brasileiro prefere a Petrobrás à Petrobrax.

    Extraído do UOL:

    Nova descoberta do pré-sal pode dobrar reservas de petróleo no Brasil

    http://www.youtube.com/watch?v=e9ryuYg-7XE


    Pré-sal confirma: Petrobras é símbolo de orgulho do povo brasileiro