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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 04, 2011

frases de Lula





Crises
1- "Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar" - Em 4 de outubro de 2008, ao comentar os efeitos da crise financeira no país.
2 - "É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia tudo e que, agora, demonstra não saber nada" - Em 2009, ao premier britânico, Gordon Brown.
3- "Crise? Que crise? Pergunta para o Bush" - Em 16 de setembro de 2008, sobre a crise financeira mundial.
Crise? Que crise? Pergunta para o Bush
4- "O caos aéreo é como uma metástase. A gente acha que está tudo bem, mas só descobre que o problema é bem maior quando ele (o câncer) surge" - Em agosto de 2007.
5- "Um dia acordei invocado e liguei para o Bush" - Num discurso para lideranças do PTB, em abril de 2004.
Mensalão
6- "Não interessa se foi A, B ou C, todo o episódio foi como uma facada nas minhas costas" - Em janeiro de 2006, sobre o episódio do escândalo do mensalão.
7- "Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento" - Em agosto de 2005, sobre o escândalo de mensalão, após o depoimento de Duda Mendonça na CPI dos Correios.
Polêmicas
8- "A polícia só bate em quem tem que bater" - Em discurso em outubro de 2010.
9- "Uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele" - Em janeiro de 2010.
10- "São privilegiados aqueles que podem pagar Imposto de Renda, porque ganham um pouco mais" - Em discurso a metalúrgicos do ABC que cobravam mudança na tabela do Imposto de Renda, em maio de 2004.
Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento
Provocando risadas
11- "Beliscão dói para cacete" - Em discurso na assinatura de projeto de punição de maus-tratos a filhos, em julho de 2010.
12- "Resolveram fazer um estudo para saber se a perereca estava em extinção. Aí teve que contratar gente para procurar perereca, e procure perereca, procure perereca, perereca, perereca..." - Em maio de 2009, ao eleger o bichinho como inimigo do desenvolvimento; por causa dele, houve atraso de sete meses na construção de viaduto entre Brasil e Argentina.
13- "Você (como médico) diria ao paciente: 'Meu sifu'?" - Em discurso para artistas em dezembro de 2008, no Rio, alegando que sempre tem que ser otimista.
14- "Eu sei o que é greve de fome. Dá uma fome danada" - Em 2006, ao comentar a greve de fome de dom Luiz Capio em protesto contra as obras de transposição do Rio São Francisco.
15- "Se você um dia for presidente da República, vai ver como é bom uma medida provisória", respondendo ao então presidente do Senado, Renan Calheiros, em 2006.
Você (como médico) diria ao paciente: 'Meu sifu'?
16- "Tem que fazer uma reza profunda para que a gente deixe o otimismo (sic) no banheiro, dê descarga nele logo cedo e saia pensando em coisas boas" - Em discurso em outubro de 2005, no Rio, para agentes de viagem, referindo-se ao pessimismo.
17- "Política é olho no olho. É, como diria o povo brasileiro, tête à tête" - Na Nigéria, em abril de 2005.
Aliados
18- "Nunca fiz concessão política. Faço acordo... Se Jesus viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria que chamar Judas para fazer coalizão - Em 2009, ao ser questionado sobre suas relações com aliados como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros.
19- "Mexer no Palocci é a mesma coisa que pedir para o Barcelona tirar o Ronaldinho" - Em novembro de 2005.
20- "Eu e Palocci somos unha e carne. Tenho total confiança nele" - Durante a primeira entrevista coletiva como presidente, em maio de 2005.
21- "É o capitão do time. Aquele que pode reclamar do juiz sem ser expulso de campo" - Sobre José Dirceu, na conversa com jornalistas, em fevereiro de 2004.
Saída da Presidência
22- "Não estou saudoso coisíssima nenhuma. Quando entrei aqui, sabia que tinha data para entrar e para sair. Portanto, é que nem contrato de aluguel: no dia 31, tenho que dar o fora" - Em novembro de 2010, ao falar sobre a saída da Presidência.
23- "Está certo que a gente está no fim do mandato, mas você poderia, junto com essa lei complementar, ter mandado uma emendinha para mais alguns anos de mandato... Não mandou, então fica..." - Ao falar sobre a lei complementar que reestrutura a área de Defesa, em agosto de 2010.
24- "No ano que vem, estarei livre para andar por este país. Vou continuar fazendo política pelo Brasil, mas não vou dar pitaco no novo governo, porque eu quero que eles digam que nunca antes na história deste país um ex-presidente foi tão ex-presidente" - Em maio de 2010, durante encontro com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag).
25- "Se um dia vocês chegarem à Presidência da República vão perceber que esse é o ápice de um ser humano. Não tem nada além disso" - Em abril de 2007.
Campanha e Dilma
26- "Ontem venderam o dia inteiro que esse homem tinha sido agredido, e o que vocês assistiram foi uma mentira mais grave que a do goleiro Rojas" - Em outubro de 2010, ao falar sobre o episódio em que José Serra (PSDB) foi atingido por uma bolinha de papel em evento de campanha no Rio.
27- "Muita gente acha que a Dilma é dura. Nem todo mundo é obrigado a ficar se arreganhando para todo mundo. A Dilma é o que ela é" - Em abril de 2010.
Críticas à imprensa
28- "O povo pobre não precisa mais de formador de opinião. Nós somos a opinião pública" - Mais uma crítica à imprensa, em setembro de 2010.
Notícia é o que a gente quer esconder; o resto é propaganda
29- "Notícia é o que a gente quer esconder; o resto é propaganda" - Em abril de 2010.
30- "Quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra" - Em maio de 2009, ao garantir no Maranhão que suas obras de saneamento serão maiores que as dos governos anteriores.
Economia
31- "Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI? E eu, que passei parte da minha juventude carregando faixa em São Paulo: 'Fora FMI'?" - Em abril de 2009.
32- "O resultado (da economia) este ano não será uma Brastemp" - Em agosto de 2005.
33- "Na época em que o Copom se reúne tem pessoas que entram em TPC, tensão pré-Copom" - Em setembro de 2004, sobre os juros.
34- "A China é um shopping de oportunidades" - Durante visita a Pequim, em maio de 2004.
Sexo e Playboy
35- "Desde que virei adulto, não vejo mais a Playboy" - Sobre o ensaio de Mônica Veloso, pivô da crise com Renan Calheiros, em outubro de 2007.
Sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta e é uma necessidade orgânica
36- "Sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta e é uma necessidade orgânica" - Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no Rio, em marco de 2007.
37- "Sexo tem que ser feito e ensinado como fazer" - Lula no mesmo discurso.
Oposição
38- "Quem esperar que eu vá ficar sentadinho em Brasília pode tirar o cavalo da chuva, porque vamos inaugurar obra este ano. Tem gente que vai ficar doida de raiva, mas nós vamos" - Em fevereiro de 2010, em mais uma crítica à oposição.
39- "Sou que nem massa de bolo. Quanto mais batem, mais cresço" - Em maio de 2006, respondendo as críticas que recebe.
40- "Quatro anos, para quem está governando, é muito pouco, mas para quem está na oposição quatro anos é uma eternidade" - Na capital do Amapá, em dezembro de 2005.
41- "Tem muita gente torcendo contra, como ex-marido que não quer que a mulher seja feliz com outro" - Em dezembro de 2004, em resposta a Fernando Henrique Cardoso. Na véspera, o ex-presidente dissera "Se o governo é incompetente, e ele é incompetente, denunciar incompetência não é ofensa".
Sou que nem massa de bolo. Quanto mais batem, mais cresço
42- "Você tem um amigo aqui" - Frase dita a FH, ao chegar no topo da rampa no dia da posse, em janeiro de 2003.
Uísque e cerveja
43- "O dia que o mundo experimentar a boa cachaça brasileira, o uísque vai perder mercado" - Na Jamaica, em agosto de 2007.
44- "Não poso de santo. Nunca fui candidato a santo. Fumar, eu fumo. Já tomei um copo de cerveja. Agora, dizer o que ele disse, é porque ele não me conhece" - Sobre o correspondente do The New York Times, Larry Rohter, em maio de 2004.
45- "Vou continuar tomando meu uisquezinho na frente de fotógrafos. Nada fiz de errado" - Em maio de 2004.
Promessas
46- "Quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra" - Em maio de 2009, ao garantir no Maranhão que suas obras de saneamento serão maiores que as dos governos anteriores.
47- "O Brasil realizará uma Copa para argentino nenhum botar defeito" - Em novembro de 2007.

Ego e metáforas
48- "Acabar com a fome é uma questão de tempo. Pouco tempo" - Ao abrir a Expo Fome Zero, em São Paulo, em fevereiro de 2004.
49- "Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo... Tem hora que ocupo, sozinho, três bancos com o ego" - Em abril de 2010.
50- "A dor da escravidão é como a de cálculo renal: não adianta dizer, tem que sentir" - Em abril de 2005, no Senegal, ao pedir perdão, em nome dos brasileiros, por um erro histórico cometido.
*Hupomnemata

O Estado brasileiro tem que resgatar a dignidade

http://pagina13.org.br/wp-content/uploads/2010/08/maria-do-rosario.jpg


A petista Maria do Rosário assumiu a Secretaria dos Direitos Humanos na manhã desta segunda-feira, substituindo Paulo Vannuchi. Em seu discurso de cerca de 40 minutos, ela prometeu cumprir as metas do PNDH 3 (Plano Nacional dos Direitos Humanos), que provocou polêmica entre setores da Igreja e das Forças Armadas.
Não há contradição entre Direitos Humanos e Forças Armadas, diz Maria do Rosário
Maria do Rosário fez um apelo para que o Congresso analise outra proposta polêmica, encaminhada pelo governo Lula. Pediu que os congressistas aprovem a criação da Comissão da Verdade, que ofereceria a versão oficial sobre os mortos e desaparecidos.
"O Estado brasileiro tem que resgatar sua dignidade em relação aos mortos e desaparecidos na ditadura", afirmou. "Como disse a presidente Dilma, não se trata de revanchismo", completou, mais adiante.
Diante da plateia em que estava o ministro Nelson Jobim (Defesa), ela afirmou que as Forças Armadas são "parte da consolidação da democracia". "Certamente entre as Forças Armadas existe também o desejo de que tenhamos juntos esse processo constituído", disse.
Jobim e Paulo Vannuchi tiveram entreveros antes e após o lançamento do PNDH 3, que fazia citações à ditadura militar e também tratava da Comissão da Verdade.
Maria do Rosário disse ainda que o país precisa seguir no processo de reconhecimento das violações de Estado contra os direitos humanos no período do regime militar.
"Passados quase 50 anos do início do período de exceção no Brasil, é mais do que chegada a hora de agirmos com objetividade. Devemos enfrentar essas questões para uma consciente virada de página", declarou.
A ministra fez um segundo apelo ao Congresso pela aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação e a destinação para reforma agrária de todas as terras onde essa prática seja encontrada.
Maria do Rosário também prometeu combater a homofobia e a violência contra crianças e adolescentes, tema que trabalhou em todos os seus mandatos na Câmara dos Deputados.




Quem fala pela presidenta:
general ou Maria do Rosário ?


O general Elito não tem vergonha do “fato histórico”

Saiu na capa da Folha (*):

“Desaparecidos não são vergonha, diz general.”

“Os desaparecidos são um ‘fato histórico’, do qual não temos que nos envergonhar ou nos vangloriar, afirmou em discurso o general José Elito Siqueira” – ele assumiu a chefia do Gabinete de Segurança Institucional da ABIN.

Navalha
Quem fala pela Presidenta Dilma ?

Ontem, na posse, Maria do Rosário enfrentou Nelson Johnbim e disse que vai até o fundo da Comissão da Verdade.

Como se sabe, a resistência à revisão da Lei da Anistia foi comandada por Nelson Johnbim, aquele que é (protegido) pelo embaixador americano .

Johnbim é o Ministro da Defesa que aceita que a turma que se formou em 2010 na Academia Militar de Agulhas Negras seja a “Turma Emilio Garrastazu Médici”.

Dizem que a presidenta Dilma reuniu todos os ministros da área econômica, mais o presidente do Banco Central, e disse que não quer divergência pública sobre a política econômica.

Seria interessante saber quem fala pela presidenta: se Rosário ou se o general que trabalhou com Fernando Henrique e por ele foi promovido.

O Conversa Afiada teme que armem uma cama de gato para a presidenta.

O Diretor Geral da Policia federal tentou impedir a Operação Satiagraha que por duas vezes prendeu o passador de bola no ato de passar bola.

O chefe dele, o Ministro da Justiça, trabalhou para Dantas, na qualidade de deputado.

O general da GSI está mais para Nelson Johnbim do que para Rosário.

A presidenta disse duas vezes na posse que se orgulha de ter enfrentado o regime militar na luta clandestina.

Quem hoje fala por ela ?


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
*PHA

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Battisti e as bravatas de Berlusconi



Silvio Berlusconi, o primeiro-ministro neofascista da Itália, decidiu esbanjar arrogância contra o governo brasileiro após o anúncio da não extradição do ativista Cesare Battisti. Ontem (2), o bravateiro anunciou que vai recorrer ao Tribunal de Haia para anular a decisão soberana do Brasil. Seu ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, também enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff solicitando que ela “reconsidere a decisão do seu antecessor”.
Nela, em tom de provocação, o governo italiano afirma que está decidido a utilizar “todas as vias” para conseguir a extradição de Battisti. Segundo as agências internacionais de noticia, Silvio Berlusconi já teria encaminhado à Câmara dos Deputados o pedido de congelamento de um acordo de colaboração econômica entre Itália e Brasil que deveria ser ratificado em janeiro. Ele previa o empréstimo ao Brasil de 5 bilhões de euros (US$ 6,7 bilhões) para a compra de naves, mísseis e radares. A mídia italiana, quase totalmente controlada pelo “imperador” Berlusconi, estimula todos os dias o ódio contra a decisão do governo brasileiro.
Um neofascista corrupto
Toda esta onda de bravatas, que atemoriza a mídia colonizada do Brasil, só evidencia a fraqueza do governo neofascista da Itália. Silvio Berlusconi não está com esta bola toda – e não deveria ser levado muito a sério. No mês passado, ele quase foi apeado do cargo. “Sobreviveu por margem estreita a uma moção de não-confiança, que deixou seu governo de centro-direita agarrado ao poder por apenas três votos de diferença”, noticiou O Globo em 14 de dezembro – o mesmo jornal que agora aplaude a postura "enérgica" do primeiro-ministro. Nas ruas das principais cidades italianas, milhares de jovens pedem a sua cabeça diariamente.
Berlusconi, que gosta de se jactar por suas orgias, inclusive com menores de idade, é acusado de vários crimes – remessa ilegal de divisas, desvio de recursos públicos, sonegação fiscal, entre outros. Apontado como o 15º homem mais rico de planeta e o maior milionário da Itália, ele concentra uma fortuna estimada em US$ 20 bilhões – a maior parte dela sob investigação da Justiça. O notório corrupto, que já foi condenado várias vezes, só mantém sua força eleitoral graças, entre outros fatores, ao seu poder midiático. Desde 1974, quando comprou seu primeiro canal de televisão, ele passou a controlar os meios de comunicação do país.
O imperador da mídia
“Em pouco tempo, ele expandiu o seu domínio no setor, multiplicando suas emissoras através de uma rede de televisões locais, reunidas na empresa Mediaset. A programação era centrada em concursos e programas de entretenimento, semelhante à do brasileiro Sílvio Santos. Em 1985, o governo francês lhe concedeu a primeira rede privada daquele país, La Cinq, e adquiriu ações da Chain e Cinema 5. Um ano depois comprou os Estúdios Roma e o clube de futebol A. C. Milan, do qual tornou-se presidente. Em 1988 comprou a maior cadeia de grandes armazéns da Itália, La Standa”.
“Em 26 de janeiro de 1990 obteve a presidência do grupo Mondadori, editor do diário "La Repubblica" e dos semanários "L'espresso", "Época" e "Panorama". No final da década, Berlusconi incorporou a seu patrimônio a cadeia de vídeos Blockbuster, portais de acesso à internet e uma participação na Olivetti. O conglomerado Fininvest, que criou em 1975, cumpriu a função de integrar suas múltiplas propriedades e participações na TV, imprensa, edições, publicidade, seguros e serviços financeiros, convertendo-se na terceira empresa privada do país”, descreve o portal UOL, numa rápida biografia que agora a Folha omite.
O cinismo de Berlusconi
No caso da não extradição de Cesare Battisti, o primeiro-ministro neofascista também esbanja bravatas. Ele tenta salvar seu decrépito governo com novos factóides, revivendo os piores instintos do período da “guerra fria” para alimentar falsos sentimentos nacionalistas. O seu cinismo é descarado. Há cerca de 50 foragidos italianos com pedidos de extradição em várias partes do mundo, mas a sua gritaria é seletiva. Ele persegue ativistas de esquerda e agride governos progressistas, como o de Lula, mas não mexe um dedo pela extradição de famosos terroristas de direita.
Um caso emblemático envolve Delfo Zorzi, 62 anos, ex-líder da seita neofascista “Ordine Nuovo”, que promoveu, nos anos 60 e 70, inúmeros atentados à bomba, “beneficiando-se da proteção do serviço secreto italiano que, por sua vez, tinha ligações com as ‘operações encobertas’ da CIA no país”. A agência dos EUA implantou na Itália, na década de 50, uma rede clandestina chamada “Gládio” para realizar atentados e organizar milícias armadas. Zorzi foi condenado em primeiro grau, e depois absolvido, pelo atentado da Piazza Fontana, em Milão, em 1969, que resultou em 17 mortos e 84 feridos. Atualmente, está sendo processado pelo atentado em Brescia, em 1974, contra uma manifestação sindical antifascista, que causou oito mortes e mais de 90 feridos.
Protetor dos agentes da CIA
Zorzi vive há anos no Japão, onde se naturalizou e tornou-se um rico empresário do setor têxtil. O pedido de extradição feito ao Japão jamais foi atendido, nem o governo italiano fez muito para isso. Detalhe: o defensor de Zorzi é o advogado (e deputado do ‘Forza Itália’, partido do governo) Gaetano Pecorrella, que vem a ser também um dos advogados pessoais do próprio Berlusconi. Outro detalhe: vários ex-integrantes do ‘Ordine Nuovo’ são hoje militantes da AN (partido herdeiro do neofascista do Movimento Sociale Italiano – MSI) e da ‘Lega Nord’, um partido xenófobo. NA e Lega são aliados de Berlusconi e integram seu governo.
Num caso mais recente, que também evidência o cinismo do primeiro-ministro, juízes de Milão solicitaram, em 2006, a extradição de 26 agentes da CIA que seqüestraram o egípcio Abu Omar, acusado de ligações com Al Qaeda. Ele foi uma das vítimas da “extraordinary renditions”, as prisões ilegais efetuadas pela CIA durante a “guerra global contra o terror” patrocinada pelo ex-presidente Bush. Omar foi detido ilegalmente na Itália e torturado durante meses em prisões clandestinas. Pela lei italiana, o seqüestro é considerado uma grave violação do código penal do país e da convenção européia dos direitos humanos, que proíbe prisões ilegais e torturas. Mas o governo italiano não moveu uma palha para obter a extradição dos agentes da CIA.

Brasil e Cuba vão ampliar atuação no Haiti na área de saúde


Dilma Rousseff conversa com o primeiro vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, em audiência no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O surto do cólera que atingiu o Haiti – país devastado por terremoto há um ano – levou Brasil e Cuba a sinalizarem a ampliação do atendimento ao povo daquele país na área de saúde. Um acordo trilateral firmado após a tragédia permitiu que médicos cubanos dessem assistência à população haitiana, juntamente com profissionais brasileiros e haitianos. O assunto marcou a reunião bilateral entre a presidente Dilma rousseff e o primeiro-vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, ocorrida ontem (2/1), no Palácio do Planalto.

De acordo com a Embaixada de Cuba, em Brasília, as autoridades brasileiras e cubanas vão promover levantamento sobre novas demandas no Haiti, para buscar outras formas dentro do acordo que possam permitir uma assistência mais efetiva e completa na área de saúde. Neste caso, segundo diplomatas cubanos em conversa com o Blog do Planalto, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, canalizará as demandas. De posse desse levantamento, as autoridades dos dois países vão retomar o tema numa reunião bilateral a ser marcada dentro das próximas semanas.

Pelas estratégias definidas no memorando em abril do ano passado, o Brasil assumiu responsabilidade por reformar hospitais e centros de saúde, enviar equipamentos e ambulâncias, estruturar programas de atenção básica à saúde, criar um centro de vigilância epidemiológica e auxiliar na ampliação da vacinação aos haitianos.

Já Cuba tratou de enviar pessoal especializado na área médica e oferecer ajuda operacional. Além destas ações, os médicos haitianos formados pela Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Cuba, receberão uma bolsa para se capacitarem e trabalharem nas UPAs. Na época, a estimativa é de que o Brasil ofereça 200 bolsas.

*planalto

Bessinha, sempre impagável, refere-se, provavelmente, à cena bíblica descrita no post “FHC manda Cerra se levantar e Cerra se levanta”. Bessinha faz também outras previsões (terríveis) para 2011. Vade retro !


Bessinha, sempre impagável, refere-se, provavelmente, à cena bíblica descrita no post “FHC manda Cerra se levantar e Cerra se levanta”.
Bessinha faz também outras previsões (terríveis) para 2011.

Vade retro !

*PHA

Em Brasília, é anunciada banda larga a 30 reais, em São Paulo, passagem de ônibus a 3 reais. São Paulo na contramão da História


São Paulo no rumo, dos tucanos
 
 

Enquanto os outros estados seguem em frente, junto com o Governo Federal, os paulistas seguimos na contramão. Enquanto se festeja a posse de Dilma, em São Paulo, playboyzinhos defendem a eliminação física da nova presidenta. Estamos andando para trás, tudo se deteriora nesse estado, a começar pelo caráter do povo. O povo paulista é o mais alienado desse país, de longe. Pergunte para qualquer um nas ruas dessa cidade quem tomou posse no Palácio dos Bandeirantes, a maioria não saberá a resposta. Não há nada de novo aqui em São Paulo, haverá luz no fim do túnel?
*cappacete