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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, fevereiro 27, 2011

Pela Paz

É para isso que o poder público dá a concessão de Tv.s para a família Brasileira




Globo: Antes do padre Marcelo, Maria tira a roupa

   BBB um programa para a sua família. Globo e você tudo a ver

Regressão continuada é coisa de tucano:Os alunos fingem que aprendem e o colégio finge que ensina








A novidade do momento é a  progressão continuada, marca das escolas públicas de São Paulo, chegou à rede privada. A pressão dos pais, aliada à competitividade entre unidades que disputam o aluno que migra das redes estadual ou municipal, faz a exigência por nota ser cada vez menor. O Estado conta hoje com 9.464 escolas particulares. Em 2005, eram 8.600.Ou seja, progressão continuada dos tucanos chega à rede particular por interesses econômico

Nos últimos cinco anos, as matrículas no primeiro ciclo do ensino fundamental nos colégios pagos cresceram 35%. Nessas unidades, o modelo que divide o ensino em ciclos e reduz o risco de repetência é extraoficial. Professores ouvidos pela reportagem afirmam que a rede não assume, mas impõe dificuldades a quem opta pela retenção.

Atualmente, os alunos de escola pública da rede estadual de São Paulo passam de ano sem risco de repetir. Só no final da quinta e da nona série é que os estudantes podem ser reprovados.

Isso foi criado em 1998 pelos desgovernos do PSDB. Entre os objetivos da medid, diziam os governos do PSDB, a estava a tentativa de diminuir o número de estudantes que abandonavam os estudos, desmotivados pela repetência. Porém, dizem alguns professores que a medida seria pelo fato de não ter vagas para todos nas escolas paulistas. Já que o PSDB dá preferência a construir cadeias do que escolas.

Do jeito que está, acabou virando uma aprovação automática. Ninguém sabe nada, mas passam de ano

Bons alunos, nesse regime, acabam obrigados a seguir o ritmo dos piores, e muita gente na classe não está nem aí, sabendo que não tem chance de repetir. Ou seja, o sistema pode até piorar o desempenho de todos.

Agora, o governo tucano Geraldo Alckmin estuda a criação de mais um ano em que haja a possibilidade do aluno repetir. O ideal seria fazer esse novo teste no terceiro ano. É quando o aluno já deveria ter aprendido a ler e a escrever. É melhor que agora, em que a prova pra valer é só no quinto ano.

Mas isso está longe de resolver a tragédia da educação em São Paulo. O governador Alckmin precisa pagar salários melhores para os professores. Os mestres também têm que fazer a sua parte, passando por cursos para aprender a ensinar melhor e dando mais atenção aos alunos. Além disso, as escolas e o material distribuído aos estudantes ainda têm que evoluir muito.

Se tudo isso um dia for feito, quem sabe o Brasil seja um país de gente mais educada, com chance de pegar empregos melhores, com salários mais dignos para todos. 
*osamigosdopresidentelula

sábado, fevereiro 26, 2011

"Pra não dizer que não falei das flores", na voz de Zé Ramalho




Pra não dizer que não falei das flores
eu falei dos passarinhos mortos
eu falei do sangue derramado
eu falei da vida desperdiçada
eu falei do choro das mães órfãs
eu falei da dor no pau-de-arara
eu falei da voz silenciada
eu falei da armas apontadas
eu falei das queimaduras e afogamentos
eu falei do sonho interrompido
eu falei do abuso de poder
eu falei das crueldades sem limites
eu falei da arquitetura da tortura
eu falei da ausência de expressão
eu falei das músicas caladas
eu falei da ditadura à exaustão
para que ninguém da violência se esqueça
para que a paz na sociedade prevaleça
e a tirania fascista apodreça
nos quartéis
nas prisões
nos fuzis
nas ruas
no chão

Tânia Marques 21 de fevereiro de 2011

Quais foram as torturas utilizadas na época da ditadura militar no Brasil?

por Roberto Navaro

Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica, com documentos produzidos pelos próprios militares, identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar. A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo. O pau comeu solto até 1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas foram mortas - muitas sob tortura. Mais de cem desapareceram, segundo números reconhecidos oficialmente. [Por favor, querem que eu acredite nesses números?] Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem perdoados pela Justiça. :-( [ Perdoados os torturadores???]

Arquitetura da dor

Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações:

Cadeira do dragão

Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.

Pau-de-arara

É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros.

Choques elétricos

As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito fazia o preso morder violentamente a própria língua.

Espancamentos

Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente

Soro da verdade

O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar.

Afogamentos

Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.

Geladeira

Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.


*palavraseimagens

Piada do dia

  - Lógica de engenheiro

Um estudante de engenharia estava caminhando no campus de sua faculdade quando viu outro engenheiro subir em uma motocicleta novinha em folha.
- Ei! Como você conseguiu essa moto fantástica? - perguntou o primeiro.
- Bem, ontem eu estava caminhando por aqui, quando uma garota muito gostosa apareceu com esta moto. Ela desceu, tirou toda a roupa e disse: "Pegue o que você quiser".
O primeiro engenheiro balançou a cabeça em sinal de aprovação:
- Boa escolha! Provavelmente as roupas não iriam te servir.

*passeandopelocotidiano

Surge agora no mundo consumidores conscientes que voltam a exigir que seus produtos durem muito.


(Espanha, 53min, 2011)

Documentário produzido pela TVE espanhola que trata da obsolescência programada, uma estratégia que visa fazer com que a vida de um produto tenha sua durabilidade limitada para que sempre o consumidor se veja obrigado a comprar novamente.

O filme abre com um funcionário da emissora descobrindo que sua impressora EPSON havia deixado de funcionar sem motivo aparente e que o custo de consertá-la sairia mais caro do que uma nova.

A Obsolescência Programada começou primeiramente com as lâmpadas, que antes duravam décadas trabalhando ininterruptamente (como a lampada que está acesa há mais de cem anos num posto dos bombeiros dos EUA) mas, depois de uma reunião com o cartel dos fabricantes, passaram a fazê-las para durar apenas 1.000 horas.

Essa prática tem gerado montanhas de resíduos, transformando algumas cidades de países de terceiro mundo em verdadeiros depósitos, sem falar na matéria prima, energia e tempo humnano desperdiçados.

Surge agora no mundo consumidores conscientes que voltam a exigir que seus produtos durem muito.

Download do filme:
Para maior qualidade, ir diretamente ao link do filme (para baixá-lo usar o navegador Firefox com o plugin Download helper).
*documentariodeverdade